Ambientes de esquerda e de direita

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Ambientes de esquerda e de direita

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Com essa polarização política, podemos notar que muitos ambientes são dominados por um lado do espectro político.

Esquerda:
universidades (com exceção da engenharia), serviço público não militar, artes e atividades culturais

Direita:
igrejas, militares, ambientes de gameres (online), mercado financeiro (online)

Sabem de mais casos?

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
Conselheiro
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Qua, 19 Agosto 2020 - 01:30 am
Com essa polarização política, podemos notar que muitos ambientes são dominados por um lado do espectro político.

Esquerda:
universidades (com exceção da engenharia), serviço público não militar, artes e atividades culturais

Direita:
igrejas, militares, ambientes de gameres (online), mercado financeiro (online)

Sabem de mais casos?
Parte da igreja católica é de esquerda e defende, por exemplo, a Teologia da Libertação.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Engenharia e cursos de exatas no geral não são exceção apenas na Universidade, mas também no mercado profissional. Aliás, ambientes empresariais e corporativos tendem a ser mais de direita, principalmente os mais tradicionais.

O mesmo vale para prestadores de serviços autônomos.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Cinzu escreveu:
Qua, 19 Agosto 2020 - 10:44 am
Engenharia e cursos de exatas no geral não são exceção apenas na Universidade, mas também no mercado profissional. Aliás, ambientes empresariais e corporativos tendem a ser mais de direita, principalmente os mais tradicionais.

O mesmo vale para prestadores de serviços autônomos.
Mas curiosamente empresas de tecnologia do vale do silício são mais a esquerda. Até aquele cara do google foi demitido por causa daquele memorando que não tinha nada demais.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Sim, tem esse detalhe. Por isso eu disse principalmente os setores mais tradicionais.

Nessas fintechs e startups de jovens, aborda-se muito questões de diversidade e demais pautas ligadas à esquerda.

Até mesmo empresas grandes estão abraçando essas causas, como Itaú, Santander, Bradesco, etc... E mais recentemente, a Natura, com essa propaganda do Thamy Miranda.

Apesar disso, no ambiente interno destas empresas (Natura não tenho certeza, falo mais aqui dos Bancos) os executivos são bem tradicionais e conservadores.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Cinzu escreveu:
Sáb, 22 Agosto 2020 - 18:02 pm
[...] os executivos são bem tradicionais e conservadores.



Cocaína e Dependência. A cocaína não produz crise de abstinência ou privação pela retirada brusca da droga. Isso quer dizer que o cocainômano pode interromper repentinamente o seu uso sem grandes sofrimentos do organismo pela sua falta. Provoca, porém, uma intensa dependência, acompanhada de tal euforia que qualquer pessoa pode cair em seu uso compulsivo e irresistível. Fortaleza de caráter e maturidade psicológica - grandes barreiras ao uso de outras drogas - geralmente não protegem o experimentador de evoluir rapidamente para a dependência. Vários indivíduos bem situados e que venceram em suas carreiras profissionais pelo seu trabalho intenso e bem sucedido, têm-se tornado dependentes dela. Nos Estados Unidos, por exemplo, ela tem sido considerada a droga dos executivos, e não propriamente de jovens imaturos ou de adolescentes, apesar de o número destes últimos ter aumentado.


8-)


https://www.otempo.com.br/opiniao/elias ... a-1.215616


Conservadores e tradicionais... adictos


:lol:

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
Conselheiro
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Mensagem por Fernando Silva »

Sou elite, sim, e daí?
Elitistas, graças a Zeus

Demonização da elite existe desde que o primeiro ser humano se ressentiu com o sucesso de outro

Eduardo Affonso 25/09/2020

Alguém comentou num texto meu: “Isto é a coisa mais elitista que já li”. Eu não falava das metáforas veladas de uma sinfonia de Beethoven, do dialeto usado na análise sensorial de vinhos ou da psicanálise dos deuses do Olimpo. Era algo trivial, sobre vizinhos que arrastam móveis de madrugada, gritam na varanda, fazem algazarra na piscina.

Fiquei chateado alguns milésimos de segundos — tempo suficiente para lembrar que “elite” não é ofensa. Do latim eligere (escolher, selecionar), significa o que há de melhor, de mais valorizado. Por extensão, o termo acabou aplicado a quem detém prestígio e privilégios. À aristocracia, ao raiçoçaite. Era questão de tempo para virar bicho-papão dos que só conseguem enxergar o lado perverso das desigualdades.

O Prêmio Nobel é concedido à elite dos cientistas, dos escritores, dos pacifistas. Só vai aos Jogos Olímpicos a elite do esporte. A Seleção Brasileira tem esse nome por ser a elite do futebol. Será que a Academia Real das Ciências da Suécia, o COI e o Tite são elitistas? São. E também o são as universidades (que só acolhem os melhores estudantes), a Fórmula 1 (em que só têm vez os melhores pilotos) e até a popularíssima Mangueira, que faz parte da elite das escolas de samba. Mas “elite” e seus derivados passaram pelo mesmo processo de esvaziamento e parasitagem que vem fazendo estragos no idioma.

A insensibilidade social e os pendores autoritários do atual governo são chamados de “nazismo”, em evidente vilipêndio às vítimas do Holocausto. “Estupro” deixou de caracterizar um crime hediondo para abranger uma violência difusa, que inclui assédio, abuso, importunação. “Genocídio” já está longe de significar “extermínio deliberado” (ou talvez “extermínio deliberado” é que já mereça outra designação).

A norma linguística, nossa base comum para comunicação, ganhou a pecha de elitista. Para evitar a “opressão”, os alunos deveriam ser poupados da observância de certas regras gramaticais, o que acabaria por torná-los incapazes de entender Machado de Assis, João Cabral, Hilda Hilst —a menos que esses autores viessem a ser traduzidos para o português desconstruído que se pretende, em nome da inclusão, levar para as escolas.

Nesse contexto, a Quinta Sinfonia poderia ser considerada racista, machista ou LGBTQ+fóbica, por estar associada à sofisticação dos “homens brancos heterossexuais colonialistas” — logo, elitistas — do século 19.

A demonização da elite, em si, não é invenção dos progressistas. Ela existe desde que o primeiro ser humano se ressentiu com o sucesso de outro. Ou seja, começou quando Caim percebeu que Deus preferia as oferendas de Abel — e, como não havia rede social na época, cancelou o irmão de forma um tanto literal.

Esse ressentimento está presente em quem quer taxar grandes fortunas, por confundir o capitalista que investe, gera e distribui riqueza com o senhor feudal que vivia da exploração dos servos. Se perpetua nos intolerantes que fingem pregar a tolerância, mal disfarçando, no gozo de uma pretensa superioridade moral. seu sentimento de inferioridade. Em vez de tentar aperfeiçoar as leis que punem indivíduos racistas, homofóbicos ou estupradores, se arrogam o poder de generalizar esses crimes (seríamos todos racistas etc. por vivermos num sistema estruturalmente racista etc.) e, assim, toda a civilização ocidental estaria condenada.

São pessoas que se dedicam a aplicar às suas fraquezas um verniz de virtude, fazendo do ressentimento uma arte. Lutando contra “a zelite”, elegeram a elite do sindicalismo e acabaram depois por ajudar a colocar no poder a elite do baixo clero parlamentar.

Defender mal uma causa justa é a melhor maneira de obter o efeito contrário. A militância viajandona — que vê elitismo na civilidade, racismo numa sinfonia, opressão na clareza linguística — apenas repete a fábula da raposa e das uvas. Não fosse tão elitista, seu lema poderia ser o que diz Virgílio no Livro VI da “Eneida”: “Se não posso vencer os céus, moverei o inferno”.

Resta saber se essa turma vai conseguir reeleger Bolsonaro no segundo turno ou já no primeiro.
https://oglobo.globo.com/opiniao/elitis ... s-24659154

Re: Ambientes de esquerda e de direita

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 25 Setembro 2020 - 09:51 am
Sou elite, sim, e daí?
Elitistas, graças a Zeus

Demonização da elite existe desde que o primeiro ser humano se ressentiu com o sucesso de outro

Eduardo Affonso 25/09/2020

Alguém comentou num texto meu: “Isto é a coisa mais elitista que já li”. Eu não falava das metáforas veladas de uma sinfonia de Beethoven, do dialeto usado na análise sensorial de vinhos ou da psicanálise dos deuses do Olimpo. Era algo trivial, sobre vizinhos que arrastam móveis de madrugada, gritam na varanda, fazem algazarra na piscina.

Fiquei chateado alguns milésimos de segundos — tempo suficiente para lembrar que “elite” não é ofensa. Do latim eligere (escolher, selecionar), significa o que há de melhor, de mais valorizado. Por extensão, o termo acabou aplicado a quem detém prestígio e privilégios. À aristocracia, ao raiçoçaite. Era questão de tempo para virar bicho-papão dos que só conseguem enxergar o lado perverso das desigualdades.

O Prêmio Nobel é concedido à elite dos cientistas, dos escritores, dos pacifistas. Só vai aos Jogos Olímpicos a elite do esporte. A Seleção Brasileira tem esse nome por ser a elite do futebol. Será que a Academia Real das Ciências da Suécia, o COI e o Tite são elitistas? São. E também o são as universidades (que só acolhem os melhores estudantes), a Fórmula 1 (em que só têm vez os melhores pilotos) e até a popularíssima Mangueira, que faz parte da elite das escolas de samba. Mas “elite” e seus derivados passaram pelo mesmo processo de esvaziamento e parasitagem que vem fazendo estragos no idioma.

A insensibilidade social e os pendores autoritários do atual governo são chamados de “nazismo”, em evidente vilipêndio às vítimas do Holocausto. “Estupro” deixou de caracterizar um crime hediondo para abranger uma violência difusa, que inclui assédio, abuso, importunação. “Genocídio” já está longe de significar “extermínio deliberado” (ou talvez “extermínio deliberado” é que já mereça outra designação).

A norma linguística, nossa base comum para comunicação, ganhou a pecha de elitista. Para evitar a “opressão”, os alunos deveriam ser poupados da observância de certas regras gramaticais, o que acabaria por torná-los incapazes de entender Machado de Assis, João Cabral, Hilda Hilst —a menos que esses autores viessem a ser traduzidos para o português desconstruído que se pretende, em nome da inclusão, levar para as escolas.

Nesse contexto, a Quinta Sinfonia poderia ser considerada racista, machista ou LGBTQ+fóbica, por estar associada à sofisticação dos “homens brancos heterossexuais colonialistas” — logo, elitistas — do século 19.

A demonização da elite, em si, não é invenção dos progressistas. Ela existe desde que o primeiro ser humano se ressentiu com o sucesso de outro. Ou seja, começou quando Caim percebeu que Deus preferia as oferendas de Abel — e, como não havia rede social na época, cancelou o irmão de forma um tanto literal.

Esse ressentimento está presente em quem quer taxar grandes fortunas, por confundir o capitalista que investe, gera e distribui riqueza com o senhor feudal que vivia da exploração dos servos. Se perpetua nos intolerantes que fingem pregar a tolerância, mal disfarçando, no gozo de uma pretensa superioridade moral. seu sentimento de inferioridade. Em vez de tentar aperfeiçoar as leis que punem indivíduos racistas, homofóbicos ou estupradores, se arrogam o poder de generalizar esses crimes (seríamos todos racistas etc. por vivermos num sistema estruturalmente racista etc.) e, assim, toda a civilização ocidental estaria condenada.

São pessoas que se dedicam a aplicar às suas fraquezas um verniz de virtude, fazendo do ressentimento uma arte. Lutando contra “a zelite”, elegeram a elite do sindicalismo e acabaram depois por ajudar a colocar no poder a elite do baixo clero parlamentar.

Defender mal uma causa justa é a melhor maneira de obter o efeito contrário. A militância viajandona — que vê elitismo na civilidade, racismo numa sinfonia, opressão na clareza linguística — apenas repete a fábula da raposa e das uvas. Não fosse tão elitista, seu lema poderia ser o que diz Virgílio no Livro VI da “Eneida”: “Se não posso vencer os céus, moverei o inferno”.

Resta saber se essa turma vai conseguir reeleger Bolsonaro no segundo turno ou já no primeiro.
https://oglobo.globo.com/opiniao/elitis ... s-24659154
"Elite intelectual" ou "elite atlética" normalmente não tem conotação negativa nos diversos países. Todavia, em países em que a riqueza vem do rent-seeking, do clientelismo político ou da captura regulatória, faz certo sentido que a riqueza seja vista como jogo de soma zero e "representante da elite financeira" seja o conceito de um protótipo de alguém que fica rico enriquecendo às custas de outras pessoas. Pelo menos no capitalismo dos países subdesenvolvidos, isso é regra, e não exceção. Não é coisa de época feudal.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

A geração que nasceu com a posse do Lula está chegando ao mercado de trabalho.
Não entende o que lê, mal conhece as 4 operações e exige direitos sem ter deveres.
Não há futuro para este país.

youtu.be/MxZQEOpMqeI

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Fernando Silva escreveu:
Qua, 14 Outubro 2020 - 09:54 am
A geração que nasceu com a posse do Lula está chegando ao mercado de trabalho.
Não entende o que lê, mal conhece as 4 operações e exige direitos sem ter deveres.
Não há futuro para este país.
A educação já era péssima antes do governo Lula. O povo sempre foi burro e analfabeto. Os problemas mais sérios do PT na educação foram uma gestão ineficiente e investimento precário. Se o PT fez uma série de estragos intencionais na educação (tirando o roubo e o QI), queria pedir para listar.

Eu era criança no governo FHC e a educação já era de certa forma "esquerdizada" e provavelmente sempre foi, exceto em ditaduras. Já ouvi falarem que a educação era melhor num passado distante, mas creio que essa piora tenha ocorrido por ter menos verba por aluno agora, ou seja, reduziram a qualidade do ensino para aumentar a quantidade de alunos.

Esse emburrecimento da criançada (querendo direitos sem ter deveres) está ocorrendo em vários lugares do mundo independente do governo ser direita ou esquerda. Os motivos não sei, mas podem ser a questão de serem produtos de tempos fáceis (preciso de algum artigo sobre isso) e os males das redes sociais, que não só espalham bobagem mas também criam bolhas ideológicas que levaram à polarização política de hoje. Acho que hoje os professores estejam mais ideológicos por causa da polarização.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Se a geração anterior fosse tão preparada assim para o mercado, o Brasil não seria tão improdutivo e atrasado.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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criso
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Mensagem por criso »

Cinzu escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 17:49 pm
Se a geração anterior fosse tão preparada assim para o mercado, o Brasil não seria tão improdutivo e atrasado.
Não era. Ela nem existia para o mercado. Muita gente era completamente invisível.

Invisível socialmente, invisível economicamente, invisível politicamente.

Com o PT, toda essa massa se tornou visível.
Só que ao escancarar a precariedade, deu a impressão de tê-la causado.
Fato muito bem aproveitado pelos verdadeiros causadores e mantenedores da desigualdade.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Alguém aqui já ouviu falar do "Nós pega os peixe"?
Isso aconteceu em 2011, em pleno vigor da "Pátria Enganadora, ops, digo Educadora".
O livro distribuído pelo MEC de então "ensinava" que se podia falar e escrever errado.
Isso para que não acontecesse "preconceito linguístico".
Ainda bem que essa tese não vingou.

“NÓS PEGA OS PEIXE...” PRECONCEITO LINGUÍSTICO OU ERRO GRAMATICAL?
Afirmo logo o que penso: erro gramatical incontestável. Não há mais o que discutir.

Essa pergunta pode ser feita aos quase dois milhões de professores do Ensino Básico das redes pública e particular deste país e estou certo de que nenhum deles irá responder que esse corriqueiro erro gramatical, cometido por aqueles que ainda não dominam a estrutura básica da Língua Portuguesa, trata-se de um “preconceito linguístico”. No entanto, é isso que o livro "Por uma Vida Melhor", distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para turmas de educação de jovens e adultos (EJA) em todo o Brasil, ensina de modo incontestável.

O escândalo veio à tona porque, logo no capítulo 1, intitulado “Escrever é diferente de falar”, a obra traz estas três frases: “Nós pega o peixe”; “Os menino pega o peixe” e “Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado”. A polêmica tomou proporções gigantescas por conta das incontáveis reportagens com o pronunciamento de autoridades linguísticas condenando a obra e pedindo explicações do Ministério da Educação.
Vi muitas reportagens na televisão que citaram um trecho da obra assim: “‘Os livro ilustrado [...] estão emprestado.’ O fato de haver a palavra os (plural) indica que se trata de mais de um livro. Na variedade popular, basta que esse primeiro termo esteja no plural”. Fecham aspas e ponto. Mas teria que ser vírgula, pois o trecho completo continua: “Reescrevendo a frase no padrão da norma culta, teremos: ‘Os livros ilustrados mais interessantes estão emprestados’.” Ou seja, os autores ensinam de fato qual é a norma culta da língua.

E ensinam mais. O trecho polêmico está na pág. 15. Mas, bem antes, na pág. 11, os autores já explicam que: “[...] vamos estudar uma variedade da língua portuguesa: a norma culta. [...] Em primeiro lugar, não há um único jeito de falar e escrever. A língua portuguesa apresenta muitas variantes, ou seja, pode se manifestar de diferentes formas. Há variantes regionais, próprias de cada região do país. [...] Essas variantes também podem ser de origem social”.

Se tudo foi esclarecido no livro, qual é o motivo da polêmica? Por que todo esse alarde?

O problema é que os autores tocaram em um ponto que definitivamente não pode ser entendido da forma como foi. No livro está dito: “'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião.”

No dicionário a definição do termo “preconceito” (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social", " racial" e agora "linguístico".

Considero um exagero dos autores dizerem que quando um professor corrige o aluno, o pai ao filho ou um amigo a outro, ao perceberem uma frase gramaticalmente escrita ou pronunciada de forma incorreta estará “discriminando linguisticamente” a outra pessoa. Especialmente se a correção for feita de maneira respeitosa e adequada. O aprendiz terá um ganho e não um prejuízo.

Sabemos das diferenças linguísticas existentes nas diversas regiões do Brasil. Assim, é natural que as pessoas que não passaram pelo processo de alfabetização e consequentemente desconhecem as normas da língua culta falem: “ nós pega os peixe”, “os livro emprestado” e outras frases incorretas. O processo educacional existe para tornar a língua culta conhecida e difundida, não o contrário. Não existe preconceito na ação educativa. Não se trata de um ato de vaidade ou superioridade ensinarmos as normas aos que ainda não a conhecem. Elas existem para tornar possível a compreensão de determinada mensagem por um maior número de pessoas. Estamos em uma sociedade que cobra de todos as regras gramaticais no uso da linguagem. Diante disso, não creio que devam ser ensinadas outras regras como se fossem “aceitas” por todos. Isso se aplica também às leis e regras de trânsito. Se cada um resolver andar com o veículo na velocidade e faixa que bem desejar, fazendo o que bem lhe aprouver, teremos muitos acidentes e o trânsito será um caos. As normas servem equalizar necessidades, deveres e direitos sem deixar que as pessoas façam apenas o que elas achem certo. Devemos respeitar sim, quaisquer falas, até a dos bebês. No entanto, ao corrigi-los, não os estaremos ridicularizando ou discriminando-os, uma vez que eles estão aprendendo a falar e nosso dever é ensiná-los a falar corretamente, para que possam se comunicar melhor no futuro. Dessa maneira, senhoras e senhores autores do livro Por uma Vida Melhor, “nós pega o peixe”, “nós pega os peixe” ou as demais variações errôneas não podem ser consideradas corretas porque não estão de acordo com a regra culta, padrão da Língua Portuguesa. Afirmar isso não é uma forma de discriminação, mas, um ato educativo positivo, que deve ser regra de ouro a todos que têm o dever de falar bem o nosso idioma.

(*) Mathias Gonzalez é psicólogo e escritor (vem usando a norma culta em seus textos mas sabe que precisa aperfeiçoar ainda mais o conhecimento da Língua Portuguesa)

http://mathias.gonzalez.sites.uol.com.br

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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criso
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Mensagem por criso »

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:14 pm
Alguém aqui já ouviu falar do "Nós pega os peixe"?
Isso aconteceu em 2011, em pleno vigor da "Pátria Enganadora, ops, digo Educadora".
O livro distribuído pelo MEC de então "ensinava" que se podia falar e escrever errado.
Isso para que não acontecesse "preconceito linguístico".
Ainda bem que essa tese não vingou.
Sou graduando e pesquisador de Linguística em uma Universidade Federal e, sim, se pode falar e escrever "errado".

Na verdade, sequer errado é.

A linguagem existe para uma função - comunicar.

A comunicação deve ser adequada ao tipo de interação em que se dá.
Se ela cumpre bem essa função - comunicar -, segundo a situação em que se insere, então está correta.

Por exemplo: você não deve falar e escrever numa entrevista de emprego ou numa resenha científica da mesma maneira que fala com a família em casa ou com amigos num grupo de zap. Fazer isso seria incompetência linguística, porque parte da competência é a capacidade de adaptação.

Se eu envio um meme no zap para o Pedro Reis, inadequado seria se ele respondesse "Risos. Agradeço, Chrystian" em vez "kkk blz, vlw criso"

Para ir ao cartório, você vai de terno; para ir à praia, vai de sunga.

Parte do seu domínio da língua é saber quando usar terno ou sunga, e onde e quando isso se faz necessário.

Americano fala que nem Shakespeare 24h? Alemão fala que nem Goethe o tempo todo? Não existe isso.

A norma existe somente para onde se faz necessária.

Lá no Sul, todos falam "Os guri", "os livro". Em nada afeta a comunicação.
Não sendo em uma situação formal, nada há de errado. É da região.
Por outro lado, falar assim em uma situação formal seria inadequado.
Mas tão inadequado quanto falar que nem o Hegel ou Kant num bar com amigos.
Editado pela última vez por criso em Sex, 16 Outubro 2020 - 00:39 am, em um total de 1 vez.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Aluno cheio de direitos batendo e ameaçando pobres professores, às vezes senhoras idosas, tem sido corriqueiro na última década.
Falta de disciplina, falta de autoridade, esculhambação, desordem e bagunça tem sido a regra nas escolas e também nas universidades.


Esse é o nível a que chegamos: 👇

Faculdade_01.jpg
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Satanás domina as Universidades
Por Flavio Morgenstern em 30/11/2015

As universidades brasileiras andam merecendo destaque quase diário no noticiário. O motivo não são as conquistas científicas, as indicações para o Prêmio Nobel, os intelectuais formados, as curas para doenças descobertas, as soluções para os conflitos mundiais.

O que pega mesmo são colírios para os olhos (não necessariamente das fauces) como as festas “Xereca Satânik” (sic) na UFF (saudada pela Carta Capital como “liberdade e dignidade”), que “abriu debate sobre arte e educação” (segundo O Globo).

Ou o ato na UFPel em outubro, em que feministas que logo estarão ganhando o Pulitzer ficaram nuas, se masturbaram em público, urinaram em baldes e atiraram suas obras pelos corredores e por quem ameaçasse usar os prédios da universidade para fim mais nobre do que elas.

Ou os atos feministas na UFRN, em agosto e novamente em novembro, em que as progressistas destruíram a Universidade, tiraram fotos defecando e até apareceram de mordaça e coleira latindo pelos corredores da faculdade.

Ou, num nível mais higiênico (quer dizer, com menos papel higiênico, ou apenas trocando o sentido da palavra “higiênico”), o “Levante”, que há algum tempo fez uma dancinha para afirmar que apóia o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.

Neste alto grau intelectual, nada mais natural do que nossa produção artística descambar para diversas pessoas em lugares distintos considerando que arte revolucionária e chocante é enfiar o dedo no anel de couro.

Horas após nosso artigo analisando a performance “Macaquinhos” (em que artistas de primeiro gabarito enfiam o dedo nos fedegosos uns dos outros) e a performance “Frieza” (em que artistas de renome mundial enfiam pedras de gelo no cagueiro próprio) e a performance “Tomar no cu” (em que artistas que deixam Michelangelo no chinelo introduzem garrafas de vinho no lorto peludo) e a performance Operação Lava Jato (em que vários políticos do PT fazem o mesmo, mas num sentido mais figurado), a notícia mais importante do Brasil em 2015 veio à tona: um aluno do curso de dança da Federal de Pernambuco (UFPE) andou descalço pelo gramado do Centro de Artes e Comunicação (CAC)* e levou um choque. Ao flagrarem o colega se debatendo após a descarga elétrica, alunos aplaudiram acreditando tratar-se de uma performance artística.

Leia de novo: ao verem um aluno levando um choque e se debatendo, alunos acreditaram tratar-se de uma performance artística. E aplaudiram. Uma amiga do estudante comentou: “Lá no auditório onde eu estava, ouvi comentários de que ele havia arrasado na performance”.

(* Por que logo os cursos de Comunicação costumam batizar as faculdades com os nomes mais ridículos? Já não basta a Escola de Comunicação e Artes, a ECA, da USP?)

O que levou o Brasil a atingir este estado? É preciso uma explicação mais profunda do que “o esquerdismo” (já que a França é mais “tradicionalmente revolucionária”, numa contradição destacada por Ortega y Gasset, e menos monga), nem “Paulo Freire” (que é mais mongo, mas disfarça mais) e nem o progressismo – quer dizer, ao menos não sozinho.

É preciso buscar uma resposta mais profunda.

A resposta está no Inferno.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:44 pm
Aluno cheio de direitos batendo e ameaçando pobres professores, às vezes senhoras idosas, tem sido corriqueiro na última década.
Falta de disciplina, falta de autoridade, esculhambação, desordem e bagunça tem sido a regra nas escolas e também nas universidades.

Falta espaço aqui para mostrar a violência em que se transformaram as salas de aula.
Por isso, vai um link com uma série de vídeos:

Aluno agride professor

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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criso
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Gabarito escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:44 pm
Aluno cheio de direitos batendo e ameaçando pobres professores, às vezes senhoras idosas, tem sido corriqueiro na última década.
Falta de disciplina, falta de autoridade, esculhambação, desordem e bagunça tem sido a regra nas escolas e também nas universidades.


Esse é o nível a que chegamos: 👇
Duvido isso acontecer na China, na Coréia do Norte ou na extinta União Soviética.
Essa degradação aí é fruto da sociedade liberal, inerentemente corrompida, onde se pode tudo e não existe noção de valores e de autoridade.
Abri o texto, que associava a esquerdismo e hedonismo esquerdista.
Hedonismo é coisa de burguês e liberal, ou filhos de.
Nada daí reflete os valores e necessidades de classe trabalhadora.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:33 pm
Parte do seu domínio da língua é saber quando usar terno ou sunga, e onde e quando isso se faz necessário.

Americano fala que nem Shakespeare 24h? Alemão fala que nem Goethe o tempo todo? Não existe isso.

A norma existe somente para onde se faz necessária.
Só quem conhece a norma culta pode decidir quando usá-la ou não.

Quem aprende tudo errado, vai falar e escrever errado o tempo todo.

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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:57 pm
Gabarito escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:44 pm
Aluno cheio de direitos batendo e ameaçando pobres professores, às vezes senhoras idosas, tem sido corriqueiro na última década.
Falta de disciplina, falta de autoridade, esculhambação, desordem e bagunça tem sido a regra nas escolas e também nas universidades.

Esse é o nível a que chegamos: 👇
Duvido isso acontecer na China, na Coréia do Norte ou na extinta União Soviética.
Essa degradação aí é fruto da sociedade liberal, inerentemente corrompida, onde se pode tudo e não existe noção de valores e de autoridade.
Abri o texto, que associava a esquerdismo e hedonismo esquerdista.
Hedonismo é coisa de burguês e liberal, ou filhos de.
Nada daí reflete os valores e necessidades de classe trabalhadora.
A esquerda ataca o conservadorismo e o moralismo para dividir a sociedade.
Depois que toma o poder, impõe esse moralismo e conservadorismo.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por criso »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:34 am
criso escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:33 pm
Parte do seu domínio da língua é saber quando usar terno ou sunga, e onde e quando isso se faz necessário.

Americano fala que nem Shakespeare 24h? Alemão fala que nem Goethe o tempo todo? Não existe isso.

A norma existe somente para onde se faz necessária.
Só quem conhece a norma culta pode decidir quando usá-la ou não.

Quem aprende tudo errado, vai falar e escrever errado o tempo todo.
Infelizmente vocês estão repetindo besteira sem conhecimento na área.
Competência linguística é capacidade de adaptação à cada situação.
Corrigir a forma de falar que o aluno traz de casa ou da região é preconceito linguístico sim.
O domínio da norma culta é só para onde ela se faz necessária.

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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:38 am
Infelizmente vocês estão repetindo besteira sem conhecimento na área.
Competência linguística é capacidade de adaptação à cada situação.
Corrigir a forma de falar que o aluno traz de casa ou da região é preconceito linguístico sim.
O domínio da norma culta é só para onde ela se faz necessária.
A norma culta serve como uma âncora ou ponto de referência para que a língua não se fragmente em dialetos ininteligíveis entre si e para que aquilo que é escrito hoje não se torne incompreensível em poucas décadas.

Se o aluno fala errado, ele tem que aprender que aquilo é um regionalismo ou fruto da ignorância e analfabetismo.

Só então ele poderá decidir qual forma usar conforme a ocasião.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por criso »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:44 am
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:38 am
Infelizmente vocês estão repetindo besteira sem conhecimento na área.
Competência linguística é capacidade de adaptação à cada situação.
Corrigir a forma de falar que o aluno traz de casa ou da região é preconceito linguístico sim.
O domínio da norma culta é só para onde ela se faz necessária.
A norma culta serve como uma âncora ou ponto de referência para que a língua não se fragmente em dialetos ininteligíveis entre si e para que aquilo que é escrito hoje não se torne incompreensível em poucas décadas.

Se o aluno fala errado, ele tem que aprender que aquilo é um regionalismo ou fruto da ignorância e analfabetismo.

Só então ele poderá decidir qual forma usar conforme a ocasião.
Essa suposta "referência" é que foi uma arbitrariedade imposta por um estado-nação para impor sua organização.
Os regionalismos e dialetos não são erros - pelos contrários, eles é que são a fala natural e autêntica que emerge dos povos e suas culturas.
Todas as "línguas oficiais", "nacionais" é que são imposições convencionadas.
Não temos nem o que discutir. Vocês estão falando achismo.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por Gorducho »

criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:38 am
O domínio da norma culta é só para onde ela se faz necessária.
Mas tem que saber, e é impossível saber sem aprender. Até não precisa ser formalmente com as tais análises sintáticas & tals; que seja com leituras muitas, e escutando a fala de onde se vive ou vá, claro.
Mas sem saber não tem como usar quando se fizer necessária (a norma culta).
Quanto a regionalismos, claro que devem ser incentivados :-BD SÓ QUE há que ter cuidado, pois atrapalha a comunicação quando se sai da nossa região. Então, sempre é bom saber o "padrão" geral de determinado país, sem excessos de regionalismos.
Editado pela última vez por Gorducho em Sex, 16 Outubro 2020 - 12:16 pm, em um total de 2 vezes.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por criso »

Gorducho escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:51 am
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:38 am
O domínio da norma culta é só para onde ela se faz necessária.
Mas tem que saber, e é impossível saber sem aprender. Até não precisa ser formalmente com as tais análises sintáticas & tals; que seja com leituras muitas, e escutando a fala de onde se vive ou vá, claro.
Mas sem saber não tem como usar quando se fizer necessária (a norma culta).
Tem que saber onde usar.
E esse onde definitivamente não é em casa, com amigos ou no dia-a-dia coloquial.
Se alguém chamar esse tipo de uso de erro ou ignorância, o corretor é que é um estúpido.

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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:53 am
Gorducho escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:51 am
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:38 am
O domínio da norma culta é só para onde ela se faz necessária.
Mas tem que saber, e é impossível saber sem aprender. Até não precisa ser formalmente com as tais análises sintáticas & tals; que seja com leituras muitas, e escutando a fala de onde se vive ou vá, claro.
Mas sem saber não tem como usar quando se fizer necessária (a norma culta).
Tem que saber onde usar.
E esse onde definitivamente não é em casa, com amigos ou no dia-a-dia coloquial.
Se alguém chamar esse tipo de uso de erro ou ignorância, o corretor é que é um estúpido.
Vou repetir: para saber onde usar, é preciso conhecer a norma culta.
Só então a pessoa poderá decidir quando usar uma coisa ou outra.

O que o governo petralha nos deu foi uma geração que não entende o que lê e, portanto, não tem acesso ao conhecimento acumulado.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por Gorducho »

criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:53 am
E esse onde definitivamente não é em casa, com amigos ou no dia-a-dia coloquial.
Bom, eu não falei isso, certo :?:
O que eu falei é que é necessário APRENDER a norma culta. O problema é que SÓ usando fala não culta, dificilmente assimila pra quando for necessário.
Editado pela última vez por Gorducho em Sex, 16 Outubro 2020 - 12:00 pm, em um total de 1 vez.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:49 am
Essa suposta "referência" é que foi uma arbitrariedade imposta por um estado-nação para impor sua organização.
Os regionalismos e dialetos não são erros - pelos contrários, eles é que são a fala natural e autêntica que emerge dos povos e suas culturas.
Todas as "línguas oficiais", "nacionais" é que são imposições convencionadas.
Não temos nem o que discutir. Vocês estão falando achismo.
Sem um padrão, a comunicação se torna impossível.
É por isso que a maior parte do mundo hoje procura aprender inglês como segunda língua sem, no entanto, abandonar a língua local.

Sim, são imposições convencionadas. E necessárias.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por Gorducho »

E sem ficar tentando inserir gírias regionais que a gente tenha aprendido na America; ou em Londres; ou...

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por criso »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:57 am
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:53 am
Gorducho escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:51 am
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:38 am
O domínio da norma culta é só para onde ela se faz necessária.
Mas tem que saber, e é impossível saber sem aprender. Até não precisa ser formalmente com as tais análises sintáticas & tals; que seja com leituras muitas, e escutando a fala de onde se vive ou vá, claro.
Mas sem saber não tem como usar quando se fizer necessária (a norma culta).
Tem que saber onde usar.
E esse onde definitivamente não é em casa, com amigos ou no dia-a-dia coloquial.
Se alguém chamar esse tipo de uso de erro ou ignorância, o corretor é que é um estúpido.
Vou repetir: para saber onde usar, é preciso conhecer a norma culta.
Só então a pessoa poderá decidir quando usar uma coisa ou outra.

O que o governo petralha nos deu foi uma geração que não entende o que lê e, portanto, não tem acesso ao conhecimento acumulado.
Fernando, você está dizendo como se o PT tivesse criado essa geração de pessoas.
Sim, reconheço que o povão interpreta mal e não sabe se expressar direito, escrever bem etc.
Mas essas pessoas antes do PT simplesmente nem existiam. Não existiam para você, não existiam politicamente. Nada.
Só porque a coisa veio à tona, como eu disse não lembro onde, deu-se a impressão do PT ter causado o mal.
Você acha que essas pessoas estavam muito bem educadas e instruídas na ditadura?
Eram excluídos, invisíveis, vulneráveis, só isso.
O que podemos fazer é melhorar daqui para frente, mas o PT não piorou nada.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por Gabarito »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:57 am

Vou repetir: para saber onde usar, é preciso conhecer a norma culta.
Só então a pessoa poderá decidir quando usar uma coisa ou outra.

O que o governo petralha nos deu foi uma geração que não entende o que lê e, portanto, não tem acesso ao conhecimento acumulado.

Ao invés de ficar estudando Física e Matemática, o militonto vai para a faculdade brincar de enfiar o dedo no raibow do colega.
Ao invés de se informar sobre Arduíno e implementar circuitos próprios e estimular a criatividade em programação com ações práticas, o maconheiro vai fazer performance de ficar nu e pichar completamente as paredes da instituição.

Enquanto eles fazem isso, os estudantes em Tóquio, em Seul, em Londres, em Princeton, em Barcelona, em Berlim estão todos aprendendo a cátedra, estão se destacando no mundo acadêmico, serão futuros prêmios Nobel e retornarão para a sociedade a Ciência que aprenderam em forma de invenções, vacinas, celulares de ponta, enfim, melhorando o mundo inteiro.

Vamos ver se a gente encontra essas paredes pichadas em Harvard, em Oxford ou em Manchester.
Vamos ver se a gente encontra brincadeira de "Macaquinhos", roda de capoeira, grafitismo criminoso, oficina de enfiar gelo no orifício do ânus e outras ações de natureza escatológica naquelas instituições.
Lá, na maioria de lugares que levam o ensino a sério, a faculdade tem dono, não é essa zorra de pertencer ao Estado, onde se instala a Casa da Mãe Joana e onde nada pertence a ninguém e todos podem depredar.

Existia um tumblr com o nome "Faculdade ou Cracolândia".
Eu procurei há pouco, mas parece que não existe mais.
É uma coletânia dos horrores.
Tem "aluno" defecando na mesa do professor, tem oficina de tiririca, tem orgia à luz do dia nos ambientes de sala de aula, tem laboratório de exploração vaginal...

Esse é o ensino que o PT nos legou.

Na ditadura (e não vai nenhuma defesa de ditadura aqui), que no fundo era a DitaMole, ou seja, apenas um Regime Militar, pois ditadura é coisa muitíssimo mais opressora, não existia "aluno" cheio de direito que arrancava dedo de professora ao fechar a porta na cara dela.
Não tinha "aluno" dando voadora no professor já cinquentão, que teve que ser levado ao hospital com fratura na clavícula.

Os casos na imprensa sobre alunos cheios de direito e dever nenhum abundam.
Arrebentam, apavoram e nada aprendem.
Formam uma legião de analfabetos funcionais que sabem jogar capoeira e fazer grafitismo, mas não juntam A com B numa composição (redação), não possuem a mais débil formação em nada de nada e vão engrossar as filas de desemprego por falta de capacitação.

Sobre o "Nós pega os peixe", já ficou bem claro.
Para se decidir como e onde usar regionalismo, precisa se conhecer os dois, a gíria local e a norma culta.

Saber só a gíria, o modo de falar regional vai deixar a pessoa eternamente excluída do mercado, vai ser sempre um pobre coitado despreparado e impossibilitado de avançar em qualquer carreira.
É justamente aí onde esse tipo de concepção falha de maneira crassa e obtém o contrário do que alega: ao invés de preparar o aluno e inseri-lo no mercado, larga-o no território da ignorância, em que o mundo corportativo e empresarial podia fazer uso de suas qualificações, mas jamais fará.

Dizer que quem se opõe a isso não sabe do que está falando é uma falácia de apelo a autoridade do mais baixo nível, pois está claro para quem lê o debate que a suposta autoridade exauriu seus argumentos e partiu para outra falácia, a de atacar o mensageiro.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 12:18 pm
Mas essas pessoas antes do PT simplesmente nem existiam. Não existiam para você, não existiam politicamente. Nada.
Trabalhei a vida toda em fábrica, em bairros pobres da periferia.
Provavelmente tenho muito mais noção do que são pessoas humildes - por ter tido contacto diário com elas - que intelectuais de bairro rico que se intitulam "defensores dos oprimidos".
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 12:18 pm
Só porque a coisa veio à tona, como eu disse não lembro onde, deu-se a impressão do PT ter causado o mal.
Você acha que essas pessoas estavam muito bem educadas e instruídas na ditadura?
Está comprovado que os estudantes brasileiros estão indo cada vez pior nos testes, incapazes de entender o que leem e mal sabendo usar as 4 operações.
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 12:18 pm
Eram excluídos, invisíveis, vulneráveis, só isso.
O que podemos fazer é melhorar daqui para frente, mas o PT não piorou nada.
A esquerda insiste nessa bobagem de que o PT tirou os pobres da miséria.
Distribuiu dinheiro? Sim, foi uma festa. Os pobres ficaram felizes, mas não deixaram de ser pobres, apenas consumiram mais.
Quando o dinheiro acabou - já que não foi investido em infraestrutura e coisas que gerassem empregos e permitissem que os pobres ganhassem seu próprio dinheiro - voltaram ao nível de consumo anterior.

Em 2014, no final do governo da Anta, isto ficou escancarado. O desemprego disparou. A empresa onde eu trabalhava demitiu em massa.

Lembrando que, se o Condenado deu 10% aos pobres - para comprar seu voto - deu 90% aos ricos.
Bancos, empreiteiras etc. estavam muito felizes com ele. Tive muito contacto com empreiteiras e sei bem que a corrupção era geral. Todas as concorrências eram com cartas marcadas.

Isto sem falar nos bilhões que financiaram obras faraônicas em países de esquerda, em geral ditaduras.
Obras que foram completadas, enquanto ficaram pela metade no Brasil ou sequer começaram (mas enriqueceram muita gente).

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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criso
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Mensagem por criso »

Gabarito escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 13:47 pm
Dizer que quem se opõe a isso não sabe do que está falando é uma falácia de apelo a autoridade do mais baixo nível, pois está claro para quem lê o debate que a suposta autoridade exauriu seus argumentos e partiu para outra falácia, a de atacar o mensageiro.
Falar que vocês não sabem de linguística não é atacar o mensageiro, é uma constatação objetiva. É que nem falar que ateu não entende de metafísica quando diz as coisas que diz sobre religião. Ad Hominem é diferente disso - é uma tentativa trapaceira de se desestabilizar um adversário, atingindo-o pessoalmente. Nada aqui se assemelha a isso. Vocês, efetivamente não sabem do que estão dizendo, e isso é algo completamente objetivo e independente de mim. Não são da área, simples assim. Em momento algum foi dito que não se deve aprender a norma padrão e culta. O que foi dito é que não se deve corrigir os maneirismos e regionalismos que o aluno traz, por ser, de fato, preconceito linguístico, e por eles serem adequados aos meios em que se insere. Posso dar um exemplo objetivo e pessoal. Eu, quando criança, sempre busquei falar o mais formal e culto possível, por acreditar que "era o certo". Resultado: já fui imensamente achincalhado em diversos meios, entre amigos, na rua, em situações informais, etc. Estava sendo inadequado, inadaptado. Não era essa a maneira como eu deveria ter aprendido. OBS: estudei em colégio católico, tradicionalista. O certo - e objetivamente certo, do ponto de vista da Linguística, e não do meu - é ensinar o aluno onde usar cada maneira de comunicar-se. Ponto. Não tem nem mais o que discutir. Não é questão de exaurir "meus" argumentos - não são "meus" argumentos, é conhecimento científico contra achismos. Esse assunto, considero encerrado.

Quanto ao anterior, da baderna universitária, você parece estar completamente por fora de como é a juventude estadunidense. Ou, então, de como são os militontos suecos. Pra mim isso tudo que você acusou é consequência desse nosso liberalismo onde se pode tudo e não existe referência de valores e de autoridade. Olha só os gêneros musicais escutados pelos jovens lá dos EUA, só falando de drogas e putaria, repetindo frases ininteligíveis, ostentando bens materiais etc. Nada disso tem nada a ver com o que LENIN e MARX pregaram ou com a cultura excelente de países como China, Coréia do Norte e ex-União Soviética. Para mim não tem nada de comunismo aí. Pelo contrário, culturas comunistas possuem um forte senso de coletivismo, responsabilidade e autoridade.
Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 17:07 pm
A esquerda insiste nessa bobagem de que o PT tirou os pobres da miséria.
Distribuiu dinheiro? Sim, foi uma festa. Os pobres ficaram felizes, mas não deixaram de ser pobres, apenas consumiram mais.
Não tirou mesmo, definitivamente. Tudo de "bom" que PT fez foi o mínimo. Por isso considero piada chamar o PT de comunista.
Mas sim, o que aconteceu foi essas pessoas consumirem e aparecerem, serem vistas. Onde estavam antes do PT?

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

criso escreveu:
Sáb, 17 Outubro 2020 - 07:55 am
Nada disso tem nada a ver com o que LENIN e MARX pregaram ou com a cultura excelente de países como China, Coréia do Norte e ex-União Soviética. Para mim não tem nada de comunismo aí. Pelo contrário, culturas comunistas possuem um forte senso de coletivismo, responsabilidade e autoridade.
Fica difícil debater com quem fala em "cultura excelente da Coréia do Norte".
Só se pode falar em cultura e outras virtudes quando há liberdade.
criso escreveu:
Sáb, 17 Outubro 2020 - 07:55 am
Mas sim, o que aconteceu foi essas pessoas consumirem e aparecerem, serem vistas. Onde estavam antes do PT?
No mesmo lugar. Não saíram de lá, apenas pegaram o dinheiro e gastaram. O dinheiro fácil acabou, elas pararam de gastar.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Eu fico me perguntando se alguns aqui se "informam" sobre o que acontece nas faculdades através de denúncias de whatsapp e afins.

Eu frequentei até há alguns anos a UFRJ, começando como aluno e depois a trabalho, assim como outras instituições de ensino. Há gente tosca fazendo tosquice, mas está longe de ser regra. O que concordo é que há ambientes sujos e não cuidados como deveriam, e as vezes pichados (não necessariamente por alunos).

Eu percebia os alunos como sendo, no geral, interessados em aprender. Claro, reclamam das matérias que não gostam, da carga horária, de professores que acham ruins. Também se pegavam e bebiam quando conveniente.

Há uma tendencia sim a esquerda, mas mais pelo mesmo motivo que eu tendo a esquerda (me considero centro-esquerda): detesto gente que quer cagar regra para a vida alheia e procuro seguir o "viva e deixe viver." Não me lembro de nenhum militante.

Vi também demonstrações despudorentas, com genitalias a mostra, e liberdade sexual. Não de forma rotineira, não na aula ou em eventos academicos. Há o mesmo em universidades como Harvard e Yale. Podem procurar fotos.

Nunca vi nada que justificasse esse pânico moral de "nossos estudantes só vão fumar maconha, enfiar dedo no reto, mostrar peitinhos muxibentos tatuados com a cara do Lenin," dentre outros weintraubismos.

Escolas públicas muitas vezes mostram problemas graves de comportamento (criminoso inclusive) e com vandalismo na escola, mas falar que isso é "esquerdismo" é um exemplo de como tornar o problema ainda mais longe de começar a ser resolvido. Quando isto acontece, não há nada de "discurso esquerdista" permeando as ações. O buraco é bem mais embaixo.

Falar que na ditadura era assim ou assado também não vejo como sendo muito honesto. As qualidades da educação durante a ditadura vieram das ações e políticas anteriores a ela. Quando a ditadura acabou, a educação estava alegadamente bem pior, sendo este o resultado do período em que bandidos tomaram o poder.

Posso depois falar como estudantes chineses, por exemplo, não são os autômatos que alguns acham que são. Há muitos que não querem nada com nada.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Titoff escreveu:
Sáb, 17 Outubro 2020 - 14:46 pm
Vi também demonstrações despudorentas, com genitalias a mostra, e liberdade sexual. Não de forma rotineira, não na aula ou em eventos academicos. Há o mesmo em universidades como Harvard e Yale. Podem procurar fotos.
Sem considerar o nome do canal (eu quero Bolsonaro fora!), o bolsonarista abaixo mostra quase toda a faculdade de Harvard e constata que lá NÃO tem pichação.


youtu.be/K8lE47fX6sI

Ao pesquisar por isso, o Google não acha "pichação" à universidade de Harvard, como se vê abaixo.
Talvez eu não tenha procurado direito, mas cabe a você, autor da afirmação, trazer as pichações de Harvard.
E mais: no nível em que encontramos as pichações das universidades daqui.
Faculdade ou Cracolândia - Universidades - Pichação em Harvard.jpg
(clique para ampliar)


Vamos para Yale.
O que eu encontrei foi isso, da Wikipedia:
"Currículo
Connecticut Hall, edifício mais antigo do campus de Yale, construído entre 1750 e 1753
Primeiro diploma concedido pelo Yale College , concedido a Nathaniel Chauncey, 1702

Yale foi varrida pelos grandes movimentos intelectuais do período - o Grande Despertar e o Iluminismo - devido aos interesses religiosos e científicos dos presidentes Thomas Clap e Ezra Stiles . Ambos foram instrumentais no desenvolvimento do currículo científico em Yale enquanto lidavam com guerras, tumultos estudantis, pichações, "irrelevância" dos currículos, necessidade desesperada de dotação e lutas com a legislatura de Connecticut."

Coisa do passado.
De novo, talvez eu não tenha procurado direito, mas cabe a você, autor da afirmação, trazer as pichações de Yale.
E mais: no nível em que encontramos as pichações das universidades daqui.
Faculdade ou Cracolândia - Universidades - Pichação em Yale.jpg

Titoff escreveu:
Sáb, 17 Outubro 2020 - 14:46 pm
Nunca vi nada que justificasse esse pânico moral de "nossos estudantes só vão fumar maconha, enfiar dedo no reto, mostrar peitinhos muxibentos tatuados com a cara do Lenin," dentre outros weintraubismos.

Não é nenhum "pânico moral". É o uso do tempo, a direção para onde vai o interesse do estudante médio.
A grande maioria está mais interessada em dedo no reto do que em Arduíno, em estudar para passar e sabendo, em fazer carreira profissional, levar as coisas a sério.
Faculdade não é ambiente para lazer, performance, intervenção artística. É ambiente para estudo, e estudo de ponta.
É assim nos lugares sérios.

Está tudo de graça, ninguém valoriza nada que é de graça. Pior: transformam o que devia ser o lugar do pensar em lugar do escrachar.

As imagens que eu postei antes representam uma migalha de 0,000...% do que tem de pichação e esculhambação nas universidades daqui.
Se quiser ver a coisa toda, há que se dedicar um dia inteiro para ver tudo.
E eu não estou exagerando.
Vejam só um pouco desse vídeo de Gabriel Monteiro na "ilustre" Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro.


youtu.be/4PCWpK6716w

Re: Ambientes de esquerda e de direita

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Pichação em Harvard:

Devil Worship' Graffiti Found on John Harvard Statue
https://www.nbcboston.com/news/local/de ... e/2165877/

HUPD Investigating Winthrop House Graffiti Calling for Sullivan’s Removal
Imagem
https://www.thecrimson.com/article/2019 ... -graffiti/

Bunda de fora em Yale
After Full-Frontal Nudity, Yale Students Escorted From The Game
Imagemhttps://www.thecrimson.com/article/2016 ... game-2016/

Maconheiros em Harvard
It's High Time: Weed at Harvard
https://www.thecrimson.com/article/2017 ... t-harvard/
That said, there are plenty of people who use marijuana at Harvard. A yearly poll conducted by The Harvard Crimson reveals that 21.8 percent of students in the Class of 2017 alone have tried marijuana. This number is even higher—24.3 percent—for the Class of 2020.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Estudantes necessariamente farão merda. É coisa da idade e do ambiente estudantil.
O que diferencia um país de outro é:

- até que ponto esse comportamento é generalizado
- qual o motivo por trás dele: imaturidade ou militância ideológica
- qual a reação das autoridades

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Gigaview escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 09:09 am
Pichação em Harvard:

Devil Worship' Graffiti Found on John Harvard Statue
https://www.nbcboston.com/news/local/de ... e/2165877/

HUPD Investigating Winthrop House Graffiti Calling for Sullivan’s Removal

Bunda de fora em Yale
After Full-Frontal Nudity, Yale Students Escorted From The Game

Maconheiros em Harvard
It's High Time: Weed at Harvard
https://www.thecrimson.com/article/2017 ... t-harvard/
That said, there are plenty of people who use marijuana at Harvard. A yearly poll conducted by The Harvard Crimson reveals that 21.8 percent of students in the Class of 2017 alone have tried marijuana. This number is even higher—24.3 percent—for the Class of 2020.
Noooossa, que semelhança com a pichação e a zorra plena e total que ocorre aqui.
Igualzinha!


The vandalism was reported Saturday morning to the Harvard University Police Department, according to a university spokesperson who said it's a long-standing policy of campus police not to comment on open investigations.

The incident is under investigation.
Tudo exatamente igual com o que acontece aqui.
Impressionante.


Porém, nós somos um pouco mais criativos:

Imagem


Estudar que é bom...

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Universidade é lugar para o Conhecimento, para a Pesquisa, para o Estudo, para o Avanço Tecnológico.
Lugar para avançar em algum campo do conhecimento, adquirir conceitos e experiências que serão úteis numa carreira, na formação de um profissional.
Lugar para frequentar a Biblioteca, para mergulhar no universo do Conhecimento.

É redundante eu falar o que todos aqui já sabem.

Não é lugar para Oficina de Siririca, para performance artística ou para agredir e coagir professores.


____________________________
Meus pais viveram no tempo da palmatória.
Eu só peguei o tempo em que ser chamado à atenção na sala de aula era motivo de anotação no Boletim Escolar e reprimenda quando chegasse em casa.

Agradeço meu tempo de escola.
Eu viveria aquilo tudo de novo.


Hoje, professores são aterrorizados em sala de aula.
Aluno ameaça e arrebenta professora idosa o tempo todo, é coisa corriqueira.
E os nossos índices educacionais frente ao resto do mundo é uma vergonha completa.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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criso
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Registrado em: Qui, 19 Março 2020 - 15:57 pm
Localização: Santa Maria (RS)

Mensagem por criso »

Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:28 pm
Universidade é lugar para o Conhecimento, para a Pesquisa, para o Estudo, para o Avanço Tecnológico.
Lugar para avançar em algum campo do conhecimento, adquirir conceitos e experiências que serão úteis numa carreira, na formação de um profissional.
Lugar para frequentar a Biblioteca, para mergulhar no universo do Conhecimento.

É redundante eu falar o que todos aqui já sabem.

Não é lugar para Oficina de Siririca, para performance artística ou para agredir e coagir professores.
Só discordo quanto a performances, basta não serem irresponsáveis.
Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:28 pm
Meus pais viveram no tempo da palmatória.
Eu só peguei o tempo em que ser chamado à atenção na sala de aula era motivo de anotação no Boletim Escolar e reprimenda quando chegasse em casa.

Agradeço meu tempo de escola.
Eu viveria aquilo tudo de novo.


Hoje, professores são aterrorizados em sala de aula.
Aluno ameaça e arrebenta professora idosa o tempo todo, é coisa corriqueira.
E os nossos índices educacionais frente ao resto do mundo é uma vergonha completa.
Não discordo. Só penso que nada disso tem a ver com qualquer tipo de "conspiração comunista".
A degradação moral do ocidente é generalizada. Não é sequer privilégio das universidades.
Perpassa todas as áreas da nossa civilização -
jeitinho, negócios, política, comportamentos, sexualidade etc.
Pra mim o ocidente é um acidente.
Tem que apertar o botão de reset.
Editado pela última vez por criso em Dom, 18 Outubro 2020 - 12:42 pm, em um total de 1 vez.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 06:41 am
Titoff escreveu:
Sáb, 17 Outubro 2020 - 14:46 pm
Vi também demonstrações despudorentas, com genitalias a mostra, e liberdade sexual. Não de forma rotineira, não na aula ou em eventos academicos. Há o mesmo em universidades como Harvard e Yale. Podem procurar fotos.
Sem considerar o nome do canal (eu quero Bolsonaro fora!), o bolsonarista abaixo mostra quase toda a faculdade de Harvard e constata que lá NÃO tem pichação.
A parte de instalações sujas e sem manutenção, eu concordo em grande parte, mas com ressalvas. Eu me referia a bandos de alunos pelados pela universidade, como pode ver no texto meu que você quotou. Você encontra várias fotos (inclusive postaram uma aí acima como exemplo).

Imagem
Imagem: alunos de Harvard aprendendo Arduíno


Imagem
Imagem: estudantes da Universidade das Filipinas implementando circuitos


Imagem
Imagem: estimulando a criatividade na universidade de Berkeley
Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 06:41 am
Titoff escreveu:
Sáb, 17 Outubro 2020 - 14:46 pm
Nunca vi nada que justificasse esse pânico moral de "nossos estudantes só vão fumar maconha, enfiar dedo no reto, mostrar peitinhos muxibentos tatuados com a cara do Lenin," dentre outros weintraubismos.

Não é nenhum "pânico moral". É o uso do tempo, a direção para onde vai o interesse do estudante médio.
A grande maioria está mais interessada em dedo no reto do que em Arduíno, em estudar para passar e sabendo, em fazer carreira profissional, levar as coisas a sério.
Faculdade não é ambiente para lazer, performance, intervenção artística. É ambiente para estudo, e estudo de ponta.
É assim nos lugares sérios.
Se essa é a sua régua para lugares sérios, temos menos universidades sérias do que imaginávamos. Inclusive as que figuram no topo do ranking mundial.
Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 06:41 am
As imagens que eu postei antes representam uma migalha de 0,000...% do que tem de pichação e esculhambação nas universidades daqui.
Se quiser ver a coisa toda, há que se dedicar um dia inteiro para ver tudo.
E eu não estou exagerando.
Vejam só um pouco desse vídeo de Gabriel Monteiro na "ilustre" Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro.


youtu.be/4PCWpK6716w
Esse Gabriel Monteiro não é aquele PM (ou ex?) youtuber bozoasnista que fazia video acusando o comandante de ser ligado ao crime organizado? Disse que o comandante era ligado ao comando vermelho por que entrou em um endereço na Maré (favela dominada por tal facção) e saiu são e salvo. Acontece que o referido endereço era de um batalhão da PM na Maré. Ou seja, mais um youtuberzinho da extrema direita, sem um pingo de honestidade, doido para virar político (acho que até já lançou candidatura). Desculpe, não vou dar 40 minutos para assistir isso e dar visibilidade para ele.

Mas sim,vai encontrar areas pichadas e sem manutenção (não necessariamente culpa dos alunos), e sim, vai encontrar gente idiota também, e gente que não quer nada com nada. O que não dá é repetir os weintraubismos de youtubers bolsonaristas.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Gigaview escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:52 pm
Noooossa, que semelhança com a pichação e a zorra plena e total que ocorre aqui.
Os brasileiros são mais criativos. O que se vê nas paredes da UFF é arte e gosto não se discute.




----
Tô zoando. Concordo com você.
Estudei na UFF, na UFRJ e na PUC. Praticamente tudo a mesma coisa no quesito maconha. Na PUC só é mais elitizada.

Aquele prédio da UFF mostrado no vídeo é onde fica a sede do DCE e rolavam umas festas lá (muito boas por sinal). O prédio está meio abandonado e tem entrada por fora do portão de acesso ao campus. Rola de tudo lá.

Na PUC tudo acontece na "vila", umas casinhas anexas ao prédio da reitoria/bandejão. Na UFRJ é mais espalhada...tipo USP/UNICAMP mas em geral perto do DCE é sempre uma zona.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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criso
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Registrado em: Qui, 19 Março 2020 - 15:57 pm
Localização: Santa Maria (RS)

Mensagem por criso »

Eu fiz um semestre Ciência Política na UFF. Meu professor não era nada comunista - era pró-Vargas, nacionalismo, populismo... mas eu achava o lugar muito estranho, mesmo. Tudo meio pichado, abandonado, os grupinhos esquisitos... povo fumando na frente, etc.

Hoje, estudo na UFSM, e é uma realidade muito diferente. A estrutura é muito boa. A universidade é muito bem organizada, os professores são excelentes e não teve nenhuma doutrinação em aula, como dizem por aí.

Fiz um ano de Sociologia na UNILA, também era muito bem estruturada, pelo menos o campus do PTI. Tinhamos que usar crachá e tudo. Não sei como está hoje em dia.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:42 pm

A parte de instalações sujas e sem manutenção, eu concordo em grande parte, mas com ressalvas. Eu me referia a bandos de alunos pelados pela universidade, como pode ver no texto meu que você quotou. Você encontra várias fotos (inclusive postaram uma aí acima como exemplo).

Imagem: alunos de Harvard aprendendo Arduíno
Não, eles não estão aprendendo Arduíno.
Isso é pontual, quase como uma calourada e faz parte de uma tradição.
É algo muuuuito diferente do que existe aqui.
Students run in Primal Scream, a tradition in which participants undress and run around Harvard Yard on the last day of reading period. Fewer students ran in this Friday morning's Scream than in the winter of 2012.

Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:42 pm
Imagem: estudantes da Universidade das Filipinas implementando circuitos
Veja se tem esse tipo de circuito em universidades acima das Filipinas no ranking de academias sérias.
Será que tem lá no Japão ou na Coreia do Sul?
Ou parece que só tem de um certo nível para baixo.


Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:42 pm

Imagem: estimulando a criatividade na universidade de Berkeley
Não, isso não é estímulo à criatividade.
Isso é algo completamente diferente, é outra quase tradição, um alívio de estresse e, veja só, tem até nome:
UC Berkeley Naked Run
On first thought, yes, it may be a liberating activity for those who are engaging in it and one can argue that the exhibition of their carefreeness and boldness can be a stress reliever for students cramming for finals in Main Stacks/Moffitt, because of comic relief and what not. But...

Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:42 pm
Esse Gabriel Monteiro não é aquele PM (ou ex?) youtuber bozoasnista que fazia video acusando o comandante de ser ligado ao crime organizado? Disse que o comandante era ligado ao comando vermelho por que entrou em um endereço na Maré (favela dominada por tal facção) e saiu são e salvo. Acontece que o referido endereço era de um batalhão da PM na Maré. Ou seja, mais um youtuberzinho da extrema direita, sem um pingo de honestidade, doido para virar político (acho que até já lançou candidatura). Desculpe, não vou dar 40 minutos para assistir isso e dar visibilidade para ele.
Não precisa mais se preocupar em dar visualização ao youtuber.
Os seus problemas acabaram!

Eu baixei o vídeo e o coloquei aqui para você (ou qualquer outro que não queira dar visualização ao autor) possa ver as maravilhas que ele encontra.
Não ataque o mensageiro. Veja o conteúdo do vídeo. Gabriel está apenas mostrando o que ele encontrou na UFF e que é tema do nosso debate.
Nem se preocupe que ele não vai ganhar o seu view.



O que existe no nosso país tropical, do mulato inzoneiro (nem sei se ainda posso falar Ari Barroso sem ser linchado) é uma zorra total, todos os dias do calendário do ano letivo.
O que você mostrou são eventos pontuais, comemorações típicas de fim ou início de ano, bagunça eventual em algumas aglomerações de jovens.
Não é a rotina deles.
Acho que você tem a honestidade de admitir isso.
Por aqui, nós temos a bagunça ostensiva, a baderna implantada e estabelecida.
Não é o que a gente vê por lá.

Pode até ter uma ou outra universidade com algo parecido, afinal, jovem é jovem em qualquer lugar do mundo, mas não é a coisa sem dono que nós vemos por aqui ou nas Filipinas ou em outra sub-universidade por aí.

O que se vê em lugar que cresce e se desenvolve é gente compenetrada em APRENDER e não em ESCRACHAR.
Afinal, universidade é lugar de que mesmo?

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 13:34 pm

Pode até ter uma ou outra universidade com algo parecido, afinal, jovem é jovem em qualquer lugar do mundo, mas não é a coisa sem dono que nós vemos por aqui ou nas Filipinas ou em outra sub-universidade por aí.

O que se vê em lugar que cresce e se desenvolve é gente compenetrada em APRENDER e não em ESCRACHAR.
Afinal, universidade é lugar de que mesmo?
Ah sim, se é tradição correr pelado, então é bom. De novo: quando frequentador de tais ambientes, não vi essa de todo dia é dia de ficar nu e doido. Isso é pânico moral reacionário, com muito cherry picking e mentiras mesmo, ao meu ver.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:08 pm

Porém, nós somos um pouco mais criativos:

Imagem


Estudar que é bom...
Essa infame 'peça' Macaquinhos foi feita num palco do SESC, não foi?

E só vi essa imagem sendo divulgada pelos conservadores preocupados com a moral e costumes. Tem cinco anos já, mas tenho certeza que alguns volta e meia olham essas imagens para renovar a... revolta, digamos. :roll:

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 13:34 pm
Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 12:42 pm


Não precisa mais se preocupar em dar visualização ao youtuber.
Os seus problemas acabaram!

Eu baixei o vídeo e o coloquei aqui para você (ou qualquer outro que não queira dar visualização ao autor) possa ver as maravilhas que ele encontra.
Não ataque o mensageiro. Veja o conteúdo do vídeo. Gabriel está apenas mostrando o que ele encontrou na UFF e que é tema do nosso debate.
Nem se preocupe que ele não vai ganhar o seu view.
Vi uns pedaços, mas...que bosta,hein! Continuo achando um frangotezinho reaça e mentiroso, que só quer virar vereador na onda do bozoasnismo.

A manutenção é deplorável nos lugares onde ele escolheu passar para poder lacrar com seus seguidores. Tem pichações semelhantes a que você encontra nas ruas do entorno do campus (e lembrando que qualquer um entra no campus).

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 13:41 pm

Ah sim, se é tradição correr pelado, então é bom. De novo: quando frequentador de tais ambientes, não vi essa de todo dia é dia de ficar nu e doido. Isso é pânico moral reacionário, com muito cherry picking e mentiras mesmo, ao meu ver.
Certo, eu topo.
Vamos ver quem é que está mentindo.

https://www.e-farsas.com/as-fotos-de-al ... reais.html
https://www.youtube.com/watch?v=GNLrHzIROKQ
https://g1.globo.com/goias/noticia/estu ... eira.ghtml
https://g1.globo.com/goias/noticia/estu ... ocar.ghtml
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/0 ... 96491.html
https://www.noticiasaominuto.com.br/bra ... menta-caso
https://ceert.org.br/noticias/educacao/ ... de-publica
https://independente.com.br/caso-de-est ... s-sociais/
https://www.gazetadopovo.com.br/educaca ... xlal35thv/
https://aconteceagora.com.br/estudantes ... e-federal/
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia ... no-am.html
https://www.uai.com.br/app/noticia/e-ma ... ufmg.shtml


Pichação por Bolsonaro...
(Eu quero que Bolsonaro se exploda; faculdade não é para ser pichada)

https://www.itatiaia.com.br/noticia/uni ... chadas-com
https://www.almapreta.com/editorias/rea ... -bolsonaro



Querer negar que a coisa aqui no Brasil é uma zona, é a universidade é um lugar sem dono...

Como costuma dizer Fernando Silva, não dá para debater com alguém assim.
Bom domingo, Titoff. Eu tenho mais o que fazer.
Imagem

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Mensagem por Gabarito »

Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 13:41 pm

Ah sim, se é tradição correr pelado, então é bom. De novo: quando frequentador de tais ambientes, não vi essa de todo dia é dia de ficar nu e doido. Isso é pânico moral reacionário, com muito cherry picking e mentiras mesmo, ao meu ver.

Acho que seus óculos estão sujos.
Então lá vai de novo: não tem pânico moral NENHUM.
O que eu menos temo na vida é enfrentar esse pessoal; pânico então... zero.

Se na sua visão eu sou reacionário, então tá.
Hoje à noite eu não durmo.

E de novo: universidade é para quê mesmo?
É pra "nóia" passar o tempo torrando o dinheiro que o cobrador de ônibus desconta do salário e paga de imposto?

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Esse tipo de coisa acontece em alguns cursos de algumas universidades, principalmente em cursos de humanas.

Não dá pra simplesmente pegar algumas fotos e generalizar dizendo que esse é o dia a dia de todos estudantes universitários brasileiros.
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