Ambientes de esquerda e de direita

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Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Gabarito
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Cinzu escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 16:29 pm
Esse tipo de coisa acontece em alguns cursos de algumas universidades, principalmente em cursos de humanas.

Não dá pra simplesmente pegar algumas fotos e generalizar dizendo que esse é o dia a dia de todos estudantes universitários brasileiros.
O foco aqui é o descaso e a bagunça que existe nas universidades públicas no Brasil frente a outras no exterior.
Aí incluído pichação, oficinas e teses que não instruem uma profissão ou carreira (exemplos: masturbação, "fazer banheirão", dinâmicas homoeróticas, etc), nudez em sala de aula que não seja uma calourada tradicional, instalação artística fora de contexto (universidade não tem objetivo principal de exposição de peças de arte) e tudo que desvirtua o caráter pedagógico e acadêmico do ambiente científico do campus.

Não foquei só na nudez. Desde o começo eu venho mostrando tudo isso, pichação, agressão, vandalismo, antro de drogados (algumas federais, não todas, claro), fugindo COMPLETAMENTE aos objetivos da instituição.
Em contrapartida, falei desses mesmos ambientes em países que levam a Ciência e o Conhecimento a sério.

Porque em Harvard e em Yale tem alguns eventos já incluídos no calendário como tradicionais de uma brincadeira típica de calourada não implica que tenha o mesmo significado com o que se vê aqui.
Porque picharam clandestinamente uma porta em Harvard (e que está sob investigação), o que se vê no vídeo de Gabriel Monteiro acima é coisa completamente diferente de lá.

O que é que sai de Yale? O que é que sai de Harvard?
E como anda o nível da nossa Educação?

Universidade não existe para exposição de arte, para exercer e exibir performances escatológicas.
Aquilo ali é mantido pelo imposto pago pela balconista que acordou às 5 para pegar ônibus lotado e voltar pra casa tarde da noite.
É o pedreiro que desconta do seu suado salário e que é carreado para sustentar aqueles playboys desocupados que não querem nada com carreira ou profissão.
É o imposto do pequeno e humilde que paga o restaurante universitário, as instalações, os professores, a energia elétrica, a limpeza e toda a infraestrutura de um campus sem dono, que não é de ninguém e todos se sentem no direito de vandalizar e esculachar.

Ciência e Conhecimento que é o foco central do lugar...
Babau...


Achar que está tudo bem...
Então está tudo bem.
Pra mim, já deu.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Cinzu
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 16:06 pm

Mensagem por Cinzu »

O problema das Universidades Públicas vai muito além de casos isolados de exposições inapropriadas. Sim, este tipo de coisa ocorre, todos já estamos cansados de saber, é um absurdo e causa espanto a qualquer um.

Mas, estes grupos minoritários de jovens que denigrem a imagem das Universidades Públicas está muito longe de ser a principal causa dos problemas estruturais que o ensino brasileiro enfrenta. Isso é dar voz às narrativas Bolsolavistas e atacar moinhos de ventos, dando a falsa impressão de que o problema educacional brasileiro se resume a jovens andando nús, e deixando de lado questões que de fato são um empecilho ao desenvolvimento do ensino público brasileiro.

O que realmente ocorre nas Universidades Públicas é: muito desvio de verba; gastos desnecessários; má alocação de recursos; baixa produtividade acadêmica; baixa produtividade profissional; ensino defasado; professores que ganham superssalários para fingirem que dão aula; profissionais com desempenho abaixo da média e que custam de 2 a 3 vezes mais que os mesmos em Universidades Privadas; critérios ineficientes de avaliação da qualidade de ensino e pesquisa; empecilhos burocráticos ao desenvolvimento de pesquisas; empecilhos burocráticos à inovação, à parcerias público-privadas, entre outros.

Esta sim é a realidade das Universidades Públicas. Isto é o que de fato ocorre no dia a dia. Mas, um grupo de delinquentes de algum curso de Artes lá da Federal do fim do mundo que certo dia fizeram obscenidades dá muito mais Ibope do que todos estes problemas acima mencionados.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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criso
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Registrado em: Qui, 19 Março 2020 - 15:57 pm
Localização: Santa Maria (RS)

Mensagem por criso »

Cinzu escreveu:
Seg, 19 Outubro 2020 - 03:36 am
O problema das Universidades Públicas vai muito além de casos isolados de exposições inapropriadas. Sim, este tipo de coisa ocorre, todos já estamos cansados de saber, é um absurdo e causa espanto a qualquer um.

Mas, estes grupos minoritários de jovens que denigrem a imagem das Universidades Públicas está muito longe de ser a principal causa dos problemas estruturais que o ensino brasileiro enfrenta. Isso é dar voz às narrativas Bolsolavistas e atacar moinhos de ventos, dando a falsa impressão de que o problema educacional brasileiro se resume a jovens andando nús, e deixando de lado questões que de fato são um empecilho ao desenvolvimento do ensino público brasileiro.

O que realmente ocorre nas Universidades Públicas é: muito desvio de verba; gastos desnecessários; má alocação de recursos; baixa produtividade acadêmica; baixa produtividade profissional; ensino defasado; professores que ganham superssalários para fingirem que dão aula; profissionais com desempenho abaixo da média e que custam de 2 a 3 vezes mais que os mesmos em Universidades Privadas; critérios ineficientes de avaliação da qualidade de ensino e pesquisa; empecilhos burocráticos ao desenvolvimento de pesquisas; empecilhos burocráticos à inovação, à parcerias público-privadas, entre outros.

Esta sim é a realidade das Universidades Públicas. Isto é o que de fato ocorre no dia a dia. Mas, um grupo de delinquentes de algum curso de Artes lá da Federal do fim do mundo que certo dia fizeram obscenidades dá muito mais Ibope do que todos estes problemas acima mencionados.
É isso.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Registrado em: Ter, 17 Março 2020 - 11:47 am

Mensagem por Titoff »

Gabarito escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 14:16 pm
Titoff escreveu:
Dom, 18 Outubro 2020 - 13:41 pm

Ah sim, se é tradição correr pelado, então é bom. De novo: quando frequentador de tais ambientes, não vi essa de todo dia é dia de ficar nu e doido. Isso é pânico moral reacionário, com muito cherry picking e mentiras mesmo, ao meu ver.
Certo, eu topo.
Vamos ver quem é que está mentindo.

https://www.e-farsas.com/as-fotos-de-al ... reais.html
https://www.youtube.com/watch?v=GNLrHzIROKQ
https://g1.globo.com/goias/noticia/estu ... eira.ghtml
https://g1.globo.com/goias/noticia/estu ... ocar.ghtml
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/0 ... 96491.html
https://www.noticiasaominuto.com.br/bra ... menta-caso
https://ceert.org.br/noticias/educacao/ ... de-publica
https://independente.com.br/caso-de-est ... s-sociais/
https://www.gazetadopovo.com.br/educaca ... xlal35thv/
https://aconteceagora.com.br/estudantes ... e-federal/
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia ... no-am.html
https://www.uai.com.br/app/noticia/e-ma ... ufmg.shtml


Pichação por Bolsonaro...
(Eu quero que Bolsonaro se exploda; faculdade não é para ser pichada)

https://www.itatiaia.com.br/noticia/uni ... chadas-com
https://www.almapreta.com/editorias/rea ... -bolsonaro



Querer negar que a coisa aqui no Brasil é uma zona, é a universidade é um lugar sem dono...

Como costuma dizer Fernando Silva, não dá para debater com alguém assim.
Bom domingo, Titoff. Eu tenho mais o que fazer.
Imagem
Entrei em alguns desses links, e fica claro que tem muito cherry picking. Vc leu o conteúdo?

Uma foto de 2009, outra de 2014, junta com uma de 2017, pronto! Pânico moral! A qualquer momento que alguém for numa universidade, irá encontrar hordas de alunos andando pelados e ensinando a se masturbar! Ó, o horror!

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Tutu
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Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:44 am
A norma culta serve como uma âncora ou ponto de referência para que a língua não se fragmente em dialetos ininteligíveis entre si e para que aquilo que é escrito hoje não se torne incompreensível em poucas décadas.

Se o aluno fala errado, ele tem que aprender que aquilo é um regionalismo ou fruto da ignorância e analfabetismo.

Só então ele poderá decidir qual forma usar conforme a ocasião.
criso escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:49 am
Essa suposta "referência" é que foi uma arbitrariedade imposta por um estado-nação para impor sua organização.
Os regionalismos e dialetos não são erros - pelos contrários, eles é que são a fala natural e autêntica que emerge dos povos e suas culturas.
Todas as "línguas oficiais", "nacionais" é que são imposições convencionadas.
Não temos nem o que discutir. Vocês estão falando achismo.
Os dois estão certos.

A língua portuguesa tem uma diglossia maior entre o escrito e falado quando comparado com outras línguas. Línguas mudam com o passar do tempo e por isso cada região desenvolve sotaques e dialetos. Aí entra o português padrão, que é a forma considerada "correta" na gramática e tem a função de servir de referência para unificar os falantes das variações e por isso é ensinado em escolas. Sem padrão, as variantes se divergem em línguas distintas ao longo do tempo. Quase 300 anos já separam o português brasileiro do portuga e 1000 anos o português do espanhol.

O problema é que a forma padrão costuma ser muito fossilizada e ter aberrações arcaicas (como mesóclise) e regras artificiais que nunca fizeram sentido (proibir de começar frase com pronome oblíquo). Costuma também rejeitar novidades boas, como topicalização.

Gabarito escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:44 pm
Aluno cheio de direitos batendo e ameaçando pobres professores, às vezes senhoras idosas, tem sido corriqueiro na última década.
Falta de disciplina, falta de autoridade, esculhambação, desordem e bagunça tem sido a regra nas escolas e também nas universidades.
Conheço muito bem uma universidade. Essa putaria existe desde a década de 60. Existe ponto de maconha e salinha com colchão de sexo em DCE/DA. Essas nojeiras são coisas de alunos baderneiros fazendo eventos esporádicos fora de sala de aula. Esses alunos vagabundos levam pelo menos 2 anos a mais para concluir o curso e muitos só entram em curso fácil para ficar de bobeira ou participar de alguma atividade artística ou esportiva. Festa de república então, tenho até medo de ir.

Mas é um grande erro achar que isso é regra, porque a maioria dos alunos nunca viram. Aluno responsável nem percebe isso. Os servidores da universidade não promovem atividade de sexo sem limite ou plantação de maconha. Não sei falar sobre os das outras áreas, mas professor de exatas e biológicas são muito ocupados. A de Direito é triste, mas muito professor e aluno tem emprego fora da universidade.

Essa baixaria é esporádica e ocorre em lugar onde não está tendo aula enquanto o resto da universidade tem coisa séria. Veja na foto da UnB, alunos sérios esperando a aula começar no corredor enquanto uma meia dúzia de idiotas passa pelado marchando. Isso é raro de acontecer.
Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:37 am
criso escreveu:
Qui, 15 Outubro 2020 - 22:57 pm
Duvido isso acontecer na China, na Coréia do Norte ou na extinta União Soviética.
Essa degradação aí é fruto da sociedade liberal, inerentemente corrompida, onde se pode tudo e não existe noção de valores e de autoridade.
Abri o texto, que associava a esquerdismo e hedonismo esquerdista.
Hedonismo é coisa de burguês e liberal, ou filhos de.
Nada daí reflete os valores e necessidades de classe trabalhadora.
A esquerda ataca o conservadorismo e o moralismo para dividir a sociedade.
Depois que toma o poder, impõe esse moralismo e conservadorismo.
Os países comunistas mencionados nunca atacaram o conservadorismo social (no sentido de pudor, etc) antes da revolução.
Esses idiotas das fotos não tem capacidade nenhuma de chegar ao e manter o poder.
São do tipo que querem tudo de graça e não sabem que não existe almoço grátis.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Fernando Silva
Conselheiro
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Seg, 19 Outubro 2020 - 20:30 pm
A língua portuguesa tem uma diglossia maior entre o escrito e falado quando comparado com outras línguas.
O português é uma das línguas mais fonéticas que existem. As duas mais fonéticas são o tcheco e o espanhol.
Ou seja, o que está escrito reproduz o que se pronuncia.

Não dá nem para comparar com o inglês, por exemplo, onde você nunca sabe qual é a pronúncia e tem que aprender palavra por palavra, sendo que algumas têm diferentes pronúncias conforme o sentido.

Ou com o francês, que usa um monte de letras desnecessárias para representar um som.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Queria perguntar o que leva o Sul do Brasil a ser mais de direita e o Nordeste mais de esquerda.
O sul é menos religioso, tem mais gays e é mais "politicamente correto", enquanto o nordeste é mais católico e mais tradicionalista.
Já ouvi dizer que o povo lá é racista (mesmo que odeie o racismo dos outros) e tem orgulho da ascendência europeia. Outra explicação é que por ser uma região da renda maior, eles pagam mais impostos e tem menos retorno, porque o governo federal redistribui para os estados pobres.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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DenelliSkid
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Mensagem por DenelliSkid »

A ala de humorismo de Globo anda meio que dominada por figuras mais a esquerda.

Até pouco tempo atrás, esse cidadão tema do vídeo abaixo era um dos diretores. Parece algumas coisas que pregam sai como "faça o que digo, mas não faça o que faço".


youtu.be/LByvfO7BSas

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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DenelliSkid
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Mensagem por DenelliSkid »

Outro ambiente que anda politizado é o da Policia Militar paulista.

Não estou conhecendo nenhum PM que não seja ao menos simpatizante do bolsonarismo e da direita (uns até bem radicais).

Participo de alguns grupos no facebook e é até quase um crime criticar a direita.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

DenelliSkid escreveu:
Sex, 18 Dezembro 2020 - 00:06 am
Outro ambiente que anda politizado é o da Policia Militar paulista.

Não estou conhecendo nenhum PM que não seja ao menos simpatizante do bolsonarismo e da direita (uns até bem radicais).

Participo de alguns grupos no facebook e é até quase um crime criticar a direita.
Isso ocorre na polícia de qualquer estado. E também no exército.

Por outro lado, na área da educação, é quase um crime criticar a esquerda.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Ambientes militarizados (polícia, exército e corpo de bombeiros) sempre tiveram viés mais à direita, enquanto ambientes de educação (universidades, escolas, institutos de pesquisa) tiveram viés à esquerda. Isto foi muito escancarado no período do regime militar e perdura até os dias atuais.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Diferença psicológica entre conservadores e liberais. É muito longo, mas é um ótimo vídeo e politicamente neutro. Tem confirmação científica.

youtu.be/aOdPa7Bzpas

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Spoiler:
Gabarito escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 13:47 pm
Fernando Silva escreveu:
Sex, 16 Outubro 2020 - 11:57 am

Vou repetir: para saber onde usar, é preciso conhecer a norma culta.
Só então a pessoa poderá decidir quando usar uma coisa ou outra.

O que o governo petralha nos deu foi uma geração que não entende o que lê e, portanto, não tem acesso ao conhecimento acumulado.

Ao invés de ficar estudando Física e Matemática, o militonto vai para a faculdade brincar de enfiar o dedo no raibow do colega.
Ao invés de se informar sobre Arduíno e implementar circuitos próprios e estimular a criatividade em programação com ações práticas, o maconheiro vai fazer performance de ficar nu e pichar completamente as paredes da instituição.

Enquanto eles fazem isso, os estudantes em Tóquio, em Seul, em Londres, em Princeton, em Barcelona, em Berlim estão todos aprendendo a cátedra, estão se destacando no mundo acadêmico, serão futuros prêmios Nobel e retornarão para a sociedade a Ciência que aprenderam em forma de invenções, vacinas, celulares de ponta, enfim, melhorando o mundo inteiro.

Vamos ver se a gente encontra essas paredes pichadas em Harvard, em Oxford ou em Manchester.
Vamos ver se a gente encontra brincadeira de "Macaquinhos", roda de capoeira, grafitismo criminoso, oficina de enfiar gelo no orifício do ânus e outras ações de natureza escatológica naquelas instituições.
Lá, na maioria de lugares que levam o ensino a sério, a faculdade tem dono, não é essa zorra de pertencer ao Estado, onde se instala a Casa da Mãe Joana e onde nada pertence a ninguém e todos podem depredar.

Existia um tumblr com o nome "Faculdade ou Cracolândia".
Eu procurei há pouco, mas parece que não existe mais.
É uma coletânia dos horrores.
Tem "aluno" defecando na mesa do professor, tem oficina de tiririca, tem orgia à luz do dia nos ambientes de sala de aula, tem laboratório de exploração vaginal...

Esse é o ensino que o PT nos legou.

Na ditadura (e não vai nenhuma defesa de ditadura aqui), que no fundo era a DitaMole, ou seja, apenas um Regime Militar, pois ditadura é coisa muitíssimo mais opressora, não existia "aluno" cheio de direito que arrancava dedo de professora ao fechar a porta na cara dela.
Não tinha "aluno" dando voadora no professor já cinquentão, que teve que ser levado ao hospital com fratura na clavícula.

Os casos na imprensa sobre alunos cheios de direito e dever nenhum abundam.
Arrebentam, apavoram e nada aprendem.
Formam uma legião de analfabetos funcionais que sabem jogar capoeira e fazer grafitismo, mas não juntam A com B numa composição (redação), não possuem a mais débil formação em nada de nada e vão engrossar as filas de desemprego por falta de capacitação.

Sobre o "Nós pega os peixe", já ficou bem claro.
Para se decidir como e onde usar regionalismo, precisa se conhecer os dois, a gíria local e a norma culta.

Saber só a gíria, o modo de falar regional vai deixar a pessoa eternamente excluída do mercado, vai ser sempre um pobre coitado despreparado e impossibilitado de avançar em qualquer carreira.
É justamente aí onde esse tipo de concepção falha de maneira crassa e obtém o contrário do que alega: ao invés de preparar o aluno e inseri-lo no mercado, larga-o no território da ignorância, em que o mundo corportativo e empresarial podia fazer uso de suas qualificações, mas jamais fará.

Dizer que quem se opõe a isso não sabe do que está falando é uma falácia de apelo a autoridade do mais baixo nível, pois está claro para quem lê o debate que a suposta autoridade exauriu seus argumentos e partiu para outra falácia, a de atacar o mensageiro.
Isso já existia antes do PT, ta mais influência norte-americana mais extrema do "Juventude transviada" do que de um bando de comunistas organizados e militarizados.
Tem muitos filmes antigos norte-americanos glamourizando a rebeldia juvenil. A juventude classe média brasileira copiou isso de países como os EUA. Mas quando o povão passa fazer aí costumam pegar no pé. Se isso que ta nas fotos for uma regra e não exceção mostrada em fotos como evidências anedóticas pra generalizar as universidades, seria consequência da geração "Juventude transviada" e não do esquerdismo e comunismo em si.
Editado pela última vez por Agnoscetico em Qua, 13 Julho 2022 - 19:23 pm, em um total de 2 vezes.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Cinzu escreveu:
Qui, 07 Janeiro 2021 - 15:12 pm
Ambientes militarizados (polícia, exército e corpo de bombeiros) sempre tiveram viés mais à direita, enquanto ambientes de educação (universidades, escolas, institutos de pesquisa) tiveram viés à esquerda. Isto foi muito escancarado no período do regime militar e perdura até os dias atuais.
Depende do ambiente militarizado. Se for ambiente dum regime comunista como o norte-coreano, por exmplo, o viés seria outro.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

Diferença psicológica entre conservadores e liberais.
Já estudei bastante com o Luiz Hanns, esse vídeo dele que segue é bom sobre o assunto. Tem aquele embasamento confortável da Casa do Saber.


youtu.be/qQ3htq-T2T0

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Por isso é bom desconfiar quando postam fotos que podem ser de qualquer lugar que tenha ambiente parecido ao de salas universitárias e com pessoas não identificadas, pois as Tias do zap (ou seria Tia bot do zap ?) não perdem tempo:


Após cortes no MEC, envio de imagens de estudantes nus cresce 950% em grupos de WhatsApp em 24 horas

https://www.aosfatos.org/noticias/apos- ... m-24-horas


Fotos e vídeos que retratam, principalmente, performances artísticas e protestos realizados em universidades brasileiras em diversos períodos têm sido compartilhados de forma massiva nas redes sociais desde que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou o contingenciamento de parte das verbas discricionárias de instituições de ensino superior federais, no dia 30 de abril. Em 350 grupos de WhatsApp, o compartilhamento desse tipo de conteúdo cresceu pelo menos 950% em 24 horas, entre os dias 1º e 2 de maio, segundo levantamento do Aos Fatos em ferramenta de monitoramento desenvolvida na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Em comum, as publicações usam imagens e gravações para criticar as universidades e elogiar o bloqueio orçamentário feito pelo MEC. Elas mostram, em sua maioria, universitários nus, em protestos, festas e apresentações artísticas que ocorreram em contextos diversos, em anos diferentes e situações pontuais, o que não é alertado nos posts. Há também capas de dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre gênero e sexualidade que foram compartilhadas sem detalhar o conteúdo das pesquisas. Outras publicações trazem fotos tiradas em universidades estaduais, que estão fora da alçada do governo federal.

A utilização de imagens verdadeiras, mas sem a apresentação do contexto original em que foram captadas, tem sido uma forma bastante comum de disseminar desinformação nas redes sociais. A prática busca enganar o receptor da mensagem ao distorcer ou omitir o sentido daquilo que foi retratado.

Professor de Ciências da Computação da UFMG e criador do projeto Eleições sem Fake, Fabrício Benevenuto afirmou no Facebook que a ferramenta criada por ele para monitorar cerca de 350 grupos de Whatsapp foi inundada desde o dia 30 de abril com memes e imagens que criticam as universidades.

Usando a mesma ferramenta e considerando o período de uma semana antes do anúncio do ministro Weintraub e os sete dias subsequentes ao corte, Aos Fatos confirmou que houve um aumento substancial no número de publicações desse tipo: entre os dias 1º e 2 de maio, por exemplo, houve um crescimento de 950% no número de imagens entre as 60 mais compartilhadas nos cerca de 350 grupos de WhatsApp monitorados pela UFMG. E esse número pode ser ainda maior, dadas as restrições do monitor.


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Para explicar alguns dos conteúdos mais disseminados nos últimos dias, Aos Fatos entrou em contato com as universidades citadas e procurou registros na imprensa. A conclusão é que a maior parte das imagens e dos vídeos exibem protestos e performances, algumas inclusive interpretadas por artistas que não compunham o corpo discente das instituições.

No Facebook, as postagens encontradas por Aos Fatos com esse teor já foram compartilhadas ao menos 105 mil vezes.

Confira, abaixo, mais detalhes do que verificamos.


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Imagens. As postagens com maior engajamento na rede apresentavam uma espécie de “pacote”, que trazia uma série de cenas de nudez em ambientes universitários. Uma delas foi tirada na Universidade Estadual de Londrina em 2016 durante uma atividade do curso de Filosofia.

Publicada sem nenhuma contextualização, apenas com o nome da universidade, a imagem retrata a apresentação de um trabalho de conclusão de curso do professor de artes cênicas e, à época, graduando em filosofia, Agnaldo Moreira de Souza.

O trabalho, que discutia a condição humana durante o nazismo, tinha como objetivo representar o sofrimento e a perda da dignidade de homens e mulheres que eram enviados nus às câmaras de gás. A performance, que foi seguida pela apresentação da monografia, teve participação apenas de atores convidados. Nenhum aluno integrou a apresentação.

Segundo nota da universidade, “os cortes de verbas propostos pelo MEC para o ensino superior não apresentam relação alguma com a atividade, e não atingem diretamente a Universidade Estadual de Londrina, que recebe recursos do governo do Estado do Paraná e não da União”.

A pesquisa desenvolvida por Agnaldo Moreira de Souza em 2016 deu origem ao livro Dor e Silêncio: Performance e Teatro Sobre o Holocausto Nazista (Editora Apriis, 2019).

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Outra imagem que integrava o “pacote” de nudez nas universidades disseminado nas redes retrata uma festa realizada no campus de São Carlos da USP (Universidade de São Paulo) — instituição estadual e que, portanto, não se mantém com verbas da União.

Descontextualizada, a imagem (acima) mostra na verdade a reação de alunos à manifestação de colegas da Frente Feminista de São Carlos, que protestavam contra a forma como as novatas eram tratadas na universidade. Segundo elas, as garotas eram obrigadas a desfilar e mostrar os seios aos veteranos.

Em resposta às reclamações das estudantes, homens ficaram pelados e fizeram gestos obscenos. Na época, segundo o UOL, a USP afirmou que era “veementemente contra qualquer ação que cause constrangimento” e que iria abrir processo administrativo contra os alunos.

Apesar de ter sido realizado dentro da sede de um centro acadêmico, o evento não tinha caráter oficial e foi organizado por um grupo autônomo de alunos que se autodenominava GAP (Grupo de Apoio à Putaria).


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Entre as imagens mais populares divulgadas pelos críticos às universidades federais estão registros de um protesto realizado na UnB (Universidade de Brasília) em 2009 (fotos acima). À época, alunos tiraram a roupa e caminharam pela universidade em apoio à estudante Geisy Arruda, hostilizada na Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo), em São Bernardo do Campo, por usar roupas consideradas muito curtas.

O caso gerou grande repercussão e manifestações de repúdio ao machismo e ao sexismo em várias universidades, inclusive na UnB.

O evento, no entanto, foi um ato isolado e organizado por estudantes. Em nota, a UnB afirma que “é lamentável que as imagens do protesto estejam sendo utilizadas de forma descontextualizada, confundindo a sociedade sobre o cotidiano das universidades públicas. Essas instituições realizam ensino, pesquisa e extensão de excelência e são também espaços plurais, de livre expressão e opinião, como em qualquer lugar do mundo”.


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Outra foto que integra o "pacote de nudez" nas universidades retrata um estudante que assiste a uma aula na UFG (Universidade Federal de Goiás) em 2017 usando apenas um chapéu (foto acima).

Uma reportagem publicada pelo G1 afirma que a foto foi tirada durante uma aula de arte contemporânea da universidade e era fruto de uma brincadeira de um dos alunos. Após perguntar ao professor se tudo poderia ser arte e escutar que a resposta dependia do artista, o estudante saiu da sala e voltou nu, usando apenas um chapéu e um par de sandálias.

Ainda de acordo com o docente, os alunos levaram a situação na brincadeira e não se incomodaram com o colega, que voltou a se vestir 20 minutos mais tarde.

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Outra imagem (acima) que integra os compilados de fotos de universitários omite que a cena não é protagonizada por uma estudante, e que registra uma performance ocorrida na UFBA (Universidade Federal da Bahia) em 2015. A apresentação, que se deu durante o 2º Seminário Internacional Desfazendo Gênero, é conduzida pela performer Tamíris Spinelli e tem como título “Gordura Trans”.

Na intervenção, Spinelli se cobriu de azeite de dendê, alimento típico da Bahia, para falar sobre gênero e o preconceito social com o corpo gordo. A apresentação já teve 18 versões, cada uma delas com um alimento diferente.


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Registros de uma aula especial sobre monotipia, processo de criação de um tipo de gravura, realizada em 2012 pelo curso de Artes Plásticas da UFAM (Universidade Federal do Amazonas) também ressurgiram nas redes como parte de posts que atacam o ensino universitário federal.

As imagens (uma delas acima) mostram jovens nus e pintados. A aula aconteceu durante o projeto Café com Artes, espécie de acolhida aos novatos do curso de Artes Plásticas da UFAM. Ali, quatro artistas — um deles aluno do curso — mostravam em seus corpos como funcionava o processo de monotipia.

Segundo afirmou o idealizador da apresentação, Fabiano Barros, ao G1, a mostra surgiu a partir de um trabalho realizado para a universidade e teve autorização de um professor do Departamento de Artes. A performance foi realizada sem roupas porque, segundo Barros, elas só “atrapalhariam o processo”.

Segundo a chefe do Departamento à época, Denize Piccolotto, a apresentação não ofendeu os alunos, já que os artistas estavam usando tapa sexo e tinham os seus corpos pintados.


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O registro acima, da performance “Trajeto com Beterrabas”, da artista Ana Reis no 3º Seminário Internacional Desfazendo Gênero, na Universidade Estadual da Paraíba, também vem sendo compartilhado como se retratasse estudantes de universidades federais.

Na intervenção, ocorrida em 2017, Reis se manifesta contra a violência de gênero tingindo suas roupas com o vermelho de várias beterrabas raladas. Ao fim, deixa o vestido “ensanguentado” em uma escadaria e caminha nua na direção do interior de um prédio do campus.

Diante de críticas, a organização do evento defendeu a performance dos que chamou de “pessoas de má fé”. “No entanto, há sim pessoas de má fé, existem pessoas que disseminam ódio, que tentam derrubar, machucar e dilacerar a todas nós. Estamos sob ataques pela internet, pessoas nos atacando por Instagram e Facebook. Precisamos resistir a essas pessoas!”, afirmaram os organizadores.

Posts que foram compartilhados com essa imagem desinformam ainda ao omitir que, por ter ocorrido em uma universidade estadual, a performance mostrada não estaria sob alçada do Ministério da Educação.


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Imagens (acima) de uma performance que ocorreu em frente ao Museu de Arte Contemporânea de Niterói em 2016 também voltaram a circular na ofensiva virtual em favor dos cortes nas universidades. Na ocasião, uma aluna do curso de artes da Universidade Federal Fluminense (UFF) apresentou uma performance em que, completamente nua, era depilada por uma colega.

O evento, que ocorreu no meio da tarde, foi uma apresentação não programada que integrou a grade de programação da reabertura do museu após uma reforma. Alunos do curso de Artes da UFF foram, na ocasião, convidados para realizar apresentações ao longo do dia.

Diante de reclamações de alguns dos visitantes do museu, que ressaltaram a presença de crianças no local, a Fundação de Arte de Niterói publicou uma nota dizendo ter sido surpreendida pela performance.

“A Superintendência Cultural da Fundação de Arte de Niterói esclarece que foi surpreendida com a atitude, não programada, de uma das artistas que fez um protesto e ficou nua durante uma performance, na Praça do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), neste sábado, 18 de junho. A referida atriz fazia parte de um grupo de alunos do curso de Artes da UFF convidado para fazer intervenções artísticas durante a grade de programação do evento”, dizia a nota, que ainda pede desculpas aos visitantes que se sentiram ofendidos pela situação.

Na última semana, também ressurgiram nas redes diversos vídeos, como o que retrata um protesto ocorrido em 2015 em frente ao prédio do Instituto de Ciências Humanas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), no Rio Grande do Sul.

Na ocasião, estudantes tiraram as roupas e ficaram com os seios à mostra para criticar a violência contra a mulher. As aulas foram suspensas no dia por conta do protesto.

Apesar de ser preciso na localização do ato, o vídeo apresenta informações falsas. Uma suposta fala de um estudante, que afirma que as manifestantes “fumavam maconha, bebiam cachaça, mutilavam-se e se masturbavam em pleno saguão do campus” não foram encontradas por Aos Fatos em nenhuma das matérias sobre o assunto. A única postagem com conteúdo semelhante é do Blog do Paulinho Javali, que foi desativado.


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O G1, no entanto, colheu depoimentos de alunos, que afirmam que algumas das manifestantes bebiam e fumavam, uma delas se masturbou na escadaria do prédio e outra foi supostamente vista jogando baldes de urina nas paredes. Não há indícios, nas reportagens pesquisadas, de que as mulheres tenham ameaçado com facas ou agredido verbal e fisicamente, como diz o vídeo, a imprensa ou as pessoas que discordavam do ato.

Em nota, a UFPel afirma que as imagens são de um protesto decorrente da denúncia de que haveria um grupo de WhatsApp com forte conteúdo machista e que representam “uma ocasião pontual e isolada, em um contexto muito específico, contra o assédio”.

“Na esteira desses acontecimentos, é lamentável que situações pontuais e fora de contexto sejam utilizadas para tentar justificar os cortes orçamentários que afetarão diretamente a sociedade brasileira, a grande beneficiada do ensino, da pesquisa e da extensão desenvolvidas de maneira séria e comprometida pelas instituições federais de ensino superior”, prossegue a universidade.


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Um vídeo recente, que retrata um evento ocorrido nas dependências do campus da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) no fim de abril, também está sendo utilizado por páginas e perfis diversos para criticar as universidades públicas. Nas imagens, alunos fantasiados bebem e dançam em um evento chamado Ação Social.

Além de ser estadual, e portanto não receber verbas federais, a universidade afirmou, por meio de nota, que não compactua com o evento e que abriu uma sindicância para verificar as condições em que foram realizadas a festa.

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No texto, o reitor Cleinaldo de Almeida Costa afirmou que “A Direção da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Reitoria da UEA acolheram denúncia ex officio de alegado ‘ultraje público ao pudor’, ocorrido nas dependências da referida Escola”.

“No uso de suas atribuições, o Reitor determina imediata abertura de sindicância para apuração da denúncia e restringe a realização de qualquer evento não vinculado às atividades acadêmicas até posterior deliberação”, prossegue o texto.


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Dissertações e Teses. Além de fotos de protestos e festas universitárias, estão sendo compartilhadas e ridicularizadas dissertações de mestrado e teses de doutorado que lidam principalmente com questões de gênero e sexualidade.

A imagem acima realmente retrata uma dissertação de mestrado, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia em 2016, mas não apresenta nenhum tipo de contexto sobre o conteúdo da pesquisa.

Desenvolvido por Normando José Queiroz Viana, o estudo investiga as práticas sexuais de homens que se prostituem nas ruas do Recife e analisa questões como formas de inserção social no grupo e as contradições de garotos que se dizem exclusivamente heterossexuais, apesar de aceitarem clientes homens e sentirem desejo e prazer sexual durante alguns dos encontros.

O estudo também evidencia como se dá o contraste entre a atuação de garotos na área em contrapartida à habitual posição de clientes ocupada pelos homens no ramo da prostituição.

O título, destacado nas postagens de maneira descontextualizada para ressaltar uma falta de seriedade do estudo, se apropria do linguajar usados pelos próprios garotos de programa nas ruas da cidade.


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Circula ainda foto que retrata a capa de uma tese de doutorado defendida em 2014 no Departamento de Design da Universidade Federal do Pernambuco (foto acima). De autoria da pesquisadora Simone Grace de Barros, a pesquisa tem apenas sua folha de rosto apresentada, e também vem sendo compartilhada sem nenhuma contextualização sobre o conteúdo do texto.

O objetivo do trabalho é estudar como se dá a construção da identidade de grupos urbanos a partir de tatuagens. Dentro do universo estudado, a pesquisadora optou por um recorte que estuda um grupo específico de Recife, as “piriguetes”.

No texto, inclusive, o termo piriguete foi definido por pesquisadores como “uma expressão pejorativa para designar as mulheres que têm um comportamento sexual mais próximo à prostituta (NASCIMENTO, 2008), aquela mulher com atributos sedutores que parece estar sempre ‘a perigo’ e que troca de parceiro exaustivamente, não se dá à vida doméstica e não foi feita para casar”.

Ainda de acordo com o texto, criou-se um estereótipo, que define como piriguetes “todas as garotas que andam em grupos e fazem uso do corpo como expressão evidente de sua sexualidade, expondo, através da indumentária (roupas, acessórios etc.), comportamento e dos gestos o seu poder de sedução”. Inicialmente visto como uma ofensa, o termo foi mais tarde popularizado por novelas e acabou dando origem a uma tribo urbana.

O objetivo da pesquisa era, então, estudar a construção do estereótipo a partir do uso de tatuagens comuns a garotas que diziam se enquadrar nesse grupo social.

Reação. Para rebater as acusações de balbúrdia e falta de produção de conhecimento nas universidades federais, a jornalista, professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e pesquisadora associada da Unicamp (Universidade de Campinas) Sabine Righetti propôs, no último dia 2, um twittaço com a hashtag #oquevinauniversidadepublica.


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Ao longo da semana passada, estudantes, professores e egressos de universidades públicas divulgaram histórias relacionadas à pesquisa e à divulgação científica realizadas nas instituições. Os relatos expõem questões como a falta de recursos, o acúmulo de trabalho tanto para docentes quanto para estudantes e diversas histórias de alunos carentes que conseguiram se formar graças a verbas de auxílio estudantil.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

A universidade pública é um ambiente de esquerda, e passa dos limites em tudo, quem estudou sabe como é. O movimento estudantil, por não ter direito legal a greves, acaba protestando de qualquer maneira que chame a atenção ou incomode o governo. Uma tentativa e erro. Agora pergunto, é melhor o absurdo em prol de algo benéfico ou o silêncio, ou burocracias que não vão funcionar mesmo? Os fins justificam os meios? Na universidade me questionava muito sobre isso.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Tutu
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Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

O primeiro problema das universidade públicas é que o governo gasta muito mais com a educação superior do que com a educação básica. Então tem que fortalecer as bases antes de melhorar. Professor de universidade ganha muito dinheiro.

Segundo, existe uma grande falta disciplina e ordem nas universidades. Deveria haver um policiamento linha dura para expulsar sem dó alunos maconheiros, pixadores e peladões. A universidade não é lugar disso.

E o terceiro problema é o envolvimento em política, que para piorar é enviesado. Um estudante qualquer que não estuda ciências políticas/sociais/econômicas/etc é tão ignorante quanto um tio do zap. Quem faz curso de arte/odonto/engenharia/etc não tem um conhecimento especial para falar de política ou problemas sociais. Um biólogo só será capaz de falar de meio ambiente ao falar de política, fora isso, não tem nada especial. E cada categoria tem um conhecimento específico.

E o grande problema é ter um viés específico.
Vídeo do "fascismo" universitário: https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... 367#p25367

Dizem que a universidade é o lugar de debate e pluralidade de ideias. Mas quando existe um lado político ideológico pré-definido, o debate não existe e a pluralidade é combatida. E também, é debate e pluralidade de quem entende. Um curso de medicina deveria ter debate e pluralidade sobre saúde e tecnologia para a saúde, e não sobre política/partido/ideologia.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Agnoscetico
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Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

O mesmo papo de sempre sobre universidade ser de esquerda, só ter maconheiro, blablabla.

O post que pus acima com fact check sobre a supostas fotos tiradas em ambientes universitários com essas alegações que fazem contra universidades parece que foi ignorado.
Cadê as evidências de que CADA foto foi tirada em ambiente universitário e que TODOS eram estudantes universitários e não pessoas de fora.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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f0rest2.0
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Registrado em: Qui, 12 Maio 2022 - 16:26 pm

Mensagem por f0rest2.0 »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 13 Julho 2022 - 23:13 pm
O mesmo papo de sempre sobre universidade ser de esquerda, só ter maconheiro, blablabla.
Pior que é verdade. A predominância do movimento estudantil na universidade pública sempre é de esquerda, existe um ódio ao conservadorismo. E na universidade pública acontece de tudo mesmo, como eu disse, quem estudou tá ligado :lol:

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

f0rest2.0 escreveu:
Qui, 14 Julho 2022 - 09:44 am
Agnoscetico escreveu:
Qua, 13 Julho 2022 - 23:13 pm
O mesmo papo de sempre sobre universidade ser de esquerda, só ter maconheiro, blablabla.
Pior que é verdade. A predominância do movimento estudantil na universidade pública sempre é de esquerda, existe um ódio ao conservadorismo. E na universidade pública acontece de tudo mesmo, como eu disse, quem estudou tá ligado :lol:
Eu estudei e trabalhei em projeto conjunto com universidade pública, mas o dia a dia era normal. Manifestações maiores, mais barulhentas e radicais eram incomuns e normalmente não encontravam eco na maioria dos estudantes, que até não tinham muito saco para isso.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

Isso varia exatamente naquilo que o Tutu disse ali em cima, dos cursos que fazem parte do campus. Eu estudei na UNESP de Marília, ciências humanas e alguns cursos de saúde. O movimento estudantil de filosofia e ciências sociais fazia o que queria na universidade.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Minha experiencia ficou mais na UFRJ na área de ciências biológicas e faculdade de educação (concentra ciencias sociais e humanas), e não via isso, não.

Como o agnóstico disse, há muita desonestidade quando se espalham essas mensagens de pânico moral. Em exemplo recente, nosso presidento questionou se o anestesista estuprador aprendeu a estuprar na universidade, devido aos centros acadêmicos e a "ideologia nas universidades."

Se deixar rolar, vira um anti-intelectualismo nos moldes do khmer vermelho.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

Eu entendo a análise de vocês e como somos todos estudantes/curiosos/cientistas concordo que é um absurdo cortes na ciência, que promove justamente emburrecimento e negacionismo. A inteligência é um risco para esse governo, e não uma estratégia. Só aí já se pode ver quem é quem. Mas voltando ao assunto dos campi universitários, a UNESP de Marília foi apelidado pelo filósofo Franklin Leopoldo e Silva como o "Campus vermelho". "O reitor pisou no meu pé, vamo ali queimar uns pneu". Mas nas festas eu estava no meio sempre, malandro é malandro. 8-)

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Titoff
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Registrado em: Ter, 17 Março 2020 - 11:47 am

Mensagem por Titoff »

Cada um teve sua experiência. Na minha, nunca vi esse centro de doutrinação e degeneração que falam.

Tinha suas tosqueiras as vezes, mas aí partia de certas pessoas, longe de ser generalizado e rotineiro.

Re: Ambientes de esquerda e de direita

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Cinzu
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 16:06 pm

Mensagem por Cinzu »

Agnoscetico escreveu:
Qua, 13 Julho 2022 - 17:21 pm
Cinzu escreveu:
Qui, 07 Janeiro 2021 - 15:12 pm
Ambientes militarizados (polícia, exército e corpo de bombeiros) sempre tiveram viés mais à direita, enquanto ambientes de educação (universidades, escolas, institutos de pesquisa) tiveram viés à esquerda. Isto foi muito escancarado no período do regime militar e perdura até os dias atuais.
Depende do ambiente militarizado. Se for ambiente dum regime comunista como o norte-coreano, por exmplo, o viés seria outro.
De acordo. A realidade que descrevi aplica-se ao Brasil.
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