Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 10 Junho 2023 - 08:36 am
E o vadio, não tem que pagar nada?
Tem que pagar sim.
Mas eu estava me referindo ao uso de impostos, que é pago pela população geral, inclusive por quem não tem responsabilidade ou discorda desse uso de dinheiro público.
Agnoscetico escreveu: ↑Sáb, 10 Junho 2023 - 00:31 am
Em qual parte de "Argumentum ad populum" (apelo à multidão) tu não entendeu?
Não interessa se 99,999...% não goste de algo, democracia só é para coisa de esfera pública e não de esfera privada, ou tu acha certo pessoas quererem um plebiscito sobre que cor de cabelo alguém pode ou não ter, por exemplo?
Mas quando a pessoa sai de casa, a coisa deixa de ser esfera privada e passa a ser pública. Isso vale também para o direito de não se vacinar.
Isso é complicado. De um lado é muito opressivo que o Estado interfira na questão do cabelo; mas por outro lado a maioria da população pode detestar alguma coisa horrorosa ou degenerativa.
Então penso que se 60% é a favor de uma regra abusiva, então o Estado não deveria acatar, porque seria ditadura da maioria. Mas se 90% é a favor, então significa que isso é um problema para quase toda a sociedade, então o Estado deve acatar.
(mesmo que pareça que to comparando não-vida de um feto em formação com mera cor de cabelo, a questão é sobre terceiros não tem direito de decidir sobre o que um individuo faz em si que não afete nada fora de seu próprio corpo)
Dentro dessa lógica, acabemos então com o Estatuto da Criança e do Adolescente. O que os pais fazem com os filhos não depende de terceiros. Se quiser matar, proibir de estudar ou não alimentar, é problema de esfera privada.
Mas o corpo da pessoa hospedeira do feto é individual. O feto não faz parte do corpo da mãe. E o terceiro (pai), depende do caso, pois tem os que largam a mulher só.
Se faz parte ou não, isso não importa. O que importa é manter vivo. O processo natural de nascimento funciona é assim.
Do mesmo jeito que, por exemplo, não seria certo um gay, ateu ou outro grupo excluído por religiosos fosse obrigado a pagar impostos pra ser usado como salário desses mesmo religiosos que não representam e até se opõe / hostilizam essas parcelas da população.
Está certo.
O que ocorre é que o Brasil é corrupto e a política funciona com troca favores sujos.
Alguns casos não tem solução. Como fazer festa em cidade pequena ou construir um monumento público, considerando que a maioria das pessoas do local são religiosas? A solução é tornar a festa mais acolhedora e os monumentos mais bonitos.
Mas, agora pra bancar criança alheia com impostos, aí muitos não querem pagar.
O Brasil precisa adotar trabalho prisional. A renda ajudaria orfanatos.