Cinzu escreveu: ↑Qui, 20 Agosto 2020 - 17:13 pm
Gabarito escreveu:
Cinzu escreveu: ↑Qui, 20 Agosto 2020 - 15:24 pm
Gabarito escreveu:
Cinzu escreveu: ↑Qua, 19 Agosto 2020 - 22:29 pm
Canibalismo e apedrejamento por exemplo, podem ser práticas comuns e moralmente aceitas em determinadas sociedades. Não porque as pessoas daquele lugar naturalmente nascem predispostas a cometerem estes atos, e sim porque faz parte daquela cultura e cresceram pensando que aquilo era normal.
Nós temos dois grandes exemplos aqui mesmo no fórum que refutam de modo ligeiro essa afirmação.
Evidências anedóticas não refutam e nunca refutaram absolutamente nada.
Não é porque Fernando e Gorducho atravessaram a rua sem olhar para os dois lados e não foram atropelados que podemos concluir que atravessar a rua sem olhar é seguro.
Num fórum pequeno como o nosso eu trouxe dois exemplos perfeitos que refutam exatamente o que você diz.
Negar isso é negar o debate.
Aí eu não posso fazer mais nada, pois você fechou os olhos e tapou os ouvidos.
Evidência anedótica (ou evidência anedotal)
Evidência, seja ela anedótica ou não, continua habitando o terreno dos FATOS.
Acho que você conhece a máxima
"Contra fatos não há argumentos".
¯\_(ツ)_/¯
Cinzu escreveu: ↑Qui, 20 Agosto 2020 - 17:13 pm
Gabarito escreveu:O hindu não vai abandonar sua religião porque ele já nasceu hindu. É tão difícil entender isso?
Sim, é muito difícil.
Poderia nos explicar como é possível alguém nascer hindu?
O gene dos indianos é tão diferente assim em comparação ao nosso, a ponto deles nascerem com crenças diferentes das nossas? Se trouxermos bebês indiano para o Brasil, eles acreditarão que a vaca é sagrada mesmo sem apresentarmos a eles estas crenças?
Eu vejo você como uma pessoa inteligente.
E, possivelmente, você entendeu a minha
elipse quando eu simplifiquei a explicação.
Mas se não entendeu, fazer o quê?
Vejo-me na obrigação de mastigar a papinha para o colega poder digeri-la:
Nascer hindu significa que aquele indivíduo alvo do nosso debate nasceu com propensão a religiosidade e, especificamente, se identificou imediatamente quando, no seu crescimento como pessoa, se deparou com os dogmas do hinduísmo.
Aquela pessoa se viu representada inteiramente pelos ritos, história, liturgia, crença e tudo o mais que envolve o hinduísmo.
Completamente diferente da interpretação que você deu ao que eu tentei passar.
Mas foi até bom, pois agora fica tudo bem explícito e mastigado para que não haja aviões passando em futuras referências.
Gabarito escreveu:Os alemães comuns foram iludidos e conduzidos por um populista.
Opa, parece que há uma contradição aqui.
Se indivíduos podem ser iludidos e conduzidos por um populista, a ponto de mudar completamente suas crenças e comportamentos, você mesmo refutou sua tese do determinismo genético.
De novo, uma interpretação completamente equivocada do que foi dito ou, o que eu não gostaria de crer, uma distorção proposital.
O povo alemão não virou genocida por causa de Hitler. Não mudou sua estrutura moral por causa de um populista.
O povo alemão deixou-se levar por falsas promessas e paraísos nacionalistas num estelionato eleitoral e votou em massa naquele que se parecia o enviado para amenizar as agruras que o país atravessava na época.
Isso é MUITO diferente de mudar a mentalidade ou forma de pensar.
Qualquer um pode ser enganado por um político, mantendo ainda plenamente suas convicções.
Hitler falou de utopias, mostrou e enganou a todos com o que o povo (como geralmente é toda massa de povo numa época sem educação e informação fluentes) ignorante imaginou ser sua redenção.
Esse povo não votou para que exterminassem judeus.
Esse povo não se deixou liderar para que fossem construídas câmaras de gás.
Esse povo não tem na veia o desejo mórbido de fazer experiências com cobaias humanas vivas.
Enfim, esse povo foi iludido por um psicopata que conseguiu atrair outros psicopatas de comando para sua missão genocida e cruel.
Mas o povo foi apenas instrumento dele.
Como muita massa de manobra ainda é nos dias de hoje.
Gabarito escreveu:Você não vai querer dizer que o cidadão do povo alemão tinha aqueles instintos genocidas que Hitler tinha, vai?
Boa parte do povo alemão na época do nazismo compartilhavam dos mesmos ideais de Hitler, de que eram uma raça superior e os judeus inferiores.
Hitler, aliás, foi eleito democraticamente.
Ele foi eleito por uma enorme maioria de votos.
Mas ele instigou os sentimentos de patriotismo e promessas de benesses como um adestrador que segura a guloseima acima do alcance do cão.
Ele manipulou a massa, ele calculou sua liderança para iludir e levar o povo para que tivesse apoio e realizar o que de macabro colocou em prática.
Se ele se candidatasse de novo, com o povo tendo conhecimento do que foi feito, ele não teria mais esse apoio.
Tanto é que a Alemanha e o seu povo morre de vergonha por tudo isso, ainda hoje. É quase assunto tabu.
Um extremo do exemplo máximo do que é deixar-se enganar e iludir.
Mais uma prova de que aquela sociedade NÃO confirma o que Hitler fez, NÃO aceita o que ele fez, NÃO coaduna com aquelas práticas.
Cinzu escreveu: ↑Qui, 20 Agosto 2020 - 17:13 pm
Gabarito escreveu:Fale por si.
Eu tenho meus princípios INDEPENDENTE do que diz a sociedade ou do que empurra essa tal tradição.
Mais uma evidência anedótica.
Que não deixa de ser fato.
Vamos de novo?
"Contra fatos não há argumentos".
¯\_(ツ)_/¯
Cinzu escreveu: ↑Qui, 20 Agosto 2020 - 17:13 pm
Gabarito escreveu:Valores morais universais JAMAIS poderão se dobrar a o que uma ou outra sociedade dita numa determinada quadra da história.
Não existem valores morais universais. Toda sociedade tem Leis e valores morais diferentes.
Isso também rende um tópico inteiro e foge completamente do assunto.
Cinzu escreveu: ↑Qui, 20 Agosto 2020 - 17:13 pm
Gabarito escreveu:E esses valores brotam do ser humano, nascem numa voz interna, na consciência de cada um. Não são negociáveis seja com qual tradição for.
O nome disso é DNA.
Valores morais brotam numa voz interna? Com todo o respeito, mas o que você diz não faz o menor sentido biológico e carece de fontes.
DNA não é isso. Você está misturando assuntos completamente diferentes.
A Regra de Ouro, fazer ao outro o que quer que faça a si, faz parte desse conjunto moral.
Como ela tem outros valores como não trair, não mentir, não roubar, não matar, etc.
Seja em que sociedade for, desde que o mundo é mundo, ainda mais com o avanço do humanismo e a evolução social da humanidade, Declaração dos Direitos Humanos, etc. e tal, há valores que podem nascer espontaneamente em algumas pessoas e em outras não.
Para essas, é necessária a aplicação de leis severas que contenham o ímpeto natural de contrariar tais valores morais.
Em outras palavras, tem gente que já nasce, veja bem, vou repetir, JÁ NASCE com empatia natural pelo semelhante, com senso de justiça, com sensibilidade pela dor do outro.
Mas tem gente que também JÁ NASCE querendo que tudo se exploda, que o que vale mais é o egoísmo do "meu pirão primeiro", do "perdeu, playboy", etc e etc.
Vamos ver se ficou claro, para que não haja mais má interpretação.
O sujeito não sai da maternidade com esses valores saltando pelos poros, não.
Ele tem o potencial para tudo isso. O seu crescimento como pessoa, o seu encontro pessoal consigo próprio, o natural desenvolvimento do seu intelecto e consciência vão fazer com que ele se veja possuidor ou não desses valores.
Isso NÃO é a sociedade ou família ou cultura que o rodeia que determinam.
É o que vem de dentro do âmago do ser.
Todo mundo tem um Grilo Falante que indica as direções a seguir.
Cinzu escreveu: ↑Qui, 20 Agosto 2020 - 17:13 pm
Gabarito escreveu:Analisar violência de países, situação econômica, história, estratificação social, etnias e até genética diferentes e colocar dentro do balaio da cultura para forçar uma explicação é passar muito do ponto.
O "balaio da cultura" é EXATAMENTE tudo isso que você citou: situação econômica, história, estratificação social, etnia... Todos estes fatores juntos, é o que formam uma CULTURA.
Situação econômica do país NÃO é cultura do país.
A história pode até entrar como tradição.
A estratificação social é a separação de camadas, castas e zonas proibidas e perigosas. Não diz muito de cultura; diz mais de criminalidade.
Etnia também não é cultura, é a propensão do DNA do oriental ser mais para biotipo magro, cabelo liso, olhos amendoados, etc. Também NÃO é cultura.
Ou seja, são variáveis complexas num caldeirão ainda mais complexo quando consideradas todas juntas.
Impossível colocar tudo numa equação só e esperar pelo que vem depois do sinal de igualdade.