O mundo após o coronavírus

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O mundo após o coronavírus

Gigaview
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O mundo após o coronavírus
por Yuval Noah Harari

A humanidade agora está enfrentando uma crise global. Talvez a maior crise da nossa geração. As decisões tomadas pelas pessoas e pelos governos nas próximas semanas provavelmente moldarão o mundo nos próximos anos. Eles moldarão não apenas nossos sistemas de saúde, mas também nossa economia, política e cultura. Devemos agir de forma rápida e decisiva. Também devemos levar em consideração as consequências a longo prazo de nossas ações. Ao escolher entre alternativas, devemos nos perguntar não apenas como superar a ameaça imediata, mas também que tipo de mundo habitaremos quando a tempestade passar. Sim, a tempestade passará, a humanidade sobreviverá, a maioria de nós ainda estará viva - mas habitaremos um mundo diferente.

Muitas medidas de emergência de curto prazo se tornarão um elemento da vida. Essa é a natureza das emergências. Eles avançam rapidamente nos processos históricos. As decisões que em tempos normais podem levar anos de deliberação são aprovadas em questão de horas. Tecnologias imaturas e até perigosas são colocadas em serviço, porque os riscos de não fazer nada são maiores. Países inteiros servem como cobaias em experimentos sociais em larga escala. O que acontece quando todos trabalham em casa e se comunicam apenas à distância? O que acontece quando escolas e universidades inteiras ficam online? Em tempos normais, governos, empresas e conselhos educacionais nunca concordariam em realizar tais experimentos. Mas estes não são tempos normais.

Neste momento de crise, enfrentamos duas escolhas particularmente importantes. O primeiro é entre vigilância totalitária e empoderamento do cidadão. O segundo é entre isolamento nacionalista e solidariedade global.


Vigilância sob a pele

Para interromper a epidemia, populações inteiras precisam obedecer a certas diretrizes. Existem duas maneiras principais de conseguir isso. Um método é o governo monitorar as pessoas e punir aqueles que violarem as regras. Hoje, pela primeira vez na história da humanidade, a tecnologia torna possível monitorar todos o tempo todo. Cinqüenta anos atrás, a KGB não podia seguir 240 milhões de cidadãos soviéticos 24 horas por dia, nem poderia esperar processar efetivamente todas as informações coletadas. A KGB contava com agentes humanos e analistas, e simplesmente não podia colocar um agente humano para seguir todos os cidadãos. Mas agora os governos podem confiar em sensores onipresentes e algoritmos poderosos, em vez de fantasmas de carne e osso.

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Projeto Colosseo - Roma webcams da Itália. de Graziano Panfili

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Piazza Beato Roberto um projeto de webcams Salle Pescara da Itália. de Graziano Panfili
Praça Beato Roberto em Pescara © Graziano Panfili

Sobre a fotografia
As imagens que acompanham este artigo são tiradas de webcams com vista para as ruas desertas da Itália, encontradas e manipuladas por Graziano Panfili, um fotógrafo que vive preso.


O Coliseu de Roma

Em sua batalha contra a epidemia de coronavírus, vários governos já implantaram as novas ferramentas de vigilância. O caso mais notável é a China. Ao monitorar de perto os smartphones das pessoas, usar centenas de milhões de câmeras que reconhecem o rosto e obrigar as pessoas a verificar e relatar sua temperatura corporal e condição médica, as autoridades chinesas podem não apenas identificar rapidamente os portadores suspeitos de coronavírus, mas também rastrear seus movimentos e movimentos. identificar qualquer pessoa com quem eles entraram em contato. Uma variedade de aplicativos móveis avisa os cidadãos sobre sua proximidade com pacientes infectados.

Esse tipo de tecnologia não se limita ao leste da Ásia. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, autorizou recentemente a Agência de Segurança de Israel a implantar a tecnologia de vigilância normalmente reservada aos terroristas em combate para rastrear pacientes com coronavírus. Quando o subcomitê parlamentar relevante se recusou a autorizar a medida, Netanyahu a aplaudiu com um "decreto de emergência".

Você pode argumentar que não há nada de novo nisso tudo. Nos últimos anos, governos e empresas vêm usando tecnologias cada vez mais sofisticadas para rastrear, monitorar e manipular pessoas. No entanto, se não tomarmos cuidado, a epidemia pode, no entanto, marcar um importante divisor de águas na história da vigilância. Não apenas porque pode normalizar a implantação de ferramentas de vigilância em massa nos países que até agora as rejeitaram, mas ainda mais porque significa uma transição dramática da vigilância "sobre a pele" para "sob a pele".

Até então, quando seu dedo tocou a tela do seu smartphone e clicou em um link, o governo queria saber exatamente o que seu dedo estava clicando. Mas com o coronavírus, o foco do interesse muda. Agora o governo quer saber a temperatura do seu dedo e a pressão sanguínea sob a pele.


O pudim de emergência

Um dos problemas que enfrentamos ao trabalhar onde estamos vigiando é que nenhum de nós sabe exatamente como estamos sendo vigiados e o que os próximos anos podem trazer. A tecnologia de vigilância está se desenvolvendo a uma velocidade vertiginosa, e o que parecia ficção científica há 10 anos é hoje uma notícia antiga. Como um experimento mental, considere um governo hipotético que exija que todo cidadão use uma pulseira biométrica que monitore a temperatura do corpo e a freqüência cardíaca 24 horas por dia. Os dados resultantes são acumulados e analisados ​​por algoritmos governamentais. Os algoritmos saberão que você está doente mesmo antes de conhecê-lo e também saberão onde você esteve e quem conheceu. As cadeias de infecção podem ser drasticamente encurtadas e até cortadas por completo. É possível que esse sistema possa parar a epidemia em questão de dias. Parece maravilhoso, certo?

A desvantagem é, obviamente, que isso daria legitimidade a um novo e aterrador sistema de vigilância. Se você sabe, por exemplo, que cliquei no link da Fox News em vez do link da CNN, isso pode lhe ensinar algo sobre minhas opiniões políticas e talvez até sobre minha personalidade. Mas se você puder monitorar o que acontece com a temperatura do meu corpo, a pressão sanguínea e o batimento cardíaco enquanto assisto ao vídeo, você pode aprender o que me faz rir, o que me faz chorar e o que me deixa muito, muito zangado.

É crucial lembrar que raiva, alegria, tédio e amor são fenômenos biológicos, como febre e tosse. A mesma tecnologia que identifica tosse também pode identificar risos. Se as empresas e os governos começarem a coletar nossos dados biométricos em massa, eles podem nos conhecer muito melhor do que nós mesmos, e podem não apenas prever nossos sentimentos, mas também manipular nossos sentimentos e nos vender o que quiserem - seja um produto ou um político. O monitoramento biométrico faria as táticas de hackers de dados da Cambridge Analytica parecerem algo da Idade da Pedra. Imagine a Coréia do Norte em 2030, quando todo cidadão deve usar uma pulseira biométrica 24 horas por dia. Se você ouvir um discurso do Grande Líder e a pulseira captar os sinais reveladores de raiva, você estará denunciado.


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Veduta della casa universitaria - projeto Lodi webcams da Itália. por
Veduta da Casa Universitaria em Lodi © Graziano Panfili


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Projeto Spiaggia di Porto San Giorgio Mare Adriatico - Fermo webcams da Itália. de Graziano Panfili
Spiaggia di Porto San Giorgio, Mare Adriatico © Graziano Panfili


Você poderia, é claro, defender a vigilância biométrica como uma medida temporária tomada durante um estado de emergência. Ele desapareceria assim que a emergência terminasse. Porém, medidas temporárias têm o hábito desagradável de superar as emergências, especialmente porque sempre há uma nova emergência à espreita no horizonte. Meu país natal, Israel, por exemplo, declarou estado de emergência durante a Guerra da Independência de 1948, que justificava uma série de medidas temporárias, desde censura à imprensa e confisco de terras a regulamentos especiais para fazer pudim (não estou brincando). A Guerra da Independência está vencida há muito tempo, mas Israel nunca declarou a emergência encerrada, e falhou em abolir muitas das medidas "temporárias" de 1948 (o decreto de pudim de emergência foi misericordiosamente abolido em 2011).

Mesmo quando as infecções por coronavírus estão abaixo de zero, alguns governos com fome de dados podem argumentar que precisavam manter os sistemas de vigilância biométrica no local porque temem uma segunda onda de coronavírus ou porque existe uma nova cepa de Ebola em evolução na África central, ou Porque . . . Você entendeu a ideia. Uma grande batalha tem acontecido nos últimos anos por causa da nossa privacidade. A crise do coronavírus pode ser o ponto de inflexão da batalha. Pois quando as pessoas podem escolher entre privacidade e saúde, geralmente escolhem a saúde.


A polícia de sabão

Pedir às pessoas que escolham entre privacidade e saúde é, de fato, a própria raiz do problema. Porque esta é uma escolha falsa. Podemos e devemos desfrutar de privacidade e saúde. Podemos optar por proteger nossa saúde e impedir a epidemia de coronavírus, não instituindo regimes totalitários de vigilância, mas capacitando os cidadãos. Nas últimas semanas, alguns dos esforços mais bem-sucedidos para conter a epidemia de coronavírus foram orquestrados pela Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura. Embora esses países tenham feito uso de aplicativos de rastreamento, eles confiaram muito mais em testes extensivos, em relatórios honestos e na cooperação voluntária de um público bem informado.

Monitoramento centralizado e punições severas não são a única maneira de fazer as pessoas cumprirem diretrizes benéficas. Quando as pessoas são informadas dos fatos científicos e quando as pessoas confiam nas autoridades públicas para lhes contar esses fatos, os cidadãos podem fazer a coisa certa, mesmo sem um Big Brother vigiando seus ombros. Uma população motivada e bem informada é geralmente muito mais poderosa e eficaz do que uma população ignorada e policiada.

Considere, por exemplo, lavar as mãos com sabão. Este foi um dos maiores avanços de todos os tempos na higiene humana. Essa ação simples salva milhões de vidas todos os anos. Embora tomemos como certo, foi apenas no século 19 que os cientistas descobriram a importância de lavar as mãos com sabão. Anteriormente, mesmo médicos e enfermeiros passavam de uma operação cirúrgica para outra sem lavar as mãos. Hoje, bilhões de pessoas diariamente lavam as mãos, não porque têm medo da polícia, mas porque entendem os fatos. Lavo minhas mãos com sabão porque ouvi falar de vírus e bactérias, entendo que esses pequenos organismos causam doenças e sei que o sabão pode removê-las.


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Palácio Real de Caserta © Graziano Panfili

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Projeto "Lungomare di Forte dei Marmi - Versilia. Webcams da Itália. Por
Lungomare de Forte dei Marmi, em Versilia © Graziano Panfili
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Mas, para atingir esse nível de conformidade e cooperação, você precisa de confiança. As pessoas precisam confiar na ciência, nas autoridades públicas e na mídia. Nos últimos anos, políticos irresponsáveis ​​minaram deliberadamente a confiança na ciência, nas autoridades públicas e na mídia. Agora, esses mesmos políticos irresponsáveis ​​podem ficar tentados a seguir o caminho do autoritarismo, argumentando que você simplesmente não pode confiar no público para fazer a coisa certa.

Normalmente, a confiança que foi corroída por anos não pode ser reconstruída da noite para o dia. Mas estes não são tempos normais. Em um momento de crise, as mentes também podem mudar rapidamente. Você pode ter discussões amargas com seus irmãos por anos, mas quando ocorre uma emergência, você descobre subitamente um reservatório oculto de confiança e amizade e se apressa para ajudar um ao outro. Em vez de construir um regime de vigilância, não é tarde demais para restabelecer a confiança das pessoas na ciência, nas autoridades públicas e na mídia. Definitivamente, também devemos fazer uso de novas tecnologias, mas essas tecnologias devem capacitar os cidadãos. Sou totalmente a favor de monitorar a temperatura corporal e a pressão sanguínea, mas esses dados não devem ser usados ​​para criar um governo todo-poderoso. Em vez disso, esses dados devem permitir que eu faça escolhas pessoais mais informadas e também responsabilize o governo por suas decisões.

Se eu pudesse rastrear minha própria condição médica 24 horas por dia, aprenderia não apenas se me tornei um risco à saúde de outras pessoas, mas também quais hábitos contribuem para minha saúde. E se eu pudesse acessar e analisar estatísticas confiáveis ​​sobre a disseminação do coronavírus, seria capaz de julgar se o governo está me dizendo a verdade e se está adotando as políticas corretas para combater a epidemia. Sempre que as pessoas falam sobre vigilância, lembre-se de que a mesma tecnologia de vigilância geralmente pode ser usada não apenas pelos governos para monitorar indivíduos - mas também por indivíduos para monitorar governos.

A epidemia de coronavírus é, portanto, um grande teste de cidadania. Nos próximos dias, cada um de nós deve optar por confiar em dados científicos e especialistas em saúde em detrimento de teorias infundadas da conspiração e de políticos que servem a si mesmos. Se não conseguirmos fazer a escolha certa, poderemos encontrar nossas mais preciosas liberdades, pensando que essa é a única maneira de proteger nossa saúde.


Precisamos de um plano global

A segunda escolha importante que enfrentamos é entre isolamento nacionalista e solidariedade global. Tanto a epidemia em si quanto a crise econômica resultante são problemas globais. Eles podem ser resolvidos efetivamente apenas pela cooperação global.

Em primeiro lugar, para derrotar o vírus, precisamos compartilhar informações globalmente. Essa é a grande vantagem dos humanos sobre os vírus. Um coronavírus na China e um coronavírus nos EUA não podem trocar dicas sobre como infectar humanos. Mas a China pode ensinar aos EUA muitas lições valiosas sobre o coronavírus e como lidar com isso. O que um médico italiano descobre em Milão no início da manhã pode muito bem salvar vidas em Teerã à noite. Quando o governo do Reino Unido hesita entre várias políticas, pode obter conselhos dos coreanos que já enfrentaram um dilema semelhante há um mês. Mas, para que isso aconteça, precisamos de um espírito de cooperação e confiança global.

Nos próximos dias, cada um de nós deve optar por confiar em dados científicos e especialistas em saúde em detrimento de teorias infundadas da conspiração e de políticos egoístas

Os países devem estar dispostos a compartilhar informações de maneira aberta e humilde, procurar aconselhamento e devem poder confiar nos dados e nas idéias que recebem. Também precisamos de um esforço global para produzir e distribuir equipamentos médicos, principalmente testes de kits e máquinas respiratórias. Em vez de todos os países tentarem fazer isso localmente e acumular qualquer equipamento que puderem obter, um esforço global coordenado poderá acelerar bastante a produção e garantir que o equipamento que salva vidas seja distribuído de maneira mais justa. Assim como os países nacionalizam as principais indústrias durante uma guerra, a guerra humana contra o coronavírus pode exigir que "humanizemos" as linhas de produção cruciais. Um país rico com poucos casos de coronavírus deve estar disposto a enviar equipamentos preciosos para um país mais pobre com muitos casos, confiando que se e quando precisar de ajuda posteriormente, outros países virão em seu auxílio.

Podemos considerar um esforço global semelhante para reunir pessoal médico. Os países atualmente menos afetados podem enviar equipes médicas para as regiões mais atingidas do mundo, tanto para ajudá-las em suas horas de necessidade quanto para obter uma experiência valiosa. Se mais tarde, no foco das mudanças epidêmicas, a ajuda poderia começar a fluir na direção oposta.

Também é de vital importância a cooperação global na frente econômica. Dada a natureza global da economia e das cadeias de suprimentos, se cada governo fizer suas próprias coisas em total desconsideração dos demais, o resultado será um caos e uma crise cada vez mais profunda. Precisamos de um plano de ação global e precisamos dele rapidamente.

Outro requisito é chegar a um acordo global sobre viagens. Suspender todas as viagens internacionais por meses causará enormes dificuldades e dificultará a guerra contra o coronavírus. Os países precisam cooperar para permitir que pelo menos um bando de viajantes essenciais continue atravessando as fronteiras: cientistas, médicos, jornalistas, políticos, empresários. Isso pode ser feito alcançando um acordo global sobre a pré-seleção dos viajantes pelo país de origem. Se você souber que apenas viajantes cuidadosamente selecionados foram permitidos em um avião, estaria mais disposto a aceitá-los em seu país.


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Il Duomo - Florença. projeto webcams da Itália. por
O Duomo em Florença © Graziano Panfili

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Projeto de webcams em Torre San Giovanni Lecce da Itália. de Graziano Panfili
Torre San Giovanni, em Lecce © Graziano Panfili


Infelizmente, atualmente os países dificilmente fazem alguma dessas coisas. Uma paralisia coletiva tomou conta da comunidade internacional. Parece não haver adultos na sala. Esperávamos ver, há algumas semanas, uma reunião de emergência de líderes globais para elaborar um plano de ação comum. Os líderes do G7 conseguiram organizar uma videoconferência apenas nesta semana, e não resultou em nenhum plano desse tipo.

Nas crises globais anteriores - como a crise financeira de 2008 e a epidemia de Ebola de 2014 - os EUA assumiram o papel de líder global. Mas o atual governo dos EUA abdicou do cargo de líder. Deixou bem claro que se preocupa muito mais com a grandeza da América do que com o futuro da humanidade.

Este governo abandonou até seus aliados mais próximos. Quando proibiu todas as viagens da UE, não se deu ao trabalho de avisar a UE com antecedência - e muito menos de consultar a UE sobre essa medida drástica. Ele escandalizou a Alemanha ao oferecer supostamente US $ 1 bilhão a uma empresa farmacêutica alemã para comprar direitos de monopólio de uma nova vacina Covid-19. Mesmo que a administração atual acabe mudando de rumo e desenvolva um plano de ação global, poucos seguirão um líder que nunca assume responsabilidade, que nunca admite erros e que rotineiramente assume todo o crédito por si mesmo, deixando toda a culpa para os outros.

Se o vazio deixado pelos EUA não for preenchido por outros países, não só será muito mais difícil interromper a epidemia atual, como seu legado continuará envenenando as relações internacionais nos próximos anos. No entanto, toda crise também é uma oportunidade. Devemos esperar que a epidemia atual ajude a humanidade a perceber o grave perigo que representa a desunião global.

A humanidade precisa fazer uma escolha. Iremos percorrer o caminho da desunião ou adotaremos o caminho da solidariedade global? Se escolhermos a desunião, isso não apenas prolongará a crise, mas provavelmente resultará em catástrofes ainda piores no futuro. Se escolhermos a solidariedade global, será uma vitória não apenas contra o coronavírus, mas contra todas as futuras epidemias e crises que possam assaltar a humanidade no século XXI.
Yuval Noah Harari é autor de 'Sapiens', 'Homo Deus' e '21 Lessons for the 21st Century '

fonte: https://www.ft.com/content/19d90308-685 ... e6fedcca75
Traduzido pelo Google Translate - revisado por Gigaview

Re: O mundo após o coronavírus

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Gigaview escreveu:
Sex, 03 Abril 2020 - 02:04 am

Yuval Noah Harari é autor de 'Sapiens', 'Homo Deus' e '21 Lessons for the 21st Century '

fonte: https://www.ft.com/content/19d90308-685 ... e6fedcca75
Traduzido pelo Google Translate - revisado por Gigaview
Parabéns pelo trabalho!
Ficou muito bom!
:clap:

Re: O mundo após o coronavírus

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Muito interessante, bem completo. Além dos avanços já mencionados nas áreas de saúde, aumento de preocupações com questões sanitárias e das consequências econômicas, outros pontos que vejo mudanças são:

1) Relações de trabalho e ensino

Acredito que haverá mais flexibilização quanto a atividades remotas, e isso também vai aumentar a propensão de empresas, escolas e instituições na adoção e incorporação de novos tipos de tecnologias. Haverão menos resistências e medos quanto a mudanças. Obviamente isso também pode trazer efeitos colaterais negativos, principalmente no sistema de ensino. Sabemos que na última década houve um aumento expressivo do uso de dispositivos eletrônicos móveis por jovens, e apesar de trazerem uma série de facilidades e vantagens, também acabam sendo uma ferramenta de distração e alienação. Os sistemas educacionais que passarem a incorporar essas tecnologias no aprendizado escolar, terão de se preparar para conduzir os estudantes a usarem a tecnologia para potencializar seu desenvolvimento pessoal, e não o contrário.

2) Aumento do tamanho do estado

Temos visto vários países literalmente injetando dinheiro na economia para combater a pandemia e amparar empresas afetadas pela crise. Claro que é uma situação de emergência e atitudes drásticas precisam ser tomadas, mas isso vai aumentar muito os gastos públicos do governo, e é provável que haja aumento de impostos para compensar o prejuízo. O grande problema nisso tudo, é que geralmente quando o governo se expande, aumenta gastos públicos e impostos, dificilmente retorna ao que era antes. É um caminho sem volta. Então é possível que políticas temporárias de controle da pandemia acabem se tornando políticas permanentes de expansão fiscal.

Re: O mundo após o coronavírus

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Um ponto que tem sido levantado a respeito da pandemia, é que as medidas de isolamento social e lockdown têm ajudado a minimizar impactos ambientais. De fato é verdade, mas quando analisamos o cenário pela ótica do longo prazo, percebemos que as consequências ambientais serão ainda piores.
Algumas pessoas têm apontado um suposto “lado bom” da pandemia. O coronavírus seria uma oportunidade para o planeta se recuperar da atividade humana. O céu azul de cidades antes poluídas seria um “benefício não intencional”.

A quarentena de coronavírus fechou fábricas, portos, aeroportos e rodovias no mundo todo. A poluição do ar também diminuiu, consequência da desaceleração econômica causada pela pandemia.

Na China, as emissões de CO2 e NO2 caíram 25% e 35% em apenas três semanas, segundo analistas climáticos do Centre for Research on Energy and Clean Air.

No entanto, festejar um desastre econômico e humanitário em prol de uma suposta defesa do meio ambiente é no mínimo contraditório.

Crises dessa magnitude tendem a afetar o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias mais sustentáveis, incentivando a continuidade dos métodos tradicionais. A BloombergNEF, organização que financia pesquisa energética sustentável, já prevê o aumento do uso de combustíveis fósseis em 2020, devido ao impacto relacionado aos surtos de coronavírus e ao baixo preço do petróleo. A instituição reduziu a previsão global de demanda solar em quase 10%.

É loucura pensar no Covid-19 como um aliado na luta contra o aquecimento global. "Não é uma maneira sustentável de reduzir a poluição, e os impactos econômicos e de bem-estar a longo prazo dessa crise serão devastadores para muitas pessoas", afirmou o professor e epidemiologista Jill Baumgartner, em entrevista ao The New York Times.

O progresso científico e econômico são a única maneira de preservar a natureza. Apenas através da dissociação entre o meio ambiente e a atividade humana é que poderemos reduzir a pobreza enquanto poupamos recursos e clareamos o ar das grandes cidades.

Re: O mundo após o coronavírus

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

A Itália está pensando em regularizar a situação dos imigrantes ilegais para trabalhar nas colheitas.

O Canadá já "importou" quase 500 mexicanos pela mesma razão, já que os trabalhadores locais estão doentes ou em quarentena. Mandou aviões e tudo.

A previsão é chegar a 30 mil trabalhadores.

https://information.tv5monde.com/video/ ... anadiennes

Re: O mundo após o coronavírus

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Arcanjo Lúcifer
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Mensagem por Arcanjo Lúcifer »

Como será que vai ficar a situação das empresas estrangeiras que se que mudaram para China? Será que ainda continuarão colocando todas as maçãs na mesma cesta ou o pessoal finalmente vai se tocar que ficaram dependentes demais de um único país?

Re: O mundo após o coronavírus

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Arcanjo Lúcifer escreveu:
Sex, 15 Maio 2020 - 21:10 pm
Como será que vai ficar a situação das empresas estrangeiras que se que mudaram para China? Será que ainda continuarão colocando todas as maçãs na mesma cesta ou o pessoal finalmente vai se tocar que ficaram dependentes demais de um único país?
Capital não tem pátria. Ele vai para onde se pode lucrar mais. Quem poderia imaginar, na década de 60, que empresas americanas pudessem depender de países comunistas 40 anos depois?

E se os EUA ou as grandes empresas pensassem em diversificação jamais permitiriam que uma parte substancial da geração do PIB de alta tecnologia, que é altamente estratégica para o país, se concentrasse no Vale do Silício que é uma das áreas com maior risco de grandes terremotos do planeta. Bastaria um bem intenso para engolir os principais laboratórios, universidades e sedes das principais empresas americanas.

Re: O mundo após o coronavírus

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Arcanjo Lúcifer
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Mensagem por Arcanjo Lúcifer »

Capital não tem pátria mas tem dono, e pode mudar de dono bem rápido se estiver em um país comunista.

Re: O mundo após o coronavírus

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Arcanjo Lúcifer escreveu:
Sáb, 16 Maio 2020 - 04:44 am
Capital não tem pátria mas tem dono, e pode mudar de dono bem rápido se estiver em um país comunista.
Não diria "dono", mas as médias/grandes empresas têm "sócios" e ações negociadas nas Bolsas de Valores de vários países com interesses tão numerosos quanto o número de ações negociadas. O risco do país simplesmente "fechar as portas" e nacionalizar empresas existe mas é mínimo porque essas empresas não podem sobreviver sem o mercado internacional.

Re: O mundo após o coronavírus

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Arcanjo Lúcifer
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Mensagem por Arcanjo Lúcifer »

A empresas expropriadas na Venezuela tb tinham e deu no que vc conhece.

O risco pode ser mínimo hoje mas e se um dia houver algum atrito que chegue a beira de uma guerra? Quase toda a industria de certos paises hoje depende dos chinas, principalmente eletrônicos.

Re: O mundo após o coronavírus

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aronax
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Mensagem por aronax »

EM DIREÇÃO À RUÍNA

J.R.Guzzo

O comentarista político Dennis Prager, um dos mais ativos militantes do pensamento conservador nos Estados Unidos, fez recentemente uma observação perturbadora. “Para aqueles que estão abertos à leitura de pensamentos com os quais podem divergir”, escreveu Prager, talvez seja o caso de anotar a seguinte ideia: “O lockdown mundial é não apenas um erro, mas também, possivelmente, o pior erro que o mundo já tenha cometido”. Essa noção, diz ele, é tida como algo tão absurdo quanto imoral por todos os que põem fé na posição da maioria dos líderes mundiais, dos cientistas e médicos, dos pensadores e da mídia diante da catástrofe que estamos vivendo hoje. Mas absurdo e imoral, ao contrário, talvez seja justamente aquilo que passa hoje por sabedoria indiscutível. A maneira com que essa gente toda está administrando a covid-19 é, na verdade, o resultado da soma de “trapaça, covardia e imaturidade que dominam hoje o planeta Terra, porque as elites são trapaceiras, covardes e imaturas”, conclui Prager.
Faz pensar um pouco, não é mesmo? É óbvio que não estamos aqui diante de calamidades como a guerra imposta ao mundo pelo nazismo, o Holocausto do povo judeu ou as guerras de religião. A origem disso tudo está na ação de pessoas perversas que tomaram o poder. Na decisão de parar as sociedades para combater a covid-19, a origem do desastre está no erro em escala monumental — e erros desse tamanho não são cometidos necessariamente por gente má, mas por tolos, arrogantes e ineptos. Estes, infelizmente, vivem em grande número entre nós, e ocupam posições de autoridade em toda parte. É insano que 7 bilhões de pessoas nos quatro cantos do mundo, neste exato momento, estejam fazendo apenas aquilo que os políticos decidem que é “essencial” — quem confia a esse ponto extremo em políticos e governos? Quase ninguém, mas é exatamente isso que está acontecendo.

A questão real que se coloca para todos, e que os executores e adeptos do confinamento radical se recusam a debater, é tão antiga quanto o mundo: o remédio para enfrentar a epidemia dá sinais cada vez mais claros de que pode estar matando o paciente. Para salvar vidas, temos de destruir o mundo em que vivemos — é o que estão dizendo e fazendo na prática, com suas decisões diárias, as autoridades públicas e as forças que as apoiam. “Nós podemos estar olhando hoje para a possibilidade de fome em cerca de três dúzias de países”, disse já em meados de abril o americano David Beasley, diretor-executivo da FAO — a insuspeitíssima FAO das Nações Unidas e dos globalistas, irmã gêmea da OMS. “Há o perigo real de que mais gente possa morrer do impacto econômico da covid-19 do que do vírus em si.”
Nas contas que a FAO tem hoje sobre a mesa, 260 milhões de pessoas vão ser submetidas à fome neste ano ao redor do mundo — o dobro da cifra de 2019.
Não há comparação possível com as 300 mil mortes causadas até agora pela covid-19, nem com os 4,3 milhões de atingidos pelo vírus desde dezembro do ano passado, quando ele apareceu na China. Outros 150 milhões podem ser jogados na pobreza extrema se a economia mundial cair 5% em 2020 — o número mais frequente nas contas que os economistas internacionais estão fazendo, caso seja mantida a paralisia da produção, do comércio e do trabalho. Desses totais horrendos, quantos vão morrer não de covid, mas de miséria, causada diretamente pela ruína econômica do mundo? Não se trata de salvar “dinheiro”, ou o “capitalismo”, ou os “deuses do comércio”, que devem ceder lugar “às vidas”, segundo dizem os defensores dos confinamentos radicais. Trata-se, justamente, da destruição de vidas. As vítimas, aí, vão morrer como os infectados pelo vírus — só que em câmara lenta, fora dos hospitais, nos lugares desgraçados onde passam a vida.
Só uma guerra nuclear poderia ter um potencial de devastação tão grande como o que vai sendo desenhado pela ideologia do “distanciamento social”. Ela não impõe, como as pessoas ouvem todos os dias, um “mero incômodo” para as classes médias e altas, que deve ser suportado em nome da saúde comum. Impõe, isso sim, a desgraça imediata ou breve para as centenas de milhões de pessoas que vão ficar sem um tostão no bolso, sem trabalho e sem comida suficiente. “Não há dúvida na minha cabeça que, quando olharmos de volta para o que está acontecendo hoje, veremos que os danos causados pelo lockdown vão exceder em muito qualquer economia de vidas”, diz Michael Levitt, professor de biologia estrutural na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford e Prêmio Nobel de Química de 2013.
Países com anteparos sociais fortes e com população que dispõe de recursos financeiros, como ocorre no mundo desenvolvido, têm musculatura para aguentar o tranco.
Mas a maioria dos países é pobre, ou paupérrima, e não tem onde se apoiar. O Brasil está entre eles, como todos sabem. Aqui, os que vivem da classe média para baixo estão sempre a um passo da miséria total; a qualquer incidente, desabam da pobreza para a fome. Essa gente — que precisa do trabalho diário para ter alguma esperança de melhorar de vida, ou simplesmente de permanecer vivo — teria menos direitos que as vítimas do vírus? A maioria dos governantes brasileiros acha que sim. Quem está recebendo o sustento sem a necessidade de trabalhar também — uma grande parte dos 12 milhões de funcionários públicos de todos os níveis, os que vivem de renda, os ricos em geral. Por que iriam se preocupar com os pobres? Eles não existem, não têm rosto, nem nome, nem alma — são vultos que passam na rua e não deixam registro; já estão todos mortos.
“No mundo todo estão fazendo como aqui no Brasil”, dizem dez entre dez adeptos do “fique em casa”. Pois é justamente esse o problema: e se o resto do mundo estiver errado? Não seria a primeira vez, como a História está cansada de mostrar.

Re: O mundo após o coronavírus

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devil´s Curve
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Mensagem por devil´s Curve »

Hoje vemos no Brasil, por necessidade e muito por desobediência civil e ignorância que o isolamento social é bem do jeitão brasileiro mesmo. Então acho que quando o mundo estiver voltando ao trabalho aos seus afazeres, como tá acontecendo na Itália e Espanha, o Brasil não estará preparado, tentará voltar com todo tipo de regras no papel, mas vai ser um desastre. Acho que ainda não vimos nada. Acho que normalidade aqui só em 20XY (sem bola de cristal)
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Re: O mundo após o coronavírus

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Tutu
Mensagens: 2128
Registrado em: Qui, 09 Abril 2020 - 17:03 pm

Mensagem por Tutu »

1. Crescimento do comércio eletrônico.
2. Aumento no home office. Empresas mais resistentes a essa ideia estão experimentando e vendo maneira de cortar custos.
3. Melhoria nos hábitos de higiene, que ajuda em outras doenças contagiosas.
4. Uma cise econômica com desemprego e inflação. Mas passará.
5. Aumento nas atividade de ócio eletrônica como netflix e games. Muitas pessoas estarão viciadas após a pandemia mesmo não tendo tido esses hábitos antes.

Re: O mundo após o coronavírus

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Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1751
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Tutu escreveu:
Sáb, 23 Maio 2020 - 15:24 pm
1. Crescimento do comércio eletrônico.
2. Aumento no home office. Empresas mais resistentes a essa ideia estão experimentando e vendo maneira de cortar custos.
3. Melhoria nos hábitos de higiene, que ajuda em outras doenças contagiosas.
4. Uma cise econômica com desemprego e inflação. Mas passará.
5. Aumento nas atividade de ócio eletrônica como netflix e games. Muitas pessoas estarão viciadas após a pandemia mesmo não tendo tido esses hábitos antes.
Além dessas coisas, eu fico fazendo um exercício de imaginação para ver como vão ficar os barzinhos, as boates apertadas (e invariavelmente lotadas), as enormes torcidas de futebol, os shows, espetáculos com público se apertando ombro a ombro, os museus, planetários, cinemas pequenos, teatros, casas noturnas, festas, gafieiras, ensaios de escolas de samba, procissões, terreiros de umbanda, romarias e tudo que envolva multidões, arquibancadas e plateias.

Como haverá distanciamento?
Como esses ramos empresariais vão sobreviver?
Extinção?

Não haverá vida social em comunidade nem esses ramos de negócios sem a tão aguardada VACINA.

Re: O mundo após o coronavírus

Gigaview
Mensagens: 3013
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 13:48 pm

Mensagem por Gigaview »

Gabarito escreveu:
Sáb, 23 Maio 2020 - 15:39 pm
Tutu escreveu:
Sáb, 23 Maio 2020 - 15:24 pm
1. Crescimento do comércio eletrônico.
2. Aumento no home office. Empresas mais resistentes a essa ideia estão experimentando e vendo maneira de cortar custos.
3. Melhoria nos hábitos de higiene, que ajuda em outras doenças contagiosas.
4. Uma cise econômica com desemprego e inflação. Mas passará.
5. Aumento nas atividade de ócio eletrônica como netflix e games. Muitas pessoas estarão viciadas após a pandemia mesmo não tendo tido esses hábitos antes.
Além dessas coisas, eu fico fazendo um exercício de imaginação para ver como vão ficar os barzinhos, as boates apertadas (e invariavelmente lotadas), as enormes torcidas de futebol, os shows, espetáculos com público se apertando ombro a ombro, os museus, planetários, cinemas pequenos, teatros, casas noturnas, festas, gafieiras, ensaios de escolas de samba, procissões, terreiros de umbanda, romarias e tudo que envolva multidões, arquibancadas e plateias.

Como haverá distanciamento?
Como esses ramos empresariais vão sobreviver?
Extinção?

Não haverá vida social em comunidade nem esses ramos de negócios sem a tão aguardada VACINA.
Assistindo vídeos feitos por estrangeiros na China parece que tudo tende a ser como antes. As praças de alimentação de shoppings já estão lotadas como antes, tem gente vendendo e consumindo comida de rua, ninguém mais se incomoda com aglomeração no metrô e as praças de esportes estão cheias de gente em jogos coletivos. Cinemas e teatros continuam fechados. A única coisa realmente levada a sério é o uso de máscara, que apesar de não ser mais obrigatório, foi mantido pela população.

Um exemplo abaixo. A data do vídeo é a mesma da do post.


youtu.be/JVZVFwNVqvs

Re: O mundo após o coronavírus

AndarilhoTerrestre
Mensagens: 413
Registrado em: Seg, 06 Abril 2020 - 16:13 pm

Mensagem por AndarilhoTerrestre »

Ótimo. Sinal que deus está suspendendo a arca de nóe nesse lugar.
Mas brincadeira a parte a normalidade deve ser gradativa mesmo.
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