Diabetes ou Resistência à Insulina?

Área destinada à discussão sobre Ciência e os avanços científicos e tecnológicos da humanidade.

Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Gostaria de conversar sobre diabetes. Eu sinceramente tenho minhas dúvidas com relação à literatura médica em relação a certos aspectos ou doenças. Neste caso vou tratar da diabetes.

Também tenho sérias dúvidas a respeito da maneira como os transtornos mentais na literatura psiquiátrica são definidos. Me parece existir influência progressista nesse meio aí.

Vou mostrar o que penso a respeito do assunto:

É assim, existem aquelas pessoas que têm resistência à insulina, mas o pâncreas ainda consegue produzir insulina numa quantidade em que a pessoa pode se manter viva. Neste caso são pessoas que não conseguem processar bem carboidratos e todo aquele que tem tendência a desenvolver "diabetes" em algum momento da vida deve procurar evitar ou reduzir carboidratos refinados em excesso. O problema é que na maioria das vezes as pessoas não sabem que têm certa intolerância ao carboidrato e quando descobre, já é tarde demais e é diagnosticado como "diabético". Tem aqueles que já nascem com diabetes e desde a infância dependem de insulina (tipo I). Por outro lado tem aqueles que desde que nascem já têm tendência a resistência à insulina (tipo II). Pessoas que têm essa tendência, desde a infância, vão tender a ser gordas e/ou em a glicose ser mais alta do que o ideal.

E quando o médico fala que o paciente é diabético, todo aquele susto e clima (desnecessário por sinal).

No meu caso sempre fui gordinho desde criança e até 2020 (33 anos), meus níveis de glicose eram em torno de 90 a 100. Depois que peguei o coronavírus, os valores aumentaram. Uns dias atrás deu 183 durante a manhã, não no exame de sangue, mas num marcador de glicemia que minha avó tem. Mas também porque no dia anterior comi muito carboidrato à noite e a última coisa que comi foi perto da meia-noite. Neste caso o que comi influenciou bastante. Na verdade, qualquer um vai ficar com a glicose mais alta do que o normal se comer muito carboidrato e/ou açúcar à noite, e quanto mais para a noite, maior será o valor, mesmo não sendo "diabético". Qualquer um logo após uma refeição avantajada vai ficar com glicose acima dos 100 para começar. Então até certo ponto é normal.

Soube que, não sei se é verdade também, que muitos que pegaram o tal coronavírus ficaram "diabéticos". Pode ter sido o meu caso. Porque até então estava tudo dentro da normalidade.

Soube que queriam mudar o valor para ser considerado "diabético" para um valor mais alto, na época da pandemia. Tem algo errado nessa história toda aí...

Pessoas obesas, mesmo que não sejam diabéticas propriamente ditas, já têm tendência a terem níveis de açúcar mais elevados do que o normal. Isso porque geralmente pessoas que têm muita massa corporal, seja músculo ou gordura, vão acabar tendo mais açúcar no corpo, mesmo com alimentação saudável, porque o corpo têm mais células, logo tanto o fígado terá que produzir mais açúcar para alimentar estas células quanto o pâncreas terá que produzir mais insulina para alimentar um corpo que tem mais células do que a natureza humana foi feita para ter, seja gordura ou músculo. Então, uma pessoa com, por exemplo, 200 kg facilmente poderá ter glicose e insulina mais elevadas por causa da massa corporal elevada. Mas neste caso, se ela não tiver resistência à insulina, é porque o corpo por ter muita massa corporal acaba compensando.

Se isso for verdade, então nem sempre uma pessoa com valor de glicose ou insulina mais alto necessariamente terá resistência à insulina. Às vezes pode ser puramente em função da massa corporal. Assim como uma pessoa obesa tenderá a ter mais músculo do que uma pessoa "esqueleto", porque o próprio peso da gordura a faz ter que desenvolver naturalmente os músculos para suportar o peso. No meu caso pode até ser puramente em função da massa corporal porque não tenho sintomas relacionados à resistência à insulina, mas como tenho carga genética relacionada a isso, pode ser isso também. Diagnósticos e cálculos em geral tendem a levar em conta apenas mesomorfos, e não endomorfos ou ectomorfos (os diferentes biotipos). E isso é uma coisa que me incomoda, porque causa incertezas e às vezes diagnósticos questionáveis.

Certamente que pessoas obesas tenderão a serem diagnosticas como "diabéticas", quando talvez na maioria dos casos nem sempre será isso. A massa corporal meio que compensa a glicose e insulina elevadas. Caso contrário, se não fosse isso, a maioria destas pessoas já teriam morrido ou se tornado dependentes de insulina, porque o pâncreas "pifaria". No meu caso, tenho uns 132 kg. Até uns anos atrás tinha em torno de 120 kg, mas ano passado fiz academia e ganhei uns 10 kg de músculo, porque consigo ganhar músculo com certa facilidade. Então boa parte de meu peso é músculo mesmo (digamos que tenho entre 40 a 50 kg a mais de gordura que o ideal). Sou do tipo que tem muita gordura e músculo, meu biotipo. Pode ser que o biotipo da pessoa venha a favorecer o desenvolvimento da "diabetes", sobretudo em endomorfos (por terem mais gordura).

Depois explico porque digo diabetes entre aspas.

Uma endócrina me disse que as pessoas que têm resistência à insulina ficam "diabéticas" a partir de determinada idade de acordo com a genética da pessoa. Uns vão ter desde os 20, 30, 40 ou mais tardiamente na vida, independente de alimentação ou peso. O peso e alimentação influenciam, mas o que determina mesmo é seu DNA no fim das contas. Mesmo que você, durante toda sua vida, se exercite ou se alimente da forma ideal, ainda assim, você em algum momento vai acabar ficando "diabético", a partir de certa faixa de idade. Assim, a "diabetes" é determinística. O mesmo vale para catarata, miopia, câncer, artrite e qualquer doença ou distúrbio que tenha como origem sua carga genética. São doenças que, a não ser se morrer cedo, você não terá, caso tiver tendência a tê-las.

Agora vou dizer porque chamo diabetes de "diabetes". Acontece que, a meu entender, diabetes de verdade é quando uma pessoa depende de injetar insulina para sobreviver, porque o pâncreas pifou, seja porque a pessoa já nasceu assim ou em função da resistência à insulina que causou uma sobrecarga no pâncreas, fazendo-o parar de produzir insulina. Isso sim é diabetes mesmo, não tem escapatória! Diabetes é quando você precisa de insulina para viver ou morrerá se não fizer. Caso contrário, é resistência à insulina. Digo isso porque mesmo pessoas não consideradas "diabéticas" já têm uma certa resistência à insulina, por não processarem eficientemente carboidratos. Ou seja, todas estas pessoas que têm carga genética da "diabetes", de certa forma já têm isso desde que nascem e esta resistência aumentará com o passar dos anos.

Isso pode parecer assustador, mas é a realidade. Pessoas que não processam direito carboidratos têm resistência à insulina, pouco na infância, mas muito a partir de certa idade. Neste sentido, todas as pessoas que já nascem tendendo à resistência à insulina já seriam consideradas diabéticas, mas num grau menor. Mas isso é meramente uma definição médica. Problema é que quando as pessoas tem diabetes de verdade, ela precisa de insulina, e neste caso não se aplica, quando o pâncreas ainda consegue produzir muita insulina. Logo, não são diabéticas, apenas têm resistência à insulina em algum grau. Neste caso, a partir do momento em que a pessoa com resistência à insulina "desde que nasce" (para todos os casos de pessoas que têm tendência à do tipo II), começa a ter valores mais elevados de insulina e glicose, é porque, por causa da idade, o metabolismo fica mais lento e o processamento de carboidratos fica ainda mais restrito, e neste caso, um maior cuidado com a alimentação se torna necessário. Mas ainda haveria como reverter, enquanto o pâncreas ainda produz insulina.

A partir deste ponto, se a pessoa que tem essa resistência que já estava lá "oculta" desde a infância exagerar, poderá sobrecarregar o pâncreas e, caso aconteça, aí sim ela ficar realmente diabética e depender de insulina.

Pessoas nesta situação que têm mais massa corporal resistem mais à glicose mais elevada do que pessoas magras, porque a massa corporal compensa, já que há mais células para todo aquele açúcar em excesso acabar sendo absorvido lentamente pelas células. O que quero dizer aqui é que as células das pessoas que têm resistência à insulina (não se esqueça de que isso já é uma tendência desde o nascimento), com o passar dos anos, passam a absorver glicose cada vez mais devagar do que pessoas que não têm esse tipo de genética. Com a idade, as células de pessoas que têm tendência à resistência à insulina passam a absorver cada vez menos glicose e isso faz o pâncreas ter que produzir mais insulina para compensar, até o momento em que esta pessoa passa a depender de insulina quando o pâncreas falha de produzi-la.

Mesmo com uma alimentação saudável na velhice, esse processo ainda ocorrerá, porque a causa está no DNA desta pessoa, que limita certas células em absorver glicose.

A questão é que, no caso de pessoas obesas, se elas conseguirem emagrecer bastante ou o suficiente (até determinada idade), tanto a taxa de glicose quanto de insulina tenderá a diminuir nestas pessoas. Já vi vários casos de pessoas que depois de fazerem uma bariátrica deixaram de ser "diabéticas". Isso porque como estas pessoas passam a ter menos células pobres em mitocôndrias (as de gordura branca e/ou visceral), o pâncreas passa a ter menos trabalho para sustentar tantas células e passa a produzir menos insulina, porque haverá mais células que absorvem glicose do que aquelas que teimam em não absorver tanto (onde estaria a resistência a insulina). Mas neste caso se aplicaria às pessoas que têm resistência à insulina nos adipócitos e nas células de gordura nos músculos. Pode ser que a maior parte dos casos de resistência à insulina sejam por causa de adipócitos defeituosos.

Neste caso, se você emagrece muito e estas células se tornam menos, digamos assim, relevantes, o pâncreas meio que acabará "ignorando" estas células para alimentá-las com glicose.

Como que pessoas que fizeram cirurgia bariátrica deixaram de ser diabéticas, se é considerado que, uma vez tendo diabetes, torna-se irreversível? Tem algo de errado nestas definições aí.

Acredito que seja necessária uma mudança na maneira como se define diabetes e resistência à insulina. Geralmente quando as pessoas e médicos falam sobre diabetes, isso estaria mais para uma generalização do que para uma definição mais certeira. Diabetes deveria ser somente considerada para pessoas que dependem de insulina, enquanto "resistente à insulina" seria o termo mais certo para pessoas que têm isso mas cujo pâncreas ainda é capaz de produzir a tal insulina e esta pessoa ainda não necessita de injetar insulina para sobreviver. Resistência à insulina tem como reverter e diminuir através de dieta e exercícios ou medicamentos. Diabetes não tem como ser revertida e esta é a maior diferença!

A maneira como diabetes é diagnosticada deveria mudar, sinceramente. Ao invés de basear na glicose, deveria ser totalmente baseada na insulina. Diabetes quando há deficiência em insulina, não excesso dela, quando o pâncreas pouco ou não produz. Já para resistência à insulina, o diagnóstico deve ser baseado quando a insulina estiver elevada, a partir de certo valor. Deveria não só mudar para evitar confusão como até mesmo para evitar que o paciente acabe ficando paranoico ou desesperado sem necessidade, quando não necessita de insulina para sobreviver. A preocupação maior deveria ser só para aquele que necessita da insulina, senão morre.

Porque se associa muito diabetes com injetar insulina, amputação, cegueira, estas coisas que assustam as pessoas.

O problema é que às vezes mesmo em jejum, pessoas não diabéticas ou mesmo sem resistência à insulina, se comem muita besteira por vários dias seguidos, mesmo em jejum ainda vai acabar resultando num valor de glicose consideravelmente mais elevado. Assim sendo, acredito que a glicose deveria ficar de fora e somente a insulina ser considerada, tanto para resistência à insulina (excesso) ou diabetes (deficiência). A glicose deveria ser somente mensurada para pessoas com muita resistência à insulina ou diabéticas de fato, não para diagnosticar tais problemas, mas apenas para controle, porque este se torna necessário.

Tenho certeza de que esta definição seria mais certeira do que ficar generalizando as coisas e assustando desnecessariamente as pessoas!

Mas a resistência à insulina não pode ser desmerecida, visto que isso com o tempo, se não tratado, acaba levado à diabetes de fato e todas as suas complicações!

De fato, se a resistência à insulina elevada não for tratada, isso pode levar à cegueira, amputação, hemorragias, etc. E isso todos deveriam saber, sobretudo quem tem tendência a isso!

Engraçado que mesmo tendo dado 183 de glicose, ainda assim eu não sinto nenhum sintoma relacionado à diabetes (porque certamente não sou, apenas tenho certo grau de resistência à insulina por causa do peso e idade). Talvez porque como tenho mais de 130 kg, toda essa massa corporal acaba compensando e é uma das causas disso (levando em consideração que 10 desses quilos acima dos 100 é porque ganhei músculo). Se eu ficasse magro agora, tenho certeza de que a glicose normalizaria. Já se eu fosse magro e tivesse todo esse valor de glicose, certamente meu corpo não aguentaria e já estaria sentindo desconfortos ou pior, estaria passando mal em direção a um hospital. Mas como não é o caso, então penso se tratar somente de resistência insulínica, e não diabetes de fato. Já meu pai que é magro e pesa em torno de 80 kg e é idoso, quando a glicose fica alta (com valores similares ou menores que o que deu pra mim), ele já sente formigamento e desconfortos. O corpo dele simplesmente não aguenta tanta glicose quanto o meu, por assim dizer... Enquanto que um conhecido meu a glicose dele deu pouco mais de 1000 e ele não sentia nada, e ele era ainda mais gordo que eu. Ou seja, a massa corporal conta muito se o corpo vai ou não aguentar glicose elevada!

O problema é até que ponto o pâncreas de cada pessoa vai aguentar produzir tanta insulina para compensar tanta glicose, eis o mistério. Mas só é diabético mesmo depois que tal falha.

Mas não, independente de sua massa corporal, se você tiver "diabetes" (resistência à insulina) mesmo com um pâncreas ainda funcional, você já é um doente que precisa logo se entupir de remédios! Eis um dos motivos em eu ser cético com tal definição.

O que ajuda neste caso é principalmente dieta, e em segundo plano, algum remédio para abaixar níveis de glicose. Para obesos, uma combinação de algo que reduza a glicemia com algo que favoreça a cetogênese, que ajudará muito no emagrecimento. Se bem que existem chás que ajudam a reduzir os níveis de glicose, mas com relação à cetogênese isso eu não sei, mas pode ser que existam substâncias naturais para tal.

Quem sabe talvez esta definição não deva só ser em relação à insulina (tirando a glicose que causa confusão), como também em relação ao peso corporal (levando em conta porcentagem de músculo e gordura)?

Pra mim essa definição de diabetes é tão errônea quanto na época em que se dizia que comer ovo fazia mal para a saúde (por causa da indústria do coração até os anos 90)!

Aliás, eu tenho certeza de que em parte essa definição sobre diabetes é por causa de interesses farmacêuticos. A tal máfia da Big Pharma!

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Esqueci de dizer que para pessoas com resistência à insulina no geral, o ideal é evitar de comer carboidratos e gordura não animal à noite (jantar, não lanchar à noite), dando preferência à proteína (carne e ovos por exemplo). Já durante o dia poderia comer carboidrato de manhã e próximo ao meio-dia mas sem exagerar e um pouco disso à tarde. Mas evitar carboidrato à noite, já que à noite o metabolismo fica mais lento e como quem tem tendência à resistência à insulina não absorve tão bem glicose em certos tecidos, então o certo é a glicose ser ingerida durante o dia (seja em forma de açúcar, carboidrato, amido, frutose ou lactose).

Quem tem resistência à insulina deve sempre procurar evitar ingerir açúcar refinado e preferir sobretudo adoçante stevia (aspartame é veneno, evite), seja ou não diabético.

Também evitar sucos e frutas que têm muita frutose e sobretudo à noite. Banana e manga são ricas em frutose, logo deveriam ser evitadas.

Eu mesmo defini para mim essa dieta, visto que de cara já evita engordar, ainda mais para obeso com resistência à insulina em algum grau.

Comer besteira só em ocasiões especiais como festas ou encontros por exemplo.

E eu ainda tenho esteatose hepática e talvez um pouco de hipotireoidismo sem bócio. Ou seja, meio que sou um sapo-boi por natureza. E se meu fígado tiver resistência à insulina, então é elefantinho, porque neste caso produziria mais açúcar que o normal, causando aumento da glicose e então ganho de peso (gordura). Se tal for o caso, então o emagrecimento se torna ainda mais difícil e a grande solução seria um remédio para reduzir glicose quanto algo que atice a cetogênese (quebra direta de gordura). Por isso tanto interesse meu na cetogênese. Com relação à cetogênese deve-se tomar cuidado porque se exagerar nisso pode causar acidose cetôgênica, que pode ser fatal (para pessoas com certos distúrbios metabólicos e diabetes tipo I acho).

Corpos cetônicos são uma alternativa à glicose, na falta desta. A questão é saber se o cérebro e alguns outros tecidos poderiam funcionar sem recorrer à glicose, só com corpos cetônicos.

Será que existem exames que permitem saber quais tecidos do corpo têm resistência à insulina?

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Alguém aqui tem algum ceticismo relacionado à forma como diagnósticos médicos são feitos?

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Posso até arriscar em dizer que diabetes mellitus (tipo II) não existe, que o que existe é uma resistência à insulina (por parte de pessoas que nascem tendendo ter resistência à insulina em algum grau) que leva à diabetes propriamente dita (insuficiência de insulina). Que o que temos meramente é uma resistência à insulina (não importa o grau) que com o passar da vida da pessoa fica cada vez mais resistente, que causa o sobrecarregamento do pâncreas e então isso causar a diabetes (o que também vai ser influenciado por coisas como alimentação e estilo de vida e até mesmo doenças infecciosas como coronavírus, que pode piorar tal tendência).

A meu ver, esta caracterização da resistência à insulina sem considerar a deficiência de insulina como diabetes é um equívoco.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

O que você poderia acrescentar sobre alguns já considerarem o Mal de Alzheimer como uma diabetes tipo 3?
Alguns protocolos recomendam diminuir carboidratos justamente para reduzir a síntese da glicose e, com isso, impedir o avanço do Alzheimer.

Ceticismo sobre diagnósticos médicos exigiriam um tópico próprio.
O ideal é concentrar aqui somente aspectos e análises da diabetes.

Que, aliás, é substantivo de dois gêneros e dois números.
Imagem

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Gabarito escreveu:
Qui, 10 Agosto 2023 - 21:14 pm
O que você poderia acrescentar sobre alguns já considerarem o Mal de Alzheimer como uma diabetes tipo 3?
Alguns protocolos recomendam diminuir carboidratos justamente para reduzir a síntese da glicose e, com isso, impedir o avanço do Alzheimer.

Ceticismo sobre diagnósticos médicos exigiriam um tópico próprio.
O ideal é concentrar aqui somente aspectos e análises da diabetes.

Que, aliás, é substantivo de dois gêneros e dois números.
Imagem
Besteira, Alzheimer nada tem a ver com diabetes. Diabetes, como disse, é quando pâncreas já não dá mais conta do recado, não produz ou produz pouca insulina (deficiência de insulina). No caso do Alzheimer, se o excesso de açúcar no sangue com o tempo leva a isso, então é um processo totalmente diferente que envolve o cérebro de pessoas que têm tendência genética a desenvolver a doença, não o pâncreas. Pessoas que têm tendência a desenvolver resistência à insulina e que têm tendência em desenvolver Alzheimer neste caso deveriam tomar maior cuidado. Fora isso, não.

Aliás, a medicina em si não é uma ciência exata e já teve muitos equívocos ao longo da história. Um exemplo é o tal do quebranto no século 19.

Outro termo que também não faz sentido é a tal da diabesidade, que é considerada por causa do diagnóstico equivocado de "diabetes mellitus" baseado na glicose.

Esse negócio de que a partir de 123 de glicose em jejum é diabetes é balela, deveria ser eliminado do diagnóstico. O que importa são os níveis de insulina. Diabetes = insulina baixa. Resistência à insulina = insulina alta.

Tanto diabetes quanto resistência à insulina, se não tratados, podem levar a complicações como amputação, cegueira, hemorragia, etc (por causa do açúcar não controlado, levando em conta a massa corporal).

Problema é que em vários casos a massa corporal não é levada em conta no diagnóstico. A grande maioria dos endocrinologistas são limitados ao que está no exame de glicose e insulina e nem olham direito para o paciente.

Não culpo muito tais médicos, porque eles foram treinados a diagnosticar desta forma. O problema é a própria medicina que precisa avançar, ser mais certeira em definição e diagnóstico.

Pessoas obesas e muito musculosas tendem a ter mais glicose e insulina do que o normal por causa de terem tantas células precisando de açúcar, ou seja, a massa corporal conta muito.

No obeso é ainda maior já que as células de gordura demandam menos energia, mas ainda assim necessitam da glicose para funcionar corretamente.

Quando me refiro a normal em glicose, me refiro a uma taxa de glicose entre 60 e 90, que seria uma taxa para pessoas magras e com quantidade normal de músculo, entre 20 e 30 anos.

A idade também conta muito, visto que quanto mais idoso, mais lento o metabolismo, e assim maior tendência em acumular açúcar, mesmo com o pâncreas produzindo insulina normalmente.

Eu mesmo anos antes sempre tive em torno de 90 a 100, desde adolescente. Significa que mesmo com a glicose considerada "normal", já tinha tendência a ter glicose mais alta, porque sempre tive sobrepeso.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

O que não pode acontecer é sair dizendo que todo distúrbio relacionado à glicose ou insulina é diabetes.

Por isso que acredito que há necessidade em haver uma categorização mais eficiente, sem generalizar (mesmo que com o propósito em facilitar a comunicação) porque isso quase sempre mais confunde do que esclarece. É que nem dizer que todo comportamento fora do padrão é esquizofrenia. Não se deveria associar resistência à insulina com diabetes, visto que diabetes mesmo é quando o pâncreas não produz insulina ou em baixa quantidade. A resistência à insulina leva à diabetes, mas não deveria ser considerada como tal. Se é assim, então todas as pessoas que nascem com tendência à resistência à insulina já teriam que ser consideradas diabéticas, já que mesmo ainda na infância, quem tem essa tendência, tende a ter valores mais altos de glicose e insulina (ainda que dentro do padrão do que pessoas sem tal tendência). Glicose em jejum não é uma forma eficiente em diagnosticar diabetes, muito longe disso, visto que nem sempre ela normaliza em 12 horas de jejum, dependendo do que você anda comendo ao longo prazo.

Se você, mesmo sem diabetes, come muito açúcar e carboidrato ao longo da semana ou de determinado mês ou mesmo por meses ou anos, a glicose vai demorar muito mais tempo para normalizar.

E se sua massa corporal for grande, seja você muito musculoso e principalmente obeso, a glicose demorará muito mais tempo para normalizar, ainda que você não seja diabético ou não tenha resistência à insulina.

Por isso que prefiro a insulina como verificador de diabetes e resistência à insulina.

A glicose como verificador de diabetes é obsoleta.

Entenda a comparação: É como um paciente que só tem um cisto benigno (que nem tumor é) e o médico dizer que isso é câncer. Eis a gravidade da situação.

Essa minha abordagem não é só por uma questão técnica como também humanista.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Eu tenho uma sugestão de diagnóstico para resistência à insulina. Seria assim...

Lembre-se de que aqui descarto a glicose para diagnóstico, visto que o que importa é observar o quanto o pâncreas está produzindo insulina, em excesso ou em deficiência.

Sem resistência: Se você não tiver histórico de resistência à insulina e/ou diabetes tipo I, sua insulina tenderá a estar sempre nos valores considerados normais, exceto talvez pela idade.

Normal: Valores abaixo do considerado normal para insulina (menores que 25µU/ml). Pessoas com tendência à resistência à insulina tenderiam a ter valores de insulina mais próximos do limite. Mesmo que normal, pessoas que têm tendência a desenvolver resistência à insulina com o passar da idade já são pré-diabéticas desde o nascimento. Se normal, só estaria dentro do considerado normal para pessoas magras. Mas a partir do momento que ela tem esta tendência por causa da genética, ela deve tomar mais cuidado com a alimentação em relação às pessoas que não têm esta tendência.

Resistência Limítrofe: Valores um pouco acima do considerado normal para a insulina (poderia ser em até uns 30µU/ml). Este valor seria um meio termo, uma transição entre apenas ter um certo grau de resistência à insulina e estar tendo uma resistência à insulina fora do normal. A partir daí deve-se tomar um maior cuidado com a alimentação e moderar mais com carboidratos e açúcares. Mas ainda não deveria ser considerado como uma diabetes. Aliás, ainda estaria um tanto longe em ser considerado tal. Este valor seria mais ou menos o mínimo de insulina para pessoas acima dos 100 kg (atletas, fisiculturistas ou obesos). Mesmo que pessoas com resistência à insulina (dentro do normal) tenham uma alimentação saudável e façam exercícios, há uma idade em que esse valor limítrofe chegará, dependendo da carga genética da pessoa.

Resistência Moderada: Valores consideravelmente maiores do considerado normal para a insulina (de 30µU/ml a 50µU/ml). A partir daqui as pessoas já tem realmente uma resistência à insulina mais acentuada e que já afeta um ou mais tecidos do corpo, provavelmente começando pelos adipócitos ou mesmo o fígado e os músculos para aqueles que não praticam exercícios físicos de alta intensidade. A esta altura um acompanhamento médico se torna necessário, mas ainda tem como reverter através de dieta, exercícios e/ou se houver necessidade de medicamentos. Pessoas obesas ou com obesidade mórbida tendem a ter altos valores de insulina. Dependendo do paciente, de seu condicionamento físico e de sua massa corporal, a partir deste nível ele pode sentir sintomas similares à diabetes ou não, quanto maior o valor, maior a probabilidade. A partir deste nível de complicação a medição da glicose se torna importante para controle, principalmente alimentar.

A quantidade de insulina ainda poderia estar somente em função da massa corporal para pessoas sem resistência à insulina que têm muita massa corporal, em excesso mesmo, mais do que o ser humano foi feito para ser.

Resistência Avançada: Valores perigosamente maiores do considerado normal para a insulina (de 50µU/ml a 75µU/ml). Aqui a resistência à insulina está realmente elevada e perigosa, pois já pode começar a causar complicações, como problemas cardiovasculares, progressão para a cegueira, muita vontade de urinar, formigamento nas mãos e/ou pés, demência, etc. A partir daqui o uso de medicamentos se torna estritamente necessário e até pode ser que a insulina já seja usada, não porque a pessoa precisa disso para viver, mas para evitar progressão para a próxima fase do distúrbio. Certamente a maioria dos sintomas similares à diabetes estarão presentes. Ainda haveria a possibilidade de reverter, mas a dificuldade será maior assim como o tratamento será mais duradouro até normalizar tudo. Valores tão elevados poderiam ocorrer em pessoas extremamente obesas, daquelas que pesam mais de 200 kg. Por serem valores de insulina tão elevados, independente da massa corporal, há uma real resistência à insulina fora do padrão.

Resistência Grave: Valores absurdamente maiores do que considerado normal para a insulina (de 75µU/ml a 100µU/ml). Aqui é um caso emergencial, pois se não devidamente tratado, pode levar à diabetes, ou seja, a uma dependência irreversível de insulina, pois aqui o pâncreas estaria em seu limite funcional e mais do que isso, as células beta do pâncreas serão destruídas. Esta fase se confunde com a diabetes, pois aqui a insulina se torna ainda mais importante, não porque falta ela no pâncreas, mas porque a quantidade que o pâncreas libera, ainda que em exagero, já começa a não ser mais suficiente para a demanda celular. Pode ser que seja possível reverter, mas para isso será necessário um tratamento linha-dura com várias restrições alimentares e com dieta para diabético. As complicações certamente serão maiores do que na fase anterior assim como os sintomas serão mais graves. Esta fase é perigosa, porque a qualquer momento o paciente já poderá desencadear uma espiral silenciosa à diabetes e irreversível.

Diabetes Limítrofe: A partir deste nível de complicação (100µU/ml e acima), o pâncreas começa a falhar, pois está além do seu limite e não consegue mais ser suficiente para a demanda celular. A partir daqui, a tendência é o paciente se tornar diabético e qualquer reversão se torna improvável porque o pâncreas já está falhando em produzir insulina. A pessoa começa a ter necessidade em injetar insulina para sobreviver, porque se não injetá-la, vai começar a sentir fraqueza, tontura e pode desmaiar. A partir deste nível, ao invés da insulina aumentar, ela começaria a diminuir progressivamente (a medida que mais células beta pancreáticas morrem) até não haver mais produção de insulina. Aqui é a transição entre você ter resistência à insulina e se tornar diabético. Além disso, é aqui que a pessoa começa a ter problemas com acidose cetogênica, pois como muitas células já não recebem mais glicose e a insulina produzida não dá mais conta, imensa quantidade de corpos cetônicos são produzidos para compensar a falta da glicose nas células.

Diabetes: Há duas formas em uma pessoa ser diabética... Já nascendo diabética, com um pâncreas disfuncional que não produz insulina, ou através de uma resistência à insulina grave desencadear a diabetes. Aqui não tem mais jeito, a pessoa se torna dependente de insulina para toda a vida, já que as células beta pancreáticas já não produzem ou produzem insulina em quantidade insuficiente para um ser humano sobreviver. Haveriam duas formas em reverter isso, seja através de um transplante de pâncreas, ou através de inserir no pâncreas de quem teve isso através da resistência à insulina células tronco que desenvolverão novas células beta pancreáticas saudáveis. Mas mesmo assim, no caso de quem teve isso em função da resistência à insulina, como certos tecidos do corpo resistem à insulina, ainda assim uma alimentação restrita em carboidratos e açúcares seria necessária. No caso de quem nasceu diabético, teriam que serem inseridas células tronco de outra pessoa, mas aí teria o risco da rejeição.

Nesta nova classificação, todas as pessoas que têm histórico de resistência à insulina e têm isso em seu DNA são automaticamente pré-diabéticas em algum grau e o desenvolvimento do sobrepeso na infância pode ser evidência disso (resistência à insulina já ocorrendo em alguns tecidos como o fígado ou adipócitos). Aqui a tolerância à glicose vai depender do condicionamento físico e da massa corporal. Quanto maior for o condicionamento físico e a massa corporal (principalmente de atletas musculosos), maior será a tolerância (não ter sintomas), ainda que a glicose esteja acima do normal. Assim, para medir a tolerância à glicose elevada (em até certo valor) em um indivíduo, seria necessário fazer uma análise da composição corporal e do rendimento aeróbico e anaeróbico. Pessoas mais bem condicionadas fisicamente conseguem tolerar mais níveis de glicose mais altos, já que haverá maior quantidade de células necessitando e absorvendo gradualmente a glicose que está em excesso.

A meu ver o desenvolvimento da obesidade e sobrepeso em crianças estaria muito associado à resistência à insulina (principalmente no fígado) e isso já deveria ser diagnosticado (por meio de histórico genético) e tratado.

As complicações relacionadas à resistência à insulina e ao diabetes se dão por tais principais fatores:

1 - Falta de glicose nas células, ou seja, as células funcionam de forma deficiente ou morrem e as que vivem é porque recorrem aos corpos cetônicos, através das gorduras visceral e subcutânea;
2 - Em função do excesso de glicose no sangue, isso prejudicar a circulação sanguínea e reduzir ou impedir a circulação em pequenos vasos, causando necrose e úlceras nas extremidades;
3 - Excesso de glicose no sangue, que pode causar lesões em vários tecidos pelo corpo, como na retina ou mesmo causar problemas neurológicos como Alzheimer;
4 - Muita glicose no sangue certamente vai afetar seu estado mental, pois se o cérebro absorver muito açúcar, isso pode causar estados de ansiedade, hiperatividade e desatenção;
5 - A resistência à insulina favorece o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade desde a infância se não tratada com antecedência (não ficar dando biscoito e pão todo dia para a criança comer no recreio);
6 - Pessoas com excessiva resistência à insulina e diabetes terão acidose cetogênica se não haver tratamento;
7 - Isso tudo mencionado certamente reduzirá seu tempo de vida, se não tratado adequadamente.

Além disso, pessoas que têm resistência à insulina, principalmente nas fases mais avançadas, levarão mais tempo para normalizar a glicose em jejum, às vezes 1 dia inteiro ou mais (mais das 12 horas padrão). Se os valores de glicose estiverem exagerados, pode não normalizar porque se ficar tempo demais em jejum o fígado fará a gliconeogênese e produzirá mais açúcar (a não ser se tomar remédio para reduzir a gliconeogênese). Para ter mesmo certeza de que sua glicose está mesmo alta, seria interessante ficar uns 3 dias sem comer nada, nada mesmo, somente tomar chá e água. E então fazer o exame de glicose. Se ainda assim estiver alto, sua insulina poderá estar elevada. Para pessoas obesas com resistência à insulina, 12 horas não é o suficiente para normalizar (por isso que são consideradas "diabéticas" em função da glicose somente).

A gliconeogênese é um fenômeno natural do corpo mas que em pessoas que têm resistência à insulina se torna um fator de complicação para controle da glicose e redução da insulina (por isso meu interesse na cetogênese no meu caso).

Além de evitar carboidratos e açúcar para os casos mais perigosos de resistência à insulina, é bom evitar álcool, já que tal pode complicar ainda mais seu metabolismo e ainda causar resistência no fígado. Pessoas obesas devem evitar consumir álcool ainda mais as que têm resistência à insulina e só ingerir isso em ocasiões, como aniversários ou alguns eventos sociais somente e em pouca quantidade. O mesmo vale para besteiras como salgadinhos, refrigerante, estas coisas que pessoas resistentes à insulina ou que tendem a isso necessitam evitar no dia-a-dia. Pessoas que não processam bem carboidratos no geral.

O problema é que mesmo pessoas que têm resistência à insulina e quando a glicose e insulina dão normais, tais são diagnosticadas como se não tivessem nada, mas isso é ilusão, elas têm sim um problema só que neste caso oculto e que se não prevenido ou tratado, aí sim desencadeará níveis de complicação mais avançados e inclusive obesidade e/ou sobrepeso. Eis um dos motivos em eu achar que o diagnóstico deveria ser mudado e toda pessoa que tem histórico de resistência à insulina já ser considerada pré-diabética por endocrinologistas e pediatras, porém só ser considerado diabético quando o pâncreas produz insulina em deficiência ou não a produz.

O resto vocês já sabem aqui: Resistência à insulina em níveis variados.

Lembre-se que se você tem histórico de resistência à insulina na família e fez exame de DNA e deu que realmente tem esta tendência, mesmo que os exames de sangue deram normais, é melhor começar a tratar isso através de uma dieta mais pobre em carboidratos e açúcares e mais rica em proteínas, fibras e gorduras saudáveis. Exercícios físicos ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina e assim a reduzir a resistência, o que vai ajudar a retardar a progressão para níveis mais avançados de resistência (porém não impedir isso com o passar da idade), níveis tais em que é mais difícil reverter, ainda mais se você for obeso.

Chamar uma pessoa que tem resistência à insulina de diabético, tendo um pâncreas capaz de produzir insulina mesmo em excesso, é como dizer que uma pessoa que tem tumor benigno está com câncer!

Acredito que esta nova forma de diagnosticar o problema com seu pâncreas é mais eficiente e menos confusa do que a feita tradicionalmente.

Esses valores que pus aqui são só uma estimativa minha. Teria que haver estudo científico para estabelecer os valores para cada nível de complicação.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Rapaz, você está se tornando um especialista nessa matéria.
Faça um vestibular para Medicina.
Ainda dá tempo.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Rapaz, você está se tornando um especialista nessa matéria. Faça um vestibular para Medicina. Ainda dá tempo.
Ah, não sei... já sou macaco velho... Se eu começar faculdade de medicina agora, só vou poder trabalhar daqui a uns 6 ou 10 anos e já terei passado dos 40 anos. Vou entrar já velho na área. Será que vai dar certo? E trabalhar com público não é o meu forte, isto é, tratar pacientes. Esqueci de dizer que sou graduado em Biomedicina e tenho formação técnica em radiologia, com extensão em tomografia computadorizada e ressonância magnética. O problema é conseguir emprego. Radiologia técnica é uma área fechada e na biomedicina também não é fácil, fora concorrência com pessoas de outras áreas como farmácia.

Com relação à glicose, não como diagnóstico, mas como controle somente, abordaria da seguinte maneira:

Até 80 mg/dL: Normal para pessoas sem resistência à insulina e com pouca massa corporal (magras e sem hipertrofia muscular).

De 80 a 100 mg/dL: Normal para pessoas sem resistência à insulina e com maior massa corporal (sobrepeso ou hipertrofia muscular).

De 100 a 125 mg/dL: Normal para pessoas sem resistência à insulina e obesas com ou sem hipertrofia muscular.

De 90 a 125 mg/dL: Normal para pessoas com resistência à insulina (magras, obesas ou hipertrofiadas).

De 125 a 200 mg/dL: Limítrofe para pessoas com resistência à insulina (possibilidade em sentir sintomas leves similares à diabetes).

De 200 a 300 mg/dL: Moderado para pessoas com resistência à insulina (sintomas similares à diabetes moderados, complicações em pequeno grau e a longo prazo).

De 300 a 400 mg/dL: Elevado para pessoas com resistência à insulina (sintomas similares à diabetes elevados, complicações em moderado grau).

De 400 a 500 mg/dL: Grave para pessoas com resistência à insulina (sintomas similares à diabetes extremos, complicações em elevado grau).

Acima de 500 mg/dL: Emergencial, necessidade de atendimento médico imediato e/ou internação.

Para pessoas com níveis extremos de glicose mas que ainda não sentem sintomas, isso pode se dar pela elevada massa corporal (obesidade mórbida), apesar de improvável. Mas ainda assim, ainda que o corpo "aguente" tanta glicose por não sentir sintomas, ainda assim como se trata de uma quantidade extremamente elevada, acima dos 500, ou mesmo a partir ainda dos 400, já há necessidade de atendimento médico emergencial.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Esses valores e classificações que postei não é para assustar, mas para trazer uma abordagem mais realista da situação metabólica em diferentes perfis metabólicos de pessoas.

Pode ser que para alguns, dependendo do valor e do perfil metabólico, este estaria com algum problema enquanto que para outros, ainda seria normal.

Curiosamente, atualmente se considera como diabético tipo II quando a glicose está acima de 125, mas há fontes que dizem que se considera como diabético a partir de 200. Ou seja, há contradição aqui.

Por isso que coloquei valores entre 125 e 200 como limítrofe, que seria como um sinal amarelo em relação á maneira como o corpo consegue lidar com a glicose. Acima disso, já haveria um real desequilíbrio metabólico.

Esqueci de dizer que a partir da faixa de glicose limítrofe é importante ter certo controle sobre a glicose, visto que se isso não for tratado, pode progredir para fases mais avançadas de resistência à insulina, incluindo glicose.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

No meu caso, para eu emagrecer, esses remédios como sibutramina e semaglutida não são muito eficazes, pois eles somente lidam com a redução do apetite e eles deveriam ser somente receitados para aqueles que têm compulsão alimentar, não para todos que querem perder peso. No meu caso, como o meu problema é metabólico e não meramente psicológico, teria que ser algo que alterasse diretamente o metabolismo, sobretudo o fígado e tireoide. A meu ver, eu teria que tomar 3 tipos de remédios: um para hiporeoidismo leve, outro para reduzir a gliconeogênese durante o jejum (mais seguro) ou reduzir o excesso de glicose através da urina (menos seguro) e um para atiçar a cetogênese (desde que não em excesso), a quebra direta de gordura. Para quem tem esteatose hepática avançada, como é o meu caso, talvez este seja o tratamento ideal. Remédio para tireoide é baratinho, quanto aos outros eu não sei a faixa de preço.

Ou seja, para o meu caso tem que ser algo que altere diretamente os hormônios, e não em alterar o sistema nervoso.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Hoje fui no endocrinologista, dei a ele um exame de sangue mais recente deste ano e outro mais antigo, ele comparou os exames e me receitou o Glifage, que é justamente para fazer o fígado produzir menos açúcar e gordura (além de diminuir a resistência à insulina diretamente nas células), o que significa que eu estava certo a respeito do fígado com relação à resistência à insulina e em relação a isso estar dificultando o meu emagrecimento. Eu mesmo pedi a ele me receitar tal remédio, e ele acabou concordando (com base em tudo o que pesquisei sobre tal remédio e comparando com meu caso). Ele só não achou necessário aquele para a tireoide (Levotiroxina), já que no meu caso não deu uma alteração significativa (que justificasse a medicação). Com relação à produção de corpos cetônicos, acho que isso só através de uma dieta especial mesmo, uma bem pobre em carboidratos. Como na maioria dos dias estou evitando comer carboidrato à noite, acho que isso pode ajudar na quebra de gordura. E com o remédio reduzindo a gliconeogênese durante meu período de sono em jejum, isso vai ajudar mais ainda. Agora sim é que estou começando a ter esperanças para conseguir emagrecer em menos tempo com mais facilidade. E claro, isso fará reduzir os níveis de insulina e glicose.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Você já experimentou aquela dica infalível para emagrecer?
Não só infalível, mas a mais barata e a mais simples do mundo:

===> Comer menos <===

Eu vou falar aqui de uma dica que eu sempre uso e aconselho:

Quando estiver na mesa, almoçando, jantando, o que for,... procure parar de comer ANTES de passar a fome, ANTES de se sentir saciado.


Vou repetir porque é importante e é a chave para perder peso:

Quando estiver na mesa, almoçando, jantando, o que for,... procure parar de comer ANTES de passar a fome, ANTES de se sentir saciado.

Isso significa que você vai se levantar da mesa e achar que podia ter comido um pouco mais.
Isso e importantíssimo!
Faça disso um hábito: se levantar da mesa antes de se sentir saciado e achando que podia ter comido um pouco mais.

Por outro lado...
...sair da mesa plenamente saciado leva a ganho de peso.
Evite isso.

Não se deve "encher a pança" a cada refeição.
Devemos comer e saber a hora de parar. E dar um jeito de parar ANTES dessa hora.

Vai perder peso comendo de tudo.
Não sair totalmente satisfeito e saciado. Sair com um pouquinho de fome.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

E tem também outra vantagem: comer pouco, ingerir menos calorias, provoca uma menor produção de radicais livre e aumenta a longevidade.
Ou seja, comer muito leva a morrer mais cedo, de uma forma geral.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Eu já tinha ouvido falar sobre isso antes em algum lugar, mas não estava me lembrando bem disto. Vou tentar fazer isso o que disse. Mas é necessário saber que a sensação de fome mesmo, em mim, é rara. Eu tenho que ficar várias horas sem comer durante o dia para começar a sentir fome, ou melhor, ficar sem café da manhã e sem almoçar para depois próximo da noite já começar a sentir necessidade de comer. Meu corpo tem tanta energia acumulada que eu custo para começar a sentir fome de verdade, aquela sensação quando a barriga começa a roncar.

E outra, eu estou acostumado a ficar mais tempo sem comer porque faço jejum intermitente de manhã há anos, pulo o café da manhã, porque de manhã eu não sinto necessidade alguma de comer, porque há em mim um grande pico de energia. Desde a umas semanas atrás estou comendo de forma mais moderada no dia-a-dia (procuro evitar misturar, por exemplo, arroz com batata e feijão, só uma fonte de carboidrato). Durante o almoço como normalmente, à tarde só tomo um copo de iogurte antes de me exercitar (junto com BCAA e testosterona) e à noite procuro evitar carboidratos (o que já ajuda muito).

Quando eu como à noite, é em pequena quantidade e com uma refeição mais rica em proteínas com pouca gordura (por exemplo, a do ovo), porque dá mais saciedade e tem menos carboidratos (o que mais engorda).

O meu problema mesmo é meu fígado que está desregulado e produzindo mais açúcar e gordura do que o normal, por que eu tenho um certo grau de resistência à insulina nele e provavelmente nos adipócitos. Outro problema é a baixa testosterona (sabe como é... testículos fracos). O meu problema é hormonal mesmo e associado a um metabolismo mais lento. O meu caso é pra tomar remédio e suplemento mesmo. A metformina pode me ajudar nisso porque é conhecida por induzir bastante o emagrecimento, por fazer o fígado produzir menos açúcar e gordura, o que te fará evitar engordar por causa de uma disfunção hepática.

Além disso ano passado fiz um teste nutrigenético e deu que tenho mesmo predisposição a engordar e a ter resistência à insulina. Porém o meu colesterol e triglicerídeos nunca deram alto, sempre no normal até hoje.

Ontem tomei o primeiro comprimido da metformina e não senti nenhum desconforto até agora associado ao remédio, eu até dormi bem. Certamente vou me adaptar bem a ele.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Atenção: jejum intermitente NÃO tem o objetivo de emagrecer, não é a sua proposta principal.

Outras dicas:
- Não comer à noite. Jantar o mais cedo possível, de preferência antes das 19h00;
- Não dormir tarde, de preferência nunca depois das 23h00;
- Acordar cedo, depois de mais de 7 horas de sono;
- Fazer atividade física diária. Mas é diária mesmo, sábado, domingo e feriado;
- Tomar MUITA água ao longo do dia;
- Descascar mais do que desembalar. Ênfase em frutas e legumes;
- Evitar ao máximo produtos industrializados, principalmente com base em farinha branca;

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Eu estou pensando em fazer assim: Duas refeições ao dia somente, o almoço em torno de 13:00 e lanche em torno de 17:00. E não comer nada durante à noite. Se eu ficar sem comer de noite e durante a manhã, isso fará aumentar o tempo de jejum diário para em torno de 18 a 20 horas, que é o ideal porém não exagerado, como aquele em que você só come uma refeição ao dia. No almoço comer alimentos mais nutritivos e ricos em proteína, enquanto à tarde, antes de fazer o exercício que faço, comer mais carboidrato com alguma proteína, como pão com ovo e iogurte sem açúcar e lactose que tenho em casa (para dar energia durante o exercício que costumo fazer às 18:00), Isso também fará reduzir a janela de alimentação e automaticamente a quantidade de calorias que meu intestino vai absorver (ao contrário do que se eu comer várias refeições ao longo do dia). O meu maior problema é com o sono, já que eu só costumo pegar no sono lá para depois das 2:00 da manhã e costumo acordar entre 10:00 e 11:00. Como não tenho compromissos durante a manhã, talvez isso não seja problema. E eu ainda tomando a metformina durante à noite, como ela faz o fígado produzir menos açúcar e gordura em jejum, isso vai potencializar o jejum intermitente e a restrição calórica.

Ah, e durante o período de jejum, beber bastante água, pelo menos em torno de 1 a 2 litros (mas pode ser que pela minha massa corporal, talvez 3 ou 4 seja necessário).

Obs: Logo antes ou depois do almoço eu tomo principalmente chá verde, que ajuda no emagrecimento, por ser termogênico.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

De acordo com o seu plano, a sugestão que eu dou é sobre o horário do sono.

O Ciclo Circadiano tem enorme influência em inúmeros processos biológicos, que resultam na desregulação metabólica e endócrina.
E também exerce influência sobre os sistemas nervoso central, cardiovascular e imunológico.
Sem um ritmo adequado, pode haver ambiente para o desenvolvimento de uma ampla variedade de doenças, incluindo obesidade, diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e maior susceptibilidade a infecções.

Dormir às 2 da matina é ALTAMENTE não recomendado.

Veja o artigo a seguir:
O papel do ciclo circadiano na homeostase da microbiota intestinal

Publicado em 06 de abril de 2021

Ciclo circadiano, ritmo circadiano ou relógio biológico são termos utilizados para descrever um período de tempo (de aproximadamente 24 horas) durante o qual ocorre uma série de mudanças no funcionamento do organismo de quase todos os seres vivos. A renovação celular, o ciclo sono-vigília, a secreção de hormônios e o metabolismo energético estão entre os principais processos biológicos influenciados pelo ritmo circadiano que, por sua vez, sofre influência de fenômenos da natureza, como a incidência de raios solares, a luminosidade e a temperatura ao longo do dia. 1


Imagem
Principais efeitos do ciclo claro-escuro no organismo humano

No entanto, mudanças no ciclo circadiano (como passar noites em claro, trocar o dia pela noite ou alterações de fuso horário) podem interferir em inúmeros processos biológicos, resultando na desregulação metabólica e endócrina, como por exemplo, o aumento da liberação de cortisol e redução da liberação de melatonina e de hormônios do crescimento, além de exercer influência sobre os sistemas nervoso central, cardiovascular e imunológico. Estas mudanças, quando constantes, acabam por favorecer o desenvolvimento de uma ampla variedade de doenças, incluindo obesidade, diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e maior susceptibilidade a infecções. Mas você sabia que mudanças no ciclo circadiano também podem alterar a composição da microbiota intestinal, favorecendo o desenvolvimento destas doenças? 2,3

Nos últimos anos, estudos vêm demonstrando que a microbiota intestinal apresenta um papel fundamental na regulação de inúmeros processos biológicos, incluindo a digestão de componentes da dieta, absorção de nutrientes, modulação do metabolismo energético, regulação das respostas imunes, dentre muitos outros, que também são influenciados pelas variações no ciclo circadiano. Neste contexto, um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciência e publicado na revista Cell avaliou se o “jet lag” (alteração no ciclo circadiano devido a viagens, mudanças de fuso horário, distúrbios hormonais ou de sono) modifica a composição da microbiota intestinal, favorecendo o desenvolvimento de diferentes doenças metabólicas. O estudo demonstrou que diversas espécies de bactérias que compõem a microbiota intestinal têm seu desenvolvimento guiado pelo ciclo claro-escuro, aumentando ou reduzindo sua proliferação ou função ao longo do dia ou da noite. Um exemplo deste fenômeno ocorre com o Lactobacillus reuteri – bactéria que promove diferentes benefícios metabólicos ao hospedeiro. Esta bactéria está presente em maiores concentrações e é mais ativa no período diurno em comparação ao período noturno, sugerindo que a dinâmica da microbiota intestinal pode influenciar a manutenção da homeostase metabólica do organismo humano.

Ainda, este estudo demonstrou que as modificações da microbiota intestinal decorrentes do jet lag alteram a secreção de diferentes compostos produzidos pelas bactérias, incluindo bacteriocinas. Assim, o jet lag pode favorecer o desenvolvimento de uma disbiose intestinal – desequilíbrio entre as bactérias comensais e patogênicas que compõe a microbiota – que, por sua vez, está associada ao desenvolvimento de diferentes doenças intestinais, metabólicas, cardiovasculares e neuropsiquiátricas. Ao analisarem a composição da microbiota de indivíduos 24 horas após realizarem uma viagem longa de avião – atravessando diferentes fusos horários e interrompendo o ciclo do sono – foi observado um aumento de bactérias do filo Firmicutes, o qual está associado com a alta propensão para o desenvolvimento da obesidade e de doenças metabólicas. Desta forma, este estudo concluiu que alterações no ciclo circadiano também interferem com a composição da microbiota intestinal, podendo favorecer o desenvolvimento de doenças como a diabetes e a obesidade.

O trabalho completo pode ser acessado neste link.

Imagem
A composição da microbiota intestinal varia naturalmente conforme o ciclo circadiano, assim como pode sofrer mudanças (disbiose) em situações de jet lag

Estudos como estes demonstram que tanto o tempo quanto a qualidade do sono são fundamentais para o funcionamento adequado do organismo e, também, para o equilíbrio da composição da microbiota intestinal. Embora variações em decorrência de viagens possam ocorrer esporadicamente, muitos indivíduos que trabalham ou estudam a noite – permanecendo durante horas sem um descanso adequado – também estão sujeitos aos efeitos deletérios associados à interrupção do ciclo circadiano. Assim, dormir de 7 a 9 horas de maneira ininterrupta é um hábito que melhora a qualidade de vida e pode auxiliar na prevenção de inúmeras doenças.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Outro gráfico, só que de cabeça pra baixo.
🙃


Imagem


Ou de cabeça pra baixo era o outro...
...não sei.


Veja que você está indo dormir (2h00) quando o correto seria já estar em sono profundo!

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Deve-se também saber que cada pessoa tem um ciclo circadiano específico. Algumas são mais ativas durante o dia, outras são mais ativas durante a noite. Não há um ciclo circadiano específico definido para todas as pessoas, e isso depende da genética principalmente. No meu exame nutrigenético deu que tenho aptidão tanto a ter mais energia ao dia como durante à noite, o que sugere que meu corpo tem maior capacidade para se adaptar a estar acordado ou dormindo em diferentes horários. Posso estar dormindo das 2:00 às 3:00, mas normalmente acordo entre 10:00 e 11:00, o que quer dizer que durmo entre 7 e 9 horas (dentro do ideal). Eu me sinto confortável com este ciclo de sono, não me incomoda nem um pouco. Eu só começo a pegar no sono lá entre 1:00 e 2:00, dependendo da hora em que eu acordei. E olha que eu tomo Glifage à noite, que faz o fígado produzir menos açúcar e ainda estando de jejum à noite. Mesmo assim ainda me sinto com energia à noite.

O meu corpo parece funcionar melhor entre as 10:00 e 2:00, sendo que o meu pico de energia é em torno de entre 16:00 e 19:00, que é quando me exercito ou quando vou pra academia.

Não me sinto confortável quando acordo muito cedo, mesmo se eu dormir mais cedo, o que já é um incômodo para quem se sente com mais energia à noite. Não sirvo para acordar de manhã para trabalhar, o ideal seria se meu trabalho fosse mais entre a tarde e a noite, porque de manhã eu fico meio grogue até 2 horas depois de acordar (quando acordo antes do horário em que costumo acordar) e o período da manhã não é o meu período ideal para me concentrar em tarefas. O meu período de maior concentração costuma ser da tarde para a noite, entre 16:00 e 22:00. Se eu almoçar pouco, esse período pode aumentar um pouco. Caso contrário costuma me dar sonolência à tarde entre as 14:00 e 16:00. Madrugar pra mim é um inferno e quando ia fazer os estágios, me sentia sem energia e mal, mesmo dormindo mais cedo. Fazer exercício pra mim só à tarde, porque de manhã me sinto mais fraco.

E isso sempre foi assim, desde que eu era criança. Mas quando era criança, dormia lá próximo da meia-noite. Depois de adulto comecei a só pegar no sono mais tarde.

Mudar esse padrão de horário, talvez só com ajuda de remédio mesmo.

Minha própria carga genética me desfavorece em várias coisas com relação à sociedade em que vivo. Por isso que às vezes tenho raiva da vida.

Também nasci no país errado, essa é uma percepção que sempre tive a vida inteira, o que é outro motivo que me leva a ter esse leve desentendimento com a vida.

Cada pessoa tem uma genética definida e os processos fisiológicos podem variar bastante de acordo com sua carga genética e grupo étnico ao qual você descendeu.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Pra mim pessoas que tem a partir de 90 de glicose e ela não abaixa mais que isso, assim como insulina levemente alta ainda que dentro de valores normais, a pessoa já deveria começar a tomar metformina. Porque são pessoas assim que acabam desenvolvendo resistência à insulina mais cedo do que as que não tem tais valores mais altos. Na verdade estas pessoas já têm certo grau de resistência e o tratamento medicamentoso já deveria ser iniciado, e não só quando já está considerado como pré-diabético. Mas neste caso teria que ser uma dose menor do que para quem é considerado pré-diabético, claro!

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Nuker, eu vejo que você está entrando numa ciranda perigosa: a de dependência em medicamentos.

Você já pesquisou sobre controle de suas taxas e hormônios com aquisição de hábitos mais saudáveis?
Eu falo de atividade física, alimentação sem ultra-processados, higiene do sono, plantas como ora-pro-nobis, chás e produtos fitoterápicos, etc...

Cuidado com esse seu embarque completo em medicamentos alopáticos!

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

O termo saúde entra aqui como um conceito amplo, de todo o corpo e também da mente, e não só com relação à sua glicemia ou sobrepeso.

Algumas sugestões: 👇

◦ Manter o hábito de fazer diariamente, na medida do possível, atividades físicas que exijam esforço em que se consiga suar
◦ Ter uma alimentação saudável, evitando alimentos processados e se concentrando mais nas prateleiras de frutas e hortaliças do supermercado
◦ Não fumar
◦ Habituar-se a dormir bem, desligando o celular meia hora antes de ir para a cama e evitar idas para a cama depois das 23 horas
◦ Beber muita água, não esperar ter sede para isso; beber, no mínimo, 2 litros por dia ou mais
◦ Habituar-se a temperar a comida com açafrão da terra

Sobre os produtos que podem, reconhecidamente, trazer benefícios à saúde de um modo geral, algumas indicações dispensam tratamento alopático, focando mais no fitoterápico.

Além de suplementos alimentares e ênfase no estilo de vida com mais atividade física e alimentação adequada.
Porém não são soluções para quem tem pressa e quer resultados em tempo curto.
Tempo curto e pressa faz o interessado comer cru.
E quente.

Além de tudo isso, uma rotina que inclua exercícios físicos que façam cansar e suar, como já dito.
Caminhada que não canse ou que não sue, não adianta 👉 Não é atividade física, mas somente passeio.
Exercício físico obrigatoriamente implica em cansar e suar. Se for só pra caminhar, tudo bem, vale pelo social, mas NÃO é atividade física.

As pessoas muitas vezes não se dão conta do quão importante é a saúde.

É aquela história de dizer que "só se valoriza algo quando se perde".
Pois é, estamos muitos de nós com a saúde razoavelmente boa, mas experimente perdê-la por completo!
Quem visita hospitais sabe muito bem o que é sofrimento de verdade.

Por quê?

Porque a saúde é o bem mais precioso que nós temos.
É o maior patrimônio que alguém pode ter.
De nada vale um carro do ano, um apartamento de luxo, um iate, um milhão no banco... se não tiver uma boa saúde.
De nada vale.
E nós podemos nos antecipar aos possíveis riscos e perigos que ela pode sofrer.

Como?

Mantendo o que acontece dentro do nosso corpo sob permanente vigilância e controle.
Fazendo exames, observando dores, indisposições, acompanhando o que acontece por dentro.
E fazendo o dever de casa, que é a boa alimentação, hábitos saudáveis, ginástica e bom sono.
Dessa forma, nós fortalecemos nosso corpo, nosso único veículo para cruzar a aventura da vida.
Só temos ele, só temos esse veículo, esse "carro velho" com mais de 40 ou 50 anos, como a maioria de nós. 🙂

Mas o "carrinho velho" pode nos conduzir até os 100 anos ou mais, dependendo das revisões que vamos fazer nele.
E da manutenção e bons cuidados na travessia.

Cabe muito mais a cada um de nós pôr em prática o que é recomendado.
O Youtube está lotado de vídeos de recomendações semelhantes.
O dr. Google está ainda mais lotado de informação relacionada.
Ou seja, não vamos ficar sem saber das coisas.
Ou por outra: nós já sabemos.
Resta agora fazer o dever de casa, fazer a nossa parte, lavar as mãos e pôr tudo isso em prática.

Tudo o que é recomendado NÃO é garantia de que vai dar tudo bem, não!
É mais um esforço para impedir a chegada da doença, do agravamento do quadro.

O que pode acontecer muitas vezes não depende de nós.
É apenas uma forma de diminuir a probabilidade de dar tudo errado.
Pelo menos, podemos dizer depois que fizemos a nossa parte.
Se algo não sair como queremos, com boa saúde, pelo menos temos a consciência tranquila de que fizemos a nossa parte, lavamos as mãos nesse quesito.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 22:00 pm
Pra mim pessoas que tem a partir de 90 de glicose e ela não abaixa mais que isso, assim como insulina levemente alta ainda que dentro de valores normais, a pessoa já deveria começar a tomar metformina.

Saia dessa de "remédio esse", "remédio aquele"!
Você está entrando numa ciranda perigosa.
Que eu acho parecida com outra ainda mais nociva, a de remédios para dormir...

É cilada, Bino!

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Avatar do usuário
Gabarito
Site Admin
Mensagens: 1778
Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

Gabarito escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 22:09 pm
Eu falo de atividade física, alimentação sem ultra-processados, higiene do sono, plantas como ora-pro-nobis, chás e produtos fitoterápicos, etc...

Falei de ora-pro-nobis, mas não é para sair correndo comprar cápsulas.
Que tal tentar comprar as folhas da planta?
Ou mesmo fazer como eu, ter alguns pés no jardim, de onde tiro folhas todos os dias?
Quem sabe cultivar em vasos, para quem mora em apartamento?

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Huxley
Mensagens: 3339
Registrado em: Sáb, 07 Março 2020 - 20:48 pm

Mensagem por Huxley »

Gabarito escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 22:14 pm

(…)
Exercício físico obrigatoriamente implica em cansar e suar. Se for só pra caminhar, tudo bem, vale pelo social, mas NÃO é atividade física.
(…)
Que bobagem. Tudo o mais constante, uma pessoa que faz longas caminhadas diárias está numa situação de saúde incomensuravelmente melhor - seja em capacidade respiratória, seja em queima de gordura - do que uma pessoa extremamente sedentária:
In this one, an intervention of 200 minute of walking per day was associated with profound effects on the metabolic profile of the participant, a reduced body weight, similar in magnitude to that seen after bariatric surgery, and increased fatty acid beta-oxidation.
(Nick Krontiris)
Fonte: https://twitter.com/nick_krontiris/stat ... 7517841412

E com uma duração diária de caminhada muito menor do que isso (90 minutos, por exemplo), a capacidade respiratória e o benefício cardíaco já melhoram significativamente em relação à inatividade física.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Sobre o que disse sobre tomar remédio a partir de quando se tem 90 de glicose mas não se consegue abaixar para valores menores e quando a insulina está próxima do limite superior em pessoas que não conseguem emagrecer da maneira tradicional e cujas taxas não abaixam de jeito nenhum, neste caso a medicação seria recomendada, para evitar que isso evolua para algo pior. Mas neste caso o tratamento teria que ser mantido até que as taxas voltassem para valores menores, depois disso poderia parar o tratamento.

No meu caso, eu tenho esteatose hepática e não consigo emagrecer normalmente fazendo só dieta e exercício. No meu caso eu preciso mesmo do remédio para conseguir emagrecer, porque tenho resistência à insulina no fígado e por isso meu fígado produz mais açúcar que o normal, o que leva a uma maior taxa de glicose mesmo comendo pouco ou não comendo carboidratos, por causa da gliconeogênese. O remédio ele reduz significativamente a gliconeogênese, o que faz abaixar a taxa de açúcar e além disso aumenta a resposta à insulina, fazendo meu fígado funcionar normalmente, e daí permitindo que ele perca esta gordura hepática e eu possa emagrecer.

A minha glicemia e insulina já é considerada como sendo de pré-diabético, apesar de eu achar que todo aquele que nasce tendendo a desenvolver isso já nasce pré-diabético em algum grau.

Não estou tendo problema algum com o remédio desde que comecei a tomar. Eu posso muito bem parar, mas daí voltarei a engordar se eu fizer isso e as taxas vão aumentar, porque meu fígado é defeituoso.

Uma pessoa que tem um fígado com resistência à insulina e com biotipo endomorfo vai se tornar obesa, como é meu caso. Aliás, desde que tinha 1 ano já era gordo. Seu próprio corpo te torna obeso neste caso.

Se você tem um corpo que por si só te torna obeso com o tempo, neste caso é necessária uma intervenção cirúrgica ou medicamentosa para você se tornar magro.

Além disso o remédio é gratuito comprando na farmácia popular, então não vejo problema algum nisso até o momento.

Eu não sinto necessidade fisiológica em tomar o medicamento, mas tenho notado um melhor rendimento nos exercícios.

Eu só vou pensar em sair do tratamento uma vez que meu fígado não tiver mais esteatose e meu peso estiver abaixo dos 90 kg. Até porque aí as minhas taxas vão normalizar também.

Lembre-se de que eu tenho um fígado que nunca funcionou direito para começar.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Em relação ao contexto geral do assunto:

Discordo chamar resistência à insulina de diabetes. Pra mim diabetes é só quando o pâncreas não produz insulina ou em quantidade suficiente. O certo é insulino-resistente;

Quem tem a partir de 90 de glicose associado a um valor próximo ao limite normal de insulina, deveria começar a tomar metformina ou outro medicamento, associado a dieta e exercícios (mesmo que os valores ainda indicam como normal). Esta seria a forma mais eficaz em evitar que esta resistência progrida para níveis mais perigosos, sobretudo para quem é obeso ou tem sobrepeso;

Acho um erro quem tem resistência à insulina mas cujo pâncreas ainda produz muita insulina injetar insulina... isso só fará sobrecarregar o corpo com ainda mais insulina e se as células já não respondem à insulina gerada pelo pâncreas, nada garante que elas vão responder injetando ainda mais insulina. Injetar insulina só é certo para quem tem um pâncreas que não produz nenhuma insulina ou em quantidade abaixo do normal;

Para quem tem resistência à insulina e cujo pâncreas ainda produz muita insulina mas cuja glicose está descontrolada, o certo seria tomar remédios como metformina, já que normalmente é o fígado que produz glicose em excesso quando tal órgão é afetado pela resistência à insulina (muito provavelmente quem tem esteatose hepática tem resistência à insulina no fígado e isso é inclusive uma forma de diagnóstico);

Na grande maioria dos casos de obesos que têm esteatose hepática, o fígado está afetado e produz mais açúcar que o normal, junto com gordura como consequência e neste caso a pessoa precisa de metformina para emagrecer (eu por exemplo);

A meu entender Glifage é o remédio recomendado para quem tem resistência à insulina, enquanto que Galvus é para quem tem diabetes mesmo (já que tal faz o pâncreas produzir insulina);

Dar Galvus e/ou insulina para quem tem um pâncreas que ainda produz insulina mesmo que acima do normal é estar sobrecarregando o corpo com insulina quando deveria tomar algo para reduzir a gliconeogênese;

Por causa da atual forma como se classifica e diagnostica diabetes e resistência à insulina, acho que grande parte dos tratamentos para isso no geral acabam sendo não muito eficientes ou mesmo danosos ao paciente.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

Pedro Reis
Mensagens: 810
Registrado em: Ter, 24 Março 2020 - 11:28 am

Mensagem por Pedro Reis »

Tópico interessante. Infelizmente já muito desenvolvido para alguém que, como eu, tá pegando o bonde agora.

Claro, não li tudo. Não li quase nada, mas minha impressão é que o nuker criou sua própria definição de diabetes pra então, a partir disso, argumentar que diabetes tipo II "não é realmente diabetes". É como se alguém redefinisse o que é um triângulo e, por consequência, apontasse que um polígono de 3 lados não é triângulo.

Diabetes é a dificuldade de metabolizar o açúcar do sangue. De inserir esta glicose dentro da célula, onde ela pode ser utilizada como fonte de energia.

Pra que isso aconteça, é necessária a ação de um hormônio: a insulina. Portanto a diabetes pode ser causada porque o pâncreas tem dificuldade ou impossibilidade e produzir esta insulina, ou porque o organismo se tornou resistente a insulina.

Veja, o organismo humano pode se tornar tolerante (resistente) à insulina da mesma forma que se torna tolerante ao álcool ou a outras drogas. Isto vai ocorrer quando a pessoa é submetida a frequentes picos de insulina e durante muitos anos. Claro que a predisposição genética facilita, mas uma pessoa com dieta e hábitos saudáveis não vai desenvolver diabetes tipo II.

Quando a insulina não faz mais efeito (ou faz pouco efeito), isto obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina, o que eventualmente irá levar à falência do próprio pâncreas. Neste estágio a diabetes do tipo II será como a de tipo I. No entanto ambas são diabetes, se entedemos que diabetes não é uma doença do pâncreas propriamente, mas sim a dificuldade patológica do organismo de baixar os níveis de glicose no sangue.

Se vc está diabético ou pré-diabético (tipo II), o que tem a fazer é justamente evitar ao máximo estes picos de insulina. Que por sua vez são ocasionados pelos picos de glicose.

Cortar completamente açúcar (e até adoçante), frutas com muita frutose (como banana, manga, etc...), moderar leite (lactose), restringir ao máximo que puder carboidratos. Muito especialmente os de rápida absorção, pois são os que causam os picos de glicose.

Ingerir bastante fibras, pois as fibras lentificam a absorção do açúcar. Fazer atividade física, não se estressar e dormir bem.

Mas acima de tudo seguir orientação médica e usar medicamentos, se indicado.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Definição:

Eu vi a necessidade de redefinir essa questão da resistência à insulina como sendo outra patologia distinta da diabetes porque são processos diferentes relacionados ao pâncreas. Em um o pâncreas não produz insulina, enquanto no outro produz em excesso porque determinados tecidos se tornam menos sensíveis à insulina. Como são duas situações diferentes, então vi um problema em chamar ambos de diabetes. O que eu entendo é que o que eu chamaria de "Resistência Insulínica" com o tempo e se não tratada pode levar ao diabetes, ou seja, quanto mais o pâncreas fica sobrecarregado por causa de picos de insulina, mais próximo estará em entrar em pane e não produzir mais insulina. Isso significa que esta resistência insulínica ainda é um grande problema e ela, antes da diabetes, pode causar sérias complicações se não tratada.

Isso quer dizer que mesmo não chamando isso de diabetes, isso não significa que não deva ser tratada, muito pelo contrário! Além disso se não tratada pode causar acidose cetogênica que pode causar coma e morte.

Sua definição da diabetes é generalizada e normalmente não costumo apreciar esses tipos de definições porque causam confusão. Daqui a algum tempo vão acabar chamando Alzheimer de diabetes também. É esse o problema! Se você associa demais as coisas, acaba criando confusões. É exatamente o que pode acontecer com relação a definir o que é esquizofrenia. Existe uma definição errada e generalizada sobre ela circulando por aí. Pessoalmente prefiro definições mais específicas para as patologias e a meu entender isso levaria a um tratamento mais certeiro e com menos erros. Outra diferença a respeito dessa definição que é a mais difundida é que esta foca o problema na glicose, enquanto que a minha foca mais na insulina, sendo a maior produção de glicose apenas uma consequência associada ao aumento ou falta da insulina.

Aqui, portanto, eu trato a glicose não em primeiro plano, mas em segundo plano, em função da quantidade de insulina, seja ela alta ou baixa.

O que quero dizer é que a meu ver a diabetes é um problema mais relacionado ao pâncreas e à deficiência ou falta de insulina. A resistência à insulina é outro processo que leva ao aumento de glicose, mas ao invés do diabetes que está relacionado à deficiência ou falta de insulina, há uma produção excessiva. Assim, são processos distintos. Portanto deveriam ser tratados como patologias distintas. A atual definição de diabetes baseada na glicose é o maior exemplo do que chamo de equívoco medicinal, junto com a esquizofrenia, que é tão incerta que o diagnóstico dela já sofreu várias alterações com o tempo. O maior problema com a definição de esquizofrenia é que, por exemplo, quem é clarividente mas é uma pessoa normal acaba sendo tachado de maluco (esquizofrênico).

A esquizofrenia deveria ser considerada como tal apenas se haver uma associação de sintomas, como alucinação associada a delírios e fantasias que levam uma pessoa a cometer atos irracionais. Ou quando há uma associação entre você achar que é uma figura histórica com pensamentos delirantes. Esses dois exemplos são claramente esquizofrenia. Agora dizer que você é assim só porque tem um sintoma ou outro não poderia ser classificado como tal. Por exemplo, dizer que você é esquizofrênico porque tem atração sexual por plantas já seria um erro baseado numa generalização e em preconceito ou estereótipo. O mesmo para quem vê e ouve coisas mas não tem um comportamento delirante, ou seja, uma pessoa normal mas que apenas vê e ouve coisas. Neste caso já seria outro mecanismo, outra provável patologia... ou não quem sabe?

Se você vê e/ou ouve coisas mas estas coisas são coerentes e não "fragmentadas", não é esquizofrenia. Caso contrário, é bem provável que seja. Por exemplo, se você percebe uma "entidade" mas esta se mantém num determinado local e fala coisas coerentes e você percebe que isso vem a partir do que você vê, não poderia chamar isso de loucura. Já se você vê e ouve coisas de forma desordenada, sem sentido algum e se isso ainda lhe faz ter pensamentos delirantes, aí sim é melhor você procurar um psiquiatra.

Ou seja, "clarividência" coerente e não delirante: Vá a um centro espírita. "Clarividência" incoerente e delirante: Vá a um psiquiatra urgente!

No meu caso eu não tenho alucinações ou clarividência, mas acho que a comunidade médica deveria prestar mais atenção sobre isso, para não sair chamando todo vidente ou clarividente de doente mental...

Minha mãe não tem clarividência ou alucinações, mas ela faz incorporações em reunião mediúnica num centro espírita (somente lá) e eu respeito isso, o tipo de trabalho que é feito lá. Não acho que isso seja doença mental não.


Biotipo:

Outra coisa a favor deste meu argumento é que geralmente a resistência à insulina está mais associada a pessoas com um determinado biotipo, que é o endomorfo, que têm um corpo com forma mais arredondada e cujo tipo favorece mais a obesidade do que os demais biotipos, que são o ectomorfo e o mesomorfo. Normalmente há mais pessoas com resistência à insulina que são endomorfas do que os demais tipos. Ou seja, é uma patologia associada ao tipo físico. A grande maioria das pessoas obesas têm o tipo endomorfo e acaba desenvolvendo a resistência à insulina (porque tais pessoas são geneticamente mais propensas a isso que as dos demais tipos).

A resistência à insulina tem uma clara correlação com a obesidade. Pessoas que têm tendência a desenvolver obesidade no geral têm maior resistência à insulina. Existem outros problemas relacionados à obesidade como hipotireoidismo e aberrações fisiológicas ligadas ao metabolismo de lipídios, mas no geral a obesidade costuma estar associada geneticamente com a resistência à insulina. Porque na obesidade você tem maior quantidade de tecidos que requerem menos energia, e por requererem menos energia do que os músculos por exemplo, isso acaba levando a um aumento do açúcar no sangue, especialmente se você tiver esteatose hepática, que já é um sinal associado à resistência à insulina no seu fígado. Quando isso acontece, seu fígado produz mais açúcar que o normal, ao ponto de você necessitar tomar remédio, especialmente quando a esteatose está avançada.

Já a diabetes (pouca ou nenhuma insulina) não necessariamente está associada a um tipo físico e pode acontecer tanto em gordos quanto em magros. Já a resistência insulínica costuma acontecer mais nos gordos (tanto em relação a obesos quanto em relação a endomorfos mais magros que também têm maior chance de desenvolver resistência à insulina). O biotipo endomorfo é o tipo menos capaz de processar açúcar entre todos eles. Ou seja, se isso acontece, então é porque há uma clara correlação genética entre a forma do seu corpo com a possibilidade de desenvolver resistência à insulina e se não tratada, se tornar diabetes.

Tanto que endomorfos são as pessoas que mais necessitam evitar excessos na alimentação e são as que mais necessitam se exercitar. Está aí a associação.


Diagnóstico e tratamento:

Outro argumento a meu favor é quanto ao diagnóstico... A glicose varia muito, mesmo a glicada e a quantidade de glicose depende muito do que você come, frequência e horário, enquanto que a insulina costuma manter um valor mais definido e que varia menos. Assim sendo, a insulina para diagnóstico primário de resistência insulínica e/ou diabetes é mais confiável do que usar a glicose em primeiro plano. Pra mim a glicose só deveria ser usada para acompanhamento quando o diagnóstico através da insulina for feito. Aí sim o controle da glicose passaria a ter relevância, uma vez que a insulina acusar algum problema significativo.

Por exemplo, se sua insulina está próxima do valor limite seria interessante fazer o exame de glicose para ver se esta estaria a partir de 90. Se der glicose a partir de 90 e insulina próximo ao limite, já seria interessante a adoção de um medicamento associado a uma dieta, para evitar que isso progrida ao que atualmente é chamado de "pré-diabético". Para mim, todas as pessoas endomorfas com tendência genética à resistência à insulina, todas elas, já nascem pré-diabéticas, porque como vão desenvolver resistência à insulina em algum grau, se isso não for tratado ao longo da vida, desde a infância, poderá se transformar em diabetes.

Sou contra fazer tratamento medicamentoso apenas quando se já é considerado como pré-diabético, principalmente se você for endomorfo e obeso.

Outro problema em relação á glicose é que se você comer muita besteira ao longo de um mês, muita besteira mesmo, é capaz de sua glicemia subir para 200 ou mais em pico ou se manter mais elevada em jejum do que o normal, ainda que você não esteja realmente com problemas relacionados à resistência à insulina ou diabetes e depois que voltar a uma alimentação normal, seus níveis e normalizarem e você deixar de ter "diabetes" neste caso. Ou seja, exames de glicemia têm esse risco de dar um falso positivo para resistência à insulina. Já se você der mais atenção à insulina, é ela que vai dizer se você realmente tem uma resistência à insulina aumentada ou não, e portanto é mais confiável nesse tipo de diagnóstico do que na glicemia que pode dar falso positivo.

Outro problema é se você fizer exame de glicemia logo após ao acordar. Quando acordamos, temos pico de glicose e isso pode dar falso positivo também, em relação ao exame em jejum.

Como eu disse, injetar insulina em pacientes cujo pâncreas produzem muita insulina é um erro. O certo é reduzir carboidratos no geral e tomar metformina, que reduz a gliconeogênese (produção de açúcar no fígado). Injetar insulina ou tomar Galvus (que faz aumentar produção de insulina), estes sim são os apropriados para quem tem um pâncreas que não produz insulina, ou seja, verdadeiramente diabético.

De qualquer forma, a medicina não é uma ciência exata e é como a psicologia. Assim sendo, não me espanta que determinados diagnósticos e definições necessitem de mudanças.

Pra mim já está claro que há um problema com relação à definição de diabetes e que se vacilarem, daqui a pouco Alzheimer será chamado de diabetes também, diabetes tipo 3 para ser mais específico.

Independente se eu trato a resistência insulínica como diferente da diabetes, ainda assim ela necessita de tratamento, uma vez que pode causar sérias complicações e levar ao diabetes de fato.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Estas coisas que estou dizendo não é por causa de arrogância intelectual, mas sim porque eu realmente entendo que a forma como se diagnostica e define diabetes me parece errônea mesmo.

Re: Diabetes ou Resistência à Insulina?

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

A Diabetes Mellitus nada mais é do que a resistência à insulina em um grau mais avançado, que faz com que você acabe tendo mais de 200 mg/dl de glicose no sangue, além de algumas sequelas neurológicas como formigamento e que pode ser revertida em alguns casos, como através de cirurgia bariátrica. Mas considero esse termo obsoleto e confuso, a partir do momento em que a causa do problema é diferente a de um pâncreas que não produz insulina. Ela se não tratada pode sobrecarregar seu pâncreas ao ponto de você necessitar tomar insulina, mas na maioria dos casos não é o que acontece e você só acaba tomando metformina mesmo. Na grande maioria dos casos a causa é a própria obesidade, esta que é causada pela Síndrome Metabólica (dificuldade em seu corpo fazer lipólise, que é o meu caso), hipotireoidismo ou deficiência de testosterona (causada em muitos casos por testículos atrofiados) na maioria dos casos.

Há outra causa que é quando os monócitos produzem em excesso uma toxina que se liga aos adipócitos em seu corpo, sobretudo no fígado e pâncreas, que causa a resistência à insulina. Existe uma proposta de tratamento em que isso pode ser tratado ingerindo óleo de abacate com Coenzima Q10 junto e estou experimentando isso ao acordar em jejum. Também estou tomando Silimalon (Silimarina misturada com Racemetionina). Desde alguns dias comecei a ter melhor qualidade no sono e os sintomas que tinha relacionados à resistência à insulina diminuíram consideravelmente. Às vezes o problema pode ser alguma toxina que seu corpo esteja produzindo e que esteja causando todo esse transtorno, e como tive melhoras, certamente esse pode ter sido o meu caso. Na verdade o meu maior inimigo nem é a resistência à insulina, mas sim a Síndrome Metabólica e é por isso que sempre fui gordo desde meu primeiro ano de vida. Se tais causas forem tratadas, é provável que a resistência à insulina seja revertida para um grau menos agressivo.

A principal causa da resistência à insulina mesmo é sua própria genética, é seu corpo que tem uma menor tolerância em relação à ingestão de carboidratos e uma menor capacidade em aproveitar a glicose no sangue.

Quanto mais a idade avança, menos o seu corpo consegue aproveitar a glicose que está no sangue e assim ela acaba se acumulando.

O órgão mais afetado, ao menos em obesos, costuma ser o fígado e isso é evidenciado quando há esteatose hepática em grau avançado.

No momento não há uma cura para a maioria das causas que agravam a resistência à insulina, como a Síndrome Metabólica.
Responder