Coronavirus - Covid-19 (Aspectos científicos)

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Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Isso. Muitos não entendem que o isolamento domiciliar também isola de certa forma aqueles que precisam trabalhar para manter a produção de bens e serviços essenciais. Certamente haverá contágio, mas é bem menor e atinge apenas uma pequena parte da população economicamente ativa com sintomas de uma "gripezinha" ou "resfriadozinho", com pouca probabilidade de gerar casos críticos que exigem cuidados hospitalares.

Só lamento a inclusão dos cultos religiosos como atividades essenciais. Isso é mais um apelo para tirar parte dos mais velhos de casa e expo-los ao vírus em aglomerações desnecessárias diante de aproveitadores e formadores de opinião baseada em pseudociência e interpretações equivocadas da realidade.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Pasteur
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Mensagem por Pasteur »

Gigaview escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 17:44 pm
Pasteur escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 17:38 pm
Estou curioso pra ver a diferença em dar cloroquina + azitro pros internados com quadro leve vs grave.

Os casos infectados confirmados passaram de 2201 pra 2433 bem menos que os dias anteriores em termos de porcentagem, mesmo subnotificados é animador.

Mortes estavam em 40% a mais que o dia anterior, ontem foi pra 35% e hoje 25%, passou de 46 pra 57 mortes.
Boa notícia! Daqui a pouco o Bolsonaro vai cantar vitória.
Infelizmente voltou a subir de 57 pra 77 mortes. 35% de aumento...

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

China taria cometendo erro e talvez muita coisa a perder, com risco de reincidência no território chinês, não pondo em quarentena quando chegam:

Após 3 dias, China volta a ter caso interno de coronavírus

https://www.terra.com.br/amp/noticias/c ... sfjqu.html

Por que o novo coronavírus é tão mortal na Itália?

https://www.terra.com.br/amp/noticias/m ... 4okzm.html

País tem taxa de letalidade e número de mortos superiores aos da China. Autoridades reconhecem que mortes podem estar subnotificadas

O balanço divulgado pela Defesa Civil da Itália, às 18h desta quinta-feira (20), representou um marco na crise global provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2): com 3,4 mil mortes, o país europeu superou a China, com 3,3 mil, e se tornou aquele que mais perdeu vidas humanas no âmbito da pandemia.


O número ganha ainda mais peso quando comparado ao tamanho da população: com 60,4 milhões de pessoas vivendo dentro de suas fronteiras, a Itália tem uma taxa de 5,6 óbitos para cada 100 mil habitantes, enquanto na China, lar de 1,4 bilhão de indivíduos, o índice é de 0,23/100 mil.

Segundo os dados da própria Defesa Civil italiana, a taxa de letalidade entre pacientes com o novo coronavírus no país é de 8,3% do total de casos, contra 4% na China e no restante do mundo, de acordo com o monitoramento feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA.
Mas por que o Sars-CoV-2 é tão letal na Itália, que soma mais mortes do que todos os outros países da Europa juntos? A resposta, que a princípio pode parecer clara e cristalina como as águas de Veneza após uma semana de isolamento social, envereda pelas nebulosas diferenças entre os métodos estatísticos adotados para quantificar os casos.
Primeiro de tudo, um fato: a Itália é um país de idosos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (Istat), 22,8% dos habitantes do país em 1º de janeiro de 2019 tinham 65 anos de idade ou mais, proporção inferior somente à do Japão, que é de 27,6%, de acordo com dados do Banco Mundial relativos a 2018.

Mas o mesmo Japão tem apenas 33 mortes entre 943 casos de Sars-CoV-2, com uma taxa de letalidade de 3,5% e um índice de 0,03 óbito para cada 100 mil habitantes. Para o virologista italiano Fabrizio Pregliasco, professor do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade dos Estudos de Milão, uma das razões para essa diferença é que o país asiático, "comprovadamente", conseguiu rastrear os contágios de forma mais eficiente e conter o ritmo de disseminação.

A consequência de uma estratégia de contenção bem sucedida é um menor número absoluto de casos e de mortes. A Itália, por outro lado, viu a pandemia crescer em velocidade assustadora e sair de três para 40 mil contágios em menos de um mês.
Essa disseminação descontrolada nas primeiras semanas atingiu em cheio a população idosa e deixou hospitais à beira do colapso, especialmente na Lombardia, epicentro da pandemia na Europa, com 20 mil casos - as fotos que mostram caminhões militares em fila para levar corpos de vítimas em Bergamo já rodaram o mundo.

Estatística

Já a alta taxa de letalidade em relação ao total de casos pode ser explicada, segundo Pregliasco, pela abordagem estatística adotada pela Itália. "Nós, em uma primeira fase, fizemos exames sistemáticos para tentar controlar a doença.

Agora fazemos apenas nos casos que necessitam internação. Tudo isso faz desaparecer uma cota de casos que não chegam a ser assinalados", diz.
Ou seja, dá-se como certo que o número real de contágios pelo novo coronavírus na Itália é consideravelmente maior do que o divulgado diariamente pela Defesa Civil, o que resultaria em uma taxa de letalidade mais baixa. Como contraponto, a cifra de mortos na Itália também pode estar sendo subestimada. Recentemente, o prefeito de Bergamo, Giorgio Gori, disse à agência Reuters que "muitíssimas pessoas" faleceram em casa ou asilos com sintomas compatíveis com a Covid-19 e, por não terem sido testadas, não entraram para as estatísticas.
Além disso, um grupo de prefeitos da província afirmou recentemente que os casos oficiais são apenas a "ponta do iceberg".

Diferenças

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as pessoas que possam ter contraído o novo coronavírus sejam examinadas, mesmo que estejam assintomáticas. A realidade, no entanto, mostra que cada país e até mesmo cada região adota uma abordagem própria.
Na Itália, o Conselho Superior da Saúde, órgão consultivo do Ministério da Saúde, pediu, em 27 de fevereiro, que fossem examinados somente pacientes com sintomas compatíveis com a Covid-19.
Essa mesma diretriz foi reafirmada pelo governo em 9 de março, mas, com um sistema sanitário descentralizado, o que se vê na prática são estratégias conflitantes dentro das fronteiras italianas. O Vêneto (3,3% de letalidade) fez 910 testes para cada 100 mil habitantes, o triplo da média do país (303/100 mil hab.).
Já a Lombardia, que lidera o número de casos na Itália e apresenta um índice de letalidade de 11%, fez 519 exames para cada 100 mil pessoas. A região está com hospitais à beira do colapso e, nas últimas semanas, conseguiu testar apenas pacientes que precisaram ser internados, ao contrário do Vêneto, que defende o modelo sul-coreano de exames em massa, incluindo em assintomáticos.

Por sua vez, a Toscana, com 238 testes para cada 100 mil habitantes e 2,5% de letalidade, pretende usar uma abordagem intermediária: exames de sangue em massa para identificar possíveis sinais de contágio em assintomáticos e, em um segundo momento, submeter os casos suspeitos ao teste do coronavírus.
Essas diferenças de metodologias dificultam a comparação entre realidades distintas e até mesmo a mensuração do tamanho real da emergência dentro de um único país.

Re: Coronavirus - Covid-19

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Cinzu escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 10:38 am
Fernando Silva escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 10:12 am
Postaram por aí:
Quer ficar em casa?

Você quer quarentena, ficar em casa? Mas exige um frentista e posto de combustível aberto!
Você quer ficar em casa? Mas exige o mercado aberto com atendentes, senão você surta!
Quer ficar em casa? Mas quer que o porteiro do seu prédio e o zelador estejam trabalhando!
Quer ficar em casa? Mas precisa de dinheiro e quer que o bancário esteja no banco pra resolver seu problema! Quer ficar em casa? Mas tem motoristas e cobradores de ônibus trabalhando pra transportar quem precisa de transporte!
Quer ficar em casa? Mas o farmacêutico e balconista tem que estar lá pra te servir né!
Quer comprar pão? A padaria tem que tá aberta né?
Quer ficar em casa? Claro, mas Deus o livre se o caminhoneiro parar né!
Em casa sim, mas a coleta de lixo tem que estar em dia pelos garis!

Quer ficar em casa?
A vida dos outros vale menos que a sua?
Por quê eles são obrigados a trabalhar para seu conforto mesmo num momento desse, e vc não?

Isolamento social sim, mas pra grupos de riscos, claro!
Precauções conscientes sim de todos!!!

Não reclame depois que a economia estiver afundada e você ser demitido para reduzir gastos da empresa.
Foi vc quem optou por isso, fez baderna, bateu panela e foi a favor de tudo isso!

E não culpe os outros pois avisado foi!!!
O problema desses textos é que as pessoas são daltônicas e só sabem enxergar preto e branco.

Não vi em nenhuma cidade do país até agora prefeitos proibindo supermercados, farmácias, serviços de entrega ou demais atividades essenciais de parar. O termo quarentena para nossa situação atual sequer é adequado. Estamos na verdade em isolamento, o que é bem diferente.

Não vejo, por exemplo, como a suspensão das atividades escolares por 1 ou 2 meses vai quebrar a economia, sendo que estas também ficam inativas por 2 meses nos períodos de férias escolares. E qual o problema de igrejas pararem por algum tempo? Macedo e Malafaia vão morrer de fome se não receberem o dízimo?

Os mesmo que estão dizendo que vai todo mundo morrer de fome se algumas atividades pararem por umas semanas são os mesmos que apoiaram a greve dos caminhoneiros, que literalmente parou o país por vários dias.
Sim, o texto é daltônico. Mas cabe uma análise ainda mais esmiuçada sobre este tipo de propaganda e retórica.

Sim, sim, eu acredito que seja bem provável que coisas como esta estejam sendo disseminadas em redes sociais por grupos políticos de sustentação do bolsonarismo. O que pode não ser o caso desse texto, especificamente, mas ele segue a mesma linha de manipulação e desinformação, utiliza as mesmas técnicas, da propapaganda internética massiva que realizou a proeza de alçar o bolsonarismo ao patamar de força política.

Mais importante que refutar este ou aquele argumento em particular, é fazer as pessoas começarem a enxergar a sistemática na construção destes tipos de argumentos. Porque rebater essa retórica é enxugar gelo: é possível bolar distorções desse tipo ad infinitum.

Primeiramente o texto distorce a realidade apresentando a questão sob o prisma falso de uma questão moral: sugere que apoiar a quarentena é um ato covarde de quem quer se resguardar mas exigindo o sacrifício de outros que colocam a própria vida em risco.

Note que as frases são sempre dramáticas, de impacto, assim como nos palanques e cultos religiosos. E o leitor já foi fisgado, ao fim do primeiro parágrafo já está indignado com a suposta injustiça que o texto pretensamente acusa...

Mas na realidade reduzindo a circulação de pessoas e o contato social, se está diminuindo o risco para todos. Para os que estão em casa, para os do chamado "grupo de risco", e também para estes que realizam serviços essenciais e estão tendo que trabalhar.

Porque o verdadeiro risco que se quer evitar é a disseminação muito rápida da doença que causaria um colapso no sistema de saúde levando a milhares de mortes (talvez milhões) e, da mesma forma, por fim afetando a atividade econômica tão ou mais que a própria quarentena.

Não é tão difícil, intelectualmente, entender as variáveis e alternativas nesta questão. Mas o que esse texto faz, e também outros semelhantes, é trocar a racionalidade da análise por uma emocionalidade apelativa calcada em frases de efeito.

O dilema moral inventado pelo autor nem existe, porque na verdade não se está buscando resguardar certos tipos de pessoas em detrimento de outras, mas sim evitar o crescimento rápido da epidemia QUE COLOCA TODA A SOCIEDADE igualmente em risco. Incluindo todos os que hoje estão impedidos de seguir a quarentena por realizarem trabalhos essenciais.

Outra mentira descarada é propor o isolamento social apenas para "grupos de risco" como alternativa...

Usando a expressão "grupo de risco", subliminarmente o texto faz uma associação entre AIDS e covid. E é uma associação completamente falsa! Quando se trata de covid "grupo de risco" tem uma conotação bastante diferente.

Note que, no caso da AIDS, se alguém do chamado "grupo de risco" tomar todas as medidas de prevenção recomendadas, o risco desta pessoa na verdade cai a zero. Em outras palavras, cada um pode escolher se vai ou não correr o risco de contrair AIDS, o que é TOTALMENTE DIFERENTE para a situação que enfrentamos agora. Na presente situação, evidentemente, o risco do "grupo de risco" só diminui se houver uma ação coletiva. De nada adianta o idoso não sair de casa se a epidemia está se alastrando e a probabilidade das pessoas que têm contato com este idoso contrair o vírus está aumentando proporcionalmente ao tamanho da epidemia. Porque isso, muito obviamente, também aumenta proporcionalmente o risco desse idoso. Independentemente da quarentena inútil a que se submeteu.

E é claro que se pode chegar a esta conclusão por elementar racioncío lógico. Mas já não se trata nem de conclusão, de lógica, porque já se sabe que os países que tentaram essa alternativa fracassaram em conter a explosão da epidemia e tiveram um número catastrófico de mortos em poucas semanas. E o pior é que TAMBÉM JÁ SE SABE (não é dedução, mas fato) que TODOS estes países tiveram que recuar dessa política e adotar a quarentena. Então o que o Bolsonaro está propondo e o texto endossando, é algo cujo resultado já se conhece. No entanto o texto ignora este fato e induz o leitor a ignora-lo também.

Constatem que é um FATO que tanto o Bozo quanto este texto enviesado ignoram:
Segundo os dados da própria Defesa Civil italiana, a taxa de letalidade entre pacientes com o novo coronavírus no país é de 8,3% do total de casos, contra 4% na China e no restante do mundo, de acordo com o monitoramento feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA.
Mas por que o Sars-CoV-2 é tão letal na Itália, que soma mais mortes do que todos os outros países da Europa juntos? A resposta, que a princípio pode parecer clara e cristalina como as águas de Veneza após uma semana de isolamento social, envereda pelas nebulosas diferenças entre os métodos estatísticos adotados para quantificar os casos.
Primeiro de tudo, um fato: a Itália é um país de idosos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (Istat), 22,8% dos habitantes do país em 1º de janeiro de 2019 tinham 65 anos de idade ou mais, proporção inferior somente à do Japão, que é de 27,6%, de acordo com dados do Banco Mundial relativos a 2018.

Mas o mesmo Japão tem apenas 33 mortes entre 943 casos de Sars-CoV-2, com uma taxa de letalidade de 3,5% e um índice de 0,03 óbito para cada 100 mil habitantes. Para o virologista italiano Fabrizio Pregliasco, professor do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade dos Estudos de Milão, uma das razões para essa diferença é que o país asiático, "comprovadamente", conseguiu rastrear os contágios de forma mais eficiente e conter o ritmo de disseminação.
Assim como é um fato de que o sacrifício em vidas na Itália, no final não poupou o país de ter que adotar o isolamento indiscriminado.
Logo, foi um sacrifício inútil!

Por fim o texto apresenta uma falsa dicotomia entre o número de mortos pela castástrofe econômica e o número de mortos produzidos pelo vírus. E a dicotomia é falsa porque os danos a atividade econômica já são inevitáveis: se houver milhões de pessoas doentes
em poucos meses, a economia para de um jeito igual ou pior. E se nada for feito e todos voltarem à vida normal como o presidente recomenda, a curva de disseminação aponta que este será o resultado.

Logo, não se pode mais evitar o dano econômico. Já está estabelecido.

Mas pode-se ainda tentar evitar o colapso do sistema de saúde e um número avassalador de vítimas. Vítimas que serão tanto os atingidos pela epidemia quanto um número significativo de outros doentes que morrerão por falta de atendimento devido à saturação dos sistemas público e privado de saúde.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

O que me deixa estarrecido é a falta de capacidade das pessoas em formarem suas opiniões. Até alguns dias atrás, nas redes sociais não havia esses argumentos superficiais de "ENTÃO VOCÊ DEFENDE PARAR TUDO???? E OS MERCADOS VÃO FUNCIONAR COMO, HEIN ???". Bastou o pronunciamento de 5 minutos do presidente na televisão para literalmente dividir o país e criar uma polarização entre "os que querem destruir a economia" e "os que querem deixar morrer todo mundo".

Será que não existe mesmo meio termo? É tão difícil chegar num consenso de trabalhos essenciais funcionarem, enquanto outros fazem uma pausa? Com algum auxílio do governo aos pequenos empresários, ninguém quebra. E a economia se recupera gradualmente após isso, com outras medidas.

Re: Coronavirus - Covid-19

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Cinzu escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 20:48 pm
O que me deixa estarrecido é a falta de capacidade das pessoas em formarem suas opiniões. Até alguns dias atrás, nas redes sociais não havia esses argumentos superficiais ...
Mas esse foi justamente o ponto que eu quis ressaltar no meu textão.

O que você está observando já é um bom indício de que estas manifestações, estas tendências de certos setores da opinião pública, não são espontâneas. Mas eficientemente induzidas por uma máquina de propaganda ideológica ainda parcialmente ativa.

Imediatamente após o Bolsonaro assumir explicitamente a sua posição irresponsável, a máquina entra em ação a todo vapor nas redes sociais despejando material como esse que foi comentado. E memes, e muita emocionalidade apelativa, o que influencia o gado que começa a reverberar estas opiniões como se fossem suas.

Por isso acho que o importante não é refutar alguma distorção superficial em particular, mas começar a mostrar a técnica por detrás disso. As pessoas precisam aprender a reconhecer as técnicas de propaganda usadas nas redes sociais para não serem enganadas.

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

De qualquer modo, seja lá qual for o caminho seguido, vai ter recessão braba. Se vai todo mundo sifu, a cartilha do populismo manda ficar na contramão, antecipando as dores do povão.

Os políticos espertalhões, tipo Bolsonaro, só estão tentando garantir o direito de gritar "Eu avisei" quando o povão estiver no pior momento e esperam que o próprio povão diga..."Pô, o Bolsonaro é foda, ele avisou, vou votar nele de novo".

Só que não vai rolar. A mídia já está destruindo essa estratégia e o povão não é tão idiota assim, ainda mais fazendo curso intensivo de Corona vírus e assistindo TV Globo o dia inteiro sem sair de casa. Basta conferir, IBOPE da Globo está batendo recordes.

Acho que todo mundo no Planalto vai enrolar o Bolsonaro para ganhar tempo. Parece que ninguém fora do círculo aloprado leva mais ele a sério. Hoje mesmo ele disse que o Mandetta já se convenceu da verticalização do isolamento mas que é preciso fazer uns "testes" para decidir o melhor meio para implementar a medida. Devem ser "testes" científicos e bem sofisticados... :lol:

Re: Coronavirus - Covid-19

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Gigaview escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 22:32 pm
De qualquer modo, seja lá qual for o caminho seguido, vai ter recessão braba. Se vai todo mundo sifu, a cartilha do populismo manda ficar na contramão, antecipando as dores do povão.

Os políticos espertalhões, tipo Bolsonaro, só estão tentando garantir o direito de gritar "Eu avisei" quando o povão estiver no pior momento e esperam que o próprio povão diga..."Pô, o Bolsonaro é foda, ele avisou, vou votar nele de novo".

Só que não vai rolar. A mídia já está destruindo essa estratégia e o povão não é tão idiota assim, ainda mais fazendo curso intensivo de Corona vírus e assistindo TV Globo o dia inteiro sem sair de casa. Basta conferir, IBOPE da Globo está batendo recordes.

Acho que todo mundo no Planalto vai enrolar o Bolsonaro para ganhar tempo. Parece que ninguém fora do círculo aloprado leva mais ele a sério. Hoje mesmo ele disse que o Mandetta já se convenceu da verticalização do isolamento mas que é preciso fazer uns "testes" para decidir o melhor meio para implementar a medida. Devem ser "testes" científicos e bem sofisticados... :lol:
Lamento muito que você tenha escrito isso...

De fato, é lamentável.

Extremamente lamentável.



...




Porque depois de eu ter preparado mais um textão, você vem antes e resume tudo que eu ia dizer em poucas palavras.



Pedro Reis iria escrever... escreveu: A suposição a respeito do posicionamento do governo que eu considero mais provável, é a de que o Bolsonaro esteja apostando na desobediência dos estados. O que eu acho é que ele tá botando todas as suas fichas na possibilidade muito provável de que os estados vão continuar seguindo as orientações da OMS e adotando quarentenas intervaladas.

Que Bolsonaro é muito burro, não precisa mais ser provado. Nem que esse burro é um ignorante. Mas não consigo imaginar que a essa altura do campeonato, os técnicos já não tenham sentado com o presidente e, com muita paciência, explicado tudo que ele precisaria entender.

Bolsonaro deve saber que simplesmente ignorar o vírus como ele defende, seria um desastre. Inclusive um desastre econômico.

Na entrevista logo após o pronunciamento surreal, ele foi ainda mais direto e afirmou que o país deve levar "vida normal". Ou seja, nenhuma medida além de manter os idosos em casa. Ok, ele é estúpido o suficiente para pensar uma coisa dessas por si próprio, mas existem assessores e gente competente no ministério da saúde para explicar ao presidente porque isso é errado, mostrar as consequência e inclusive mostrar os exemplos de outros países.

Logo, se as diretrizes prescritas pelo palácio do planalto fossem cumpridas, quem arcaria inteiramente com o custo político de uma decisão catastrófica que foi na contramão de todos os governadores, das recomendações da OMS e de tudo que está se fazendo em quase todo o mundo?

Bolsonaro estaria sozinho nessa e não teria ninguém com quem dividir a responsabilidade. E o pior é que, além dos mortos pela saturação do sistema de saúde, o impacto econômico também se faria sentir da mesma forma. Uma coisa não iria compensar a outra, mesmo para quem considera esta compensação possível.

Para ele seria o fim.

Daí eu imagino que a grande aposta é que isto NÃO VÁ acontecer! Que não vá mudar muita coisa depois do discurso de ontem. Mas assim, isoladamente, Bozo está marcando posição contra tudo e contra todos, e alertando contra uma "terrível recessão econômica". Ele está mandando uma mensagem para o gado: "Olha, se eles não fizerem como eu quero, o país vai entrar na recessão profunda e o desemprego explodir".

Acontece que não vão fazer os absurdos sugeridos e o país vai mesmo entrar na recessão profunda e o desemprego explodir. Mas não por causa da forma como se está combatendo a epidemia e sim porque a epidemia está aí e vai afetar o trabalho e a produção de um jeito ou de outro. Ou pelas medidas de enfrentamento, ou pelo número de doentes que terão que faltar ao trabalho. É só uma questão de escolher porque muitos deixarão de trabalhar nos próximos 3 meses: ou por conta de quarentenas intervaladas, ou porque estarão de cama.

Com todas estas previsões fáceis embaixo do braço, Bolsonaro traçou uma estratégia política simples: se coloca contra tudo e contra todos, alertando sobre a "terrível recessão" que de fato virá. Só que o terrível remédio que ele prescreveu nunca será ministrado e ninguém nunca saberá o quão desastroso teria sido. Só será realidade a recessão e o desemprego causados pelas medidas ora adotadas... É aí que, na cabeça do povão, Boçalnaro vai parecer mais que nunca o líder messiânico injustiçado. O homem que poderia salvar o Brasil mas é obstaculado por políticos e juízes corruptos.

Se preparem: o day after desta epidemia pode ser ainda pior.

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Porque depois de eu ter preparado mais um textão, você vem antes e resume tudo que eu ia dizer em poucas palavras.
:teasing-neener:

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Gigaview escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 22:32 pm
Parece que ninguém fora do círculo aloprado leva mais ele a sério. Hoje mesmo ele disse que o Mandetta já se convenceu da verticalização do isolamento mas que é preciso fazer uns "testes" para decidir o melhor meio para implementar a medida. Devem ser "testes" científicos e bem sofisticados... :lol:
Talvez no círculo político próximo. Já entee fiéis não duvido desse círculo poder se alargar. Sempre tem mentes abertas pra sandices.


Parece q dessa vez pelo menos Arthur do Val criou coragem pra peitar o Bozo:


youtu.be/H5lxcE0H5pk


Mas por outro lado…

Quando ancaps / liberais e conservas e conspiracionistas concordam entre si (ainda que não concordantes em tudo)


youtu.be/kHB1lyCOirQ

Discípula do Olavo se metendo a defensora do mercado pra apoiar o Bozo:


- Liberais do Brasil são como liberals (esquerdistas norte-americanos) e não liberais de verdade;

- Corona vírus é conspiração; muitas pessias morrem de outras causas mas atribuem ao Corona;

- Segundo uma participante leu lá, Dória teria dado uma ordem, ou coisa do tipo, pra q todos q morressem

- Incentivando pessoas a fazer marcha o mais rápido possível (falaram na live q tinha uma marcado pro dia 31)



youtu.be/ZamGaIJRLxI

Re: Coronavirus - Covid-19

Pedro Reis
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Mensagem por Pedro Reis »

Huxley escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 23:56 pm
Hoje e amanhã
QUINTA-FEIRA, MARÇO 26, 2020 ALEX SCHWARTSMAN

Há uma guerra em curso e para vencê-la teremos que passar por uma recessão inédita. Para evitar que dure muito mais que o necessário e para salvar vidas teremos que aumentar substancialmente o endividamento público. Quando emergirmos, espero, da crise, a tarefa de estabilização se tornará ainda mais difícil do que já era.

Normalmente escrevo minha coluna na segunda, logo cedo; excepcionalmente, dado que terá que ser publicada na quarta, a preparo na terça à tarde, quase uma violência para um CDF assumido, que sempre entregou trabalhos e lições com antecedência (menos minha tese de doutorado: um dia conto a história). Não é por acaso, mas sim porque a situação é incrivelmente fluida e novas informações surgem a cada minuto. Mesmo assim, sinto que a coluna estará irremediavelmente datada ao ser publicada.

Sabemos algumas coisas, mas nada, ou quase nada, sobre várias outras.

Está claro que a estratégia mais adequada no momento para conter a pandemia envolve uma quarentena generalizada, mantendo uns poucos setores essenciais (saúde, por óbvio, segurança, supermercados e farmácias, etc.). Parece ter funcionado em Hubei e há sinais, ainda incipientes, que pode reverter o quadro de infecção e mortalidade na Itália. Há cada vez mais países adotando medidas nesse sentido, mais recentemente o Reino Unido e a Índia e, se não quisermos problemas ainda maiores, também devemos enveredar por esse caminho.

Obviamente os custos econômicos são gigantescos. Mesmo com minhas restrições pessoais aos PMIs (índices de difusão que tentam medir a atividade quase em tempo real), não há como não se espantar com a divulgação do índice para a Zona do Euro, que caiu de 51,6 em fevereiro (leituras acima de 50 indicam expansão da atividade; abaixo, contração) para 31,4 em março. Em particular, no setor de serviços, mais fortemente atingido, a queda foi ainda mais marcante: de 52,6 para 28,4, o menor da história.

Nos EUA a queda não foi (ainda) tão pronunciada (de 49,6 para 40,5 entre fevereiro e março), mas já indica contração considerável e mais por vir.

Tal retração é necessária, ainda que dolorosa. Sem ela os riscos de os hospitais não darem conta dos infectados que necessitam de tratamento mais específico sobem demais e a taxa de mortalidade se torna ainda maior. Os números estão longe de ser definitivos, mas, até onde consigo entender, com o tratamento adequado a mortalidade ficaria próxima a 0,2% dos infectados; sem o tratamento, ao redor de 4%, inaceitável no século XXI.

Há, claro, os custos, inclusive em vidas humanas, da recessão por força das medidas de distanciamento social, mas a este respeito cito trabalho recente de Robert Barro, José Ursua e Joanna Weng sobre a “Gripe Espanhola” de 1918-19 que tenta estimar os efeitos da influenza sobre a atividade, chegando a um impacto ao redor de 6% de queda no PIB per capita (e 8% para o consumo per capita) para mortalidade ao redor de 2%. Se corretos, tais números sugerem que não combater a infecção por meio da quarentena terá resultados econômicos mais severos e por motivos ainda piores.

Nesse sentido, como notado por N. Gregory Mankiw, a recessão resultante dessas medidas é “ótima”, não por ser desejável, claro, mas por ser o melhor a fazer nas circunstâncias.

A questão passa a ser então mitigar os efeitos econômicos da recessão, tentando evitar que o impacto, esperamos, temporário da pandemia sobre a atividade se prolongue.

Há, ao menos, dois canais. Um deles é o aumento do desemprego, que tira renda de parcela substancial da população, reduzindo, portanto, seu consumo muito além do período de quarentena. O outro é a parada e possível, se não provável, destruição de empresas, principalmente de pequeno e médio portes, que podem não sobreviver no período pela restrição de caixa e dificuldade de obter o capital de giro para se manter em dia com despesas, em particular sua folha de pagamento.

Do lado do desemprego, as políticas mais bem sucedidas foram as empregadas pela Alemanha nos meses seguintes à Grande Recessão (embora existam bem antes disso): a redução de jornada e salários, mas com o Tesouro bancando parcela dos salários, com foco naqueles com renda mais baixa. Para o caso do Brasil, trabalho de Carlos Góes e Ricardo Dahis (que recebi recentemente) estima, com base na RAIS, em R$ 29 bilhões/mês o custo para o Tesouro no caso de compensação integral para quem receba até 1 salário-mínimo (SM), 93% para quem recebe até 2SM e 83% para quem ganha até 4SM.

Noto, assim como os autores, que tal proposta só atende o mercado formal de trabalho, que, pelos dados da PNAD, é algo como 3 vezes maior, em termos de massa salarial, que o mercado informal (incluindo nessa conta os trabalhadores por conta própria sem CNPJ), mas com prevalência de salários mais baixos, portanto uma ajuda proporcionalmente maior. Numa primeira aproximação, falamos, assim, de algo na casa de R$ 45 bilhões/mês (da ordem de 20% da massa salarial mensal), ou R$ 135 bilhões presumindo (por enquanto) que este esquema dure um trimestre.

Estimo, ao mesmo tempo, contração do PIB no ano ao redor de 5% (a certeza quanto a este número é baixa, mas os resultados que apresentarei não são tão sensíveis a esta suposição), o que pode reduzir a arrecadação em R$ 130 bilhões. Somados à meta fiscal para 2020 (déficit primário de R$ 124 bilhões), teríamos um resultado primário negativo ao redor de R$ 390 bilhões (5,3% do PIB, o maior da história).

Por outro lado, a taxa de juros deve cair além do já definido pelo Copom, de modo a reduzir a conta de juros para R$ 145 bilhões, portanto um déficit total de R$ 520 bilhões (7,3% do PIB, longe do nosso recorde, 8,5% do PIB em 2015).

Já no que se refere a empresas, Armínio Fraga, Vinícius Carrasco e José Alexandre Scheinkman propõem um programa de crédito de R$ 120 bilhões, bancado também pelo Tesouro (remeto os interessados nos detalhes ao artigo original).

Somados o déficit fiscal e a linha de crédito (cuja contrapartida, não esqueçamos, é aumento da dívida do governo), a dívida bruta saltaria de R$ 5,5 trilhões (75,8% do PIB) no final do ano passado para R$ 6,2 trilhões (86,7% do PIB) em 2020.

Não é um aumento trivial. Em particular, com 10 pontos percentuais de PIB a mais de dívida as condições para sua redução nos próximos anos ficam ainda mais complicadas, isto é, os resultados primários requeridos para conter a dívida se tornam tipicamente maiores.

Não é, reitero, motivo para deixar de fazer o que está sendo proposto. A questão agora não é estabilizar a dívida, mas vencer o vírus e manter vivas pessoas e empresas ao longo de um período dificílimo. Independentemente de tais méritos, porém, quando retornarmos (se retornarmos) a um certo grau de normalidade, nossa tarefa vai ser ainda mais árdua do que era antes da pandemia.

Passada a crise, as reformas serão ainda mais necessárias do já eram e os riscos à estabilidade bem maiores. Façamos, então, tudo que deve ser feito para preservar vidas, mas não se esqueçam que há tarefas também hercúleas quando o pior tiver sido (como espero) superado.

Fonte: http://maovisivel.blogspot.com/2020/03/ ... a.html?m=1
Este é um texto muito bom que aborda com bastante clareza o problema e as alternativas possíveis. O autor é qualificado e na verdade faz algumas afirmações simples e praticamente irrefutáveis.
Quer ficar em casa?

Você quer quarentena, ficar em casa? Mas exige um frentista e posto de combustível aberto!
Você quer ficar em casa? Mas exige o mercado aberto com atendentes, senão você surta!
Quer ficar em casa? Mas quer que o porteiro do seu prédio e o zelador estejam trabalhando!
Quer ficar em casa? Mas precisa de dinheiro e quer que o bancário esteja no banco pra resolver seu problema! Quer ficar em casa? Mas tem motoristas e cobradores de ônibus trabalhando pra transportar quem precisa de transporte!
Quer ficar em casa? Mas o farmacêutico e balconista tem que estar lá pra te servir né!
Quer comprar pão? A padaria tem que tá aberta né?
Quer ficar em casa? Claro, mas Deus o livre se o caminhoneiro parar né!
Em casa sim, mas a coleta de lixo tem que estar em dia pelos garis!

Quer ficar em casa?
A vida dos outros vale menos que a sua?
Por quê eles são obrigados a trabalhar para seu conforto mesmo num momento desse, e vc não?

Isolamento social sim, mas pra grupos de riscos, claro!
Precauções conscientes sim de todos!!!

Não reclame depois que a economia estiver afundada e você ser demitido para reduzir gastos da empresa.
Foi vc quem optou por isso, fez baderna, bateu panela e foi a favor de tudo isso!

E não culpe os outros pois avisado foi!!!
E este é um lixo anônimo, superficial e apelativo, despejado em redes sociais.


Mas compare os dois textos... qual deles tem mais chance de influenciar pessoas, de alguém ler e dizer : "Taí, é isso aí mesmo! Os riquinhos querem que os pobres se danem porque podem ficar em casa de papo pro ar."

Pra início de conversa, o primeiro quase ninguém leria. Apesar da linguagem nem ser difícil, o formato já inibe e desestimula. O segundo parece alguém do seu lado na fila do ônibus fazendo comentários... reclamando da vida.

Se apresentar os dois, 99% só leria o segundo. ( 99% dos que leriam, descontando-se os 70 % que não lêem e vão se basear em memes e vídeos do zap... )

Esta é a tragédia dos tempos modernos: as novas formas de comunicação igualam as pessoas que sabem um pouco mais, àquelas que não sabem nada. Ou até deixam em vantagem as que não sabem nada.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Gigaview escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 22:32 pm
Só que não vai rolar. A mídia já está destruindo essa estratégia e o povão não é tão idiota assim, ainda mais fazendo curso intensivo de Corona vírus e assistindo TV Globo o dia inteiro sem sair de casa. Basta conferir, IBOPE da Globo está batendo recordes.
Quem não sai do Facebook estará convencido que a Globo está para fechar e já não tem mais nenhuma audiência.
Essa gente vive fazendo campanha para que todos desliguem a TV ou assistam à Record (logo qual ...)

Lembro do "Queermuseum" e da campanha contra o Santander (o patrocinador). No FB, dava a impressão de que todo mundo tinha fechado suas contas no banco e eles estavam quebrados. Daí eu saía na rua, passava pelas agências e tudo na mais completa ordem. Realidades paralelas.

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 27 Março 2020 - 10:06 am
Gigaview escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 22:32 pm
Só que não vai rolar. A mídia já está destruindo essa estratégia e o povão não é tão idiota assim, ainda mais fazendo curso intensivo de Corona vírus e assistindo TV Globo o dia inteiro sem sair de casa. Basta conferir, IBOPE da Globo está batendo recordes.
Quem não sai do Facebook estará convencido que a Globo está para fechar e já não tem mais nenhuma audiência.
Essa gente vive fazendo campanha para que todos desliguem a TV ou assistam à Record (logo qual ...)

Lembro do "Queermuseum" e da campanha contra o Santander (o patrocinador). No FB, dava a impressão de que todo mundo tinha fechado suas contas no banco e eles estavam quebrados. Daí eu saía na rua, passava pelas agências e tudo na mais completa ordem. Realidades paralelas.
Parece que a campanha no FaceBook não está sendo eficiente.
https://tvefamosos.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2020/03/26/audiencia-da-globo-dispara-tem-ibope-maior-que-todas-as-emissoras-somadas.htm escreveu:Audiência da Globo dispara, ibope é maior do que todas as emissoras somadas


Média IBOPE/Dia de 24 de março:

- Globo: 17,69

- SBT: 5,83

- Record: 5,77

- Band: 2,15

- Cultura: 1,08

- Rede TV!: 0.82
Lógico que a Record acusa o IBOPE de manipulação e o IBOPE também não é um exemplo de neutralidade. Mas, enfim...os anunciantes usam esse critério.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Gigaview escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 22:32 pm
Os políticos espertalhões, tipo Bolsonaro, só estão tentando garantir o direito de gritar "Eu avisei" quando o povão estiver no pior momento e esperam que o próprio povão diga..."Pô, o Bolsonaro é foda, ele avisou, vou votar nele de novo".
Isso estava muito claro desde o início, já que essa sempre foi a estratégia do Bolsonaro.

Nesse vídeo (link: https://twitter.com/GCasaroes/status/12 ... 9024982018) da época em que Bolsonaro era congressista, ele diz claramente que o congresso estava indo muito bem e que o principal problema do país era o presidente (na época, a Dilma). Por isso, estava apoiando o orçamento impositivo para dar mais poderes ao parlamento, porque segundo ele, o congresso era refém do presidente (ele usa exatamente essas palavras no vídeo).

Agora, percebemos que o discurso é exatamente o oposto. O presidente não está conseguindo fazer nada porque o congresso não deixa. O problema é sempre os outros, é a imprensa, é o STF, é o congresso, os governadores, prefeitos, a China... Sempre vai ter alguém para se isentar da responsabilidade e poder descarregar a culpa.

Agnoscetico escreveu:
Sex, 27 Março 2020 - 00:04 am
Talvez no círculo político próximo. Já entee fiéis não duvido desse círculo poder se alargar. Sempre tem mentes abertas pra sandices.


Parece q dessa vez pelo menos Arthur do Val criou coragem pra peitar o Bozo:
Arthur do Val já vem criticando o Bolsonaro a algum tempo, logo quando começaram a sair os podres do Flávio.

Outros ex-apoiadores com visibilidade já o abandonaram também e vem criticando-o. Dá até pra fazer uma lista:

• Felipe Moura
• Danilo Gentili
• MBL
• Janaina Paschoal
• Nando Moura
• Ronaldo Caiado

Quem ainda está passando pano depois de tudo isso, acredito que não larga mais o osso. A essa altura do campeonato já serão Bolsominions até a morte, não importa o que aconteça.
Fernando Silva escreveu:Lembro do "Queermuseum" e da campanha contra o Santander (o patrocinador). No FB, dava a impressão de que todo mundo tinha fechado suas contas no banco e eles estavam quebrados. Daí eu saía na rua, passava pelas agências e tudo na mais completa ordem. Realidades paralelas.
O desconhecimento científico faz com que as pessoas considerem casos isolados de evidências anedóticas como amostragens representativas de toda a população. É como se intuitivamente elas estivessem se autossabotando.

A ignorância é um dos maiores perigos de nossa sociedade.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Pelo menos não lembro de Arthur do Val criticar com essa veemência de agora..

(...)

Por que a cloroquina deve ser utilizada contra o coronavírus apenas em casos graves

https://gauchazh.clicrbs.com.br/coronav ... x2tya.html


(...)
Cinzu escreveu:
Sex, 27 Março 2020 - 12:24 pm

Nesse vídeo (link: https://twitter.com/GCasaroes/status/12 ... 9024982018) da época em que Bolsonaro era congressista, ele diz claramente que o congresso estava indo muito bem e que o principal problema do país era o presidente (na época, a Dilma). Por isso, estava apoiando o orçamento impositivo para dar mais poderes ao parlamento, porque segundo ele, o congresso era refém do presidente (ele usa exatamente essas palavras no vídeo).

Agora, percebemos que o discurso é exatamente o oposto. O presidente não está conseguindo fazer nada porque o congresso não deixa. O problema é sempre os outros, é a imprensa, é o STF, é o congresso, os governadores, prefeitos, a China... Sempre vai ter alguém para se isentar da responsabilidade e poder descarregar a culpa.
Mas nesse mesmo post de Twitter tem pessoal dizendo que foi distorção feita pelos opositores do Bozo, pois no video
Não sei se isso é malabarismo ou brecha pra manter defesa ao Bozo.
Hilton Sousa
@hiltonflu_sousa
·
29 de fev
Em resposta a
@GCasaroes
e
@NPTO
É importante separar a questão do orçamento impositivo (apoiada por bolsonaristas desde o início) das emendas do relator (aprovadas a toque de caixa) que criam um adicional de 30 bilhões sob controle exclusivo de um parlamentar.

Danilo Chachá
@DaniloChach1
·
29 de fev
Em resposta a
@GCasaroes
O governo não vetou o orçamento impositivo, vetou um trecho que arranca do governo 30 bilhões e entrega o controle aos parlamentares!

Eu sempre fico na dúvida se os esquerdistas são burros ou desonestos, eu começo a achar que é muito dos 2!
E tem outros.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Esses 30 bilhões é outro malabarismo que Bolsonaro usou pra fazer a cabeça das massas. A PLN, foi na verdade enviada pelo próprio executivo, com assinatura do presidente: https://www.congressonacional.leg.br/ma ... ria/140869

Apoiadores do governo no Congresso chegaram a pedir para que o presidente retirasse o projeto.
Parlamentares vão ao Planalto com carta pedindo que Bolsonaro retire projeto

Um grupo de senadores e deputados entregou nesta quarta-feira (11) uma carta ao secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República, general Sérgio José Pereira, com o pedido para que o presidente da República, Jair Bolsonaro, retire da pauta do Congresso o projeto que trata da regulamentação do orçamento impositivo (PLN 4/2020). A matéria está em análise na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e pode ser examinada também em sessão do Congresso Nacional ainda hoje.

A proposta tem sido motivo de polêmica no Congresso por determinar que, na execução de emendas, o relator-geral da CMO ou a comissão mista somente serão ouvidos pelo governo quando a iniciativa parlamentar reforçar dotação original proposta pelo Executivo — e apenas em relação ao montante que tiver sido acrescido. 

O senador Lasier Martins (Podemos-RS) ressaltou que, independentemente da carta, o trabalho de mobilização contra o projeto continuará. 

— Nós vamos continuar o nosso trabalho, hoje fazendo obstrução, e se for à votação, nós somos radicalmente contra a tomada, a usurpação de mais recursos da gestão do Poder Executivo, porque nós não temos esse direito. Se nós fizéssemos isso, nós estaríamos subjugando o executivo, que ficaria cada vez mais à míngua de recursos para administrar. Então esperamos agora os resultados.

Antes da entrega no Planalto, senadores explicaram por que consideram importante barrar esse projeto. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) destacou que, ontem, o grupo de parlamentares de diferentes partidos, tanto da base de apoio ao governo, quanto da oposição, iniciaram a coleta de assinaturas para a carta direcionada ao presidente.

— Esta carta tem o objetivo de requisitar que o senhor presidente, no uso de suas atribuições, utilizando o regimento interno da Casa, peça a retirada do PLN 4/2020. Um PLN que entrega para a administração do Congresso Nacional R$ 15 bilhões ou R$ 20 bilhões — temos uma controvérsia a respeito desse número. Nós compreendemos que esse recurso pode e deve ser executado por quem tem essa responsabilidade no princípio da separação dos Poderes, que é o Poder Executivo. Esse recurso poderia muito bem ser executado no momento dramático que estamos vivendo hoje pelo Poder Executivo, por exemplo, para enfrentar a gravíssima crise do coronavírus, que assola a todos nós brasileiros. De ontem para hoje já temos quase 100 assinaturas de parlamentares. Daqui iremos ao Palácio do Planalto para, formalmente, fazer a entrega da carta e esperamos o entendimento do presidente da República.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) reforçou o pedido para que o presidente retire o projeto. 

— É um chamamento à responsabilidade do presidente da República. O presidente tem responsabilidade neste processo. O presidente é autor do PLN 4. Se ele, nas redes sociais e para sua base, fala que é contrário, o mecanismo público é simples, retire esse projeto. É isso que estamos cobrando ostensivamente. Este grupo está mostrando, e ele tem parlamentares de todos os campos ideológicos, esquerda, direita, opositores, filho do presidente, todos reunidos num chamamento em benefício do Brasil. A presidência da República precisa trabalhar para o Brasil e não para seus interesses próprios.

Reformas 
Já o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) defendeu o encaminhamento da carta para restabelecer a relação republicana entre Executivo e Legislativo e defendeu que a presidência da República envie logo ao Congresso os projetos de reformas.

 — Essa carta, idealizada pelos companheiros que aqui se encontram endereçada ao presidente da República, é uma tentativa de restabelecer uma relação republicana entre os Poderes. Esse Congresso tem que contribuir. O governo tem que ser um governo mudancista. Que tenha apetite pelas reformas. Tem que ser criativo, tem que inovar. Encaminhar propostas de reformas ao Legislativo e cobrar do Legislativo. Aí sim, a sociedade tem o direito de nos cobrar, como tem hoje o direito de nos cobrar em muitas ocasiões, em muitas opções do Parlamento.

Votação nominal
Para a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), caso o projeto vá à votação, uma saída viável seria a votação nominal. 

— Não faz nenhum sentido deixar R$20, R$15, R$17 bilhões na mão de um único parlamentar. Não podemos esquecer também que estamos em um ano eleitoral e isso assusta qualquer pessoa. Porque parece um fundão disfarçado. Como a gente não pode deixar isso acontecer, então toda essa união é no sentido de evitar que isso aconteça e mostrar que aqui existe parlamentar que não concorda com isso. Paralelamente a esse pedido ao presidente que está sendo assinado, nós também temos outra estratégia que vamos pedir votação nominal caso o PLN vá a votação. 
A tática do executivo é basicamente criar mecanismos que minam ele próprio, e ir às redes sociais dizer que o congresso está tentando prejudicá-lo. Debaixo dos bastidores faz uma coisa, e para o público expõe outra.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Não sei se foi reação do usuário a algum ingrediente ou efeito colateral da substância:

Coronavírus: americano morre após tomar remédio promovido por Trump

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52039344

Re: Coronavirus - Covid-19

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Pasteur
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Mensagem por Pasteur »

Agnoscetico escreveu:
Sex, 27 Março 2020 - 14:39 pm
Não sei se foi reação do usuário a algum ingrediente ou efeito colateral da substância:

Coronavírus: americano morre após tomar remédio promovido por Trump

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52039344
Esse foi uma outra forma de cloroquina não usada como medicamento, mas sim para aquários.

Além de não ter sido aprovada ainda, a cloroquina usada como medicamento é proibida a automedicação.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Os anti-vacinas, que antes nem mesmo acreditavam na eficácia de medicamentos amplamente testados e comprovados cientificamente, de repente passaram a acreditar no primeiro remédio que o governo oferece.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Ah... ficar em casa...


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Re: Coronavirus - Covid-19

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Papa Francisco: “Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade”
Sociedade 27.03.20 14:43
Por Diego Amorim

O Antagonista obteve uma cópia da tradução do sermão que o papa Francisco fez há pouco na Praça de São Pedro vazia.

Após a meditação do trecho da Bíblia em que os discípulos estão no barco com Jesus, em meio a uma tempestade, o pontífice fez um discurso sobre a pandemia do novo coronavírus que assola o mundo.

A íntegra:
«Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares.

Revemonos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos.

Rever-nos nesta narrativa, é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro… E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).

Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele.

De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados. A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.

Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos. «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo.

Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!» «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12).

Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas.

É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho.

Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores, das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida. ConfiemosLhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins.

Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais. O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar.

O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor. No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado.

Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.

Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar.

Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus.

Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações!

Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetirnos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Ped 5, 7).”

Re: Coronavirus - Covid-19

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Bombeiros do ES negam pedido de ‘ambulância VIP’ para desembargadores
Brasil 27.03.20 15:50
Por Cedê Silva

O Corpo de Bombeiros do Espírito Santo negou o pedido de uma ambulância dedicada ao atendimento de magistrados que possam ser infectados pelo novo coronavírus.

O pedido foi feito na quarta (25), e é assinado pelo tenente-coronel dos bombeiros Washington Ferreira Dias. Ele integra a comissão de segurança do TJ capixaba.

No texto, Washington escreveu: “trata-se de uma solicitação para que o CMBES disponibilize uma ambulância para atendimento do magistrado que venha a necessitar de ajuda para deslocamento de sua residência para um hospital, no caso de contaminação com o novo coronavírus”.

O tenente-coronel Carlos Wagner Borges, chefe da assessoria de comunicação dos bombeiros do Espírito Santo, disse a O Antagonista que o pedido já foi negado, e que solicitações do tipo não são atendidas em nenhum corpo de bombeiros no Brasil. “A filosofia é atender a todos de forma igualitária”, afirmou.

O Antagonista telefonou para a sala de imprensa do TJ capixaba. Ninguém atendeu.

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Papa Francisco: “Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade”
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:bow-blue: Amém

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Quatro lições fundamentais que a covid-19 pode deixar para a humanidade.

https://luizasahd.blogosfera.uol.com.br ... humanidade

"A humanidade agora está enfrentando uma crise global. Talvez a maior crise da nossa geração. As decisões tomadas pelas pessoas e pelos governos nas próximas semanas provavelmente moldarão o mundo nos próximos anos. Elas moldarão não apenas nossos sistemas de saúde, mas também nossa economia, política e cultura (…) Sim, a tempestade passará, a humanidade sobreviverá, a maioria de nós ainda estará viva – mas habitaremos um mundo diferente."
Com essas palavras, o historiador Yuval Harari, autor dos best sellers "Sapiens: Uma breve história da humanidade" e "Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã" descreve o impacto da pandemia do novo coronavírus neste artigo brilhante — como tudo o que este homem faz –, publicado pelo Financial Times na última sexta-feira (20).

Como jornalista — obrigada a consumir e replicar, em tempo real, os dados sobre a pandemia no Brasil e no mundo — eu adoraria ser portadora de melhores notícias, mas a verdade é que temos pela frente um cenário de guerra, repleto de frustração, perdas afetivas e materiais, além de todo o desequilíbrio psíquico coletivo que uma situação como essa provoca.
Por pelo menos seis meses, as notícias ruins vão chegar em profusão e entrar pelos sete buracos da nossa cabeça. Não há como e nem por que se esconder delas: pelo bem de todos, estamos presos em casa, esperando pelas boas notícias para retomar a "vida normal". Por outro lado, só um incidente tão sério como uma pandemia global é capaz de acelerar aprendizados que levaríamos décadas para assimilar enquanto sociedade.
1- Não dá para menosprezar a ciência
O negacionismo está na moda. No mundo inteiro, líderes políticos e religiosos em ascensão questionam a veracidade de problemas fundamentais como a crise climática, a importância das vacinas, o formato da Terra e até os riscos que o surto de covid-19 pode trazer — inclusive para quem não estiver contaminado mas precisa de um leito de hospital por qualquer outro motivo.
Agora, os mesmos líderes que debochavam da comunidade científica até o mês passado (e que cortavam verbas de educação e pesquisa sistematicamente) andam pressionando os cientistas para que ofereçam vacinas e remédios capazes de conter a pandemia do novo coronavírus. Por muita bravata que se faça contra o método científico, é sempre ele que oferece as respostas mais confiáveis em situações-limite como essa.
Embora a ciência ainda não seja capaz de oferecer soluções instantâneas para todas as perguntas do mundo, ela ainda é a principal fonte de conforto e segurança para a nossa espécie. Todo mundo que já foi salvo por alguma intervenção médica deveria saber disso.
2- A imprensa é uma ferramenta de poder para a população
Pandemia e fake news são uma combinação absolutamente desastrosa. Uma população bem informada sobre o que está acontecendo local e globalmente é uma população com poder para fazer as escolhas mais rápidas, responsáveis e adequadas para a contenção da crise. Sabe quem trabalha dia e noite para verificar se as informações veiculadas são verdadeiras ou falsas? A imprensa. Não o seu primo que manda corrente do zap dizendo que gargarejo de sal e vinagre mata o coronavírus.
Liberdade de imprensa e cuidado na apuração de notícias é fundamental em qualquer momento da história, mas é ainda mais urgente que as informações verdadeiras circulem com agilidade em um quadro de crise global. Ninguém toma decisões sensatas com base em informações falsas.
Aqui, gostaria de registrar para a posteridade a fala potencialmente genocida de Jair Bolsonaro: "Brevemente o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da grande mídia nessa questão do coronavírus". Quando o surto terminar, gostaria muito de ouvi-lo novamente a esse respeito.
3- Ninguém está a salvo em uma sociedade desigual
O novo coronavírus não escolhe suas vítimas por poder aquisitivo. Ele se espalha de forma tão eficiente que um surto restrito aos moradores de uma mansão ou aos detentos de um presídio podem representar enorme ameaça para quem nunca passou na porta de nenhum desses lugares. A lógica é bem simples: os empregados da mansão podem levar o vírus do patrão para os vizinhos da comunidade; os funcionários do presídio podem contaminar um empregado da mansão, que leva o vírus para o patrão. Os vírus são extremamente democráticos — fazem o mal sem olhar a quem.

Outro aspecto interessante da pandemia é provar que não existe segurança sanitária para ninguém se não houver segurança sanitária para todos. No futuro, isso pode fazer uma enorme diferença na forma como lidamos com o descaso dedicado às populações marginalizadas nesse sentido: sem recursos básicos de higiene e saúde, qualquer pessoa se torna um potencial vetor de doenças que podem afetar mesmo o mais rico dos homens — como já está acontecendo com políticos, empresários e estrelas de cinema que testaram positivo para covid-19. Eles podem continuar vivendo encastelados, mas não estão à salvo enquanto toda a população não tiver acesso a saneamento básico e instrução para desfrutar desse direito.
4- A solidariedade é a nossa única salvação
E ela andava fora de moda. Somente uma operação global de cooperação como a que estamos fazendo — com gente do mundo inteiro se isolando e redobrando os cuidados para não dissipar o vírus — pode nos salvar de uma desgraça ainda maior do que a que já se anuncia. Isso serve também para a questão da crise econômica: se os países e instituições mais ricos fizerem a parte que lhes cabe, a crise econômica pode ser amenizada.

Em um sistema tão individualista e predatório como o capitalismo, é quase profético que a gente dependa um dos outros para que todo mundo evite de se dar muito mal. A cooperação entre comunidades locais e a comunidade global ainda é a arma mais poderosa que existe contra o inimigo que não podemos enxergar para matar com aparato bélico. Nesse caso, nada no mundo está tão desatualizado quanto o gesto de arminha e o estilo de governo que não está aberto a cooperar internacionalmente pelo bem-estar das pessoas.
Comecei esse post com uma reflexão do Yuval Harari e é também com uma fala dele que vou encerrá-lo, torcendo para que ninguém esqueça que existe esperança e que é preciso começar pelo mais simples: lavando as mãos.
"Anteriormente, mesmo médicos e enfermeiros passavam de uma operação cirúrgica para outra sem lavar as mãos. Hoje, bilhões de pessoas diariamente lavam as mãos, não porque têm medo da polícia, mas porque entendem os fatos. Lavo minhas mãos com sabão porque ouvi falar de vírus e bactérias, entendo que esses pequenos organismos causam doenças e sei que o sabão pode removê-las (…) Uma população motivada e bem informada é geralmente muito mais poderosa e eficaz do que uma população ignorada e policiada."

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Nesse vídeo essa coreana fala sobre uma seita cujo líder se acharia reencarnação de Jesus e teria sido a responsável por fazer com que o Corona voltasse a crescer na Coréia do sul:

CORONAVÍRUS: O que o Brasil pode aprender com a crise na Coreia?


youtu.be/QI0lyZJWHZo


Não é só UTI: Alemanha faz o contrário do Brasil e é referência na pandemia

https://ninalemos.blogosfera.uol.com.br ... -do-brasil

(…)

Bélgica regista primeiro contágio de um animal doméstico pelo dono

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... -pelo-dono

(…)

China continental registra primeira transmissão local de coronavírus em 3 dias

https://www.terra.com.br/amp/noticias/m ... 0gboz.html

(…)

PODCAST

Quarentena geral não é a melhor opção contra coronavírus, diz médica

http://folha.libsyn.com/quarentena-gera ... -diz-mdica

No episódio desta semana do podcast Ilustríssima Conversa, a médica Rita Barradas Barata comenta as políticas de enfrentamento ao coronavírus.
Autora de estudos sobre a histórias das epidemias, ela afirma que colocar a população inteira em quarentena não é a solução mais correta contra a atual pandemia da Covid-19 e defende um isolamento mais restrito, focado em grupos de risco, doentes e pessoas que tiveram contato com infectados. 
Professora do departamento de saúde coletiva e epidemiologia da Faculdade de Medicina da Santa Casa, Rita compara o cenário atual a outros momentos de ameaça à saúde, como a gripe espanhola.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Pasteur
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Mensagem por Pasteur »

Gabarito escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 15:39 pm
Pasteur escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 15:30 pm
Caramba! Até o príncipe Charles testou positivo e a rainha nada!
Dizem que ela não morre. É uma espécie rara que, no fim, vira rochedo, mas não morre.

Imagem
Tadinha da rainha! Perdão rainha! :oops:

Re: Coronavirus - Covid-19

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Gabarito escreveu:
Sex, 27 Março 2020 - 19:52 pm
Papa Francisco escreveu: Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais. O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar.
Se Deus mandou a doença é porque ele quer que fiquemos doentes.

Tipo aquela antiga citação:
"O deus que bota um câncer numa criança não se comoverá com orações".

Re: Coronavirus - Covid-19

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cinzu escreveu:
Sex, 27 Março 2020 - 12:24 pm
Quem ainda está passando pano depois de tudo isso, acredito que não larga mais o osso. A essa altura do campeonato já serão Bolsominions até a morte, não importa o que aconteça.
Durante aquela manifestação pró Bolsonaro alguns domingos atrás, uma idosa declarou à repórter da TV5 (francesa) que questionou a aglomeração:
"Não vamos pegar coronavírus. Deus sabe que nossas intenção são boas. E Bolsonaro está com Deus".

Re: Coronavirus - Covid-19

Fulano
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Mensagem por Fulano »

Será que o Brasil conseguirá escapar da alta taxa de contaminação e mortes?

Parece que o Brasil estava indo no caminho certo, apesar do presidente, mas o bolsonarismo está fazendo muito barulho: https://www.topmidianews.com.br/geral/b ... es/126583/

A situação do Brasil parece distante do que acontece na Itália e Espanha. Aqui praticamente não teve isolamento, pois as medidas duraram poucos dias.

Re: Coronavirus - Covid-19

Fulano
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Mensagem por Fulano »

Chovendo mais no molhado do que já foi postado, este é um cenário até que provável:

https://www.facebook.com/thuliobenvenut ... =2&theater
O plano de Bolsonaro ao minimizar o coronavírus
Gabriela Prioli, comentarista da CNN Brasil, revela o plano de marketing de Bolsonaro para a crise do coronavírus:

1° - De um jeito ou de outro, a economia mundial será afetada.

2° - Já está comprovado que o jeito mais efetivo de se enfrentar o coronavírus é por meio da quarentena. É neste sentido que estão trabalhando governadores e prefeitos: determinaram a suspensão das aulas; o fechamento do comércio, parques e demais espaços públicos; e por aí vai...

3° - Bolsonaro vem criticando estas decisões dos governadores e prefeitos, dizendo serem medidas exageradas que só prejudicarão a economia.

4° - Pois bem, quando a crise passar, graças às medidas dos governadores, a economia, como já dito, estará prejudicada. Menos do que estaria se medida alguma fosse tomada, mas estará prejudicada.

5° - Como a quarentena terá sido efetiva, a percepção da população será de "ué, mais foi só isso?" e é nesse momento que o oportunista de Bolsonaro, que nada fez, entra com seu marketing, reafirmando o discurso que vem sendo feito. Bolsonaro se isentará de qualquer culpa sobre a economia e ainda se venderá como "o injustiçado que ninguém ouviu". "Tá vendo, destruiram nossa economia só por causa dessa 'gripezinha'", dirá.

Portanto, COMPARTILHE ao máximo esse vídeo! Conscientize amigos e familiares de que se sairmos dessa crise, será APESAR DE Bolsonaro, E NÃO com a ajuda dele (que é ZERO). Não deixe que o boçal engane o povo ao fim disso tudo!

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Pasteur escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 07:46 am
Gabarito escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 15:39 pm
Pasteur escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 15:30 pm
Caramba! Até o príncipe Charles testou positivo e a rainha nada!
Dizem que ela não morre. É uma espécie rara que, no fim, vira rochedo, mas não morre.

Imagem
Tadinha da rainha! Perdão rainha! :oops:
Os reptilianos são imunes. :shock:

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Fulano escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 10:44 am
Será que o Brasil conseguirá escapar da alta taxa de contaminação e mortes?

Parece que o Brasil estava indo no caminho certo, apesar do presidente, mas o bolsonarismo está fazendo muito barulho: https://www.topmidianews.com.br/geral/b ... es/126583/

A situação do Brasil parece distante do que acontece na Itália e Espanha. Aqui praticamente não teve isolamento, pois as medidas duraram poucos dias.
Bem-vindo Fulano! Temos um tópico de apresentações, fique a vontade para nos contar um pouco sobre os seus assuntos de interesse e como chegou até aqui. O link é:

viewtopic.php?p=184#p184

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Re: Coronavirus - Covid-19

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Arcanjo Lúcifer
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Mensagem por Arcanjo Lúcifer »

Pasteur escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 07:46 am
Gabarito escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 15:39 pm
Pasteur escreveu:
Qua, 25 Março 2020 - 15:30 pm
Caramba! Até o príncipe Charles testou positivo e a rainha nada!
Dizem que ela não morre. É uma espécie rara que, no fim, vira rochedo, mas não morre.

Imagem
Tadinha da rainha! Perdão rainha! :oops:
Tem uma explicação lógica para o Charles ter e a rainha não.

Sem ironias : O cara traía a mulher com uma amante e tomou chifre da amante sabe-se lá com quem que tb deve ser casado...

Quem tem tanto contato social direto e indireto está mais sujeito a uma gripe que a rainha que fica isolada no canto dela em um palácio gigantesco.

E dizem que até ele e os netos tem que marcar hora para falar com ela.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

Sobre a falsa dicotomia economia X saúde, no artigo abaixo os pesquisadores estudaram os efeitos da Gripe Espanhola em várias cidades dos EUA. A conclusão é que as cidades que não tomaram medidas de contenção e priorizaram o desenvolvimento econômico, no longo prazo tiveram mais prejuízo econômico do que as cidades que optaram por conter o vírus.
Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not: Evidence from the 1918 Flu

What are the economic consequences of an influenza pandemic? And given the pandemic, what are the economic costs and benefits of non-pharmaceutical interventions (NPI)? Using geographic variation in mortality during the 1918 Flu Pandemic in the U.S., we find that more exposed areas experience a sharp and persistent decline in economic activity. The estimates imply that the pandemic reduced manufacturing output by 18%. The downturn is driven by both supply and demand-side channels. Further, building on findings from the epidemiology literature establishing that NPIs decrease influenza mortality, we use variation in the timing and intensity of NPIs across U.S. cities to study their economic effects. We find that cities that intervened earlier and more aggressively do not perform worse and, if anything, grow faster after the pandemic is over. Our findings thus indicate that NPIs not only lower mortality; they also mitigate the adverse economic consequences of a pandemic.

Fonte: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm ... id=3561560
Óbvio que é uma pandemia diferente em uma época muito diferente, então é difícil fazer comparativos. Ainda assim, é um estudo interessante.

Re: Coronavirus - Covid-19

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 11:44 am
Excelente...
[/youtube]

Cantando vitória muito rápido, já tem gente seguindo as orientações do messias e voltando a circular e abrir estabelecimentos...

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

JJ_JJ escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 12:21 pm
Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 11:44 am
Excelente...
[/youtube]

Cantando vitória muito rápido, já tem gente seguindo as orientações do messias e voltando a circular e abrir estabelecimentos...
Aqui em Niterói a prefeitura colocou carros de som na rua pedindo para a população ficar em casa. De que adianta abrir a loja sem clientes?

Re: Coronavirus - Covid-19

Fulano
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Mensagem por Fulano »

Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 12:27 pm
JJ_JJ escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 12:21 pm
Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 11:44 am
Excelente...
[/youtube]

Cantando vitória muito rápido, já tem gente seguindo as orientações do messias e voltando a circular e abrir estabelecimentos...
Aqui em Niterói a prefeitura colocou carros de som na rua pedindo para a população ficar em casa. De que adianta abrir a loja sem clientes?
Na semana que vem você nos diz se a população voltou para as ruas.

Re: Coronavirus - Covid-19

Fulano
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Mensagem por Fulano »

Pedro Reis escreveu:
Qui, 26 Março 2020 - 22:39 pm
A suposição a respeito do posicionamento do governo que eu considero mais provável, é a de que o Bolsonaro esteja apostando na desobediência dos estados. O que eu acho é que ele tá botando todas as suas fichas na possibilidade muito provável de que os estados vão continuar seguindo as orientações da OMS e adotando quarentenas intervaladas.
Eu acredito que ele seja muito ignorante sobre a situação e realmente não entendeu o tamanho do problema. Veja que o Olavo afirmou que não existe epidemia e que não houve nenhuma morte pelo vírus. O bolsonarismo acredita piamente no Olavo em todas as áreas do conhecimento.
Que Bolsonaro é muito burro, não precisa mais ser provado. Nem que esse burro é um ignorante. Mas não consigo imaginar que a essa altura do campeonato, os técnicos já não tenham sentado com o presidente e, com muita paciência, explicado tudo que ele precisaria entender.
Bolsonaro deve saber que simplesmente ignorar o vírus como ele defende, seria um desastre. Inclusive um desastre econômico.
Na entrevista logo após o pronunciamento surreal, ele foi ainda mais direto e afirmou que o país deve levar "vida normal". Ou seja, nenhuma medida além de manter os idosos em casa. Ok, ele é estúpido o suficiente para pensar uma coisa dessas por si próprio, mas existem assessores e gente competente no ministério da saúde para explicar ao presidente porque isso é errado, mostrar as consequência e inclusive mostrar os exemplos de outros países.
Sinto informar que a coisa é mais bizarra, surreal etc. do que se pode imaginar:

O Carluxo enquadrou o ministro da saúde: https://www.oantagonista.com/brasil/o-alienista/

O Bebianno já declarou que o Carluxo tem problemas psiquiátricos e Bolsonaro cede aos problemas dele por falta de afeto parental na infância e adolescência. O cara tem poderes de mudar o rumo da nação.

Já foi publicado que gente próxima de Bolsonaro não consegue falar com ele por medo da reação do presidente. O cara não escuta ninguém.

Acho que o Mandetta está numa difícil missão e terá que carregar as críticas que vem recebendo por um bem maior: https://www.oantagonista.com/brasil/man ... bolsonaro/

Melhor ceder a algumas pequenas coisas do que deixar na mão de alguém que trará o caos, mesmo que isso seja suicídio político.
Logo, se as diretrizes prescritas pelo palácio do planalto fossem cumpridas, quem arcaria inteiramente com o custo político de uma decisão catastrófica que foi na contramão de todos os governadores, das recomendações da OMS e de tudo que está se fazendo em quase todo o mundo?
Talvez ele ceda ao óbvio e jogue a culpa em quem fará o certo. O mundo entrará em recessão econômica, mas a culpa, no Brasil, será dos que impuseram a quarentena e isso será uma boa propaganda política.

Bolsonaro estaria sozinho nessa e não teria ninguém com quem dividir a responsabilidade. E o pior é que, além dos mortos pela saturação do sistema de saúde, o impacto econômico também se faria sentir da mesma forma. Uma coisa não iria compensar a outra, mesmo para quem considera esta compensação possível.

Para ele seria o fim.

Daí eu imagino que a grande aposta é que isto NÃO VÁ acontecer! Que não vá mudar muita coisa depois do discurso de ontem. Mas assim, isoladamente, Bozo está marcando posição contra tudo e contra todos, e alertando contra uma "terrível recessão econômica". Ele está mandando uma mensagem para o gado: "Olha, se eles não fizerem como eu quero, o país vai entrar na recessão profunda e o desemprego explodir".
Acontece que não vão fazer os absurdos sugeridos e o país vai mesmo entrar na recessão profunda e o desemprego explodir. Mas não por causa da forma como se está combatendo a epidemia e sim porque a epidemia está aí e vai afetar o trabalho e a produção de um jeito ou de outro. Ou pelas medidas de enfrentamento, ou pelo número de doentes que terão que faltar ao trabalho. É só uma questão de escolher porque muitos deixarão de trabalhar nos próximos 3 meses: ou por conta de quarentenas intervaladas, ou porque estarão de cama.

Com todas estas previsões fáceis embaixo do braço, Bolsonaro traçou uma estratégia política simples: se coloca contra tudo e contra todos, alertando sobre a "terrível recessão" que de fato virá. Só que o terrível remédio que ele prescreveu nunca será ministrado e ninguém nunca saberá o quão desastroso teria sido. Só será realidade a recessão e o desemprego causados pelas medidas ora adotadas... É aí que, na cabeça do povão, Boçalnaro vai parecer mais que nunca o líder messiânico injustiçado. O homem que poderia salvar o Brasil mas é obstaculado por políticos e juízes corruptos.
Se preparem: o day after desta epidemia pode ser ainda pior.
Pode ser que a falta de isolamento com a continuidade da vida normal que ele quer e muito provavelmente farão, faça os casos no Brasil explodirem e a população apreenda da pior maneira possível. Porém, até a eleição de 2022, está longe e esqueçam o que ele propôs.

É óbvio que Bolsonaro está muito acima da média do aceitável para ser tolerado. Houve tolerância para a tosquice e bizarrice que ele fazia, mas o comportamento no caso da epidemia chega a ser criminoso. Os políticos sabem disso, mas o que interessa é o capital político que poderão se aproveitar disso. Se for viável manter Bolsonaro e até reelegê-lo, assim será feito.

O Jornal Nacional o está combatendo e a audiência está nas alturas, mas isso pode ser passageiro.

https://www.oantagonista.com/brasil/o-v ... -comando//

O vírus está no comando, diz Diogo Mainardi, em sua coluna na Crusoé:

“O medo de epidemias é atávico. Está impresso em nosso DNA. Jair Bolsonaro pode fazer seus discursos, mas os brasileiros vão escapar apavorados assim que a TV mostrar o primeiro corredor lotado de hospital, com doentes arfando em seus respiradores. Nossa espécie só sobreviveu por causa disso: ela sabe quando é o caso de lutar e quando é o caso de fugir. Diante do novo coronavírus, é o caso de fugir.”

Pode e provavelmente será verdade, mas na hora da eleição, será Bolsonaro contra o comunismo, kit gay e mamadeira de piroca, e já sabemos em que irão acreditar.

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Fulano escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 12:32 pm
Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 12:27 pm
JJ_JJ escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 12:21 pm
Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 11:44 am
Excelente...
[/youtube]

Cantando vitória muito rápido, já tem gente seguindo as orientações do messias e voltando a circular e abrir estabelecimentos...
Aqui em Niterói a prefeitura colocou carros de som na rua pedindo para a população ficar em casa. De que adianta abrir a loja sem clientes?
Na semana que vem você nos diz se a população voltou para as ruas.
Acho que um relaxamento da população diante de alguns resultados positivos é inevitável e deve acontecer nos próximos dias mas também acho que virá uma onda de pânico logo em seguida após uma nova explosão de contágio quando estivermos próximos da capacidade crítica de atendimento no sistema de saúde. Nesse ponto concordo com o que você postou:
Fulano escreveu:O vírus está no comando, diz Diogo Mainardi, em sua coluna na Crusoé:
“O medo de epidemias é atávico. Está impresso em nosso DNA. Jair Bolsonaro pode fazer seus discursos, mas os brasileiros vão escapar apavorados assim que a TV mostrar o primeiro corredor lotado de hospital, com doentes arfando em seus respiradores. Nossa espécie só sobreviveu por causa disso: ela sabe quando é o caso de lutar e quando é o caso de fugir. Diante do novo coronavírus, é o caso de fugir.”
A ficha da população só vai cair de fato depois do pânico, que deve ocorrer próximo do pico da curva de contágio.

Re: Coronavirus - Covid-19

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Aqui em Goiânia houve fechamento de escolas, faculdades, universidades e a maioria dos estabelecimentos comerciais, mas ontem já comecei a ver alguns estabelecimentos furando o decreto municipal e estadual.

E da parte do povão é raro ver pessoas com máscaras. A maioria está sem máscara e conversando a pouca distância (igual antes das notícias sobre o vírus), povo tonto...


:geek:

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Se anunciarem que esse remédio em teste funciona o isolamento acaba na hora. É por isso que o Bozo anda com as caixas desse remédio no bolso.. :shock:

Re: Coronavirus - Covid-19

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Eu já comprei máscaras, óculos de segurança com boa vedação, protetor facial, álcool gel, detergente (estoque reforçado) , e mesmo com EPI estou mantendo no mínimo 1,5 m de distância ao conversar (ou até mais). :D

Eu estou apostando no pior em termos de propagação do vírus, e da burrice do povo, e da eficácia das fake news sobre os bolsonaristas e olavistas, ( e também da falta de condições dos pobres ) . :shock:
Editado pela última vez por JJ_JJ em Sáb, 28 Março 2020 - 13:08 pm, em um total de 1 vez.

Re: Coronavirus - Covid-19

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

JJ_JJ escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 13:01 pm
Eu já comprei máscaras, óculos de segurança com boa vedação, protetor facial, álcool gel, detergente (estoque reforçado) , e mesmo com EPI estou mantendo no mínimo 1,5 m de distância ao conversar (ou até mais). :D

Eu estou apostando no pior em termos de propagação do vírus e da burrice do povo ( e também da falta de condições dos pobres ) . :shock:
Já usou isso tudo?

Goiânia será o teste definitivo de que o vírus não resiste ao calor.... :lol:

Re: Coronavirus - Covid-19

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 13:07 pm

Já usou isso tudo?

Goiânia será o teste definitivo de que o vírus não resiste ao calor.... :lol:
Não usei o protetor facial porque ainda não chegou (comprei no ML). Já estou usando máscara, óculos de segurança, chapéu, camisas manga longa,

Não é moda , mas não estou nem aí :D

Na hora que o bicho começar a pegar pra valer quero ver se alguém vai achar engraçadinho ... 8-)

.

Re: Coronavirus - Covid-19

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JJ_JJ
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Mensagem por JJ_JJ »

Falta comprar luvas...

Re: Coronavirus - Covid-19

Fulano
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Mensagem por Fulano »

Gigaview escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 12:53 pm
Fulano escreveu:O vírus está no comando, diz Diogo Mainardi, em sua coluna na Crusoé:
“O medo de epidemias é atávico. Está impresso em nosso DNA. Jair Bolsonaro pode fazer seus discursos, mas os brasileiros vão escapar apavorados assim que a TV mostrar o primeiro corredor lotado de hospital, com doentes arfando em seus respiradores. Nossa espécie só sobreviveu por causa disso: ela sabe quando é o caso de lutar e quando é o caso de fugir. Diante do novo coronavírus, é o caso de fugir.”
A ficha da população só vai cair de fato depois do pânico, que deve ocorrer próximo do pico da curva de contágio.
O trágico é que até a eleição a população vai esquecer do culpado pela calamidade.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

MG investiga excesso de corpos e cogita exumação para testes
Funerária em BH recebeu 41 cadáveres em 48 horas, alguns com laudo de covid-19, apesar de o governo ainda não ter confirmado nenhuma morte


[...]

Aos militares, o gerente da funerária do bairro Nova Gameleira disse que o volume de cadáveres era "extremamente elevado para a rotina daquele estabelecimento". "Em 30 anos de profissão nunca vi tantos corpos num curto intervalo de tempo", afirmou o gerente aos policiais. Segundo o relatório de chegada de cadáveres da funerária, todos os corpos eram de falecidos com idade entre 49 e 90 anos de idade.

[...]

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/mg-investiga-excesso-de-corpos-e-cogita-exumacao-para-testes,246a3dfa46d67a095618959ef3953dcb2b1zmrnc.html
Parece que aquela pneumologista estava certa ao dizer que os números eram subestimados.

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

JJ_JJ escreveu:
Sáb, 28 Março 2020 - 13:01 pm
Eu já comprei máscaras, óculos de segurança com boa vedação, protetor facial, álcool gel, detergente (estoque reforçado) , e mesmo com EPI estou mantendo no mínimo 1,5 m de distância ao conversar (ou até mais). :D

Eu estou apostando no pior em termos de propagação do vírus, e da burrice do povo, e da eficácia das fake news sobre os bolsonaristas e olavistas, ( e também da falta de condições dos pobres ) . :shock:
Se fosse apenas pessoal que segue Bozo e Olavo seria menos ruim, se além desses não tivesse também uns sem noção da turma do tô-nem-aí e até dos que fazem contaminação de propósito festas:


youtu.be/3vfMJ5Mtrww

Re: Coronavirus - Covid-19

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

E sobre questão que Olavo teria afirmado que não houve morte por Corona, tem que analisar bem o qye ele diz, ele usa de malabarismo lógico. Eu vi notícia, de que na verdade houve mortes, ainda que poucas, devido ao Corona sim; segundo um médico se referindo a Itália, por exemplo, teria sido 5 casos. Mas muitas mortes seriam causadas por doenças oportunistas e outros problemas de saúde com corpo ja debitado pelo Corona - como deve acintecer com HIV, que debilita sistema imunológico e a pessoa morre devido a outras doenças e não de HIV em si.
Mas como nao conheço evidências.

Mesmo que o malabarismo do Olavo tivesse alguma lógica, de qualquer forma se morreria direta ou indiretamente, o que na prática dá no mesmo.
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