Uma pedra no sapato de Maria Borge.

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Uma pedra no sapato de Maria Borge.

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wlad
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Registrado em: Qua, 22 Dezembro 2021 - 20:36 pm

Mensagem por wlad »

Maria Borte tinha um curriculo invejável, impecável.
- Grau máximo no Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (CSIC) em Madrid.
- Lider do ISOLDE no CERN na Suiça
- Membro da Real Academia de las Ciencias e do European Organization for Nuclear Research de 1984 a 1986.
- Editora-Chefe do European Physial Journal A, especializado em fisica nuclear.

Até que em 2018, um belo dia (para mim, pra ela péssimo) submeti um artigo para publicação no European Physical Journal A.
Ela rejeitou meu artigo citando um artigo publicado em 2015 pelo Physical Review Letters (PRL), no qual os autores publicaram um cálculo que invalidava meus argumentos expostos no meu artigo.

Li o artigo do PRL, e descobri um erro no procedimento de cálculo. Os autores tinham usado uma tabela nuclear de 2001. Naquela época os fisicos nucleares consideravam que nucleos, com quantidades pares de protons e neutrons, tem formato esférico.

No meu livro Quantum Ring Theory, publicado em 2006, era proposto um novo modelo nuclear, e segundo esse modelo os nucleos com quantidades pares de protons e neutrons tem formato elipsoidal.

Portanto, a tabela nuclear de 2001 foi elaborada considerando-se que tais nucleos são esféricos.
Mas em 2012 uma experiencia publicada no jornal Nature tinha detectado que tais núcleos na verdade são elipsoidais (conforme previsto no meu livro, em 2006).

Assim, a tabela nuclear de 2001 não podia mais ser usada. E o calculo exposto na Physical Review Letters, publicado em 2015, estava errado.

Escrevi um novo artigo, mostrando o erro publicado no PRL, e submeti ao European Physical Journal A.

Maria Borge deve ter levado um bruta susto. Mas rejeitou meu artigo.
Em 2019 o artigo foi publicado no jornal Physics Essays:
https://physicsessays.org/browse-journa ... uclei.html

Esse erro publicado no Physical Review Letters tornou-se uma pedra no sapato dos fisicos nucleares.
E esse episódio tornou-se a pedra no sapato de Maria Borge.
Lá se foi sua carreira brilhante e impecável.

No futuro ela será lembrada como a Editora-Chefe que rejeitou um artigo demonstrando um erro de cálculo usado na fisica nuclear, publicado num dos mais importantes jornais de fisica.
Será uma lembrança inglória. Comparável ao que costumamos ler sobre acadêmicos que tentaram boicotar pesquisadores como Copérnico e Galileu.

Para obter a redenção no futuro, Maria Borge teria que admitir, hoje, que agiu errado ao rejeitar a publicação do meu artigo no European Physical Journal A. E que também agiu errado não admitindo que o erro, apontado por mim, exigia uma investigação profunda que poderia invalidar a fisica nuclear vigente.

Mas admitir esse erro seria um suicídio acadêmico para Maria Borge. Ela seria banida da comunidade científica. Sua reputação seria posta em cheque..

Entretanto, o que é preferível?
- Manter a reputação enquanto se vive... e ser lembrada no futuro como uma pseudocientista que boicotou o método cientifico...
- Ou conquistar uma reputação no futuro, de ser lembrada como uma cientista séria, imparcial, fiel à verdade científica, que sacrificou sua carreira acadêmica para defender a prevelência da verdade científica.

É uma escolha difícil.
E depende do quanto mais pesa na balança de cada um: o prestígio ou a verdade.
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