Astronomia

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Re: Astronomia

Gigaview
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Re: Astronomia

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Gorducho
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Srs., teriam fotos de Lua preferencialmente Cheia em 2 lugares: @N (say Paris) @S (say aí);
em horário mais próximo possível pra gente poder comparar as posições relativas de referências geográficas :?:
Alternativamente: se eu olhar 1 foto (minha) dela dum mês qualquer e comparar c/a visão da mesma fase da Lua no mesmo mês de 2022, dará no mesmo :?:
☐ errado
☐ certo
Ainda... se aparecer lá, aparecerá cá :think:

Re: Astronomia

Gigaview
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Gorducho escreveu:
Ter, 25 Janeiro 2022 - 15:23 pm
Srs., teriam fotos de Lua preferencialmente Cheia em 2 lugares: @N (say Paris) @S (say aí);
Imagem
em horário mais próximo possível pra gente poder comparar as posições relativas de referências geográficas :?:
O horário é definido pelos meridianos. No caso se as pessoas acima estão sobre o mesmo meridiano seus relógios medem o mesmo horário. Portanto a Lua vai expor sempre a mesma fase, o que varia é a sua elevação (relativa ao horizonte) para cada observador de acordo com a latitude.

Note que a mudança de latitude também faz a orientação da fase mudar;

Imagem

Imagem
Alternativamente: se eu olhar 1 foto (minha) dela dum mês qualquer e comparar c/a visão da mesma fase da Lua no mesmo mês de 2022, dará no mesmo :?:
☐ errado
☐ certo
Ainda... se aparecer lá, aparecerá cá :think:
Você verá a mesma coisa se as fotos foram tiradas no mesmo hemisfério (norte ou sul). As fases ficam "invertidas" de acordo com os hemisférios.

Imagem

Também não significa que verá a mesma coisa num mesmo hemisfério sempre nos mesmos dias do calendário . Veja abaixo.

Imagem

Imagem

Re: Astronomia

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Gorducho
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Mensagem por Gorducho »

Era isso mesmo, grato :-BD
Então… tenho 1 foto logo depois do pôr do Sol onde por mero acaso aparece a Lua waxing crescent
2019-06-09 22:33
@49° ≈ Londres
Altitude dela aparenta ≈ 40° mas lógico que não tenho como precisar. O arco iluminado aparenta algo rotacionado anti-horário (+ "vertical") relativo ao exemplo. Mas basicamente é isso mesmo.
Sr. Gigaview escreveu:
Qua, 26 Janeiro 2022 - 00:49 am
O horário é definido pelos meridianos.
Também não significa que verá a mesma coisa num mesmo hemisfério sempre nos mesmos dias do calendário .
Então... o plano inicial era se eu me lembrar tentar observá-la cá dia 9/6 no horário que ela estiver ≈ posição N-S no céu. "Horário + próximo" neste sentido. Mas, aperfeiçoando, será na prática tentar observar a respectiva fase nesse período deste ano; = 6/6 pelo que vejo no calendário.

Cá se aplica o exemplo Sydney, claro.

Re: Astronomia

Gigaview
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Gigaview escreveu:
Ter, 21 Dezembro 2021 - 19:28 pm
Ótimo vídeo para entender visualmente os "Pontos de Lagrange" sem recorrer à matemática do problema dos 3 corpos e com uma leve pitada de teoria geral da relatividade.


youtu.be/7PHvDj4TDfM
Além do JWST, já existem 4 sondas orbitando o L2: (1) Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP), (2) o ESA billion-star surveyor Gaia, (3) ESA Herschel Space Observatory e (4) ESA Planck Surveyor.

Portanto, já existia um excelente domínio da tecnologia para colocar o JWST lá...

Re: Astronomia

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

A Terra vista de Marte brilha mais que qualquer estrela no céu noturno marciano. O que você achou desta foto! A foto foi registrada pelo Rover Curiosity da NASA

Imagem
https://twitter.com/Astronomiaum

Re: Astronomia

Gigaview
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O Flight Dynamics Team do JWST é excepcional. Terão trabalho pelos próximos 20 anos corrigindo a posição do telescópio a cada 21 dias e eventualmente estabilizando a órbita em torno do L2.

O composto de tecnologias empregadas nesse projeto é talvez um dos maiores feitos da inteligência humana.


youtu.be/ybn8-_QV8Tg

Re: Astronomia

Gigaview
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Re: Astronomia

Gigaview
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Mensagem por Gigaview »

Para ter idéia da ordem de grandeza dos ajustes do JWST.
To work together as a single mirror, the telescope’s 18 primary mirror segments need to match each other to a fraction of a wavelength of light — approximately 50 nanometers... if the Webb primary mirror were the size of the United States, each segment would be the size of Texas, and the team would need to line the height of those Texas-sized segments up with each other to an accuracy of about 1.5 inches.
https://www.inverse.com/science/webb-first-photons

Re: Astronomia

Gigaview
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Re: Astronomia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Efeitos colaterais da VIAGEM ao ESPAÇO


youtu.be/j0VTNXSDd-c

Re: Astronomia

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Zero
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Mensagem por Zero »

MARTE TEVE A QUANTIDADE CERTA DE UM INGREDIENTE FUNDAMENTAL PARA A VIDA!!!

youtu.be/CvQ-Wv_g3TY

https://spacetoday.com.br/curiosity-des ... ra-a-vida/

Re: Astronomia

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Zero escreveu:
Dom, 03 Julho 2022 - 22:02 pm
MARTE TEVE A QUANTIDADE CERTA DE UM INGREDIENTE FUNDAMENTAL PARA A VIDA!!!


https://spacetoday.com.br/curiosity-des ... ra-a-vida/

Muito boa a matéria.
Tanto, que achei que poderia trazê-la para cá, na íntegra:
Curiosity Descobriu Que Marte No Passado Teve A Quantidade Certa de Carbono Orgânico Um Ingrediente Fundamental Para a Vida

03/07/2022
542 visualizações

Para fazer um bolo, você não só precisa ter os ingredientes disponíveis, mas também precisa ter a quantidade suficiente deles, caso contrário você nunca conseguirá fazer um bolo.

Com a vida é a mesma coisa, além dos ingredientes, eles têm que existir ou ter existido na quantidade certa para isso.

E para isso não basta medir somente uma pequena porção do ingrediente tem que se ter uma medida completa e foi exatamente isso que o rover Curiosity conseguiu fazer, em um dos experimentos mais sensacionais já realizados em Marte.

Os cientistas, usando dados do rover curiosity da NASA mediram o total de carbono orgânico nas rochas marcianas pela primeira vez na história.

Se você não está ligando o nome à pessoa, o carbono orgânico é um componente fundamental encontrado nas moléculas que geram a vida.

Uma das coisas mais importantes na busca pela vida, é tentar entender as condições pré-bióticas e o total do carbono orgânico é uma das medidas que ajuda os pesquisadores a entender quanto de material está disponível para a química pré-biótica e potencialmente a biológica.

O carbono orgânico é constituído de um átomo de carbono preso a um átomo de hidrogênio. Ele é a base das moléculas orgânicas, que são criadas e usadas por todas as formas de vida que nós conhecemos até hoje.

Vale lembrar que a presença de carbono orgânico em Marte não prova a existência de vida no Planeta Vermelho, pois esse elemento também pode ter origem em fontes não biológicas, como meteoritos, vulcões, ou pode se formar por reações que ocorrem na superfície.

O carbono orgânico já havia sido encontrado antes em Marte, mas as medidas anteriores só produziram informação sobre compostos particulares, ou representaram medidas feitas apenas em uma porção do carbono nas rochas.

Tudo isso faz parte da busca insana de todos, incluindo e talvez principalmente os pesquisadores, pela vida em outro ponto do universo.

Embora a superfície de Marte seja hostil para a vida agora, existem muitas evidências que a bilhões de anos atrás o clima em Marte era muito parecido com o da Terra, com uma atmosfera mais espessa e com a água líquida fluindo em rios e em mares.

Como a água líquida é essencial para a vida como a conhecemos, os cientistas pensam que a vida em Marte, se ela existiu, poderia ter sido sustentada por ingredientees fundamentais como o carbono orgânico, se ele estivesse presente em quantidades suficientes.

O rover Curiosity da NASA é uma das ferramentas que os pesquisadores possuem hoje em dia para avançar no campo da astrobiologia e ela vem fazendo isso muito bem, investigando a habitabilidade de Marte, estudando o seu clima e a sua geologia.

O rover já perfurou o solo marciano e coletou amostras datadas de 3.5 bilhões de anos, essas amostras são de lamitos enocntrados numa região da Cratera Gale, que por sua vez foi um antigo lago em Marte.

Os lamitos são rochas formadas por sedimentos muito finos, resultantes de alterações físicas e químicas de rochas vulcânicas, que foram misturados com água e que se depositaram no fundo do lago, com o passar dos bilhões de anos, essa rocha foi soterrada e hoje o Curiosity consegue estudar e entender como era o passado naquela região de Marte.

O carbono orgânico foi parte desse material e ficou incorporado no lamito.

Além da presença de água líquida no passado, de carbono orgânico, a Cratera Gale possui outras condições que são, digamos favoráveis à vida, como fontes de energia química, baixa acidez, e outros elementos essenciais para a biologia como o oxigênio, o nitrogênio e o enxofre.

Basicamente é o seguinte, se Marte teve vida no passado, a Cratera Gale é um lugar onde a vida pode ter existido.

Para fazer essas medidas, o Curiosity coletou amostras do solo marciano e colocou essas amostras no seu instrumento conhecido como Sample Analysis at Mars, ou SAM, onde basicamente um forno aquece o pó de rocha coletado a temperaturas gradativamente maiores.

Esse experimento usa oxigênio e aquece as amostras de modo a converter o carbono orgânico em dióxido de carbono o famoso CO2.

A quantidade de CO2 medida nos dá a quantidade de carbono orgânico presente nas rochas.

Ao adicionar oxigênio e aquecer as amostras, isso faz com que as moléculas de carbono se quebrem e ocorre então a reação entre carbono e oxigênio criando o CO2.

Algum carbono ainda fica preso nas rochas, então o forno eleva a sua temperatura de modo a decompor esses minerais remanescentes e liberar o carbono que então se converte em CO2.

O experimento foi realizado em 2014, mas foram necessários anos de análises para entender os dados e colocar os resultados em um contexto.

Esse experimento foi realizado somente uma vez durante os quase 10 anos de missão do rover Curiosity em Marte.

E essas medidas então nos conseguem dar uma ideia do total de carbono orgânico nas rochas.

Ao fazer as medidas usando os dados do rover Curiosity da NASA que está explorando a Cratera Gale em Marte, os pesquisadores encontraram uma contagem mínima de 200 a 273 partes por milhão de carbono orgânico.

Para vocês terem uma ideia isso é comparável ou até mais do que é encontrado em locais na Terra que são pouco habitáveis como o Deserto de Atacama no Chile, mas é bem mais do que já foi detectado nos meteoritos provenientes de Marte.

Esse processo também permitiu que o instrumento SAM fizesse medidas das razões dos isótopos de carbono, o que pode ajudar a entender a fonte do carbono em Marte.

Isótopos mais pesados tendem a reagir mais lentamente do que isótopos mais leves, o carbono derivado de seres vivos ou de formas de vida é rico, por exemplo em Carbono-12.

Nesse caso, a composição isotópica pode realmente nos dizer somente qual porção do total de carbono é carbono orgânico e qual porção é carbono mineral.

Embora por um lado a biologia não pode ser completamente descartada, os isótopos não podem na verdade serem usado para comprovar a origem biológica para esse carbono, pois a ambiguidade é muito grande, já que rochas ígneas, meteoritos entre outros materiais são os mais prováveis para ser a fonte desse carbono orgâncio.

Mas as medidas mostraram que Marte, além de várias outras condições favoráveis para a vida, teria tido a quantidade de carbono orgânico suficiente para a vida se formar, ou seja, além dos ingredientes, tinha os ingredientes na quantidade certa.

E aí, será que teve vida em Marte?



Fontes:

https://www.nasa.gov/feature/goddard/20 ... nic-carbon

https://www.pnas.org/doi/epdf/10.1073/pnas.2201139119

Carbono Orgânico Cratera Gale Curiosity Imagens Marte postaday2022 Sistema Solar Vida


Sérgio Sacani
Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Re: Astronomia

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Zero
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1ª imagem do Telescópio Espacial James Webb

Imagem
Segundo a Nasa, a imagem é a visão infravermelha mais profunda e nítida do universo até então. Nela, é possível ver um aglomerado de galáxias chamado de SMACS 0723, exatamente como ele era há cerca de 4,6 bilhões de anos.
https://g1.globo.com/ciencia/noticia/20 ... erso.ghtml

Re: Astronomia

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Cinzu
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Re: Astronomia

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Cinzu
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Mensagem por Cinzu »

O Universo já está em sua sexta e última era!
Desde antes do Big Bang até os dias atuais, o Universo passou por muitas eras, e a energia escura anuncia o final.
O Universo não é o mesmo hoje como era ontem. A cada momento que passa, uma série de mudanças sutis, mas importantes, ocorrem, mesmo que muitas delas sejam imperceptíveis em escalas de tempo humanas mensuráveis. O Universo está se expandindo, o que significa que as distâncias entre as maiores estruturas cósmicas estão aumentando com o tempo.
Um segundo atrás, o Universo era um pouco menor; daqui a um segundo, o Universo será um pouco maior. Mas essas mudanças sutis se acumulam em grandes escalas de tempo cósmicas e afetam mais do que apenas distâncias. À medida que o Universo se expande, a importância relativa da radiação, matéria, neutrinos e energia escura mudam. A temperatura do Universo muda. E o que você veria no céu também mudaria drasticamente. Ao todo, existem seis eras diferentes em que podemos despedaçar o Universo, e já estamos vivendo na última.
Tudo o que existe em nosso Universo tem uma certa quantidade de energia nele: matéria, radiação, energia escura, etc. À medida que o Universo se expande, o volume que essas formas de energia ocupam muda, e cada uma terá sua densidade de energia evoluindo de forma diferente. Em particular, se definirmos o horizonte observável pela variável a, então:
* A matéria terá sua densidade de energia evoluir como 1/a³ , já que (para a matéria) densidade é apenas massa sobre volume, e massa pode ser facilmente convertida em energia via E = mc².
* A radiação terá sua densidade de energia evoluir como 1/a^4 , pois (para radiação) a densidade numérica é o número de partículas dividido pelo volume, e a energia de cada fóton individual se estende à medida que o Universo se expande, adicionando um fator adicional de 1/a relativo à matéria.
* A energia escura é uma propriedade do próprio espaço, então sua densidade de energia permanece constante (1/aº), independentemente da expansão ou volume do Universo.
Um Universo que existe há mais tempo, portanto, terá se expandido mais. Será mais frio no futuro e foi mais quente no passado; era gravitacionalmente mais uniforme no passado e agora é mais assimétrico; foi menor no passado e será muito, muito maior no futuro.
Aplicando as leis da física ao Universo e comparando as possíveis soluções com as observações e medições que obtivemos, podemos determinar de onde viemos e para onde vamos. Podemos extrapolar nossa história desde o início do Big Bang quente e até antes, a um período de inflação cósmica. Também podemos extrapolar nosso Universo atual para um futuro distante e prever o destino final que aguarda tudo o que existe.
Quando traçamos as linhas divisórias com base em como o Universo se comporta, descobrimos que existem seis eras diferentes que acontecerão.
1. Era inflacionária : que precedeu e configurou o Big Bang quente.
2. Era da Sopa Primordial : desde o início do quente Big Bang até as interações transformadoras finais de partículas e núcleos ocorrerem no início do Universo.
3. Era do plasma : do fim das interações nucleares e de partículas sem espalhamento até que o Universo esfrie o suficiente para formar matéria neutra de forma estável.
4. Era da Idade das Trevas : desde a formação da matéria neutra até as primeiras estrelas e galáxias reionizarem completamente o meio intergaláctico do Universo.
5. Era estelar : desde o fim da reionização até a formação e o crescimento impulsionados pela gravidade da estrutura em grande escala, quando a densidade da energia escura domina sobre a densidade da matéria.
6. Era da Energia Escura : o estágio final do nosso Universo, onde a expansão acelera e os objetos desconectados se afastam irrevogavelmente e irreversivelmente um do outro.
Já entramos nesta era final há bilhões de anos. A maioria dos eventos importantes que definirão a história do nosso Universo já ocorreram.
1.) Era inflacionária: Antes do Big Bang quente, o Universo não estava cheio de matéria, antimatéria, matéria escura ou radiação. Não estava cheio de partículas de qualquer tipo. Em vez disso, foi preenchido com uma forma de energia inerente ao próprio espaço: uma forma de energia que fez com que o Universo se expandisse de forma extremamente rápida e implacável, de forma exponencial.
* Ele estendeu o Universo, de qualquer geometria que já teve, em um estado indistinguível de espacialmente plano.
* Ele expandiu um pequeno pedaço causalmente conectado do Universo para um muito maior do que o nosso Universo atualmente visível: maior do que o horizonte causal atual.
* Ele pegou quaisquer partículas que pudessem estar presentes e expandiu o Universo tão rapidamente que nenhuma delas foi deixada dentro de uma região do tamanho do nosso Universo visível.
* E as flutuações quânticas que ocorreram durante a inflação criaram as sementes da estrutura que deram origem à nossa vasta teia cósmica hoje.
E então, abruptamente, cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, a inflação acabou. Toda essa energia, antes inerente ao próprio espaço, foi convertida em partículas, antipartículas e radiação. Com essa transição, a era inflacionária terminou e começou o Big Bang quente.
2.) Era da Sopa Primordial: Quando o Universo em expansão estiver cheio de matéria, antimatéria e radiação, ele esfriará. Sempre que as partículas colidem, elas produzem quaisquer pares de partículas-antipartículas permitidas pelas leis da física. A restrição primária vem apenas das energias das colisões envolvidas, pois a produção é regida por E = mc².
À medida que o Universo esfria, a energia cai e torna-se cada vez mais difícil criar pares de partículas e antipartículas mais massivas, mas as aniquilações e outras reações de partículas continuam inabaláveis. De 1 a 3 segundos após o Big Bang, a antimatéria se foi, deixando apenas matéria para trás. Três a quatro minutos após o Big Bang, deutério estável poderia se formar e ocorrer a nucleossíntese dos elementos leves. E depois de alguns decaimentos radioativos e algumas reações nucleares finais, tudo o que nos resta é um plasma ionizado quente (mas esfriando) consistindo de fótons, neutrinos, núcleos atômicos e elétrons.
3.) Era do plasma: Uma vez que esses núcleos de luz se formam, eles são os únicos objetos carregados positivamente (eletricamente) no Universo e estão em toda parte. Claro, eles são equilibrados por uma quantidade igual de carga negativa na forma de elétrons. Núcleons e elétrons formam átomos e, portanto, pode parecer natural que essas duas espécies de partículas se encontrem imediatamente, formando átomos e abrindo caminho para as estrelas.
Infelizmente para elas, elas estão em grande desvantagem numérica - em mais de um bilhão para um - por fótons. Toda vez que um elétron e um núcleon se unem, um fóton de energia alta o suficiente vem e os separa. Não é até que o Universo esfrie dramaticamente, de bilhões de graus para apenas milhares de graus, que os átomos neutros podem finalmente se formar. (E mesmo assim, só é possível por causa de uma transição atômica especial.)
No início da era do Plasma, o conteúdo de energia do Universo é dominado pela radiação. No final, é dominado pela matéria normal e escura. Esta terceira fase nos leva a 380.000 anos após o Big Bang.
4.) Era da Idade das Trevas: Cheio de átomos neutros, finalmente, a gravitação pode iniciar o processo de formação da estrutura no Universo. Mas com todos esses átomos neutros ao redor, o que hoje conhecemos como luz visível seria invisível em todo o céu.
Por quê? Porque os átomos neutros, particularmente na forma de poeira cósmica, são excelentes para bloquear a luz visível.
Para acabar com essa idade das trevas, o meio intergaláctico precisa ser reionizado. Isso requer enormes quantidades de formação de estrelas e um tremendo número de fótons ultravioleta, e isso requer tempo, gravitação e o início da teia cósmica. As primeiras grandes regiões de reionização ocorreram 200 a 250 milhões de anos após o Big Bang, mas a reionização não se completa, em média, até que o Universo tenha 550 milhões de anos. Neste ponto, a taxa de formação de estrelas ainda está aumentando, e os primeiros aglomerados de galáxias massivos estão apenas começando a se formar.
5.) Era estelar: Uma vez que a idade das trevas termina, o Universo se torna transparente à luz das estrelas. Os grandes recessos do cosmos estão agora acessíveis, com estrelas, aglomerados de estrelas, galáxias, aglomerados de galáxias e a grande e crescente teia cósmica, todos esperando para serem descobertos. O Universo é dominado, em termos de energia, por matéria escura e matéria normal, e as estruturas gravitacionalmente ligadas continuam a crescer cada vez mais.
A taxa de formação de estrelas aumenta e aumenta, atingindo o pico cerca de 3 bilhões de anos após o Big Bang. Neste ponto, novas galáxias continuam a se formar, as galáxias existentes continuam a crescer e se fundir, e os aglomerados de galáxias atraem cada vez mais matéria para eles. Mas a quantidade de gás livre dentro das galáxias começa a cair, pois as enormes quantidades de formação estelar consumiram uma grande quantidade dele. Lenta mas firmemente, a taxa de formação de estrelas cai.
Com o passar do tempo, a taxa de mortalidade estelar ultrapassará a taxa de natalidade, fato agravado pela seguinte surpresa: à medida que a densidade da matéria cai com o Universo em expansão, uma nova forma de energia – energia escura – começa a aparecer e dominar. Cerca de 7,8 bilhões de anos após o Big Bang, galáxias distantes param de desacelerar em sua recessão e começam a acelerar novamente. O Universo em aceleração está sobre nós. Um pouco mais tarde, 9,2 bilhões de anos após o Big Bang, a energia escura se torna o componente dominante da energia no Universo. Neste ponto, entramos na era final.
6.) Idade da Energia Escura: Uma vez que a energia escura assume o controle, algo bizarro acontece: a estrutura em grande escala no Universo deixa de crescer. Os objetos que estavam gravitacionalmente ligados um ao outro antes da aquisição da energia escura permanecerão ligados, mas aqueles que ainda não estavam ligados pelo início da era da energia escura nunca ficarão ligados. Em vez disso, eles simplesmente se afastam um do outro, levando existências solitárias na grande extensão do nada.
As estruturas individuais ligadas, como galáxias e grupos/aglomerados de galáxias, eventualmente se fundirão para formar uma galáxia elíptica gigante. As estrelas existentes morrerão; a nova formação de estrelas diminuirá a de forma alarmante e depois parará; interações gravitacionais irão ejetar a maioria das estrelas no abismo intergaláctico. Os planetas entrarão em espiral em suas estrelas hospedeiras ou remanescentes estelares, devido ao decaimento pela radiação gravitacional. Mesmo os buracos negros, com vidas extraordinariamente longas, acabarão por decair devido à radiação Hawking.
No final, apenas estrelas anãs negras e massas isoladas pequenas demais para iniciar a fusão nuclear, e permanecerão escassamente povoadas e desconectadas umas das outras neste cosmos vazio e em constante expansão. Esses cadáveres em estado final existirão mesmo por muitos anos, persistindo enquanto a energia escura continua sendo o fator dominante em nosso Universo. Enquanto os núcleos atômicos estáveis ​​e o próprio tecido do espaço não sofrerem algum tipo de decaimento imprevisto, e enquanto a energia escura se comportar de forma idêntica à constante cosmológica que parece ser, esse destino é inevitável.
Esta última era, de dominação da energia escura, já começou. A energia escura tornou-se importante para a expansão do Universo há 6 bilhões de anos e começou a dominar o conteúdo de energia do Universo na época em que nosso Sol e Sistema Solar estavam nascendo. O Universo pode ter seis estágios únicos, mas durante toda a história da Terra, já estivemos no último. Dê uma boa olhada no Universo ao nosso redor. Nunca será tão rico - ou tão fácil de acessar - nunca mais.
Fonte: https://bit.ly/3zN6B81
Jumar Vicenth
Uma ilustração da nossa história cósmica, desde o Big Bang até ao presente, no contexto do Universo em expansão. Não podemos ter certeza, apesar do que muitos afirmam, que o Universo começou a partir de uma singularidade. Mas podemos, no entanto, revelar a ilustração que você vê nas diferentes eras com base nas propriedades que o Universo tinha naqueles momentos específicos. Já estamos na era final, dominada pela energia escura.
Crédito de imagem: NASA/WMAP science team.

Imagem
Fonte: Página Carl Sagan Brasil

Re: Astronomia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Cinzu escreveu:
Ter, 16 Agosto 2022 - 20:37 pm

youtu.be/LFSMDyXujnE
Não são "três teorias" e sim "três hipóteses".
Uma delas só vai virar teoria quando houver motivos para trocar o Big Bang por ela.

Re: Astronomia

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Mensagem por Agnoscetico »

Explosão solar causa queda nos serviços de rádio dos EUA

https://br.financas.yahoo.com/noticias/ ... 54240.html

Re: Astronomia

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Mensagem por Agnoscetico »

Cientistas descobrem dois planetas aquáticos 'estranhos' a 25 anos-luz do Sol

https://br.financas.yahoo.com/noticias/ ... 36886.html

Re: Astronomia

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Mensagem por Fernando Silva »

Hubble flagra um buraco negro devorando uma estrela

Imagem

https://olhardigital.com.br/2023/01/14/ ... ressionam/

Re: Astronomia

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Mensagem por Agnoscetico »

Como um planeta rochoso poderia "expulsar" a Terra do Sistema Solar

https://br.financas.yahoo.com/noticias/ ... 24107.html

Re: Astronomia

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Mensagem por Agnoscetico »

Outro Space X do Musk falhou.

Re: Astronomia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Qui, 20 Abril 2023 - 22:59 pm
Outro Space X do Musk falhou.
Não falhou. Era um protótipo. Já se esperava que alguma coisa desse errado e este era o objetivo: corrigir as falhas.

Se nada falhar agora, por sorte, vai falhar mais tarde com tripulantes.

Re: Astronomia

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Mensagem por Agnoscetico »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Abril 2023 - 09:50 am
Agnoscetico escreveu:
Qui, 20 Abril 2023 - 22:59 pm
Outro Space X do Musk falhou.
Não falhou. Era um protótipo. Já se esperava que alguma coisa desse errado e este era o objetivo: corrigir as falhas.

Se nada falhar agora, por sorte, vai falhar mais tarde com tripulantes.
Sim. Mas falhou como protótipo. Caso o teste fosse ok poderia ter deixado de ser apenas um protótipo.
Além disso, não houve lançamentos de um Space X bem-sucedido sem ser protótipo? Não seria do mesmo modelo que falhou agora?

Re: Astronomia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Agnoscetico escreveu:
Sex, 21 Abril 2023 - 19:21 pm
Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Abril 2023 - 09:50 am
Agnoscetico escreveu:
Qui, 20 Abril 2023 - 22:59 pm
Outro Space X do Musk falhou.
Não falhou. Era um protótipo. Já se esperava que alguma coisa desse errado e este era o objetivo: corrigir as falhas.

Se nada falhar agora, por sorte, vai falhar mais tarde com tripulantes.
Sim. Mas falhou como protótipo. Caso o teste fosse ok poderia ter deixado de ser apenas um protótipo.
Além disso, não houve lançamentos de um Space X bem-sucedido sem ser protótipo? Não seria do mesmo modelo que falhou agora?
Protótipos são feitos para se descobrirem as falhas. Era esperado que alguma coisa pudesse dar errado.

Como eu disse, tem que dar errado agora, nos testes, para que as falhas sejam corrigidas, e não depois, nos lançamentos oficiais.

Re: Astronomia

Razão
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Mensagem por Razão »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Abril 2023 - 09:50 am
Agnoscetico escreveu:
Qui, 20 Abril 2023 - 22:59 pm
Outro Space X do Musk falhou.
Não falhou. Era um protótipo. Já se esperava que alguma coisa desse errado e este era o objetivo: corrigir as falhas.

Se nada falhar agora, por sorte, vai falhar mais tarde com tripulantes.
Pior que falhou. Se não tivesse falhado o lançamento teria sido bem sucedido.

Não é porque se espera uma falha que ela necessariamente irá ocorrer. É exatamente por isso que se faz o teste. Porque não se sabe onde e como será a falha, caso ela ocorra. Caso contrário, por que fazer o teste?

Porém, como você bem disse, por ser um protótipo, ou seja, um modelo de testes, já é esperado que hajam falhas. Esse é o propósito. Permitir com que falhas e problemas sejam identificados e corrigidos antes do produto final ser lançado.

Re: Astronomia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Razão escreveu:
Sáb, 22 Abril 2023 - 10:55 am
Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Abril 2023 - 09:50 am
Agnoscetico escreveu:
Qui, 20 Abril 2023 - 22:59 pm
Outro Space X do Musk falhou.
Não falhou. Era um protótipo. Já se esperava que alguma coisa desse errado e este era o objetivo: corrigir as falhas.

Se nada falhar agora, por sorte, vai falhar mais tarde com tripulantes.
Pior que falhou. Se não tivesse falhado o lançamento teria sido bem sucedido.

Não é porque se espera uma falha que ela necessariamente irá ocorrer. É exatamente por isso que se faz o teste. Porque não se sabe onde e como será a falha, caso ela ocorra. Caso contrário, por que fazer o teste?

Porém, como você bem disse, por ser um protótipo, ou seja, um modelo de testes, já é esperado que hajam falhas. Esse é o propósito. Permitir com que falhas e problemas sejam identificados e corrigidos antes do produto final ser lançado.
É mas eu tinha dito apenas que outro foguete do Space X tinha falhado, não mencionei que não era protótipo.
E quando tem acidentes, como da Challenger em 1986, pode mostrar que mesmo após passando do estágio de protótipo, pode acontecer uma tragédia e pra ganhar confiança de novo, vai saber quanto tempo e como.
Então, a quantidade de falhas além do gasto evidente de verba pode diminuir credibilidade se houver clientes e parceiros interessados em comprar, investir, etc.

Re: Astronomia

Razão
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Mensagem por Razão »

Agnoscetico escreveu:
Sáb, 22 Abril 2023 - 21:24 pm
É mas eu tinha dito apenas que outro foguete do Space X tinha falhado, não mencionei que não era protótipo.
E quando tem acidentes, como da Challenger em 1986, pode mostrar que mesmo após passando do estágio de protótipo, pode acontecer uma tragédia e pra ganhar confiança de novo, vai saber quanto tempo e como.
Então, a quantidade de falhas além do gasto evidente de verba pode diminuir credibilidade se houver clientes e parceiros interessados em comprar, investir, etc.
Agnoscetico, a minha resposta foi para o Fernando Silva. Ele falou que não falhou e mencionou que era um protótipo.

Re: Astronomia

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Razão escreveu:
Sáb, 22 Abril 2023 - 22:14 pm
Agnoscetico escreveu:
Sáb, 22 Abril 2023 - 21:24 pm
É mas eu tinha dito apenas que outro foguete do Space X tinha falhado, não mencionei que não era protótipo.
E quando tem acidentes, como da Challenger em 1986, pode mostrar que mesmo após passando do estágio de protótipo, pode acontecer uma tragédia e pra ganhar confiança de novo, vai saber quanto tempo e como.
Então, a quantidade de falhas além do gasto evidente de verba pode diminuir credibilidade se houver clientes e parceiros interessados em comprar, investir, etc.
Agnoscetico, a minha resposta foi para o Fernando Silva. Ele falou que não falhou e mencionou que era um protótipo.
Respondi pros dois, pois pareceu pra mim que tu tava complementando ou reafirmando o que ele disse.

Re: Astronomia

Razão
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Mensagem por Razão »

Agnoscetico escreveu:
Dom, 23 Abril 2023 - 19:11 pm
Respondi pros dois, pois pareceu pra mim que tu tava complementando ou reafirmando o que ele disse.
Falha de interpretação sua então. Na verdade eu concordei com você, ou seja, para mim falhou também. A discordância foi com o Fernando Silva nessa questão se falhou ou não.

Porém, eu concordei com o Fernando Silva no que se refere ao propósito de um protótipo.
Razão escreveu:
Sáb, 22 Abril 2023 - 10:55 am
Fernando Silva escreveu:
Sex, 21 Abril 2023 - 09:50 am
Agnoscetico escreveu:
Qui, 20 Abril 2023 - 22:59 pm
Outro Space X do Musk falhou.
Não falhou. Era um protótipo. Já se esperava que alguma coisa desse errado e este era o objetivo: corrigir as falhas.

Se nada falhar agora, por sorte, vai falhar mais tarde com tripulantes.
Pior que falhou. Se não tivesse falhado o lançamento teria sido bem sucedido.

Não é porque se espera uma falha que ela necessariamente irá ocorrer. É exatamente por isso que se faz o teste. Porque não se sabe onde e como será a falha, caso ela ocorra. Caso contrário, por que fazer o teste?

Porém, como você bem disse, por ser um protótipo, ou seja, um modelo de testes, já é esperado que hajam falhas. Esse é o propósito. Permitir com que falhas e problemas sejam identificados e corrigidos antes do produto final ser lançado.

Re: Astronomia

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

Starship: foguete da SpaceX que explodiu após decolar causou sérios danos à base do Texas

Local de lançamento ficou com crateras no solo; especialistas apontam que reparos podem levar meses

Por AFP — Texas, EUA
24/04/2023 04h00 Atualizado há 4 horas

O poderoso foguete Starship, da fabricante de veículos espaciais SpaceX, deixou sérios danos à base do qual foi lançado no estado do Texas, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira. O primeiro voo teste da nave mais poderosa já construída na História explodiu crateras no solo, pedaços de concreto e torceu folhas de metal no local. A reparação dos estragos do primeiro lançamento deve levar meses e pode atrasar novas tentativas.

A agência espacial americana, a Nasa, planeja usar a espaçonave em suas próximas missões lunares e até mesmo a Marte. Antes do teste da semana passada, o dono da SpaceX, Elon Musk, havia dito antes que apenas colocar a Starship no ar sem destruir sua plataforma de lançamento seria "uma vitória". Felizmente para Musk, o foguete de 120 metros de altura decolou com sucesso, subindo por cerca de quatro minutos até cair e explodir, na região sobre o Golfo do México.

Apesar disso, os engenheiros da SpaceX podem ter subestimado o dano que os 33 motores de foguete de primeiro estágio da Starship causariam. Alguns dias depois, o cenário ao redor da plataforma de lançamento é de desolação. Durante a decolagem, o vídeo da SpaceX mostrou uma chuva de detritos sendo lançada até o Golfo do México, a mais de 420 metros de distância.

De acordo com a imprensa local, uma nuvem de poeira pairava sobre uma pequena cidade a vários quilômetros de distância. Fotos do local de lançamento mostram a gigantesca torre de lançamento ainda de pé enquanto o suporte do foguete, que segurava a nave estelar antes da decolagem, danificado, mas ainda intacto. Abaixo dela, no entanto, há uma enorme cratera, mostraram imagens postadas nas redes sociais.

“A força dos motores quando eles aceleraram pode ter quebrado o concreto, em vez de simplesmente erodi-lo”, admitiu Musk em sua conta no Twitter, neste sábado no Twitter.

Atraso de meses

Olivier de Weck, professor de astronáutica e engenharia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), acredita que "o raio de detritos e perturbações foi provavelmente maior do que se esperava". — O principal dano na plataforma de lançamento está embaixo, onde as chamas atingem o solo — destaca o especialista, acrescentando que o reparo da cratera “levará vários meses”.

De Weck alega ainda que o local de lançamento da Starship, ao contrário de outros usados ​​para foguetes tão grandes, carecia de um "sistema de dilúvio de água". Eles são usados ​​para inundar a almofada com água, resfriando-a e absorvendo choques e ondas sonoras. A base do Texas também carece do que é conhecido como trincheira de chamas, túneis que canalizam a exaustão quente para longe da almofada.

Esses recursos têm um preço alto, especialmente quando precisam enfrentar o poder de abalar a Terra da nave estelar. Após o teste desta quinta-feira, Musk disse que a SpaceX começou a construir "uma enorme placa de aço refrigerada a água para ficar sob o suporte de lançamento", mas "não ficou pronto a tempo" e os engenheiros "erroneamente" calcularam que o bloco ainda poderia resistir ao teste.

Conhecido por estabelecer metas audaciosas, Musk estima que uma próxima tentativa de lançamento pode ser realizada em "um a dois meses".

Re: Astronomia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

You probably saw the dramatic explosion last week of SpaceX’s humongous Starship. It made it 24 miles up, but a few minutes into the flight some of the 33 engines on the Super Heavy rocket failed. It began corkscrewing erratically, and an automated safety system blew it all up. (That’s not a pic of Starship above, BTW; Starship’s even huger!)

Seen one way, it was a failure: The goal is to have a rocket reach space, not turn into a fireball in the crisp Texas sky.

But if you put on your engineering hat, the flight had plenty of win. SpaceX engineers were thrilled that the rocket merely cleared the launch pad. As for the explosion? Sure, that happened — but it generated a ton of data about what went wrong. As the engineers noted, they’ll study it closely to help avoid similar mistakes the next time. That’s how they learned to land rockets on the ground, after all! There were tons of explosions early on, but they gathered data each time, patiently corrected their mistakes, and finally got it right.

When he talks about SpaceX, CEO Elon Musk regularly espouses this learn-from-your-mistakes process. When the rocket blew up, he cheerily tweeted praise to the engineers: “Congrats @SpaceX team on an exciting test launch of Starship! Learned a lot for next test launch in a few months.” For weeks he had carefully tempering expectations, essentially predicting failure — as he told the Wall Street Journal (friend link for non-subscribers), “a problem with an engine could cascade and destroy other engines, part of the vehicle or even the launchpad. Rebuilding the pad, depending on what happened, could take several months.” He was appropriately guarded and humble about the undertaking.

“If it does go wrong, it’s a lot to go wrong”, he noted. Or as he told CNN: “Success is not what should be expected…That would be insane.”
https://clivethompson.medium.com/explod ... 681a621e5b

Re: Astronomia

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O tamanho insignificante da Terra em relação a outros planetas, estrelas e buracos negros:

youtu.be/7rO3nMZMYgw

Re: Astronomia

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Zero
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Mensagem por Zero »

I put 4 Million Suns in a Black Hole over New York


youtu.be/pDUUT2Y_9qk

Interessante comparação com escalas de objetos no universo, comparando planetas, o menor buraco negro teórico, o Sagittarius A*, e o maior buraco negro conhecido.

Não me dei o trabalho de revisar ponto a ponto do vídeo, relação de escala e fidedignidade das informações, mas em uma visão por cima, e os comentários do vídeo aparenta ser um bom conteúdo.
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