Mudança no sistema educacional brasileiro

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Educação

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Não achei um tópico genérico sobre Educação, então crio esse.


Pra iniciar:


Linhas Cruzadas | A educação como ela é | 21/10/2021


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Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Decidi criar um tópico especialmente voltado para a discussão sobre mudar o sistema educacional brasileiro, para não desvirtuar o outro (Ciência no Brasil).

A minha proposta tem dois aspectos principais: Mudança na Licenciatura e Tempo de Ensino.

Mudança na Licenciatura:

O que seria isso? Seria a mudança na maneira como se ensinam as várias disciplinas, inclusive na criação de profissionais que atuem em novas disciplinas gerais não vinculada a uma área de formação específica. O sistema de ensino brasileiro deixa muito a desejar, principalmente nas escolas públicas, onde a educação é tão precária que você passa de ano mesmo com notas baixas. Nas escolas particulares a situação não é muito desejável... Na maioria das vezes aprendemos as coisas na base da decoreba e do "porque é assim e pronto", além de conhecimentos que mais servem para nos fazer passar no vestibular do que para coisas práticas na vida. Não que estes conhecimentos não sejam importantes em suas devidas áreas de atuação, mas é que acredito que a educação básica brasileira deveria se focar mais em formar pessoas preparadas para a vida, além de pessoas mais capazes de fazer coisas práticas e além disso em até mesmo atrair pessoas para áreas que de outra forma não seria possível através do método de ensino tradicional.

O vestibular deveria acabar e ser algo mais similar ao sistema norte americano. Ou simplesmente incluir nas particulares áreas que só são lecionadas na pública como Medicina, fazendo com que a pública neste caso dê mais prioridade para pessoas de famílias de baixa renda, ao invés das cotas raciais. Sim, haveriam provas para entrar nestas faculdades e universidades, mas acredito que as provas das universidades públicas não deveriam ser tão complicadas e compensar isso com um sistema de preferência aos pobres, como disse. Afinal de contas, se escolas públicas são voltadas para alunos de famílias carentes, então porque raios o mesmo não acontece com as universidades públicas? E as particulares serem as que mais exigiriam do aluno, porque afinal o aluno está pagando para se formar neste caso, então teoricamente a qualidade do ensino deveria ser superior. Se você está gastando seu dinheiro para se formar numa área, logicamente você deveria ter uma vantagem sobre aquele que está se formando de graça.

Mas não, muitas vezes o que está se formando de graça tem um currículo melhor que o seu só porque passou numa prova mais difícil. Acho injusto! Dinheiro gasto é investimento afinal de contas!

Quanto às disciplinas, poderiam ser como está na lista:

Português (incluindo fonética e alfabeto internacional ou algo que facilite a compreensão causal do idioma);
Inglês e Espanhol (um pouco mais avançado do que em "the book is on the table");
Matemática (começando na fatoração e geometria analítica, além de algo mais voltado à vida prática);
História (mais focada na brasileira e a mundial como compreensão ao surgimento do Brasil e mundo atual, a esse último num foco menor);
Geografia (geologia, climatologia, cartografia e identificação em mapas);
Trabalho (relação de trabalho, administração, empreendedorismo e matemática financeira);
Biologia (mais prática e voltada ao mundo atual, microbiologia, ecologia e botânica associada à agricultura);
Química (mais prática e voltada à produção e transformação manual de substâncias);
Física (física teórica, cosmologia e astronomia básica);
Técnica (informática, eletrônica e noção básica de engenharia);
Humanas (noções básicas de direito, organização do estado e sistema político);
Filosofia (pensamento lógico e abstrato básicos, epistemologia, história da ciência e estímulo da reflexão);
Moral e Cívica (virtudes, patriotismo e civismo);
Artística (desenho e pintura, design gráfico básico, cultura brasileira, música e literatura);
Educação Física (esportes, socioesportes, exercícios e dança).

Em Português, essa disciplina teria que incluir algo que nos faça entender porque temos que usar, por exemplo, Ç ou CH em certas palavras, incluindo a parte verbal.
Em Inglês e Espanhol, seria interessante um ensino um pouco mais avançado. Isso até facilitaria ao aprender tais idiomas em cursos.
Matemática para ser bem ensinada ela tem que começar no básico desde o primário, que é a fatoração e geometria analítica. Assim teremos menos "discalculias" e mais potenciais empreendedores no futuro.
História tem que ter maior foco no país em que vivemos. O mundo é resto e mero detalhe. A maior serventia disso é em aprendermos com os erros do passado e a causa do mundo em que vivemos.
Geografia é importante para não sairmos dizendo idiotices como fazem os americanos e para compreendermos fisicamente este mundo. Futuramente existirá a Geografia Marciana e Lunar, por causa da exploração espacial.
Trabalho envolveria ensinar como se comportar num ambiente de trabalho, estrutura do ambiente de trabalho, básico de administração, noção de empreendedorismo e em fazer cálculos voltados ao lucro.
Biologia até pode ter a evolução e mutação, mas com maior foco no mundo de hoje e em microrganismos, pois o que aconteceu há milhões de anos... é meramente um passado teórico.
Química a meu ver, para alunos de colégio, deveria ser algo mais prático e que nos faça saber como transformar e produzir uma substância a partir da outra, que poderá ser útil, por exemplo, na culinária, sobrevivência, etc.
Física para alunos de colégio tinha que ser mais atraente e explicar o básico das principais teorias que explicam a realidade do universo, sem adentrar muito em cálculos. Haveriam cálculos, mas não seria o foco.
Técnica envolveria qualquer noção básica em lidar com computadores e eletrônicos diversos, além de dar ao aluno uma noção básica de engenharia e arquitetura.
Humanas envolveria noções básicas de direito e conhecimentos relacionados à estrutura de um estado seja ele uma república ou monarquia assim como sobre a estrutura do sistema político no geral.
Filosofia não é só refletir, mas sim em desenvolver desde o primário o pensamento lógico e abstrato e dar certo conhecimento sobre a filosofia em si e sua história.
Moral e Cívica nos ensinaria valores importantes, comportamento em sociedade, respeito à nação, mas sem doutrinação política ou partidária, apenas o patriotismo em si... O que falta na maioria dos políticos por sinal!
Arte não é só desenho e pintura, mas incluiria a compreensão da estrutura cultural brasileira e obras literárias relevantes. Ensinaria métodos de criação e estrutura literária para incentivar novos escritores de livros.
Educação Física além de esporte deveria incluir exercícios e dança, incluindo capoeira. Poderia incluir defesa pessoal básica. Socioesporte (ideia minha) seriam tarefas físicas cooperativas, como simular trabalho braçal.

Com um tempo de escola mais longo voltado à capacitação técnica geral, é possível aprender bem todas estas disciplinas em tal período, até os 24 anos de idade.


Tempo de Ensino:

Além disso, acho que poderia haver uma mudança no período de ensino (do jardim ao médio), de forma que tais disciplinas sejam melhor aproveitadas ou lecionadas (incluindo em dar mais tempo para que disciplinas como matemática, português e filosofia sejam devidamente ensinadas). A criança não deveria começar na escola aos 3 anos, mas talvez somente a partir dos 7 anos e terminar até os 24 anos de idade. Acredito que a criança deva ter primeiramente espaço para ela se autodesenvolver antes de entrar numa escola. Seria uma pré-escola, em que a criança aprenderia algumas coisas e alfabetização, mas em que ela possa ter a oportunidade em desenvolver seu lado social e criativo sobretudo, este do qual costuma ser desencorajado desde que ela começa a entrar na escola. É importante que as crianças desenvolvam melhor o aspecto social e criativo, de forma que se tornem adultos mais capazes em se adaptar em situações mais exigentes que a vida os obrigará a vivenciar, além de permitir mais potencial para futuros empreendedores. Crianças engessadas desde cedo tendem a se tornarem adultos mais medíocres e mais dependentes de um emprego estável, assim como terá mais chance em se tornar um idiota útil.

E a vida adulta só começar a partir dos 25 anos, não dos 18. Digo isso porque as gerações mais atuais são mais imaturas em relação à vida em relação às gerações anteriores, são gerações que dependem mais dos pais para se sustentar, pessoas com 30 anos ou mais ainda morando junto com os pais, comportamento mais infantil, coisas do tipo. Estas novas gerações, portanto, necessitam de um novo sistema de educação e civil, em que a fase adulta chegaria mais tarde, de forma que até lá estas pessoas estejam mais educadas e preparadas para lidar com o mundo real, quando terminarem a escola. Quanto a esse negócio de serviço militar obrigatório? Sinceramente, isso é uma piada e deveria acabar, afinal o Brasil não é um país que vive em guerra e tem tendência de neutralidade. E porque é mais útil aos militares um recruta apto que queira servir do que um relaxado que não está nem aí pra nada. Assim sendo o serviço militar deveria aumentar para no mínimo aos 25 anos de idade, pois hoje em dia tem muita gente com 18 que ainda age como adolescente, e é na maioria das vezes. O atual sistema educacional e cívico não é apto para as atuais gerações e só serviu para o contexto das gerações anteriores que tinham uma vida mais difícil e precisaram amadurecer mais cedo.

Assim sendo, a configuração ficaria assim:

Pré-escola: 2 a 6 anos (incentivo no desenvolvimento da fala, do aspecto social, da criatividade e alfabetização);

Escola (ensino fundamental): 7 anos (1ª ano); 8 anos (2ª ano); 9 anos (3ª ano); 10 anos (4ª ano).
Escola (ensino ginasial): 11 anos (1ª ano); 12 anos (2ª ano); 13 anos (3ª ano); 14 anos (4ª ano); 15 anos (5ª ano); 16 anos (6ª ano); 17 anos (7ª ano); 18 anos (8ª ano); 19 anos (9ª ano).
Escola (ensino médio): 20 anos (1ª ano); 21 anos (2ª ano); 22 anos (3ª ano); 23 anos (4ª ano); 24 anos (5ª ano).

No ensino fundamental os alunos seriam formados ao ponto em estarem aptos não ao trabalho, mas em saber os fundamentos básicos do que necessita aos próximos níveis.
No ensino ginasial os alunos seriam formados ao ponto em estarem aptos a empregos simples, porém não técnicos. Um aluno que terminou o ginasial poderia começar a fazer um curso técnico.
No ensino médio os alunos seriam formados ao ponto em estarem aptos a certos empregos técnicos e prontos para cursar uma faculdade ou universidade.

Significa que só teríamos pessoas começando cursos técnicos aos 20 anos, entrando na faculdade aos 25 anos e muitas trabalhando só a partir dos 30 anos, de acordo com a maturidade da atual geração.

Outro motivo para aumentar o tempo de permanência na escola é que as pessoas geralmente estão vivendo mais do que antes, incluindo a nova aposentadoria aos 70 anos. O fato das pessoas começarem a trabalhar mais tarde do que de costume seria uma forma em diminuir a concorrência na hora de disputar vagas de emprego, pois estaria dando tempo para que os mais velhos se aposentem e até lá em haver mais vagas disponíveis, apesar de neste esquema ainda haver a possibilidade de se trabalhar em empregos simples a partir dos 20 anos ou 25 anos (dependendo do tempo de formação técnica). A minha geração, que é a tal Millennial, foi a que mais sofreu com o atual sistema educacional e cívico e isso deveria ser remediado para as próximas gerações que viverão mais e envelhecerão mais tarde. Caso contrário, futuramente tudo terminará em uma crise que poderá colocar a própria estrutura da sociedade brasileira em risco e tudo desabar para o primitivo por causa de emburrecimento fomentado por um sistema educacional pobre e precário.

E sim, acho que as pessoas só deveriam aprender a dirigir e votar a partir dos 25 anos, em ser plenamente adulta a partir desta idade. Até lá ela ainda pode ser um "adolescente imaturo".

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

Huxley
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Mensagem por Huxley »

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

A meu ver o Homeschooling deveria ser algo mais voltado à alfabetização ou ao ensino de conhecimentos básicos em matemática ou mesmo história, mas não mais do que isso. É assim... o Homeschooling não poderia substituir a escola, ele deveria sim ser um aliado durante a formação da criança (principalmente para crianças que têm certas deficiências), mas jamais tomar o lugar da escola, já que esta abrange muito mais recursos de ensino. Mas neste caso a escola não poderia ser um instrumento de doutrinação ideológica e teria que ter um sistema mais voltado a uma formação técnica e prática, e não só teórica para nos preparar a um vestibular. Mesmo a escola pública sendo precária ela ainda tem maior capacidade em ensinar certas disciplinas que certamente faltariam no Homeschooling. E se faltar na pública, o Homeschooling poderia sanar isso.

O Homeschooling deveria ser, portanto, apenas uma ferramenta de ensino extra, junto com a escola. Ou se a criança for debilitada demais para frequentar uma escola.

Defendo um ensino mais prático para que não aprendamos as coisas só na base da decoreba sem compreender o conteúdo. Pois esse tipo de ensino é porco, forma medíocres e engessados. Um dos motivos dos quais acho que o aluno deveria ficar mais tempo na escola, como no sistema em que estabeleci, é para que este possa ter um aprendizado mais profundo em disciplinas mais práticas no dia-a-dia como português e matemática. No ensino tradicional os professores de matemática não têm tempo suficiente para ensinar a disciplina de forma adequada, pois há uma agenda apertada que ele tem que seguir à risca. O aluno ficando mais tempo na escola, com um maior número de anos de ensino ginasial e médio, ele terá mais tempo em aprender a praticar os cálculos e fórmulas de forma adequada, sem decoreba e compreendendo o porque destas equações e fórmulas.

No raro caso de uma pessoa nunca ter entrado na escola e mesmo assim estar preparada para um vestibular, ela poderia entrar na faculdade ou mesmo em um curso, se tem todo esse preparo.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Seg, 23 Maio 2022 - 20:34 pm
Em relação à história brasileira, tendo ela um foco bem maior, poderiam ser ensinados detalhes que não são ensinados pelo MEC mas dos quais o Brasil Paralelo dispõe. Isso tornaria o Brasil Paralelo uma ótima fonte de estudo por sinal.
Vou deixar para os outros membros comentarem...
nuker escreveu:
Seg, 23 Maio 2022 - 22:34 pm
O vestibular deveria acabar e ser algo mais similar ao sistema norte americano. Ou simplesmente incluir nas particulares áreas que só são lecionadas na pública como Medicina, fazendo com que a pública neste caso dê mais prioridade para pessoas de famílias de baixa renda, ao invés das cotas raciais. Sim, haveriam provas para entrar nestas faculdades e universidades, mas acredito que as provas das universidades públicas não deveriam ser tão complicadas e compensar isso com um sistema de preferência aos pobres, como disse. Afinal de contas, se escolas públicas são voltadas para alunos de famílias carentes, então porque raios o mesmo não acontece com as universidades públicas? E as particulares serem as que mais exigiriam do aluno, porque afinal o aluno está pagando para se formar neste caso, então teoricamente a qualidade do ensino deveria ser superior. Se você está gastando seu dinheiro para se formar numa área, logicamente você deveria ter uma vantagem sobre aquele que está se formando de graça.
As universidades particulares sofrem do problema pagou-passou, enquanto as públicas recebem mais verba do que a educação básica. Salário de professor de universidade é muito alto. Na particular, a família xinga a escola por reprovar o aluno enquanto paga caro por isso. E uma solução para isso seria fazer um exame aplicado pelo governo, para indicar se merece diploma (algo como exame OAB). Esse exame também validaria diplomas de cursos EAD.

E nunca vi sentido em selecionar para universidade pessoas que estudaram igual condenado. Não é um sistema que seleciona os mais intelectuais, porque todos trapaceiam estudando artificialmente só para esse momento. As públicas deveriam usar como critério, a baixa renda, a idade, não fez outro curso superior, e está fazendo o mesmo curso dos pais. Para evitar alunos incapazes, uma nota de corte do Enem seria usada.
E a vida adulta só começar a partir dos 25 anos, não dos 18. Digo isso porque as gerações mais atuais são mais imaturas em relação à vida em relação às gerações anteriores, são gerações que dependem mais dos pais para se sustentar, pessoas com 30 anos ou mais ainda morando junto com os pais, comportamento mais infantil, coisas do tipo. Estas novas gerações, portanto, necessitam de um novo sistema de educação e civil, em que a fase adulta chegaria mais tarde, de forma que até lá estas pessoas estejam mais educadas e preparadas para lidar com o mundo real, quando terminarem a escola.
Concordo que estão imaturos, mas acredito que a falta de trabalho só vai piorar ainda mais a imaturidade. Não criarão responsabilidades e serão mais boêmios.

Minha opinião pessoal sobre maioridade:
* 14 anos: maioridade penal, idade mínima para poder trabalhar ou empreender
* 16 anos: direito de dirigir (Não gosto da ideia de jovens dirigindo, mas muita gente tem necessidade e responsabilidade. Por isso não gosto de punir alguns por causa dos erros de outros.)
* 18 anos: idade do consentimento
* 20 anos: idade mínima para votar (jovem é imaturo demais para votar e por não trabalhar, não sente os efeitos reais da economia)
Outro motivo para aumentar o tempo de permanência na escola é que as pessoas geralmente estão vivendo mais do que antes, incluindo a nova aposentadoria aos 70 anos. O fato das pessoas começarem a trabalhar mais tarde do que de costume seria uma forma em diminuir a concorrência na hora de disputar vagas de emprego, pois estaria dando tempo para que os mais velhos se aposentem e até lá em haver mais vagas disponíveis, apesar de neste esquema ainda haver a possibilidade de se trabalhar em empregos simples a partir dos 20 anos ou 25 anos (dependendo do tempo de formação técnica).
Para mim, o ideal é o oposto, que comecem a trabalhar mais cedo. O número de aposentados tem só aumentado e a expectativa de vida também. Por isso, é necessário mais pessoas para sustentar a previdência social e o melhor jeito de fazer isso é colocando jovens fortes e saudáveis para trabalhar em vez de tornar o salário de aposentadoria miserável ou aposentar aos 70 anos.
Quanto às disciplinas, poderiam ser como está na lista:
...
Com um tempo de escola mais longo voltado à capacitação técnica geral, é possível aprender bem todas estas disciplinas em tal período, até os 24 anos de idade.
Já acho que a carga do sistema atual é grande e mesmo assim os alunos não aprendem direito. Aumentar a carga não vai melhorar a situação.

Além disso, terá muito mais custos para o Estado. Se o estudante vai mexer com tubo de ensaio, microscópio e outras coisas, e então nunca mais vai mexer nisso depois de adulto, será perda de dinheiro. É preferível usar essa verba para abrir mais vagas no ensino superior para biólogo e engenheiro.
Significa que só teríamos pessoas começando cursos técnicos aos 20 anos, entrando na faculdade aos 25 anos e muitas trabalhando só a partir dos 30 anos, de acordo com a maturidade da atual geração.
Curso técnico e curso superior são mutualmente excludentes. O superior não depende do técnico. Cada um tem vagas diferentes. Hoje existe o problema sério do aluno fazer curso técnico e depois o superior. Isso joga fora a vaga do técnico, porque a pessoa será profissional do superior. A vaga do técnico seria reaproveitada por quem não conseguiu entrar no superior.
Em Inglês e Espanhol, seria interessante um ensino um pouco mais avançado. Isso até facilitaria ao aprender tais idiomas em cursos.
Um curso privado de bairro é capaz de levar o aluno à fluência em 4 a 6 anos tendo 2 horas-aula por semana. Por que não incorporar isso na educação básica?

Língua estrangeira não-inglesa, não vejo sentido a obrigatoriedade. Nunca tive que usar profissionalmente. Se a profissão exigir, é melhor que o aluno escolha se que aprender.
Arte não é só desenho e pintura, mas incluiria a compreensão da estrutura cultural brasileira e obras literárias relevantes. Ensinaria métodos de criação e estrutura literária para incentivar novos escritores de livros.
Só cuidado para não criar aversão nos alunos. Muitos alunos odeiam literatura porque a obrigatoriedade no período escolar criou aversão neles.
Futuramente existirá a Geografia Marciana e Lunar, por causa da exploração espacial.
Se a pessoa não vai minerar lá, geografia extraterrestre é tão útil quanto geografia do Tadjiquistão.
Técnica envolveria qualquer noção básica em lidar com computadores e eletrônicos diversos, além de dar ao aluno uma noção básica de engenharia e arquitetura.
Que jovem hoje não sabe mexer nessas coisas? Isso é aprendido automaticamente, por isso não vejo sentido.
História tem que ter maior foco no país em que vivemos. O mundo é resto e mero detalhe. A maior serventia disso é em aprendermos com os erros do passado e a causa do mundo em que vivemos.
Deveria ser história até que ano?
E como evitar que o que ocorreu em 2016 com Ban-Dilma não seja chamado de golpe?

História é um tema muito complexo para crianças e jovens. Precisa-se de muita maturidade para entender. É fácil desenvolver romantização (como os aventureiros navegadores) e luta contra o mal (no caso de ditaduras e guerras). A sociedade e a política no presente já é difícil de entender. No passado é mais complicado ainda.
Trabalho envolveria ensinar como se comportar num ambiente de trabalho, estrutura do ambiente de trabalho, básico de administração, noção de empreendedorismo e em fazer cálculos voltados ao lucro.
O que eu estava pensando quando sugeri é que o trabalhador pode aprender a organizar finanças, saber negociar com o patrão e procurar novas empresas, para não depender de CLT. E também entender como um empreendedor pensa, saber conceitos de otimização e barateamento para que inspire empreendedorismo.
Moral e Cívica nos ensinaria valores importantes, comportamento em sociedade, respeito à nação, mas sem doutrinação política ou partidária, apenas o patriotismo em si... O que falta na maioria dos políticos por sinal!
Na minha época era chamado de "Formação humana e religiosa", mas não lembro de nada. A professora era o demônio e era muita enrolação e falatório.
Biologia ... botânica
Sou da cidade grande e nota zero em botânica...
cosmologia e astronomia básica
Se a criança não se interessa por vídeo sobre esse assunto por conta própria, ensinar obrigatoriamente na escola será perda de tempo.
A minha geração, que é a tal Millennial, foi a que mais sofreu com o atual sistema educacional e cívico e isso deveria ser remediado para as próximas gerações que viverão mais e envelhecerão mais tarde. Caso contrário, futuramente tudo terminará em uma crise que poderá colocar a própria estrutura da sociedade brasileira em risco e tudo desabar para o primitivo por causa de emburrecimento fomentado por um sistema educacional pobre e precário.
Essa divisão de geração com esses nomes é válida só para os EUA. Cada país é sociologicamente diferente. O que tem de comum é a geração Z, por causa de redes sociais. Antes da Y, a sociedade brasileira e americana eram tão diferentes que não tem como usar essa nomenclatura. E tenho a impressão de que no Brasil, quem veio antes da Z se encaixa muito mais em Y americano do que X americano. No Brasil parece que começa mais tarde, mas com a era da rede social, a Z não atrasou e por isso a Y foi muito curta.

O Brasil também é internamente muito mais diferente dos EUA. A cultura/sociologia entre os mais ricos e pobres é muito diferente e existe também diferenças geográficas.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

EAD
Para crianças existe o problema da socialização e educação física. Mesmo assim, a socialização na escola é limitada porque só convivem com alunos da mesma idade. Mas é muito importante tenha essa opção. Municípios com poucos alunos e pessoas que moram em zona rural seriam beneficiadas com isso. Pessoas de áreas periféricas podem conseguir educação melhor via EAD do que a escola violenta local.

A qualidade pode ser medida por avaliações semestrais do aluno para progredir na grade curricular.

Em relação à doutrinação, é melhor que a criança seja doutrinada pela família do que pelo estado. Mas Joel claramente no vídeo está defendendo a doutrinação globalista nas escolas. Primeiro ele fala da aberração de educação sexual e o que chama de combate a "preconceitos". Os únicos preconceitos sérios no Brasil são classismo e um pouco de racismo, e esse são os únicos a serem combatidos. Mas a cartilha ideológica ignora o classismo e exagera no racismo (demonizando o branco). O racismo deve ser combatido contra todas as raças, não só negros.

Ainda sobre preconceitos, o Brasil nunca teve problemas coletivos de xenofobia. Então não precisa de educação. Mas países ricos que recebem hordas de imigrantes jamais deve combater a xenofobia, porque isso seria doutrinação para aceitar o invasor e danificar a própria nação.

E continuando a cartilha esquerdista, a questão de educação sexual, ideologia de gênero e preconceito contra minorias sexuais (gay, pedófilo, zoófilo, etc), para ser neutro, é questão puramente de princípios morais específicos. Se a família prega castidade e o estado prega luxúria/fornicação, quem está certo? Devido à falta de uma moral universal, se cada um tem sua opinião, o estado não deve impôr a visão globalista sobre as pessoas.

E como comentei. Sou a favor de abolir geopolítica e história do ensino básico universal, porque abre brechas demais para doutrinação e vitimismo. Existe professorE FeministE que ensina que o passado era sempre machista, mas o que existia na prática era o oposto, porque a vida sempre foi mais difícil para homens. Escola não é lugar disso.
Editado pela última vez por Tutu em Ter, 24 Maio 2022 - 14:18 pm, em um total de 1 vez.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

A Alemanha tem jovens qualificados e assim não ficam desempregados.
Os alunos são divididos em percursos por aptidão após 10 anos. Isso é muito bom para evitar que um aluno faça curso técnico e depois o superior. Ele faz só um dos dois.

youtu.be/gMRd0k8MvOA

A Alemanha tem curso separado para portadores de deficiência. O Brasil pretende fazer o oposto de misturar tudo, e isso é ruim, porque o aluno PNE acabará exigindo muito do professor e atrasando o resto da turma. As adaptações de acessibilidade custariam muito caro para uma pessoa só. Quando as PNE estão no mesmo lugar, é muito mais fácil e eficiente se adaptar a elas.

--

Finlândia é outro bom exemplo. Mas lá, os professores não ganham tanto quanto imaginam ou como os corporativistas querem fazer aqui. Eles tem é valorização (status) enquanto no Brasil, aluno não respeita. O problema da educação brasileira é o método e organização e não as verbas. A Finlândia reduziu o período de escolaridade e a carga de aula.

youtu.be/5vN9mnuAQQ0

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

Noções de tecnologia e digitalização já estão nas grades também, e é questão de tempo até ser padrão. Escola e informática já se relacionam, e muita coisa interessante pode ser feita com programação unida com matemática.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

f0rest2.0 escreveu:
Ter, 24 Maio 2022 - 17:59 pm
Noções de tecnologia e digitalização já estão nas grades também, e é questão de tempo até ser padrão. Escola e informática já se relacionam, e muita coisa interessante pode ser feita com programação unida com matemática.
A previsão que fazem para o futuro é que as pessoas, como profissional de qualquer área ou no dia-a-dia, farão programação em vários aplicativos. O profissional de TI será responsável por construir essas ferramentas e a desenvolver sistemas complexos de inteligência artificial com aprendizagem de máquina.

Mas o Brasil não parece evoluir. A programação manual repetitiva ainda é feita pelo profissional de TI (usando tecnologia estrangeira) e o resto das pessoas continuam tendo medo da programação básica.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Educação sexual não é estimular crianças a praticar zoofilia, pelamordedels.

É ensinar como o corpo mamífero funciona e se prevenir de doenças e gravidez indesejada. Eu já presenciei absurdos sendo cometidos por casais de namorados (adolescentes) filhos de carolas moralistas. Coisas que 5 min de explicação resolveriam.

Na escola você aprende a conviver com o diferente também, e isso envolve aprender a respeitar pessoas, inclusive garotos efeminados.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

Tutu escreveu:
Ter, 24 Maio 2022 - 20:57 pm
A previsão que fazem para o futuro é que as pessoas, como profissional de qualquer área ou no dia-a-dia, farão programação em vários aplicativos. O profissional de TI será responsável por construir essas ferramentas e a desenvolver sistemas complexos de inteligência artificial com aprendizagem de máquina.
O foco das alterações nas grades curriculares envolvendo tecnologia, está mais voltada para negócios digitais e noções de tecnologia. Uma visão técnica e básica de empreender digitalmente, que é essencial. Na área de TI em si, ficaria muito pesado e inviável inserir nas grades curriculares. O que pode ser feito é o entendimento de algoritmos e lógica de programação aplicada nas disciplinas de ciências exatas como extracurricular. Essa mistura é muito interessante e formidável. O que vemos é o ensino clássico se transformando no ensino moderno ou pós-moderno -- ou líquido.
Tutu escreveu:
Ter, 24 Maio 2022 - 20:57 pm
Mas o Brasil não parece evoluir. A programação manual repetitiva ainda é feita pelo profissional de TI (usando tecnologia estrangeira) e o resto das pessoas continuam tendo medo da programação básica.
As contribuições para ferramentas e linguagens são globais, mas realmente essa área é muito internacionalizada. A programação repetitiva vai continuar existindo, mesmo com muita ferramenta pronta e com interface mais intuitiva. E tudo depende da finalidade, que é a maior variável.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Concordo que estão imaturos, mas acredito que a falta de trabalho só vai piorar ainda mais a imaturidade. Não criarão responsabilidades e serão mais boêmios.
Minha opinião pessoal sobre maioridade:
* 14 anos: maioridade penal, idade mínima para poder trabalhar ou empreender
* 16 anos: direito de dirigir (Não gosto da ideia de jovens dirigindo, mas muita gente tem necessidade e responsabilidade. Por isso não gosto de punir alguns por causa dos erros de outros.)
* 18 anos: idade do consentimento
* 20 anos: idade mínima para votar (jovem é imaturo demais para votar e por não trabalhar, não sente os efeitos reais da economia)
Acho 14 anos um pouco cedo demais. Como uma criançona vai ter maturidade para trabalhar? A não ser se ela, através do socioesporte que idealizei, que seriam atividades em Educação Física que simulariam trabalho braçal de forma cooperativa entre os alunos, poderia dar uma base para ela ter um mínimo de condição para isso, aliado a uma básica educação da disciplina Trabalho. Aí sim talvez tenha condições psicológicas para estar num ambiente de trabalho. Ou a não ser que se trate de um filho de pai pobre que necessita da ajuda do mesmo em seus afazeres, daí já é um caso à parte ou uma tradição de família neste caso. Em relação a dirigir, sei lá, ainda acho que nesta idade o jovem é mais suscetível à distração e isso acabar resultando em acidente, fora aquele sentimento característico de onipotência do jovem, que pode piorar a situação. Com relação ao voto, sim, também acho 20 anos uma idade mínima adequada mas... é aquela coisa, ainda tem certa imaturidade e vai tender a votar em candidatos mais radicais.

Os jovens são os mais suscetíveis à doutrinação ideológica. Por isso ainda prefiro idade mínima de 25 anos, para mitigar esse problema do jovem ser uma marionete ideológica partidária. E não só isso, mas também acho que além de a pessoa só dever votar a partir dos 25 anos, também acho que esta deveria ser a idade mínima para se eleger e se filiar em partidos políticos. Para mim políticos muito jovens já de cara são bem imaturos, tendem a um comportamento mais agressivo, muitas vezes com ideias radicais, vagas e agressivas associadas a chavões irritantes. Ou seja, não servem. O estado não deveria gastar dinheiro com adultos-adolescentes que romantizam demais e solucionam de menos as coisas. O Kim Kataguiri talvez fosse uma exceção a isso quando iniciou sua carreira, visto que ele, além de enfrentar firmemente socialistas, ele tinha fortes argumentos em seus discursos e muitos dos quais até concordava. E ele era bem diferente do tal Mamãe Falei, que também entrou jovem na política. Ao menos o Kim me pareceu desde sempre uma pessoa mais amadurecida, o que é ótimo pra mim.
Para mim, o ideal é o oposto, que comecem a trabalhar mais cedo. O número de aposentados tem só aumentado e a expectativa de vida também. Por isso, é necessário mais pessoas para sustentar a previdência social e o melhor jeito de fazer isso é colocando jovens fortes e saudáveis para trabalhar em vez de tornar o salário de aposentadoria miserável ou aposentar aos 70 anos.
Até pode trabalhar mais cedo, mas acredito que isso também poderia prejudicar o rendimento escolar, em ter que dividir horário de trabalho com horário em fazer as tarefas em casa. É um preço a se pagar. E outra, criança e adolescente necessitam de mais tempo de sono para desenvolver o corpo do que um adulto de 20 ou 30 anos. Precisam também de tempo para lazer. E o trabalho vai prejudicar esse desenvolvimento natural. Por isso preferiria que uma pessoa só começasse a trabalhar a partir dos 20 anos em empregos simples, pois até lá ela já teria o corpo e cérebro mais desenvolvidos para lidar com o trabalho. A partir dos 25 para técnico e a partir dos 30 para superior. Quanto mais idade a pessoa tem, mais maturidade tenderá a ter, e isso é algo positivo que falta muito no adolescente ou jovem adulto. Profissões de nível superior exigem uma pessoa de comportamento mais amadurecido, e uma pessoa já com 30 anos começando a trabalhar em tais áreas, ela já terá a maturidade necessária para lidar com as exigências de uma formação superior.

Com relação à aposentadoria, a tendência é que quanto maior for a vida média da população brasileira, maior será o tempo para se aposentar. Aposentar com 70 anos será inevitável para a maioria da minha e atual geração.
Já acho que a carga do sistema atual é grande e mesmo assim os alunos não aprendem direito. Aumentar a carga não vai melhorar a situação. Além disso, terá muito mais custos para o Estado. Se o estudante vai mexer com tubo de ensaio, microscópio e outras coisas, e então nunca mais vai mexer nisso depois de adulto, será perda de dinheiro. É preferível usar essa verba para abrir mais vagas no ensino superior para biólogo e engenheiro.
Com relação à carga horária, ela não precisaria ser aumentada. Por isso que acho que o aluno deve ficar mais anos na escola, não necessariamente mais horas num dia. A carga diária poderia diminuir um pouco, mas aumentar a quantidade de anos do aluno na escola, essa é a ideia! E com relação às disciplinas práticas, não precisa ser algo ao nível de uma faculdade, basta apenas ensinar o básico, para que o aluno tenha uma noção de como é a profissão de forma prática. No caso da química, aulas práticas poderiam ensinar coisas simples com substâncias encontradas no dia-a-dia. Não acho que isso vai sair tão caro. Poderia até ser uma forma de ensinar os alunos, por exemplo, a mexer com instrumentos que os façam aprender a cozinhar alimentos. Como disse, algo voltado às necessidades práticas do dia-a-dia, e não algo mirabolante de cientista maluco! :lol: No caso em se tratar de substâncias mais perigosas, somente o professor é quem deveria manusear e os alunos verem como é feito a certa distância.
Curso técnico e curso superior são mutualmente excludentes. O superior não depende do técnico. Cada um tem vagas diferentes. Hoje existe o problema sério do aluno fazer curso técnico e depois o superior. Isso joga fora a vaga do técnico, porque a pessoa será profissional do superior. A vaga do técnico seria reaproveitada por quem não conseguiu entrar no superior.
Bem... Nem todos têm condições em arcar com uma faculdade particular e passar numa pública no sistema brasileiro atual é difícil, então a maioria vai acabar ficando como técnico de qualquer forma.
Um curso privado de bairro é capaz de levar o aluno à fluência em 4 a 6 anos tendo 2 horas-aula por semana. Por que não incorporar isso na educação básica? Língua estrangeira não-inglesa, não vejo sentido a obrigatoriedade. Nunca tive que usar profissionalmente. Se a profissão exigir, é melhor que o aluno escolha se que aprender.
Com relação ao Inglês eu pensei em algo assim também, mas incluído na grade da escola. Ensinar nas escolas do jeito como se ensina, por exemplo, no Fisk ou CCAA, só que mais resumido porque é escola e não curso afinal. Com relação ao Espanhol eu apenas citei porque tive esta disciplina no colégio em que estudei, e porque o Espanhol é uma outra língua muito falada no ocidente. Chinês não deve ser ensinado porque a China merece ser isolada do mundo, por causa de suas agressões e por ser em parte culpada pela pandemia, em ter silenciado médicos que tentaram avisar meses antes da mesma acontecer pelo mundo.
Só cuidado para não criar aversão nos alunos. Muitos alunos odeiam literatura porque a obrigatoriedade no período escolar criou aversão neles.
A maneira como se ensina Literatura deveria ser diferente, menos teórica e mais voltada ao prático, em ensinar métodos para criar histórias e em incentivar alunos a criar pequenas histórias numa redação. Assim, seriam ensinados diferentes tipos de literatura, como popular, científica, religiosa, infantil, romance, técnica, etc. A cada tipo seriam dadas referências e a partir destas referências o aluno poderia seja criar uma pequena história ou mesmo simular um texto científico. Assim desde o período escolar o aluno já teria o básico da capacidade em escrever artigos científicos. Isso seria bem útil em várias áreas, incluindo algumas áreas em humanas. Nos primeiros anos de escola, a literatura estaria mais voltada à produção de pequenos textos de ficção (incentivando a criatividade). Nos últimos anos algo mais técnico e científico.

Aliás, quero deixar claro que em todas as disciplinas, nos primeiros anos de escola o ensino deve ser mais voltado à mentalidade infantil, enquanto nos últimos anos a uma mentalidade adulta. De que adianta ensinar escrever artigo científico para uma criança se ela nem vai se interessar por isso, não vai necessitar e se é mais vantajoso ensinar quando o aluno já estiver adulto? Sim, podem existir mais disciplinas, mas a maneira como elas são ensinadas deveria ser de acordo com a idade mental do ano em que o aluno está, e não ser algo maçante e do qual o aluno não vai compreender, o que seria inútil por sinal!
Se a pessoa não vai minerar lá, geografia extraterrestre é tão útil quanto geografia do Tadjiquistão.
Para o aluno terráqueo não, mas para o aluno marciano e lunar, sim! :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
Que jovem hoje não sabe mexer nessas coisas? Isso é aprendido automaticamente, por isso não vejo sentido.
Seria ensinado de uma forma mais profunda, como por exemplo em o aluno saber configurar arquivos de sistema. Seria como o resumo de um curso de informática. E não só computadores, mas em dar ao aluno uma noção de vários tipos de aparelhos, como os usados na indústria. Isso seria uma forma de dar ao aluno uma certa pré-capacitação ao trabalho técnico, antes dele fazer um curso específico. Seria até uma forma de introduzir ao aluno como é trabalhar em uma fábrica, radiologia, segurança do trabalho e diversas áreas técnicas em que se lida com aparelhos e maquinário, incluindo engenharia.
Deveria ser história até que ano? E como evitar que o que ocorreu em 2016 com Ban-Dilma não seja chamado de golpe? História é um tema muito complexo para crianças e jovens. Precisa-se de muita maturidade para entender. É fácil desenvolver romantização (como os aventureiros navegadores) e luta contra o mal (no caso de ditaduras e guerras). A sociedade e a política no presente já é difícil de entender. No passado é mais complicado ainda.
Questão interessante... No caso da história brasileira, até o último presidente que foi eleito e ir atualizando a medida que os governos passam. Na história contemporânea brasileira, a partir do século 20, os erros e acertos de cada governo por exemplo, independente da ideologia, de forma imparcial, de um ponto de vista puramente técnico e jamais ideológico. Com relação ao que aconteceu no passado distante, até o século 19, basta apenas introduzir ao aluno os eventos mais marcantes da história brasileira. Como haveria maior foco no ensino da história brasileira do que na mundial, haveria mais espaço para ensinar mais coisas sobre tal, sem precisar de detalhes irrelevantes para não ficar maçante. A história deveria ser ensinada acompanhada de coisas como vídeos para ficar mais interessante. Só o professor ditando o que aconteceu, muitas vezes, chega a dar sono. Teve uma aula sobre o período do absolutismo que estava tão chata em que quase dormi! :lol: Não, História para ser ensinada tem que ser algo mais envolvente, acompanhada de mídias digitais. Senão pode dar vontade de dormir.

Sobre o período militar, pode chamar seja de "contragolpe", "regime militar", "salvação contra comunismo", "ditadura militar" ou "dedo estrangeiro" que não me importo, desde que não se faça apelação ideológica.

Já sobre a Dilma, bem, na minha sincera opinião ela mereceu ser expulsa mesmo, era uma completa idiota e acredito que o Brasil teria estado pior com ela até o final do mandato, ponto.
O que eu estava pensando quando sugeri é que o trabalhador pode aprender a organizar finanças, saber negociar com o patrão e procurar novas empresas, para não depender de CLT. E também entender como um empreendedor pensa, saber conceitos de otimização e barateamento para que inspire empreendedorismo.
Ok, o que importa é que o aluno tenha esse tipo de conhecimento, não só quando vai estagiar ou na hora em que bater a necessidade.
Na minha época era chamado de "Formação humana e religiosa", mas não lembro de nada. A professora era o demônio e era muita enrolação e falatório.
Imagino como teria sido. Já tive aula de catequese e foi mais ou menos assim, pelo menos a professora Ruth não era rude. :lol: Assim, esse tipo de coisa deveria ser ensinada de uma forma mais, bem, se é para virtudes serem ensinadas, então deveria ter um profissional qualificado para esse tipo de ensino, quer dizer, alguém que de fato demonstre estas virtudes em frente aos alunos e exemplifique o civismo. Um militar poderia ensinar muito bem a questão do patriotismo e um policial o civismo, mas o religioso poderia demonstrar melhor a parte das virtudes, é o que acho.
Sou da cidade grande e nota zero em botânica...
Quando falo em botânica, me refiro mais na parte prática voltada para a agricultura, e não algo focado demais em angiospermas... :lol:
Se a criança não se interessa por vídeo sobre esse assunto por conta própria, ensinar obrigatoriamente na escola será perda de tempo.
A criança certamente não, mas há uma chance maior em o adulto se interessar por isso. Por isso essas coisas deveriam ser ensinadas mais a partir dos últimos anos do ginasial ou no começo do médio.

Entenda, há certos conteúdos que são mais adequados para crianças, enquanto outros são mais adequados para adultos. Ensinar teoria quântica para criança é o mesmo que falar com a parede.
Essa divisão de geração com esses nomes é válida só para os EUA. Cada país é sociologicamente diferente. O que tem de comum é a geração Z, por causa de redes sociais. Antes da Y, a sociedade brasileira e americana eram tão diferentes que não tem como usar essa nomenclatura. E tenho a impressão de que no Brasil, quem veio antes da Z se encaixa muito mais em Y americano do que X americano. No Brasil parece que começa mais tarde, mas com a era da rede social, a Z não atrasou e por isso a Y foi muito curta. O Brasil também é internamente muito mais diferente dos EUA. A cultura/sociologia entre os mais ricos e pobres é muito diferente e existe também diferenças geográficas.
Sobre essa parada de geração, apenas falei o que sei sobre tal. Afinal não sou um sociólogo para saber a fundo destas coisas. Gostaria muito de ver algum sociólogo dando uma solução prática e técnica para problemas na educação ou mesmo para a economia do ponto de vista social do que ficar ouvindo asneiras ideológicas e chavões sem nexo algum, o que é irritante.
Para crianças existe o problema da socialização e educação física. Mesmo assim, a socialização na escola é limitada porque só convivem com alunos da mesma idade. Mas é muito importante tenha essa opção. Municípios com poucos alunos e pessoas que moram em zona rural seriam beneficiadas com isso. Pessoas de áreas periféricas podem conseguir educação melhor via EAD do que a escola violenta local. A qualidade pode ser medida por avaliações semestrais do aluno para progredir na grade curricular.
Para cada população há uma necessidade e solução diferente, mas uma escola com boa infraestrutura e bons professores supera o resto.
Em relação à doutrinação, é melhor que a criança seja doutrinada pela família do que pelo estado. Mas Joel claramente no vídeo está defendendo a doutrinação globalista nas escolas. Primeiro ele fala da aberração de educação sexual e o que chama de combate a "preconceitos". Os únicos preconceitos sérios no Brasil são classismo e um pouco de racismo, e esse são os únicos a serem combatidos. Mas a cartilha ideológica ignora o classismo e exagera no racismo (demonizando o branco). O racismo deve ser combatido contra todas as raças, não só negros. Ainda sobre preconceitos, o Brasil nunca teve problemas coletivos de xenofobia. Então não precisa de educação. Mas países ricos que recebem hordas de imigrantes jamais deve combater a xenofobia, porque isso seria doutrinação para aceitar o invasor e danificar a própria nação.
Concordo com a doutrinação ser feita pela família ao invés do estado por meio da escola. Escola é para ensinar disciplinas e virtudes, não crenças ou ideologias! Sim, no Brasil acredito que o problema do classismo é pior até que o do racismo, já que aqui as pessoas são mais julgadas pela situação econômica do que pela cor de pele. E sim, racismo não é só contra negros, índios e orientais, o branco tem sofrido com isso também mas é tachado de racista se reclamar disso, o que é uma hipocrisia completa. Países que sofrem com imigração por causa de políticas ruins devem sim ter certa xenofobia, mesmo que seja na Alemanha. :roll:
E continuando a cartilha esquerdista, a questão de educação sexual, ideologia de gênero e preconceito contra minorias sexuais (gay, pedófilo, zoófilo, etc), para ser neutro, é questão puramente de princípios morais específicos. Se a família prega castidade e o estado prega luxúria/fornicação, quem está certo? Devido à falta de uma moral universal, se cada um tem sua opinião, o estado não deve impôr a visão globalista sobre as pessoas.
O que a escola tem que ensinar no máximo é um senso de tolerância independente das características do indivíduo. O que não pode acontecer é incentivar pessoas com certas tendências a fazer maldades.
E como comentei. Sou a favor de abolir geopolítica e história do ensino básico universal, porque abre brechas demais para doutrinação e vitimismo. Existe professorE FeministE que ensina que o passado era sempre machista, mas o que existia na prática era o oposto, porque a vida sempre foi mais difícil para homens. Escola não é lugar disso.
Também acho que a geopolítica deveria ser algo mais voltado a quem está se formando em Geografia, Sociologia ou Relações Internacionais. No caso da História, como disse, ela deve ser lecionada de forma imparcial, sem viés político. De forma como ela é contada não pelos atuais livros do MEC, mas sim através de documentos legítimos que contam como as coisas realmente aconteceram, do ponto de vista da época, não do ponto de vista da atualidade. Ensinar ao aluno história do ponto de vista da mentalidade da época daria a ele uma maior noção da realidade do passado do que através de um ponto de vista distorcido baseado na atualidade.

Ainda não abro mão em ensinar História, ao menos a brasileira, visto que é-me vergonhoso um povo não saber de sua própria história.
A Alemanha tem jovens qualificados e assim não ficam desempregados. Os alunos são divididos em percursos por aptidão após 10 anos. Isso é muito bom para evitar que um aluno faça curso técnico e depois o superior. Ele faz só um dos dois. A Alemanha tem curso separado para portadores de deficiência. O Brasil pretende fazer o oposto de misturar tudo, e isso é ruim, porque o aluno PNE acabará exigindo muito do professor e atrasando o resto da turma. As adaptações de acessibilidade custariam muito caro para uma pessoa só. Quando as PNE estão no mesmo lugar, é muito mais fácil e eficiente se adaptar a elas. Finlândia é outro bom exemplo. Mas lá, os professores não ganham tanto quanto imaginam ou como os corporativistas querem fazer aqui. Eles tem é valorização (status) enquanto no Brasil, aluno não respeita. O problema da educação brasileira é o método e organização e não as verbas. A Finlândia reduziu o período de escolaridade e a carga de aula.
Já vi uma youtuber falando sobre esse sistema na Alemanha e soube que ele tem recebido muitas críticas, que ele estigmatiza as pessoas com base em sua capacidade intelectual. No caso das escolas para deficientes, acho válido a existência delas, uma vez que uma escola normal não tem boa estrutura para dar suporte a tais e porque em tais elas sofrerão com muito mais preconceito do que em uma em que há outros como ela. Por falar nisso, eu mesmo já tive atraso de fala na infância e por alguns anos estudei em escolinhas para crianças deficientes, apesar de eu ter sido o mais normal entre os colegas (em não ter tido retardo de aprendizagem ou deficiência física). Mas mesmo assim esse foi um período bem marcante para mim até hoje, e de fato isso me influenciou a ter certa atração por pessoas com certos tipos de deficiência física mais tarde, quando já estava estudando em escolas normais. Como no caso da Finlândia ser aplicado no Brasil, até pode haver uma pequena redução da carga horária diária, mas ainda acho que o aluno deveria ficar mais anos na escola, para compensar essa redução.
Noções de tecnologia e digitalização já estão nas grades também, e é questão de tempo até ser padrão. Escola e informática já se relacionam, e muita coisa interessante pode ser feita com programação unida com matemática.
Você falou algo importante sem querer, mas vou me aprofundar aqui... É sobre a questão da interação de conhecimento entre disciplinas diferentes. Algumas disciplinas, obviamente, dependem de outras, como é o caso da Física que depende que o aluno saiba Matemática antes. Uma combinação entre Matemática e Informática poderia dar uma breve noção sobre programação. Daí mais tarde quando o aluno fizer um curso técnico ou mesmo uma faculdade, ele já vai ter alguma noção mais profunda sobre o mundo da informática e não vai ficar perdido boiando. Aliás, em um mundo em que a tecnologia é cada vez mais presente, cada vez mais será exigido das pessoas que elas saibam não só mexer em aparelhos, como também, talvez mais futuramente, em lidar com programação e análise de dados, por exemplo, a medida que as profissões vão se digitalizando cada vez mais.

Então acredito que uma relação entre disciplinas distintas para aplicações específicas seria um adicional interessante no período escolar, mesmo que isso só seja ensinado mais para o Ensino Médio. Aliás é melhor que essa combinação só seja ensinada no Ensino Médio, pois até lá, em meu esquema de disciplinas, o aluno já terá conhecimento suficiente para combinar conhecimentos de disciplinas distintas. E não só isso, mas seu cérebro já estará mais amadurecido para ser capaz de compreender estas associações mais complexas. Não precisa criar uma disciplina à parte para isso, pois isso pode ser feito dentro das disciplinas que disponibilizei, em que isso seria mais útil talvez para Física e Técnica, e talvez para mais algumas outras que necessitem de conhecimento integrado.
A previsão que fazem para o futuro é que as pessoas, como profissional de qualquer área ou no dia-a-dia, farão programação em vários aplicativos. O profissional de TI será responsável por construir essas ferramentas e a desenvolver sistemas complexos de inteligência artificial com aprendizagem de máquina. Mas o Brasil não parece evoluir. A programação manual repetitiva ainda é feita pelo profissional de TI (usando tecnologia estrangeira) e o resto das pessoas continuam tendo medo da programação básica.
É justamente por isso que a disciplina Técnica vejo como necessária, para preparar novos cérebros a terem esse tipo de capacitação e talvez em através disso... o Brasil evoluir mais um pouco!
Educação sexual não é estimular crianças a praticar zoofilia, pelamordedels. É ensinar como o corpo mamífero funciona e se prevenir de doenças e gravidez indesejada. Eu já presenciei absurdos sendo cometidos por casais de namorados (adolescentes) filhos de carolas moralistas. Coisas que 5 min de explicação resolveriam. Na escola você aprende a conviver com o diferente também, e isso envolve aprender a respeitar pessoas, inclusive garotos efeminados.
Se é para ensinar como o corpo funciona e a se prevenir doenças, tá, mas... sem gayzismo, por favor! :lol: Ela até pode explicar sobre certas parafilias e conduta sexual, mas desde que não incentive estas coisas. Afinal, estas coisas são meramente desvios sexuais, incluindo a homossexualidade, não são coisas das quais o corpo humano foi feito. Falar sobre conduta sexual e parafilia estaria em algo que acredito estar mais adequado na Psicologia e Psiquiatria. A não ser se tivesse alguma disciplina que fizesse uma introdução à psicologia humana, daí acho que seria um espaço melhor para estas questões de parafilia e conduta sexual, do que na Educação Sexual. Sobre essa questão de tolerância a gays, isso poderia ser ensinado na Educação Moral e Cívica, já que é uma disciplina que se trata de ensinar virtudes. Não algo voltado a uma religião, mas algo... laico!

Outra coisa... Na parte em que se ensina empreendedorismo, o Marketing Digital deveria ter uma boa relevância, já que muita gente hoje, sem emprego ou que ganha pouco, está se virando com isso!

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

Matriz curricular do novo ensino médio:
Anexos
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Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Ter, 24 Maio 2022 - 23:31 pm
Acho 14 anos um pouco cedo demais. Como uma criançona vai ter maturidade para trabalhar?
Antigamente os jovens não eram malandros assim. Era perfeitamente possível para um jovem trabalhar em vários tipos de empregos que não exigem responsabilidade e risco de adulto malicioso enganando. O problema é cultural. Por isso, a educação básico poderia mudar a mentalidade deles.
Os jovens são os mais suscetíveis à doutrinação ideológica. Por isso ainda prefiro idade mínima de 25 anos, para mitigar esse problema do jovem ser uma marionete ideológica partidária.
Sim. Mas de onde vem a fonte de doutrinação hoje?
O Kim Kataguiri talvez fosse uma exceção a isso quando iniciou sua carreira, visto que ele, além de enfrentar firmemente socialistas, ele tinha fortes argumentos em seus discursos e muitos dos quais até concordava. E ele era bem diferente do tal Mamãe Falei, que também entrou jovem na política.
Ele é igual os jovens doutrinados. A diferença é que é direitista em vez de esquerdista.
A partir dos 25 para técnico e a partir dos 30 para superior.
Com que idade deveria se casar?

Muitas famílias pobres esperam o filho chegar aos 18 para poder finalmente trabalhar.
E muita gente tem filho antes dos 30.
Quem começou a trabalhar recentemente ainda não tem pé de meia para construir uma família.
Aposentar com 70 anos será inevitável para a maioria da minha e atual geração.
O problema é ter forças para trabalhar entre 60 e 70 anos.

Além disso, está tendo diminuição populacional e a maior parte da população será idosa.
Com relação à carga horária, ela não precisaria ser aumentada. Por isso que acho que o aluno deve ficar mais anos na escola, não necessariamente mais horas num dia.
Isso exigirá aumento nos impostos...
Com relação ao Espanhol eu apenas citei porque tive esta disciplina no colégio em que estudei, e porque o Espanhol é uma outra língua muito falada no ocidente.
Poderia ser opcional e público para todas as idades. Você tem menos de 20 anos e não quer saber de Espanhol e termina o ensino médio. Então os interesses mudam aos 24 e seria bom poder fazer Espanhol. Outros poderão querer Alemão ou Francês, que não é ofertado no ensino público.
Chinês não deve ser ensinado porque a China merece ser isolada do mundo, por causa de suas agressões e por ser em parte culpada pela pandemia, em ter silenciado médicos que tentaram avisar meses antes da mesma acontecer pelo mundo.
Aqui é um ponto de ideologia. Se o chinês se tornar a língua mais importante do mundo e substituir o inglês?

Se eu for aplicar minha própria ideologia, eu baniria inglês, que é uma língua de som feio e toda quebrada, e adotaria o Esperanto, que representa nenhum país em particular. Inglês é a língua de países imperialistas (EUA, império britânico) que fizeram muito mal ao mundo no passado (mais do que a China). Só usamos isso por causa da imposição imperialista, não porque gostamos. Se minha opinião contra o inglês não faz sentido, banir o chinês também não faz sentido.
Entenda, há certos conteúdos que são mais adequados para crianças, enquanto outros são mais adequados para adultos. Ensinar teoria quântica para criança é o mesmo que falar com a parede.
Ensinar história e sociologia para crianças e adolescentes é algo parecido, porque eles não tem discernimento.

Também é falar com a parede ensinar teoria quântica para adultos. É mais uma questão de ter estudado pré-requisitos (química, física nucelar, matemática) do que idade.
Sobre o período militar, pode chamar seja de "contragolpe", "regime militar", "salvação contra comunismo", "ditadura militar" ou "dedo estrangeiro" que não me importo, desde que não se faça apelação ideológica.
Tem que falar a verdade: não havia ameaça comunista até o golpe, Jango não era comunista, os militares fizeram o mesmo nacional-desenvolvimentisto que JK e Getúlio fizeram, o exército falhou miseravelmente em prevenir sabotagem de estrangeiro, só quem criticava o governo era perseguido (a população geral nem viu diferença).
https://super.abril.com.br/especiais/21 ... a-militar/
Também acho que a geopolítica deveria ser algo mais voltado a quem está se formando em Geografia, Sociologia ou Relações Internacionais. No caso da História, como disse, ela deve ser lecionada de forma imparcial, sem viés político. De forma como ela é contada não pelos atuais livros do MEC, mas sim através de documentos legítimos que contam como as coisas realmente aconteceram, do ponto de vista da época, não do ponto de vista da atualidade. Ensinar ao aluno história do ponto de vista da mentalidade da época daria a ele uma maior noção da realidade do passado do que através de um ponto de vista distorcido baseado na atualidade.

Ainda não abro mão em ensinar História, ao menos a brasileira, visto que é-me vergonhoso um povo não saber de sua própria história.
A forma de ensinar teria que mudar radicalmente, para remover os vieses e teorias da conspiração.

Mas governos como Getúlio e os que vieram a partir de FHC tendem a dividir opinião demais. Então é muito difícil tirar o viés.
Titoff escreveu:
Ter, 24 Maio 2022 - 21:45 pm
Educação sexual não é estimular crianças a praticar zoofilia, pelamordedels.

É ensinar como o corpo mamífero funciona e se prevenir de doenças e gravidez indesejada.
Sistema reprodutor já é ensinado há décadas em biologia, de maneira científica, sem maldade. Na minha época, os alunos tinham muito mais "maldade" do que o conteúdo. O problema é introduzir coisas como ideologia de gênero e incentivo ao sexo.

Antigamente, a criançada começava com boquete aos 15 e sexo aos 17, e os adultos ficavam horrorizados. Hoje está mais precoce. Mas incentivar sexo para menores de 13 anos (meninos sem ereção e meninas sem menstruação) é claramente pedofilia. Se a criança deve passar por um "ritual de iniciação" como várias culturas fazem, é melhor que seja longe da educação pública.

Na questão de gênero, ensinam que hétero não é o default e sim construção cultural, que gênero pode ser alterado e escolhido, e que as orientações alternativas são simétricas. Estatísticas feitas por meio de entrevista dizem que 20% dos jovens americanos respondem que são homossexuais, e isso é muito acima da realidade.

O assunto é tão específico quanto estudar condições físicas e psicológicas diferentes, como celíacos, síndrome do pânico, autismo, etc. São coisas muito específicas para a educação básica. A escolha somente da homossexualidade é puramente ideológica. Uma pessoa tem milhares de adjetivos, e "diversidade" sexual é só uma delas.
Eu já presenciei absurdos sendo cometidos por casais de namorados (adolescentes) filhos de carolas moralistas. Coisas que 5 min de explicação resolveriam.
O que seria absurdo?
Para um conservador, eu entendo. Mas e para um liberal?

Existe zoofilia sem crueldade com animais, pedofilia sem estupro, sodomia higienizada e incesto. Isso é absurdo para mim, mas estou tentando buscar um ponto de vista neutro. Mas porque a escola deveria falar dessas coisas bizarras?
Na escola você aprende a conviver com o diferente também, e isso envolve aprender a respeitar pessoas, inclusive garotos efeminados.
Não necessariamente. Existem colégios religiosos.

E muitas escolas costumam ter segregação na turma feita pelos próprios alunos.

E as gangues de bandidos que matam gays nas ruas de noite, são os mesmos que matam mendigos e homens frangotes. Não é um problema de lei ou educação, porque eles continuarão fazendo isso de qualquer jeito. É falta de policiamento e de câmeras de vigilância. Tirando esses casos, não há outros assassinatos motivados por homofobia.

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Meu colégio teve uma ótima educação contra as drogas por conta própria. Não ensinou como elas funcionam biologicamente, mas ensinou como elas destroem vidas. Por isso, sou a favor de que isso seja ensinado na escola, porém estou impondo minha moral pessoal. Mas como ficaria na moral neutra? Só se for falando nada.

Talvez a melhor solução é deixar as aulas de educação sexual e educação contra drogas opcionais, mostrar o conteúdo aos pais e deixar que eles escolham quais conteúdos devem ser ensinados ao filho. Seria mais justo e sem doutrinação vinda do estado.
f0rest2.0 escreveu:
Qua, 25 Maio 2022 - 17:46 pm
Matriz curricular do novo ensino médio:
Não vejo sentido ter sociologia no ensino médio, mas economia não. Na minha época não tinha. Sociólogos famosos frequentemente são ignorantes em economia. A sociologia hoje tem muito viés de esquerda.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

Tutu escreveu:
Qua, 25 Maio 2022 - 19:28 pm
Não vejo sentido ter sociologia no ensino médio, mas economia não. Na minha época não tinha. Sociólogos famosos frequentemente são ignorantes em economia. A sociologia hoje tem muito viés de esquerda.
Eu já penso que deveria ter ambos. Em questão de posicionamento político, nada de ruim em ter história da sociologia e os sociólogos clássicos - como Durkheim e Lévi-Strauss - e naturalmente surge o direcionamento para escolas específicas, que o aluno se identificou mais. Também debater temas da sociologia. No molde da educação, a sociologia se retifica mais na questão de apresentar a integração do indivíduo no social.
Economia deveria ser padrão, pois está latente de maneira mundial que aqueles que a dominam, não tem interesse em que os outros saibam com ela funciona. Então história da economia cairia bem no ensino médio.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Antigamente os jovens não eram malandros assim. Era perfeitamente possível para um jovem trabalhar em vários tipos de empregos que não exigem responsabilidade e risco de adulto malicioso enganando. O problema é cultural. Por isso, a educação básico poderia mudar a mentalidade deles.
Nunca fui a favor de criança e adolescente trabalhar, porque a pessoa tem que dividir o tempo de trabalho com o tempo de estudo e lazer. Esse negócio de adolescente trabalhar é meramente consequência da pobreza que ainda assola o país, da necessidade do pai pobre ter que botar o filho para vender bala na rua, coisa da qual não existe a mínima dignidade, pois é praticamente o mesmo em dizer que há dignidade em dormir debaixo de um viaduto. Não vejo dignidade alguma adolescente trabalhando. Mas infelizmente isso acaba sendo inevitável, por causa da maior parte da população brasileira ser carente. Sobre o mercado de trabalho exigir pessoas mais jovens trabalhando, só tenho a lamentar com isso. Isto é, o mercado de trabalho nesse sentido é idiota e ineficiente, botando pessoas imaturas e sem preparo para trabalhar, só porque é mais "produtivo". Mas daí eu digo... Como uma pessoa imatura e sem preparo vai ser mais produtiva do que uma pessoa que teve mais tempo de estudo e com maior preparo? A não ser se for para empregos simples que não exigem esforço cerebral. Trabalhar em tais empregos a partir dos 20 anos não vejo problema, mas antes dessa faixa de idade sim, junto com esse negócio de terminar escola aos 18 anos, que é um ponto negativo do atual sistema de ensino.
Ele é igual os jovens doutrinados. A diferença é que é direitista em vez de esquerdista.
Ao menos ele apresenta os problemas e soluções por um viés técnico e lógico, coisa que um esquerdista é incapaz de fazer. :lol:
Com que idade deveria se casar?
Vou ser bem sincero sobre essa questão... A partir dos 25 anos. Se casar mais cedo do que isso há uma chance maior do relacionamento dar errado ou mesmo em acabar com mães solteiras, porque essa fase de jovem adulto ainda é bastante suscetível a relacionamentos instáveis e imaturidade emocional para lidar com questões sérias da vida. Antigamente as pessoas se casavam muito mais cedo, mas a medida que as gerações passam e as pessoas ficam cada vez mais dependentes dos pais e do conforto tecnológico, a maturidade emocional cai e cada vez se torna mais necessário adiar a idade ideal para se casar, para que haja uma família que dê mais certo, além de até lá haver maior chance em o casal ter uma situação financeira mais estável para sustentar o casamento e filhos. E outra, geralmente filhos de mães solteiras tendem a se tornarem homossexuais, ainda mais se o filho herdar isso da mãe. No caso da filha, por ela não ter referência masculina no lar, pela falta da presença masculina ela não desenvolverá afeto "sexual" ao pai, o que vai meio que impedir que a filha desenvolva atração por homens mais tarde. No caso do filho, ele vai acabar se afeminando por ter só a mãe como referência, sem uma presença masculina, que o eduque a se comportar como homem de fato.

Famílias incompletas sem a presença masculina são geradoras potenciais de filhos com transtornos comportamentais ligados à sexualidade.
Muitas famílias pobres esperam o filho chegar aos 18 para poder finalmente trabalhar. E muita gente tem filho antes dos 30. Quem começou a trabalhar recentemente ainda não tem pé de meia para construir uma família.
Famílias pobres sempre vão ser as mais prejudicadas e não há nada que governo algum possa para mudar isso. Só saindo da pobreza ou nascendo em uma família de mais alta renda. Pra mim quem faz filho antes dos 25 anos é um baita irresponsável sem noção de realidade e terá que arcar com suas ações, mesmo que isso termine em ruína. Sem noção de realidade em relação à realidade do mundo atual. Ignorante sempre vai se ferrar e está destinado a isso. Sobre esperar chegar aos 18 para trabalhar, não teria como esperar mais 2 anos, dentro de um sistema mais eficiente do que essa bosta que é feita voltada ao vestibular?
O problema é ter forças para trabalhar entre 60 e 70 anos.
Se a minha geração e a atual viver mais tempo do que a geração X e anteriores, então há uma chance em tais aguentarem até os 70. Aliás, já vi em vida muitos profissionais de idade mais avançada, então impossível não é. Eu acho assim... Pessoas que trabalham em empregos que exigem trabalho braçal deveriam se aposentar um pouco mais cedo do que pessoas que trabalham sentadas confortavelmente numa sala com ar condicionado. Ao menos eu acho isso bem mais justo do que o contrário. O cara passa a vida trabalhando desgastando o corpo com trabalho manual enquanto o outro só fica sentado em frente a um computador. Então é assim... Não é que todos devam se aposentar só com 70 anos. Poderia ser desse jeito... O cara que começa trabalhando aos 20 ou 25 anos em empregos simples ou técnicos poderia se aposentar mais cedo que aquele que trabalha a partir dos 30 em nível superior, já que na maioria dos casos pessoas que trabalham em áreas de nível superior trabalham em condições mais confortáveis do que aquelas que trabalham em áreas de nível fundamental ou médio.
Isso exigirá aumento nos impostos...
Você pegou num ponto curioso... Essa é uma das poucas situações das quais não me importaria em haver um aumento de imposto, já que se trata de preparar e formar melhor as pessoas para a vida.
Poderia ser opcional e público para todas as idades. Você tem menos de 20 anos e não quer saber de Espanhol e termina o ensino médio. Então os interesses mudam aos 24 e seria bom poder fazer Espanhol. Outros poderão querer Alemão ou Francês, que não é ofertado no ensino público.
Também acho que outras línguas além do inglês deveriam ser opcionais e não obrigatórias. O tempo que você aprende espanhol poderia ser preenchido por outra disciplina mais importante. Aulas de outras disciplinas além do inglês deveriam ser extracurriculares, que nem aprender libras na faculdade.
Aqui é um ponto de ideologia. Se o chinês se tornar a língua mais importante do mundo e substituir o inglês?
Isso jamais vai acontecer, por questão cultural e neurológica. Se uma pessoa desde pequena aprende um padrão de língua ocidental, ela terá muita dificuldade em aprender depois línguas que estão fora deste padrão como árabe, mandarim, japonês e coreano. Pois são línguas em que você tem que decifrar milhares de caracteres, além da estrutura fonética ser muito distinta, especialmente no mandarim. Pela complexidade e grotesca diferença da estrutura do mandarim ao português e inglês, haverá sempre uma grande barreira linguística entre idiomas ocidentais e orientais. A não se todos começarem a aprender falar Esperanto. Fora isso, creio que não. Mas ainda assim o Esperanto se baseia mais na fonética e gramática dos idiomas ocidentais, então creio que ainda assim não fará muita diferença. Ou seja... chinês é quase como um ser de outro planeta mesmo. A língua é radicalmente diferente. A cultura, crença e mentalidade idem. Por causa destas imensas diferenças, por mais que a economia chinesa ou japonesa cresça, o mundo ocidental continuará preferindo Inglês ou Espanhol. O mundo ocidental e oriental foram feitos para viverem separados e segregados, não unidos. São mutuamente incompatíveis. Eles que vivam em paz lá e nós em paz aqui, é o melhor.
Ensinar história e sociologia para crianças e adolescentes é algo parecido, porque eles não tem discernimento.
Olha, eu até entendo que crianças geralmente não se interessam por fatos fora da bolha de realidade em que elas vivem. História para crianças deve ser algo bem simplório. Nem precisaria ensinar datas, apenas os nomes e lugares dos principais eventos e só. A medida que os anos forem passando e o aluno for se tornando mais adulto, aí sim é que a história poderia realmente ser ensinada com mais detalhes, porém mais focada na brasileira. Como eu disse, a forma de ensino deve respeitar a faixa de idade relacionada ao ano em que o aluno está cursando. Pegar leve no começo para não traumatizar, mas depois cobrar ao menos o básico da história brasileira.
Também é falar com a parede ensinar teoria quântica para adultos. É mais uma questão de ter estudado pré-requisitos (química, física nucelar, matemática) do que idade.
A maneira como teoria quântica e relatividade devem ser ensinadas deve ser de forma superficial e simplificada. Mais como uma introdução ao mundo da física. Não precisa ficar entrando em detalhes que geralmente só físicos são capazes de compreender. Afinal a educação básica não é para formar físicos, e sim para introduzir a física teórica com um pouco da prática. Não precisa se resumir em resolver problemas matemáticos, mas também não precisa ser algo teoricamente mirabolante. Por exemplo, na física quântica, fazer uma breve abordagem sobre a fenda dupla e os fenômenos de entrelaçamento quântico e partículas subatômicas ou um pouquinho sobre as cordas e antimatéria. No caso da física eletrônica, fazer uma breve abordagem sobre circuitos elétricos. Na física óptica, o básico sobre interação da luz com a matéria (lentes e prisma) e um pouco sobre eletromagnetismo em geral (ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios-X e raios gama). E sobre física mecânica, o basicão sobre Newton e Einstein.

Sobre a educação sexual, acho totalmente desnecessária na escola. A pessoa poderia fazer um breve curso sobre isso se interessar a ela. Afinal já aprendemos sobre sistema reprodutor na Biologia mesmo...
Não vejo sentido ter sociologia no ensino médio, mas economia não. Na minha época não tinha. Sociólogos famosos frequentemente são ignorantes em economia. A sociologia hoje tem muito viés de esquerda.
Também não vejo sentido algum nisso. Mas em relação à filosofia, como disse, tem que ser algo mais prático do que ficar aprendendo sobre Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant, Hegel ou Nietzsche. Deve ser algo mais voltado a desenvolver no aluno, desde cedo no primário e ginásio, o pensamento lógico e abstrato e no ensino médio uma breve abordagem sobre epistemologia, crítica e reflexão sobre problemas sociais. E basta.

Se quiser se tornar um especialista em Platão, Hegel ou Kant, vá fazer filosofia então, mas não precisa disso na educação básica não!
Eu já penso que deveria ter ambos. Em questão de posicionamento político, nada de ruim em ter história da sociologia e os sociólogos clássicos - como Durkheim e Lévi-Strauss - e naturalmente surge o direcionamento para escolas específicas, que o aluno se identificou mais. Também debater temas da sociologia. No molde da educação, a sociologia se retifica mais na questão de apresentar a integração do indivíduo no social.
Se for para ensinar Sociologia na escola, acredito que seria mais interessante ensinar ao aluno sobre as gerações brasileiras desde a primeira que se tem notícia até a atual, respeitando a mentalidade e ponto de vista de cada geração em sua própria época, além de ensinar um pouco sobre a estrutura da sociedade atual, mas sem viés ideológico metido nisso. Pode até fazer uma abordagem sobre os princípios da Sociologia, desde que o princípio marxista não seja ensinado, visto que isso se tornou uma erva daninha na educação brasileira. O que deveria ser ensinado em Sociologia não é política, e sim sobre a sociedade em si e em como o indivíduo está integrado nela. E basta.
Economia deveria ser padrão, pois está latente de maneira mundial que aqueles que a dominam, não tem interesse em que os outros saibam com ela funciona. Então história da economia cairia bem no ensino médio.
Também acho. Deveria até ter um foco maior em Economia no Ensino Médio do que Filosofia e Sociologia até. Economia é tão importante quanto aprender matemática hoje em dia! Deveria haver uma disciplina que unificasse empreendedorismo com economia e matemática financeira, como sugeri na lista. Marketing Digital deveria ser um dos principais focos práticos em tal disciplina.

Para terminar, acredito que nem todos os conteúdos das disciplinas que botei na minha lista deveriam ser cobrados em provas, somente os mais essenciais! Afinal de contas, acredito que o ensino básico não deveria ser maçante ou traumatizante, mas de forma que incentive e estimule o aluno a se interessar pelo conhecimento, e não através de ameaças de reprovação!

Quando falo sobre não poder haver influência ideológica nas disciplinas, me refiro tanto ao progressismo quanto ao positivismo.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Qua, 25 Maio 2022 - 21:13 pm
Sobre o mercado de trabalho exigir pessoas mais jovens trabalhando, só tenho a lamentar com isso. Isto é, o mercado de trabalho nesse sentido é idiota e ineficiente, botando pessoas imaturas e sem preparo para trabalhar, só porque é mais "produtivo". Mas daí eu digo... Como uma pessoa imatura e sem preparo vai ser mais produtiva do que uma pessoa que teve mais tempo de estudo e com maior preparo? A não ser se for para empregos simples que não exigem esforço cerebral.
Imaturo e irresponsável sim, mas não necessariamente mais burro.
Vou ser bem sincero sobre essa questão... A partir dos 25 anos.
Se a pessoa termina a escolarização aos 25 anos ainda precisará de tempo para ter boa situação financeira.
E outra, geralmente filhos de mães solteiras tendem a se tornarem homossexuais, ainda mais se o filho herdar isso da mãe. No caso da filha, por ela não ter referência masculina no lar, pela falta da presença masculina ela não desenvolverá afeto "sexual" ao pai, o que vai meio que impedir que a filha desenvolva atração por homens mais tarde. No caso do filho, ele vai acabar se afeminando por ter só a mãe como referência, sem uma presença masculina, que o eduque a se comportar como homem de fato.

Famílias incompletas sem a presença masculina são geradoras potenciais de filhos com transtornos comportamentais ligados à sexualidade.
Família incompleta tende a levar crianças a problemas psicológicos, mas nenhum deles é desvio sexual.

Dizem que filhas sem pai tende a ser promíscua, por causa da forma como aprende a enxergar a figura masculina. Assim podem virar abortista ou mãe solteira, ou solteirona alcoólatra.

No caso do menino sem pai, a situação é muito pior. Primeiro temos que distinguir invirilidade de homossexualismo. Antes da década de 1970, gays eram homens normais, sem chatura feliz brilhante colorida e vozinha. Eles apenas tinham aquela "prática" na vida íntima e ninguém desconfiava. O gay arco-íris é construção social. Homossexualismo natural é algo aleatório de nascença e não de criação (a doutrinação que torna jovens héteros em gays é muito recente). Virilidade é ser cabra macho, corajoso, vencedor, que sabe cuidar do que é importante, influente e respeitado. É possível ser gay viril (existe muito general gay). Então, o grande problema de filhos sem pai é que ele tende a ser hétero marica, sem virilidade, nojento aos olhos femininos, chorão e sem autoestima. Não tem o pai para educar e acaba imitando a mãe e sendo mimado por ela.
Famílias pobres sempre vão ser as mais prejudicadas e não há nada que governo algum possa para mudar isso. Só saindo da pobreza ou nascendo em uma família de mais alta renda. Pra mim quem faz filho antes dos 25 anos é um baita irresponsável sem noção de realidade e terá que arcar com suas ações, mesmo que isso termine em ruína. Sem noção de realidade em relação à realidade do mundo atual. Ignorante sempre vai se ferrar e está destinado a isso.
O casal pobre de 25 ou 35 anos terá dificuldade de criar filho do mesmo jeito. O mais importante é um emprego durável.
Mas em relação à filosofia, como disse, tem que ser algo mais prático do que ficar aprendendo sobre Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant, Hegel ou Nietzsche. Deve ser algo mais voltado a desenvolver no aluno, desde cedo no primário e ginásio, o pensamento lógico e abstrato e no ensino médio uma breve abordagem sobre epistemologia, crítica e reflexão sobre problemas sociais. E basta.
Sim. Empurrar um autor é difícil para muitos ingerir, principalmente por interesse. Eu pessoalmente prefiro filosofia prática, com efeito direto no cotidiano, religião, ética ou sociedade, a ideias filosóficas abstratas pré-estabelecidas pelos antigos.
Se for para ensinar Sociologia na escola, acredito que seria mais interessante ensinar ao aluno sobre as gerações brasileiras desde a primeira que se tem notícia até a atual, respeitando a mentalidade e ponto de vista de cada geração em sua própria época, além de ensinar um pouco sobre a estrutura da sociedade atual, mas sem viés ideológico metido nisso. Pode até fazer uma abordagem sobre os princípios da Sociologia, desde que o princípio marxista não seja ensinado, visto que isso se tornou uma erva daninha na educação brasileira. O que deveria ser ensinado em Sociologia não é política, e sim sobre a sociedade em si e em como o indivíduo está integrado nela.
Acredito que os sociólogos clássicos mencionados (Durkheim e Lévi-Strauss) ensinam técnicas para analisar a sociedade e assim o aluno pode tirar conclusões por conta própria. O analista usa para o bem ou para o mal.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Fernando Silva
Conselheiro
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Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am

Mensagem por Fernando Silva »

nuker escreveu:
Qua, 25 Maio 2022 - 21:13 pm
O problema é ter forças para trabalhar entre 60 e 70 anos.
Se a minha geração e a atual viver mais tempo do que a geração X e anteriores, então há uma chance em tais aguentarem até os 70. Aliás, já vi em vida muitos profissionais de idade mais avançada, então impossível não é. Eu acho assim... Pessoas que trabalham em empregos que exigem trabalho braçal deveriam se aposentar um pouco mais cedo do que pessoas que trabalham sentadas confortavelmente numa sala com ar condicionado. Ao menos eu acho isso bem mais justo do que o contrário. O cara passa a vida trabalhando desgastando o corpo com trabalho manual enquanto o outro só fica sentado em frente a um computador. Então é assim... Não é que todos devam se aposentar só com 70 anos. Poderia ser desse jeito... O cara que começa trabalhando aos 20 ou 25 anos em empregos simples ou técnicos poderia se aposentar mais cedo que aquele que trabalha a partir dos 30 em nível superior, já que na maioria dos casos pessoas que trabalham em áreas de nível superior trabalham em condições mais confortáveis do que aquelas que trabalham em áreas de nível fundamental ou médio.
Não é só questão de falta de força física, é também de desgaste psicológico.
Eu trabalhei com muito entusiasmo por uns 20 anos, mas depois só continuei porque precisava do dinheiro.
Comecei a contar os dias para me aposentar e hoje não sinto a menor falta daquela rotina.

Mas é claro que muita gente trabalha até morrer porque gosta e, dependendo do ramo de negócios, sua experiência pode ser um fator positivo.
Já em outros, como no meu, a pessoa fica obsoleta cedo se não ficar continuamente se atualizando com cursos e treinamentos. E isto também é desgastante: você estuda, estuda e, anos depois, tem que jogar fora e começar a estudar de novo.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Titoff
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Registrado em: Ter, 17 Março 2020 - 11:47 am

Mensagem por Titoff »

Tutu escreveu:
Qua, 25 Maio 2022 - 19:28 pm
Titoff escreveu:
Ter, 24 Maio 2022 - 21:45 pm
Educação sexual não é estimular crianças a praticar zoofilia, pelamordedels.

É ensinar como o corpo mamífero funciona e se prevenir de doenças e gravidez indesejada.
Sistema reprodutor já é ensinado há décadas em biologia, de maneira científica, sem maldade. Na minha época, os alunos tinham muito mais "maldade" do que o conteúdo. O problema é introduzir coisas como ideologia de gênero e incentivo ao sexo.

Antigamente, a criançada começava com boquete aos 15 e sexo aos 17, e os adultos ficavam horrorizados. Hoje está mais precoce. Mas incentivar sexo para menores de 13 anos (meninos sem ereção e meninas sem menstruação) é claramente pedofilia. Se a criança deve passar por um "ritual de iniciação" como várias culturas fazem, é melhor que seja longe da educação pública.

Na questão de gênero, ensinam que hétero não é o default e sim construção cultural, que gênero pode ser alterado e escolhido, e que as orientações alternativas são simétricas. Estatísticas feitas por meio de entrevista dizem que 20% dos jovens americanos respondem que são homossexuais, e isso é muito acima da realidade.

O assunto é tão específico quanto estudar condições físicas e psicológicas diferentes, como celíacos, síndrome do pânico, autismo, etc. São coisas muito específicas para a educação básica. A escolha somente da homossexualidade é puramente ideológica. Uma pessoa tem milhares de adjetivos, e "diversidade" sexual é só uma delas.
Eu já presenciei absurdos sendo cometidos por casais de namorados (adolescentes) filhos de carolas moralistas. Coisas que 5 min de explicação resolveriam.
O que seria absurdo?
Para um conservador, eu entendo. Mas e para um liberal?

Existe zoofilia sem crueldade com animais, pedofilia sem estupro, sodomia higienizada e incesto. Isso é absurdo para mim, mas estou tentando buscar um ponto de vista neutro. Mas porque a escola deveria falar dessas coisas bizarras?
Na escola você aprende a conviver com o diferente também, e isso envolve aprender a respeitar pessoas, inclusive garotos efeminados.
Não necessariamente. Existem colégios religiosos.

E muitas escolas costumam ter segregação na turma feita pelos próprios alunos.

E as gangues de bandidos que matam gays nas ruas de noite, são os mesmos que matam mendigos e homens frangotes. Não é um problema de lei ou educação, porque eles continuarão fazendo isso de qualquer jeito. É falta de policiamento e de câmeras de vigilância. Tirando esses casos, não há outros assassinatos motivados por homofobia.

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Meu colégio teve uma ótima educação contra as drogas por conta própria. Não ensinou como elas funcionam biologicamente, mas ensinou como elas destroem vidas. Por isso, sou a favor de que isso seja ensinado na escola, porém estou impondo minha moral pessoal. Mas como ficaria na moral neutra? Só se for falando nada.

Talvez a melhor solução é deixar as aulas de educação sexual e educação contra drogas opcionais, mostrar o conteúdo aos pais e deixar que eles escolham quais conteúdos devem ser ensinados ao filho. Seria mais justo e sem doutrinação vinda do estado.
Não, não. O absurdo era um casal de adolescentes (a garota 14 e o cara 15) que antes de transar, como "prevenção," dividiam ao meio um anticoncepcional e cada um tomava a metade antes do ato. Acho que viram que a pílula tinha essa divisão e acharam que era para isso.

As aulas de biologia eram bem técnicas, nunca falando em como métodos contraceptivos funcionavam, ou detalhes de como doenças são transmitidas via sexo.

De duas turmas, ao menos três garotas já tinham engravidado entre 8a série e ensino médio, mas pelo menos a moral e os bons costumes foram respeitados em sala de aula, sem doutrinação do estado, né?

Além disso, em sala de aula sempre haverá crianças que vão se comportar como um bando de animais se você deixar rolar. Cabe a escola não deixar que eles humilhem alguém por ser efeminado, ou por ser mais escuro, ou por ser judeu, ou por não ter pernas, etc. Educação e repressão se necessário, sim.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Além disso, em sala de aula sempre haverá crianças que vão se comportar como um bando de animais se você deixar rolar. Cabe a escola não deixar que eles humilhem alguém por ser efeminado, ou por ser mais escuro, ou por ser judeu, ou por não ter pernas, etc. Educação e repressão se necessário, sim.
Por isso que uma educação moral e cívica é importante, desde que isso não se resuma apenas ao aspecto religioso ou patriota. Acredito que essa disciplina deveria se focar mais na questão das virtudes e civismo em relação a um aspecto religioso (que não deveria ter pois o ideal seria de uma forma laica) e militar. Em desde o primário isso ser ensinado desta forma e não como doutrinação militar ou religiosa.

Sobre a questão sexual, acredito que seria interessante ensinar isso em biologia (como se prevenir de engravidar e prevenir as DST's). Tipo, para mim biologia deveria se focar mais no corpo humano, botânica (voltada à agricultura) e a parte da ecologia e microbiologia deixada em segundo plano, por ser algo mais voltado a um profissional de área científica do que algo útil para todos. Basta encaixar isso na biologia e já é suficiente. O problema é que a biologia ela é ensinada de uma forma abrangente demais para que a maioria das pessoas utilize a maioria dos conhecimentos passados por ela, por isso que tal disciplina deveria ter maior foco prático. O mesmo vale para a química.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Continuação:

Pelas opiniões que li dos colegas, deveria adicionar e atualizar mais algumas coisas sobre o tema...

Obs: As disciplinas que botei na lista ainda são válidas para esse post.

Cada classe e lugar tem uma necessidade diferente:

De fato não faz muito sentido ensinar agricultura para pessoas que vivem em metrópoles, por exemplo. Portanto, pensei em algo interessante... Acabe com esse negócio de educação universal socialista! Talvez fosse melhor se a educação fosse aplicada de forma específica de acordo com a classe e lugar onde as pessoas vivem. Se as pessoas vivem em metrópoles e no litoral, não faz sentido ensinar coisas que valeriam mais a pena ensinar para quem mora no interior e em meio a fazendas. Assim como temos escolas católicas e escolas militares, poderíamos também ter escolas urbanas e escolas rurais.

Escolas urbanas: As escolas urbanas ensinariam disciplinas mais voltadas às necessidades de mercado das pessoas que vivem em metrópoles e grandes centros urbanos afastados das fazendas, de forma que as escolas urbanas ensinariam as mesmas disciplinas das escolas rurais, mas com um foco mais voltado ao trabalho em empresas e empreendedorismo urbano.

Escolas rurais: As escolas rurais ensinariam disciplinas mais voltadas às necessidades de mercado das pessoas que vivem no campo e em pequenas cidades do interior próximas a fazendas, de forma que as escolas rurais ensinariam as mesmas disciplinas das escolas urbanas, mas com um foco mais voltado ao trabalho nas fazendas e empreendedorismo rural.

Haveria também uma divisão entre o ensino das escolas públicas e particulares...

Escolas públicas: Ensinariam as mesmas disciplinas das escolas particulares, só que mais voltadas a trabalhos simples e técnicos. Estaria mais preocupada na capacitação técnica. Cursos técnicos tendem a ser mais baratos do que cursos de formação superior, então as escolas públicas, mais voltadas a alunos de famílias pobres, formariam profissionais com uma mentalidade mais voltada à formação técnica. O tempo de ensino seria menor e terminaria até os 16 anos, pois já que os mais pobres trabalhariam em empregos simples e técnicos, não haveria necessidade em ensinar conteúdos mais complexos. Algumas disciplinas seriam muito mais importantes (como português, matemática, trabalho e técnica) do que física e biologia. As menos relevantes à realidade do pobre seriam ensinadas de forma mais superficial. Como se trata de áreas de nível técnico, não há porque se aprofundar muito com coisas como angiospermas ou física quântica.

Escolas particulares: Ensinariam as mesmas disciplinas das escolas públicas, só que mais voltadas a trabalhos mais complexos e superior. Estaria mais preocupada na capacitação superior. Faculdades tendem a ser mais caras do que cursos técnicos, então as escolas particulares, mais voltadas a alunos de famílias endinheiradas, formariam profissionais com uma mentalidade mais voltada à formação superior. O tempo de ensino seria maior e terminaria até os 20 anos, pois já que os mais ricos trabalhariam em empregos complexos e superiores, haveria mais necessidade em ensinar conteúdos complexos. Todas as disciplinas seriam igualmente importantes para que ao aluno tenha uma ampla base de conhecimento preparada ao ensino superior em uma universidade particular. Como disse antes, haveria um maior foco no ensino prático em determinadas disciplinas, porém haveria um tempo maior para o ensino teórico do que nas escolas públicas.

Universidades públicas: Apesar do esquema que proponho em direcionar os mais pobres para formação simples e técnica, ainda existiria a possibilidade do pobre poder ter uma formação superior. Poderia haver uma prova de dificuldade mais baixa e de acordo com o tipo de ensino da escola pública (rural ou urbana). Como somente alunos de classe social baixa estudariam nestas universidades, a competição por vagas seria menor e por isso de certa forma facilitaria a formação superior aos mais pobres. O tempo de ensino seria mais longo de acordo com a área, para compensar a educação mais superficial das escolas públicas (6 anos na maioria das áreas). Desta forma com um ensino mais duradouro, o profissional de renda mais baixa teria a mesma qualificação superior que um profissional de universidade particular. O ano a mais que o aluno ficaria na pública seria para ensinar todo o conteúdo que faltou ser ensinado na pública mas que foi ensinado na particular.

Universidades particulares: As universidades particulares, por uma questão de lógica, pelo fato dos alunos estarem pagando por tal, deveriam ter uma qualidade de ensino superior às públicas, neste caso oferecendo mais recursos que possam facilitar o ensino, seja teórico (materiais especializados) ou prático (maior facilidade em acessar laboratórios com supervisão). Pelo fato dos alunos das escolas particulares terem ficado mais tempo nelas, o ensino seria mais curto (para não demorar demais a entrar no mercado de trabalho superior), já que tais alunos já teriam todo um preparo básico que faltaria nos alunos das escolas públicas (pelo fato destas estarem mais voltadas à formação técnica do que superior), então o tempo de permanência deve ser menor (5 anos na maioria das áreas). Apesar do aluno ficar um tempo mais curto na universidade particular, por ele já ter uma formação mais avançada desde o colégio, esse seria tão qualificado quanto o profissional de universidade pública.

O tempo de estágio para ambas, seja a universidade pública ou particular deveria ser o mesmo, mas brevemente maior do que o que há hoje, para que o aluno tenha mais tempo de se aperfeiçoar melhor.

Ou seja, tanto o aluno de classe alta quanto o de classe baixa, apesar de em meu esquema serem direcionados a propósitos distintos de profissão, ambos teriam praticamente as mesmas oportunidades.

A diferença desse sistema de ensino em relação ao que há na Alemanha seria não em relação à capacidade intelectual do aluno, mas em relação à sua classe social.

No caso do aluno que estude em escola pública e mesmo sendo de baixa renda, se ele apresentar um ótimo desempenho, neste caso ele poderia receber uma bolsa de estudo para estudar em uma escola particular, desta forma, apesar de sua classe social, ele estaria em um ambiente mais de acordo com seu potencial cerebral. Alunos públicos mais inteligentes ganhariam bolsa para particular. Totalmente justo! Já no caso do aluno que estude numa escola particular e tenha um péssimo rendimento ou tenha alguma deficiência mental, ele deveria ser direcionado a uma escola pública, por seu menor grau de inteligência. Totalmente justo! O aluno de menor capacidade cerebral estaria mais direcionado a uma educação voltada à formação técnica, enquanto o de maior capacidade cerebral estaria mais voltado a uma formação superior. Se você é um aluno menos inteligente, como você terá capacidade para trabalhar numa área que exige conhecimentos complexos?

Famílias mais pobres requerem que seus filhos se formem o mais cedo possível, e como cursos técnicos são mais curtos, uma educação técnica seria a mais adequada neste caso.
Famílias mais ricas requerem que seus filhos se formem com uma maior base de conhecimento para ter um emprego de maior qualidade e com maior salário, portanto o direcionamento seria diferente.


Novo tempo de estudo:

Por causa destas mudanças, o novo tempo de estudo ficaria assim:

Pré-escola (pública ou particular): O aluno teria entre 2 a 5 anos de idade.

Escolas públicas:
Ensino fundamental: 6 anos (1º ano); 7 anos (2º ano); 8 anos (3º ano).
Ensino ginasial: 9 anos (1º ano); 10 anos (2º ano); 11 anos (3º ano).
Ensino médio: 12 anos (1º ano); 13 anos (2º ano); 14 anos (3º ano); 15 anos (4º ano); 16 anos (5º ano).

As escolas públicas seriam como internatos, para compensar a menor quantidade de anos de estudo, o aluno ficaria na escola pela maior parte do dia (tendo direito a breves momentos de lazer periódicos). Aqui o aluno teria menos tempo de formação básica geral e mais tempo para formação voltada à atuação técnica no ensino médio. A formação estaria direcionada a vários conhecimentos técnicos.

Escolas particulares:
Ensino fundamental: 6 anos (1º ano); 7 anos (2º ano); 8 anos (3º ano); 9 anos (4º ano).
Ensino ginasial: 10 anos (1º ano); 11 anos (2º ano); 12 anos (3º ano); 13 anos (4º ano); 14 anos (5º ano).
Ensino médio: 15 anos (1º ano); 16 anos (2º ano); 17 anos (3º ano); 18 anos (4º ano); 19 anos (5º ano); 20 anos (6º ano).

As escolas particulares durariam toda a manhã ou tarde. Não há necessidade de ser internato, pela maior quantidade de anos disponíveis para o ensino. O tempo de formação básica seria maior em um ano no fundamental e maior em dois anos no ginásio. O ensino médio seria ainda mais longo que na pública, só que mais voltado ao conhecimento complexo para formação superior com um pouco de conhecimento técnico.

Acho que assim as coisas ficariam mais organizadas, a maioria dos pobres disputariam vagas de nível técnico e a maioria dos endinheirados disputariam vagas de nível superior.

É verdade, esse esquema não é nem um pouco universal ou igualitário, mas acredito que funcionaria melhor do que essa utopia igualitária de cotas e de ensino universal na educação brasileira.

A desigualdade social é consequência da civilização, não há como evitar isso. E se tentar remediar demais, os dois lados saem perdendo.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Uma coisa que acho que falta na educação brasileira básica são coisas práticas mas simples, como aprender a tirar dinheiro em banco e fazer depósito, coisas do tipo. Isso poderia estar na disciplina Trabalho.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Titoff escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 17:31 pm
Não, não. O absurdo era um casal de adolescentes (a garota 14 e o cara 15) que antes de transar, como "prevenção," dividiam ao meio um anticoncepcional e cada um tomava a metade antes do ato. Acho que viram que a pílula tinha essa divisão e acharam que era para isso.

As aulas de biologia eram bem técnicas, nunca falando em como métodos contraceptivos funcionavam, ou detalhes de como doenças são transmitidas via sexo.

De duas turmas, ao menos três garotas já tinham engravidado entre 8a série e ensino médio, mas pelo menos a moral e os bons costumes foram respeitados em sala de aula, sem doutrinação do estado, né?
O problema desse tipo de aula, é que pode encorajar as demais crianças a terem curiosidade com essas coisas. Os "moralistas" apenas assustam e fazem as crianças se sentirem jovens demais para essas coisas.

Com esse excesso de gravidez, é melhor então que proíbam namoro em escola, como faziam antigamente. Ou separe escolas só para meninos e escolas só para meninas, igual fazem em alguns países. Escola não é lugar disso e os alunos são imaturos. Namoro de escola está fadado a terminar no futuro. Nunca vi alguém que casou com namorado de ensino médio. O máximo que já vi foi colegas que se casaram depois de se reencontrar após anos, sem nunca ter tido nenhum contato erótico entre eles quando estavam no ensino médio.
Além disso, em sala de aula sempre haverá crianças que vão se comportar como um bando de animais se você deixar rolar. Cabe a escola não deixar que eles humilhem alguém por ser efeminado, ou por ser mais escuro, ou por ser judeu, ou por não ter pernas, etc. Educação e repressão se necessário, sim.
Listou só preconceito de adulto. Criança nem sabe o que é judeu, ainda não aprendeu racismo, etc. Elas normalmente debocham é de aparência física (formato do nariz, obesidade, cabelo, etc) e alunos com postura submissa (afeminados ou não). E a escola deve apenas impedir a violência entre as crianças.
nuker escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 21:15 pm
Haveria também uma divisão entre o ensino das escolas públicas e particulares...
Muitos alunos mudam entre escola pública e particular durante a vida. Não é uma coisa fixa. Famílias podem enriquece ou empobrecer, ter promoção ou perder o emprego, ou ter divórcio. Outra questão é o município, que pode não ter escola particular. Ou pode ter escola particular, mas ela ficar longe da casa do aluno.

Cidade pequena tem escola pública adequada. Mas em metrópole, escola pública é violenta e tem favelado, por isso, muitas famílias procuram uma escola particular barata (mesmo ruim), só para afastar o filho de ambiente perigoso.

Escolas particulares são de vários tipos e padrões. Algumas tem foco em disciplina, segurança, ensino, prática, lazer, artes, etc. Algumas funcionam como creche e outras não. Ou ainda ser escola só para um gênero. E existem escolas particulares baratas (acessível à classe média-baixa), caras (para classe média-alta) e carérrimas (para ricos). Por isso, não tem como padronizar escolas particulares. Só é possível definir uma base curricular obrigatória, e então deixar a escola focar nos seus públicos alvos.
Já no caso do aluno que estude numa escola particular e tenha um péssimo rendimento ou tenha alguma deficiência mental, ele deveria ser direcionado a uma escola pública, por seu menor grau de inteligência.
Se o aluno burro ou preguiçoso tem condições de pagar escola particular, sem dinheiro público, redirecionar para a pública só vai piorar as coisas.
Famílias mais pobres requerem que seus filhos se formem o mais cedo possível, e como cursos técnicos são mais curtos, uma educação técnica seria a mais adequada neste caso.
Famílias mais ricas requerem que seus filhos se formem com uma maior base de conhecimento para ter um emprego de maior qualidade e com maior salário, portanto o direcionamento seria diferente.
Muito filho de família rica apenas aprende e herda os negócios da família, sem precisar de qualificação. Quando precisa, são cursos bem específicos, escolhidos pela própria família.
nuker escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 22:22 pm
Uma coisa que acho que falta na educação brasileira básica são coisas práticas mas simples, como aprender a tirar dinheiro em banco e fazer depósito, coisas do tipo. Isso poderia estar na disciplina Trabalho.
Eu diria o oposto: práticas difíceis, como abrir conta em banco, reconhecer firma, procurar advogado, mexer com documentação burocrática, vender carro, comprar imóvel, etc.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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f0rest2.0
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nuker escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 21:15 pm
De fato não faz muito sentido ensinar agricultura para pessoas que vivem em metrópoles, por exemplo. Portanto, pensei em algo interessante... Acabe com esse negócio de educação universal socialista! Talvez fosse melhor se a educação fosse aplicada de forma específica de acordo com a classe e lugar onde as pessoas vivem. Se as pessoas vivem em metrópoles e no litoral, não faz sentido ensinar coisas que valeriam mais a pena ensinar para quem mora no interior e em meio a fazendas. Assim como temos escolas católicas e escolas militares, poderíamos também ter escolas urbanas e escolas rurais.
Lembrando que atualmente se aprende infinitamente na internet nos infinitos ebooks, canais e enciclopédias digitais.
Mas pensando em estruturar uma grade de ensino com base no local se torna uma alienação para pessoas que não tem interesse em uma vida econômica sedentária, aquelas pessoas que mudam de cidade e de estado, etc. para se desenvolver e se divertir. É melhor manter uma educação padrão a nível nacional, especializações terão na faculdade.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 22:27 pm
Titoff escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 17:31 pm
Não, não. O absurdo era um casal de adolescentes (a garota 14 e o cara 15) que antes de transar, como "prevenção," dividiam ao meio um anticoncepcional e cada um tomava a metade antes do ato. Acho que viram que a pílula tinha essa divisão e acharam que era para isso.

As aulas de biologia eram bem técnicas, nunca falando em como métodos contraceptivos funcionavam, ou detalhes de como doenças são transmitidas via sexo.

De duas turmas, ao menos três garotas já tinham engravidado entre 8a série e ensino médio, mas pelo menos a moral e os bons costumes foram respeitados em sala de aula, sem doutrinação do estado, né?
O problema desse tipo de aula, é que pode encorajar as demais crianças a terem curiosidade com essas coisas. Os "moralistas" apenas assustam e fazem as crianças se sentirem jovens demais para essas coisas.
Li sobre uma pesquisa que mostrava que crianças e adolescentes que aprendiam sobre sexo tinham sua curiosidade satisfeita e tendiam menos a procurar descobrir as coisas na prática. Além do quê, aprender sobre métodos anticoncepcionais sempre será melhor que saber das coisas através de boatos e fake news, tipo "na primeira vez, não engravida". Ou só falar sobre menstruação depois que a menina está apavorada com o primeiro sangramento.
Tutu escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 22:27 pm
Com esse excesso de gravidez, é melhor então que proíbam namoro em escola, como faziam antigamente. Ou separe escolas só para meninos e escolas só para meninas, igual fazem em alguns países. Escola não é lugar disso e os alunos são imaturos. Namoro de escola está fadado a terminar no futuro. Nunca vi alguém que casou com namorado de ensino médio. O máximo que já vi foi colegas que se casaram depois de se reencontrar após anos, sem nunca ter tido nenhum contato erótico entre eles quando estavam no ensino médio.
Creio que é importante que crianças cresçam convivendo com o sexo oposto, como se fosse uma coisa normal, em vez de isolados em mundos separados, vendo o outro lado como se fosse algo exótico e misterioso.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 22:27 pm
Muito filho de família rica apenas aprende e herda os negócios da família, sem precisar de qualificação. Quando precisa, são cursos bem específicos, escolhidos pela própria família.
Existe (ou existia, no meu tempo de faculdade) o curso de engenharia de produção, destinado aos que vão herdar esses negócios ou pretendem ser administradores de empresas.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Muitos alunos mudam entre escola pública e particular durante a vida. Não é uma coisa fixa. Famílias podem enriquece ou empobrecer, ter promoção ou perder o emprego, ou ter divórcio. Outra questão é o município, que pode não ter escola particular. Ou pode ter escola particular, mas ela ficar longe da casa do aluno.

Cidade pequena tem escola pública adequada. Mas em metrópole, escola pública é violenta e tem favelado, por isso, muitas famílias procuram uma escola particular barata (mesmo ruim), só para afastar o filho de ambiente perigoso.

Escolas particulares são de vários tipos e padrões. Algumas tem foco em disciplina, segurança, ensino, prática, lazer, artes, etc. Algumas funcionam como creche e outras não. Ou ainda ser escola só para um gênero. E existem escolas particulares baratas (acessível à classe média-baixa), caras (para classe média-alta) e carérrimas (para ricos). Por isso, não tem como padronizar escolas particulares. Só é possível definir uma base curricular obrigatória, e então deixar a escola focar nos seus públicos alvos.

Se o aluno burro ou preguiçoso tem condições de pagar escola particular, sem dinheiro público, redirecionar para a pública só vai piorar as coisas.

Muito filho de família rica apenas aprende e herda os negócios da família, sem precisar de qualificação. Quando precisa, são cursos bem específicos, escolhidos pela própria família.

Mas pensando em estruturar uma grade de ensino com base no local se torna uma alienação para pessoas que não tem interesse em uma vida econômica sedentária, aquelas pessoas que mudam de cidade e de estado, etc. para se desenvolver e se divertir. É melhor manter uma educação padrão a nível nacional, especializações terão na faculdade.
Então o jeito é botar o aluno para ficar mais tempo na escola e geral entrar mais tarde no mercado de trabalho, todos se formando até o equivalente a 20 anos de idade, com os períodos que coloquei para escolas particulares também servindo para as públicas na atualização que fiz sobre o tempo de ensino. Mas como eu falei antes, certas disciplinas teriam que ter uma forma mais prática e outras uma mais teórica de ensino.

A não ser se nas escolas públicas colocasse uma segurança mais reforçada para conter os tais favelados revoltosos.
Eu diria o oposto: práticas difíceis, como abrir conta em banco, reconhecer firma, procurar advogado, mexer com documentação burocrática, vender carro, comprar imóvel, etc.
Que seja, mas acho importante se isso fosse incorporado na escola.
Com esse excesso de gravidez, é melhor então que proíbam namoro em escola, como faziam antigamente. Ou separe escolas só para meninos e escolas só para meninas, igual fazem em alguns países. Escola não é lugar disso e os alunos são imaturos. Namoro de escola está fadado a terminar no futuro. Nunca vi alguém que casou com namorado de ensino médio. O máximo que já vi foi colegas que se casaram depois de se reencontrar após anos, sem nunca ter tido nenhum contato erótico entre eles quando estavam no ensino médio.

Creio que é importante que crianças cresçam convivendo com o sexo oposto, como se fosse uma coisa normal, em vez de isolados em mundos separados, vendo o outro lado como se fosse algo exótico e misterioso.
Também acho que lugar de namoro não é na escola. O aluno pode conhecer e marcar encontro de namoro fora da escola, mas não beijar ou se esfregar na frente de todos no recreio...

O que deve ser feito é apenas não permitir beijos e esfregões.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Resumindo, o que deve ser feito no sistema educacional brasileiro é um maior tempo do aluno na escola, até o equivalente aos 20 anos com mais períodos no ensino médio, com um novo sistema de ensino e incluindo disciplinas que o prepare melhor para a vida adulta e para o ambiente de trabalho, com menos decoreba e mais conteúdo prático relevante à vida no dia-a-dia. Ensinar economia, empreendedorismo e ambiente de trabalho é vital. Mudar a maneira como se seleciona alunos para as faculdades, faculdades particulares para alunos que têm dinheiro e públicas para alunos de baixa renda, assim como acontece nas escolas.

Reduzir a maioridade penal para 15 anos (podendo a partir desta idade ter RG e CPF) e aumentar a maioridade para 21 anos para o resto (dirigir, votar, trabalhar, beber álcool, casar, ir ao prostíbulo, etc).

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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f0rest2.0
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Mensagem por f0rest2.0 »

nuker escreveu:
Sáb, 28 Maio 2022 - 10:51 am
Resumindo, o que deve ser feito no sistema educacional brasileiro é um maior tempo do aluno na escola, até o equivalente aos 20 anos com mais períodos no ensino médio...
Com 20 anos já se forma em universidade. Não vejo sentido em estender ensino médio.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Colocar uma pessoa para trabalhar antes dos 21 anos é que nem convocar recrutas despreparados para servirem como bucha de canhão numa guerra. Veja o próprio mercado capitalista como uma espécie de guerra (pois funciona com base na competição), em que o jovem trabalhador despreparado é como o recruta despreparado que só serve como quebra galho. Não muda muita coisa. É muito mais preferível que ele fique mais um tempo na escola e se prepare melhor para se comportar melhor no ambiente de trabalho. Não acho uma boa ideia dividir o tempo de trabalho com o tempo de estudo na educação básica. Isso pode ser válido para uma faculdade ou curso, mas não num período em que a pessoa ainda está se preparando para a vida adulta. Nunca vi dignidade em trabalhar antes dos 21 anos. É só uma mera consequência de pobre no sistema capitalista.

É que nem pai botar filho para vender bala na rua e em shopping centers ou em fazê-lo pedir esmola em sinais de trânsito, não há dignidade alguma nisso. Está perdendo tempo precioso em seu desenvolvimento pessoal.

O sistema educacional que sugeri é uma forma que achei em não prejudicar muito o pobre no sentido deste não entrar muito tarde no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que se evita sacrificar um melhor preparo para os que têm melhor situação de vida. Os dois saem ganhando nesse jogo de equilíbrio. O "pobre" entra um pouco mais tarde no mercado, mas tem um preparo melhor e o "rico" não entra tão tarde no mercado mas sem ter sua qualidade de ensino sacrificada por causa do "pobre". Não adianta nada trabalhar a partir dos 14 anos se o aluno está tendo seu estudo prejudicado por causa disso. Fora que esse sistema que sugeri também está mais voltado à realidade das atuais gerações, que necessitam de um maior tempo de preparo por causa de um mercado de trabalho cada vez mais exigente. Se você bota o cara para trabalhar muito cedo na vida mas ele está despreparado e imaturo, ele vai acabar tendo mais dificuldade em conseguir empregos melhores e vai acabar passando a vida sendo vendedor de balcão ou coisa pior que isso.

O mercado de trabalho no Brasil deveria só começar a partir dos 21 anos. Pronto, falei!

Ficaria então aqui a nova lista para o tempo de ensino, tanto para escolas públicas como particulares:

Pré-escola (pública ou particular): Entre 2 a 5 anos de idade (dedicado à alfabetização, socialização e criatividade).
Ensino fundamental: 6 anos (1º ano); 7 anos (2º ano); 8 anos (3º ano); 9 anos (4º ano).
Ensino ginasial: 10 anos (1º ano); 11 anos (2º ano); 12 anos (3º ano); 13 anos (4º ano); 14 anos (5º ano).
Ensino médio: 15 anos (1º ano); 16 anos (2º ano); 17 anos (3º ano); 18 anos (4º ano); 19 anos (5º ano); 20 anos (6º ano).

Quanto à lista das disciplinas, ela continuaria sendo a mesma.

Se é para haver uma educação universal, ela não deveria sacrificar a qualidade do ensino por causa do pobre ter que trabalhar mais cedo, mas sem prejudicar muito o pobre por causa disso também!

Se é para a maturidade civil ser a partir dos 21 anos, então o serviço militar deveria ser somente a partir desta idade, após o término da escola. Assim você não sairia prejudicado na escola por causa de servir exército. E sinceramente o serviço militar, ainda mais em um país como o Brasil que quase nunca se envolve em guerras, deveria ser somente voluntário e porque recrutas voluntários são muito mais eficientes do que um convocado à força, e os próprios militares sabem disso. Se é para aprender sobre política na escola, isso deveria ser ensinado de uma forma neutra (o que é difícil) e as pessoas só poderem votar a partir dos 21 anos, caso contrário isso continuará dando força a certos movimentos e partidos bizarros como a UP (Unidade Popular), que só serve para sugar dinheiro público e alienar adolescente que nem sabe direito o que é comunismo ou fascismo. Porém a maioridade penal deveria ser reduzida para 15 anos, em que a partir desta idade o indivíduo já poderia ter RG e CPF, como uma forma de preparo mais prévio para a vida adulta.

Isso também daria até mais sentido para aquelas festas de 15 anos que as meninas tanto gostam de comemorar, sendo esta idade o marco inicial de responsabilidade perante a sociedade e não só aos 18 anos.

Outra coisa, o tempo de faculdade deveria ser estendido para no mínimo 5 anos. Acho 3 ou 4 anos pouco tempo para uma boa formação acadêmica ou bacharel em várias áreas. Seria até uma forma de fazer as faculdades particulares terem uma qualidade de ensino melhor que as públicas, que seria o certo a se fazer, já que se está pagando por isso. O tempo de estágio também poderia ser estendido. Se o estágio é feito na própria faculdade, então seria mais um motivo para estender o tempo de ensino. Pois muitas vezes há faculdades que ensinam vários estágios porém curtos e até o aluno pegar a manha da coisa já pode ser tarde demais. Sim, é possível se formar, no atual sistema já com 20 anos, mas isso me parece que é para uma minoria, a maioria só se forma depois dos 20 mesmo. Todos os meus colegas e pessoas que conheci se formaram só depois dos 20.

É que nem na área técnica em que me formei, na radiologia, em que você só faz 6 meses de estágio em Tomografia ou Ressonância, é muito pouco tempo para algo tão complexo! Bem dizer só aprende o basicão.

A educação brasileira precisa amadurecer mais, e é para isso que dei estas minhas sugestões, na esperança de que alguém leia isso, se inspire e ache uma forma de legalizar isso em lei, pois como eu não tenho interesse em me filiar a nenhum partido e não tenho nenhuma experiência política, então eu mesmo não teria como poder fazer isso. Mas alguém poderia fazer isso por mim e sobretudo pelo Brasil. E quem fizer isso já terá o meu mais sincero agradecimento! O país e a sociedade precisam de um sistema educacional mais preparado para as novas exigências do mercado de trabalho e realidade das novas gerações, mesmo que para isso tenha que se ficar mais alguns anos na escola!

Se as coisas continuarem do jeito que estão só teremos mais "bucha de canhão" e gente despreparada para a vida.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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nuker escreveu:
Sáb, 28 Maio 2022 - 14:53 pm
vai acabar passando a vida sendo vendedor de balcão ou coisa pior que isso.
Hora de polêmica.
Quem deverá fazer esses trabalhos? Juntamente com pedreiro, gari, faxineiro, porteiro, motoboy, etc?
Essas profissões são necessárias e alguém tem que fazê-las.
É que nem pai botar filho para vender bala na rua e em shopping centers ou em fazê-lo pedir esmola em sinais de trânsito, não há dignidade alguma nisso.
Esse trabalho é nada nada necessário. Creio que a culpa seja do estado com CLT pondo regras demais, como o salário mínimo, e assim ninguém dá emprego a eles.
O mercado de trabalho no Brasil deveria só começar a partir dos 21 anos. Pronto, falei!

Ficaria então aqui a nova lista para o tempo de ensino, tanto para escolas públicas como particulares:

Quanto à lista das disciplinas, ela continuaria sendo a mesma.
O melhor a fazer, e vários países fazem, é definir o conteúdo programático obrigatório, e ter uma grande oferta de conteúdo opcional gratuito. Não é todo mundo que vai querer aprender plantação, espanhol, engenharia básica (física), culinária, mistura química, etc. Para pessoas de qualquer idade, se ela quiser fazer esse curso mais tarde, ela poderá fazer com interesse.
Outra coisa, o tempo de faculdade deveria ser estendido para no mínimo 5 anos. Acho 3 ou 4 anos pouco tempo para uma boa formação acadêmica ou bacharel em várias áreas. Seria até uma forma de fazer as faculdades particulares terem uma qualidade de ensino melhor que as públicas, que seria o certo a se fazer, já que se está pagando por isso. O tempo de estágio também poderia ser estendido. Se o estágio é feito na própria faculdade, então seria mais um motivo para estender o tempo de ensino.
É aquele problema que falaram antes. Nos EUA existe a college, que é o ensino profissionalizante, e a university, que é o bacharelado. Bacharelado tem um propósito muito mais acadêmico enquanto o profissionalizante é voltado para o mercado de trabalho. Mas no Brasil, existe uma mentalidade de todos fazerem bacharelado, mesmo com a maioria não tendo perfil para isso, e os alunos fazem bacharelado com o objetivo de ensino profissionalizante. E digo isso tem resultado péssimo. O bacharelado acaba sendo mais longo do que deveria e tem muitas disciplinas inúteis para o propósito, ou que são apenas teorias sem aplicação prática. Por isso, é necessário que haja uma separação clara e cheia

Claro que cada curso é um caso. Não posso falar que advogado deve ter nível inferior a bacharelado, porque entendo nada de Direito. O mesmo vale para Saúde. O que já vi foram pessoas de Administração e Tecnologia da Informação falando que tem várias disciplinas desnecessárias no bacharelado.

E na Engenharia é diferente, existem inúmeros técnicas e coisas para aprender e isso daria muitas disciplinas. A pessoa não usaria todo o conhecimento na vida ou poderia precisar só mais tarde. Por isso, acho que a Engenharia deveria aprender os fundamentos principais e deixar o aluno voltar anos mais tarde para faculdade para aprender novos conhecimentos específicos à medida em que vai precisando na carreira. Isso precisa de coordenação entre universidades, porque o aluno pode ter mudado de cidade.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Hora de polêmica.
Quem deverá fazer esses trabalhos? Juntamente com pedreiro, gari, faxineiro, porteiro, motoboy, etc?
Essas profissões são necessárias e alguém tem que fazê-las.
Uma solução seria assim... A pessoa a partir dos 21 anos, como a maioria são pessoas de mais baixa renda e isso não vai mudar, estas são as que mais necessitam de emprego logo após se formarem na escola. Então a tendência é que estas pessoas de mais baixa renda são as que mais acabem em tais empregos. Elas não têm que ficar a vida toda nisso, basta elas trabalharem por um período até que consigam juntar dinheiro para pagar algum curso profissionalizante ou mesmo uma faculdade e se conseguir, terão uma chance maior em conseguir um emprego melhor e mais remunerado. E quando estas pessoas saírem do emprego simples, outras necessitarão de tais, então teoricamente nunca vai faltar profissionais em tais setores, enquanto a maior parte da população for de baixa renda e necessitar de empregos simples imediatos, sobretudo os jovens.
Esse trabalho é nada nada necessário. Creio que a culpa seja do estado com CLT pondo regras demais, como o salário mínimo, e assim ninguém dá emprego a eles.
Também acho que essa tal de CLT só mais burocratiza do que facilita a empregabilidade. Só acho uma coisa... Se for para acabar com o salário mínimo, os impostos e taxas deveriam abaixar bastante, caso contrário como uma pessoa vai conseguir se manter com só, por exemplo, 500 reais hoje em dia por mês? Nem mesmo uma pessoa que hoje ganha 2 mil reais consegue se manter direito! Fora plano de saúde que é caro.
O melhor a fazer, e vários países fazem, é definir o conteúdo programático obrigatório, e ter uma grande oferta de conteúdo opcional gratuito. Não é todo mundo que vai querer aprender plantação, espanhol, engenharia básica (física), culinária, mistura química, etc. Para pessoas de qualquer idade, se ela quiser fazer esse curso mais tarde, ela poderá fazer com interesse.
Seria interessante, mas ainda acho que coisas como filosofia (pensamento racional e abstrato), ambiente de trabalho, economia, empreendedorismo e informática básica deveriam ser obrigatórios, por causa da realidade atual, em que cada vez mais as pessoas vão precisar optar pelo empreendedorismo por exemplo e porque hoje em dia você tem que ter a mente mais aberta. Tive outra ideia. Neste caso, enquanto o aluno que estuda no ginásio e ensino médio faz as aulas pela manhã, tais opções poderiam estar no horário da tarde. Por outro lado não sei se os professores topariam dar aulas no sábado. E criança e adolescente não curte escola em fim de semana. Então só sobraria estas disciplinas extracurriculares estarem em horários diferentes aos das disciplinas obrigatórias.
É aquele problema que falaram antes. Nos EUA existe a college, que é o ensino profissionalizante, e a university, que é o bacharelado. Bacharelado tem um propósito muito mais acadêmico enquanto o profissionalizante é voltado para o mercado de trabalho. Mas no Brasil, existe uma mentalidade de todos fazerem bacharelado, mesmo com a maioria não tendo perfil para isso, e os alunos fazem bacharelado com o objetivo de ensino profissionalizante. E digo isso tem resultado péssimo. O bacharelado acaba sendo mais longo do que deveria e tem muitas disciplinas inúteis para o propósito, ou que são apenas teorias sem aplicação prática. Por isso, é necessário que haja uma separação clara e cheia. Claro que cada curso é um caso. Não posso falar que advogado deve ter nível inferior a bacharelado, porque entendo nada de Direito. O mesmo vale para Saúde. O que já vi foram pessoas de Administração e Tecnologia da Informação falando que tem várias disciplinas desnecessárias no bacharelado.
Também acho que algumas coisas deveriam mudar em relação ao propósito de fazer faculdade. Poderia ser assim... Para cada área ter um curso profissionalizante (2 a 4 anos) e um bacharel (mínimo de 5 anos). O curso profissionalizante não daria título de graduação, mas sim técnico, já que para você ter graduação ou você faz bacharel ou licenciatura. Neste caso a pessoa que quer trabalhar em determinada área mas que não tem interesse em ser um professor ou pesquisador, bastaria ela ter uma formação técnica com estágio e mais prolongada que a maioria destes cursos técnicos que existem hoje. Não seria bem graduação mas neste caso estaria um nível acima do técnico. Claro que isso dependeria muito de área para área. Mas neste esquema você não mais precisaria fazer uma faculdade para trabalhar em várias áreas, só se quiser ser professor ou pesquisador. Acredito eu que isso facilitaria a vida de muita gente que não tem intelecto alto mas que mesmo assim quer trabalhar numa profissão mais remunerada que um técnico normal.

Neste caso a tendência é que profissões técnicas de formação média acabariam se tornando um segundo emprego ou mesmo como empreendedorismo, coisas como eletricista, encanador, pedreiro ou técnico em radiologia.

E outra coisa, uma vez que a pessoa já tem a formação técnica-superior (este seria o termo para tal formação) para determinada área, ela poderia fazer especialização, indo direto para a pós-graduação, que no caso de uma pessoa que fez o curso técnico-superior ela teria um termo diferente em seu diploma, talvez algo como "pós-técnico". O termo "pós-graduado" ficaria para aqueles que fizeram bacharel. Só não poderia fazer mestrado, doutorado ou pós-doutorado, já que tais dependem que a pessoa tenha uma formação mais teórica e completa daquela área (bacharel). E todos estes cursos teriam que exigir uma monografia ou artigo científico no final. Neste esquema a pessoa só se preocuparia com vestibular se fosse para fazer bacharel ou licenciatura e acho que uma prova para fazer tais cursos técnicos-superiores só dificultaria mais as pessoas em entrarem no mercado de trabalho. Mas isso não significa necessariamente que tais cursos seriam fáceis, permitindo tal formação como um currículo válido na hora de conseguir emprego.

Um desafio seria fazer as empresas aceitarem esse tipo de formação como compatível para a execução das tarefas em várias profissões!

Estes cursos poderiam ser feitos mesmo dentro de uma faculdade ou universidade ou então poderiam ser privados mesmo. Ou então poderia ser assim, para facilitar um pouco mais as coisas e aproveitar as faculdades e universidades que já existem... Todas as faculdades e centros universitários privados ficarem voltados para a formação técnica profissionalizante, enquanto as universidades públicas ficariam inteiramente voltadas para bacharel e licenciatura. Neste caso haveria somente vestibular para quem fosse fazer bacharel ou licenciatura nas públicas, enquanto qualquer um, bastando ter dinheiro, poderia fazer cursos profissionalizantes nas privadas. O jogo de equilíbrio seria esse... Se você tem dinheiro, faria um curso profissionalizante. Se não tem dinheiro mas tem uma boa base teórica, você passaria num vestibular e faria bacharel ou licenciatura numa universidade pública.

A universidade pública, por ser pública, ainda daria mais preferência a pessoa de baixa renda, sem discriminação de raças porém. Poderíamos ter um cenário interessante aqui e um tanto invertido em relação ao que há hoje... As pessoas pobres que conseguissem passar na pública se tornariam professores e pesquisadores, enquanto as pessoas que têm mais dinheiro mas são intelectualmente inferiores fariam os cursos profissionalizantes. O que tem dinheiro mas é intelectualmente superior também poderia, obviamente, se tornar professor ou pesquisador e este seria também aquele com mais vantagem para sua ascensão até o pós-doutorado. Já o pobre que é intelectualmente inferior acabaria ao menos de início nos tais empregos simples necessários mas que ninguém quer trabalhar. Enquanto este existir, tais serviços não vão faltar. Simples!

Não havendo mais tanta preocupação para se passar em vestibular para você trabalhar numa área, a educação básica poderia se tornar menos decoreba e mais voltada à utilidade prática. Está aí a solução que faltava!

Então teríamos os níveis de profissão: fundamental, técnico, técnico-superior, pós-técnico, bacharel, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Sáb, 28 Maio 2022 - 21:29 pm
Também acho que essa tal de CLT só mais burocratiza do que facilita a empregabilidade. Só acho uma coisa... Se for para acabar com o salário mínimo, os impostos e taxas deveriam abaixar bastante, caso contrário como uma pessoa vai conseguir se manter com só, por exemplo, 500 reais hoje em dia por mês? Nem mesmo uma pessoa que hoje ganha 2 mil reais consegue se manter direito! Fora plano de saúde que é caro.
O concorrente do emprego formal de salário miserável é vender balas no semáforo. O pobre rejeitará ofertas de emprego que pagam menos do que pedir esmola ou vender bala no semáforo e ônibus.

Todos pagam o mesmo ICMS/ISS/IPI, que é um imposto que jamais deveria existir.
Mas neste esquema você não mais precisaria fazer uma faculdade para trabalhar em várias áreas, só se quiser ser professor ou pesquisador.
Universidade públicas costumam ter muito professor ruim. O curso de licenciatura é distinguido por ter disciplinas de pedagogia para poder ensinar na educação básica. Mas o requisito para ser professor de universidade é fazer mestrado/doutorado, que são formações acadêmicas e não pedagógicas. Além disso, muito professor odeia dar aula e estão lá só para trabalhar como pesquisador, mas para ter esse cargo é obrigatório dar aula (mais ou menos 8 horas de aula por semana). E o perfil psicológico de pesquisador e educador são muito diferentes. Essa lei não faz sentido nenhum.
Então teríamos os níveis de profissão: fundamental, técnico, técnico-superior, pós-técnico, bacharel, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
O ensino não é uma coisa linear. Embora seja muito difícil, é possível chegar no doutorado sem passar pelo mestrado.

É permitido fazer pós-graduação em área diferente do bacharelado ou também. Ex: Bacharel de comunicação social fazer mestrado em psicologia ou vice-versa. O conselho do curso universitário já avalia o currículo do aluno para saber se ele tem condições e pré-requisitos de fazer mestrado. Muitos já conversam com professor antes do processo seletivo.
Neste caso haveria somente vestibular para quem fosse fazer bacharel ou licenciatura nas públicas, enquanto qualquer um, bastando ter dinheiro, poderia fazer cursos profissionalizantes nas privadas. O jogo de equilíbrio seria esse... Se você tem dinheiro, faria um curso profissionalizante. Se não tem dinheiro mas tem uma boa base teórica, você passaria num vestibular e faria bacharel ou licenciatura numa universidade pública.
O único motivo para existir vestibular é a falta de vagas para curso superior. Por isso, se for aumentar os impostos em favor da educação, poderia aumentar as vagas para curso superior, em vez de prolongar a duração do ensino médio.

Mas não podemos esquecer que a educação básica hoje está muito ruim, os alunos estão indisciplinados e não aprendendo direito. É um problema de estrutura e má gestão e não de falta de verba. A falta de verba é um problema em regiões remotas.

Se o ensino superior público selecionar só pessoas pobres, haverá uma demanda maior por universidade privada e mais vagas serão abertas. O que torna o ensino superior caro é o equipamento (recursos médicos, tecnologia de engenharia, componentes biológicos, etc). Mas alguns cursos como Direito, Letras, Filosofia (ciências humanas em geral) precisam só de espaço físico. E para receber o diploma, o aluno deverá passar por um exame aplicado pelo estado. Por causa da facilidade de abrir curso de Direito no Brasil, toda esquina tem um, e existe uma grande formação de bacharéis de Direito. Entretanto, mais de 75% dos diplomas de Direito são inúteis, porque são alunos reprovados no exame da OAB. E o exame não é difícil para quem fez curso bom e por isso serve para filtrar os cursos pagou-passou. Esse modelo poderia ser usado em outras áreas.


Falando de conselhos profissionais. Existe muita roubalheira e corrupção. Economistas liberais como Milton Friedman defendem a postura radical de abolir tudo, inclusive o conselho de Medicina. Mas não há garantia. Para exemplificar: enquanto o conselho de Medicina brasileiro pode proteger contra o curandeirismo, eles autorizam homeopatia, reiki e pseudociências usada de forma séria. O motivo disso é para ganhar dinheiro. E na pandemia, eles autorizaram cloroquina, porque o presidente aparelhou o órgão.

Na minha opinião, a única utilidade desses conselhos são:
* Exame de validação do diploma - Para certificar de que o curso foi bem-feito
* Exame de reciclagem - Para certificar a qualidade
* Definir que procedimentos são permitidos ou proibidos - Deputados não entendem nada da área específica e por isso quem tem que legislar são especialistas.
* Prestar consultoria à justiça - Juízes, policiais e detetives não conhecem áreas específicas.

Assim, o que deveria ser abolido são corporativismo, o poder deles de criar leis trabalhistas na profissão e o pagamento de anuidade. Eles fazem coisas absurdas como tabelas preços (em nível até nacional, ignorando que na mesma cidade o preço pode variar 100% por causa do aluguel no bairro) e piso salarial. O piso salarial é absurdo. Para engenheiro, eles estabeleceram mais de 8000 reais e pouca empresa tem condições de pagar isso tudo. Então as empresas tentam mudar o nome do cargo para "técnico" mesmo que trabalhe de engenheiro. E tem o caso de engenheiro de controle e automação sendo contratado como analista de TI para evitar as regras do CREA.

O CREA inclui Agronomia (que deveria ser conselho separado) e constantemente tenta incluir Tecnologia da Informação, que não tem conselho. A regulamentação é um grande problema, porque proíbe profissionais de outras áreas de fazer muitas tarefas de área regulamentada só por não ter certificação, mesmo que o impacto seja baixo ou que não tenha risco à vida.

Existe conselho de todo tipo, até de Administradores, Bibliotecários, Economistas, etc, que não são áreas com risco à vida. Por isso, não vejo sentido em pagar anuidade e ter uma fiscalização rígida. Existe o conselho de Pedagogos, mas ele é muito recente (2016) e por não ter existido no passado, a existência dele é questionável.

Nas 4 funções que listei acima, os exames poderiam ser pagos pela própria pessoa (ou verba da faculdade). A estrutura de legislação é mais barata do que a política e poderia ser paga pelo próprio Estado. E a consultoria poderia ser prestada por professores universitários, que são chamados por demanda.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

O concorrente do emprego formal de salário miserável é vender balas no semáforo. O pobre rejeitará ofertas de emprego que pagam menos do que pedir esmola ou vender bala no semáforo e ônibus.
Por isso que mesmo que se o salário mínimo fosse abolido, as empresas não poderiam pagar muito pouco, pois não compensaria e acabariam não conseguindo empregados e não teriam lucro. De fato se você tem o mesmo lucro vendendo bala na rua, ao menos vendendo bala você não tem o estresse de servir a um patrão, você é mais livre.
Universidade públicas costumam ter muito professor ruim. O curso de licenciatura é distinguido por ter disciplinas de pedagogia para poder ensinar na educação básica. Mas o requisito para ser professor de universidade é fazer mestrado/doutorado, que são formações acadêmicas e não pedagógicas. Além disso, muito professor odeia dar aula e estão lá só para trabalhar como pesquisador, mas para ter esse cargo é obrigatório dar aula (mais ou menos 8 horas de aula por semana). E o perfil psicológico de pesquisador e educador são muito diferentes. Essa lei não faz sentido nenhum.
Então neste caso é mais um problema de burocracia mesmo. Quando disse que universidades públicas deveriam estar voltadas a formar professores e pesquisadores, é de forma que o profissional tenha direito em escolher se vai trabalhar de uma forma ou de outra, apesar de achar que é mais fácil se tornar professor, já que para fazer pesquisas é necessário receber investimento do governo e tem toda uma burocracia nisso.
É permitido fazer pós-graduação em área diferente do bacharelado ou também. Ex: Bacharel de comunicação social fazer mestrado em psicologia ou vice-versa. O conselho do curso universitário já avalia o currículo do aluno para saber se ele tem condições e pré-requisitos de fazer mestrado. Muitos já conversam com professor antes do processo seletivo.
Será que isso é uma boa coisa, permitir que pessoas façam mestrado de outras áreas?
O único motivo para existir vestibular é a falta de vagas para curso superior. Por isso, se for aumentar os impostos em favor da educação, poderia aumentar as vagas para curso superior, em vez de prolongar a duração do ensino médio.
A minha ideia em prolongar o ensino básico é para melhor preparar o aluno para as exigências do mercado atual que são maiores do que de décadas atrás, pela maior necessidade em empreender e pela maior necessidade em mexer em aparelhos complexos. È como se o mercado tivesse mudado mas o sistema de ensino ainda estivesse obsoleto em relação à realidade atual.
Mas não podemos esquecer que a educação básica hoje está muito ruim, os alunos estão indisciplinados e não aprendendo direito. É um problema de estrutura e má gestão e não de falta de verba. A falta de verba é um problema em regiões remotas.
Em parte isso se deve à mentalidade mais liberal e progressista na relação entre aluno e professor atualmente. Falta senso de proporção.
Se o ensino superior público selecionar só pessoas pobres, haverá uma demanda maior por universidade privada e mais vagas serão abertas. O que torna o ensino superior caro é o equipamento (recursos médicos, tecnologia de engenharia, componentes biológicos, etc). Mas alguns cursos como Direito, Letras, Filosofia (ciências humanas em geral) precisam só de espaço físico. E para receber o diploma, o aluno deverá passar por um exame aplicado pelo estado. Por causa da facilidade de abrir curso de Direito no Brasil, toda esquina tem um, e existe uma grande formação de bacharéis de Direito. Entretanto, mais de 75% dos diplomas de Direito são inúteis, porque são alunos reprovados no exame da OAB. E o exame não é difícil para quem fez curso bom e por isso serve para filtrar os cursos pagou-passou. Esse modelo poderia ser usado em outras áreas.
A ideia é que a universidade pública, justamente por ser pública, facilitasse mais a formação dos pobres, mas isso não impediria que alunos de classe média e alta pudessem fazer caso tais quisessem se tornar professores ou pesquisadores (pelo que falei sobre as particulares se focarem mais na formação prática enquanto as públicas na acadêmica). Como haveria maior facilidade do pobre entrar na pública, seja ele de qualquer raça que seja, então para tal o vestibular não seria um grande problema, mas o processo seria mais seletivo entre os que têm mais dinheiro, pois tais estariam fora da cota para o pobre. Isso claro beneficiaria bastante o pobre. O pobre, não só negro e índio.

Na época em que fiz faculdade tinha um tal de ENADE que cheguei a fazer duas vezes, uma prova no começo da faculdade e outra no final. Esse exame se não me engano era para avaliar a qualidade da faculdade, mas não como algo obrigatório ao aluno ter um diploma. Sim, poderia existir uma prova assim para demais áreas, mas isso teria um preço... Menos pessoas teriam chance no mercado de trabalho para profissões de nível superior, já que a maioria acabaria reprovada se tal prova fosse como um vestibular ou concurso. Sim, isso filtraria as tais faculdades pagou-passou, mas veríamos uma maior carência de profissionais especializados, já que devemos lembrar que o QI médio do brasileiro tende a ser baixo, em parte pela falta de certas substâncias como magnésio em nossa dieta, entre outras coisas. Se exigir demais do brasileiro, só os poucos que têm QI mais elevado terão sucesso na vida e a economia ficará mais estagnada!
Falando de conselhos profissionais. Existe muita roubalheira e corrupção. Economistas liberais como Milton Friedman defendem a postura radical de abolir tudo, inclusive o conselho de Medicina. Mas não há garantia. Para exemplificar: enquanto o conselho de Medicina brasileiro pode proteger contra o curandeirismo, eles autorizam homeopatia, reiki e pseudociências usada de forma séria. O motivo disso é para ganhar dinheiro. E na pandemia, eles autorizaram cloroquina, porque o presidente aparelhou o órgão.

Na minha opinião, a única utilidade desses conselhos são:
* Exame de validação do diploma - Para certificar de que o curso foi bem-feito
* Exame de reciclagem - Para certificar a qualidade
* Definir que procedimentos são permitidos ou proibidos - Deputados não entendem nada da área específica e por isso quem tem que legislar são especialistas.
* Prestar consultoria à justiça - Juízes, policiais e detetives não conhecem áreas específicas.
Essa parte de conselhos eu não entendo muito bem, talvez tais devessem ser mínimos, como um estado mínimo, menos burocráticos e interventores. Resolveria um pouco o problema da corrupção.
Assim, o que deveria ser abolido são corporativismo, o poder deles de criar leis trabalhistas na profissão e o pagamento de anuidade. Eles fazem coisas absurdas como tabelas preços (em nível até nacional, ignorando que na mesma cidade o preço pode variar 100% por causa do aluguel no bairro) e piso salarial. O piso salarial é absurdo. Para engenheiro, eles estabeleceram mais de 8000 reais e pouca empresa tem condições de pagar isso tudo. Então as empresas tentam mudar o nome do cargo para "técnico" mesmo que trabalhe de engenheiro. E tem o caso de engenheiro de controle e automação sendo contratado como analista de TI para evitar as regras do CREA. O CREA inclui Agronomia (que deveria ser conselho separado) e constantemente tenta incluir Tecnologia da Informação, que não tem conselho.
Para mim estas anuidades só servem para uma coisa... malandragem! Por exemplo, existe uma briga entre conselho de Biomedicina com Radiologia, pois para os profissionais da radiologia o biomédico está invadindo o espaço deles, sendo que os biomédicos vieram antes de tais e foram estes que permitiram que profissionais de outras áreas pudessem trabalhar na radiologia no passado. Enquanto o conselho de biomedicina consegue proteger melhor os biomédicos das autuações feitas pelos agentes do CONTER, quando é para proteger o técnico de radiologia o CONTER faz muito pouco ou nada. Ou seja, no caso do biomédico valeria muito mais a pena pagar esta anuidade do que o técnico de radiologia que não é devidamente protegido e tem salário menor. Supomos que ainda existam alguns biomédicos das antigas que trabalham na radiologia atualmente e estas recebem uma multa do CONTER por estarem "invadindo" a área da radiologia. Isso me soa bastante injusto e até criminoso.

Já vi muito mais técnico de radiologia reclamar nas redes sociais do CONTER do que os biomédicos do conselho deles. Para os biomédicos na radiologia eles são como xiitas.

Alegam que o biomédico não tem base em sua formação para trabalhar na área, isso talvez tenha sido verdade no passado, mas hoje para o biomédico trabalhar nisso ele tem que fazer uma pós-graduação específica que só existe em alguns poucos lugares. Não sei se já existe no Rio de Janeiro, mas em São Paulo existe. No meu caso isso é irrelevante, já que sou formado como biomédico e técnico em radiologia. Eu tenho as duas formações, portanto não teria problema algum eu trabalhar seja como biomédico ou técnico, visto o meu currículo. Mas segundo a burocracia petista destes conselhos, eu não poderia trabalhar como biomédico por não ter a tal pós, que nada mais é do que a mesma formação que tive em cursos que fiz como Tomografia e Ressonância. E se eu trabalhar como biomédico, mesmo tendo formação técnica, eu estaria invadindo a área da radiologia. Isso não faz o menor sentido!

Ou seja, esses conselhos só mais atrapalham do que me beneficia. Um motivo para rejeitar essas burocracias trabalhistas e preferir um esquema de flexibilização entre patrão e empregado.

Não adianta muito estabelecer piso salarial muito alto se não há empresas no mercado capazes de pagar tal piso. Acho que estas políticas trabalhistas exageradas do PT realmente acabaram prejudicando a contratação de vários tipos de profissionais e muitos acabaram trabalhando como técnicos do que como engenheiros, fora noutras profissões. É preferível um piso salarial mais baixo mas que permita que mais empresas contratem mais pessoas do que um piso muito alto que vai tender a afastar contratações e criar panelinhas entre empresas e profissionais. Esse é um dos motivos dos quais sou a favor em haver flexibilização entre patrão e empregado na hora da contratação, do que todos ter que obedecer a toda uma burocracia que no fim das contas só vai dificultar mais a empregabilidade. Pior que tem lugar que paga salário menor que o piso do técnico, que é em torno de meros 1500 reais! Será que o imposto está tão alto a ponto de nem conseguirem pagar tal salário?

E esse é um dos principais motivos que acho o Bolsonaro menos pior que o Lula e PT, que de forma bem indireta me prejudicou e a muitos por causa dessa mentalidade trabalhista burocrática. Se o Lula ganhar, isso só vai resultar em mais burocracia no trabalho e futuramente isso vai me prejudicar ainda mais na hora de conseguir emprego. E isso é algo que não pode acontecer. Tem que desburocratizar o trabalho!
A regulamentação é um grande problema, porque proíbe profissionais de outras áreas de fazer muitas tarefas de área regulamentada só por não ter certificação, mesmo que o impacto seja baixo ou que não tenha risco à vida. Existe conselho de todo tipo, até de Administradores, Bibliotecários, Economistas, etc, que não são áreas com risco à vida. Por isso, não vejo sentido em pagar anuidade e ter uma fiscalização rígida. Existe o conselho de Pedagogos, mas ele é muito recente (2016) e por não ter existido no passado, a existência dele é questionável.
Outro motivo para eu achar que o trabalho no geral deve ser desburocratizado, para não acontecer mais estes absurdos e os que mencionei.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Dom, 29 Maio 2022 - 16:34 pm
Será que isso é uma boa coisa, permitir que pessoas façam mestrado de outras áreas?
Não é fácil. Isso depende de compatibilidade e o conselho do curso verifica isso no processo seletivo. São projetos muito específicos. No exemplo, psicologia e comunicação tem várias coisas em comum; a comunicação fala de como a pessoa recebe a informação (psicologia). Economista pode fazer matemática. Sempre vão pedir para ele estudar disciplinas específicas para preencher a lacuna. O aluno também tem que conseguir carta de recomendação de professor. Mas a decisão de professores que entendem é mais importante do que uma lei de ignorantes. O mestrado e doutorado sempre tem um professor orientador e o professor ganha pontos com alunos com bons projetos.
Para mim estas anuidades só servem para uma coisa... malandragem! Por exemplo, existe uma briga entre conselho de Biomedicina com Radiologia, pois para os profissionais da radiologia o biomédico está invadindo o espaço deles, sendo que os biomédicos vieram antes de tais e foram estes que permitiram que profissionais de outras áreas pudessem trabalhar na radiologia no passado. Enquanto o conselho de biomedicina consegue proteger melhor os biomédicos das autuações feitas pelos agentes do CONTER, quando é para proteger o técnico de radiologia o CONTER faz muito pouco ou nada. Ou seja, no caso do biomédico valeria muito mais a pena pagar esta anuidade do que o técnico de radiologia que não é devidamente protegido e tem salário menor. Supomos que ainda existam alguns biomédicos das antigas que trabalham na radiologia atualmente e estas recebem uma multa do CONTER por estarem "invadindo" a área da radiologia. Isso me soa bastante injusto e até criminoso.
Isso é um absurdo e ocorre com mais frequência do que se imagina. Muitos profissionais de TI e engenheiros que migraram para TI odeiam o CREA. Não só a burrocracia como também essa ideia de um "invadir" área. Programação de máquina é algo que nasceu na área de TI e é usado por engenheiro, físico, estatístico, economista, bioinformática e a cada dia uma coisa nova, como linguística. Se fosse invasão, nada mais funcionaria.

Não existe esta de um "invadir" em ciência e tecnologia, porque tudo é interconectado e dependente um do outro. Por isso, universidades colocam todas as áreas no mesmo campus.
Alegam que o biomédico não tem base em sua formação para trabalhar na área, isso talvez tenha sido verdade no passado, mas hoje para o biomédico trabalhar nisso ele tem que fazer uma pós-graduação específica que só existe em alguns poucos lugares. Não sei se já existe no Rio de Janeiro, mas em São Paulo existe. No meu caso isso é irrelevante, já que sou formado como biomédico e técnico em radiologia. Eu tenho as duas formações, portanto não teria problema algum eu trabalhar seja como biomédico ou técnico, visto o meu currículo. Mas segundo a burocracia petista destes conselhos, eu não poderia trabalhar como biomédico por não ter a tal pós, que nada mais é do que a mesma formação que tive em cursos que fiz como Tomografia e Ressonância. E se eu trabalhar como biomédico, mesmo tendo formação técnica, eu estaria invadindo a área da radiologia. Isso não faz o menor sentido!
Uma coisa muito importante para o profissional é a polivalência. Não falo de ser um faz tudo com nenhuma especialização, falo de saber fazer bem múltiplas coisas. Profissões não são fixas.

A pós em radiologia para biomédicos é diferente do curso técnico de radiologia, mas a atividade de radiografia é a mesma? O que deveria precisar é de um certificado de saber fazer radiologia com segurança e não um certificado de profissional de radiologia.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Mas a decisão de professores que entendem é mais importante do que uma lei de ignorantes.
Mais outro motivo para desburocratizar o trabalho, pois na maioria das vezes as leis trabalhistas são feitas por sindicalistas ignorantes e até por gente de fora.
A pós em radiologia para biomédicos é diferente do curso técnico de radiologia, mas a atividade de radiografia é a mesma? O que deveria precisar é de um certificado de saber fazer radiologia com segurança e não um certificado de profissional de radiologia.
No caso da radiologia, esse problema todo começou quando surgiu a profissão do técnico em radiologia, antes disso quem atuava na área eram enfermeiros, biomédicos e médicos. Não havia um profissional específico. No caso do biomédico ele geralmente trabalha mais com tomografia e ressonância do que no raio-x. Na verdade é só uma minoria de biomédicos que trabalha na radiologia e a maioria que faz isso mora em São Paulo, e ainda assim o CONTER faz todo um estardalhaço por causa disso. Sabe o que é? É que normalmente na radiologia (técnico) você só consegue emprego por indicação. É o tal QI (quem indica). Mas isso só acontece nas clínicas particulares (ainda mais nas pequenas). É possível ser contratado sem ser indicado, mas é mais difícil. Pior ainda é que além do técnico existe o tecnólogo. Como se trata de uma área mais fechada para conseguir emprego, o ideal seria ter poucos cursos e de mais difícil acesso, já que a radiologia técnica é um mercado bem mais tímido.

Não vejo sentido algum em criar vários cursos numa mesma região para uma área em que na maioria das vezes você só consegue emprego passando em concurso ou sendo indicado. Mas sabe como é... existe todo um mercado lucrativo em torno de formar vários alunos por ano, mesmo que seja uma área da qual somente uns 25% ou menos vão acabar conseguindo trabalhar em tal área. Há muito mais vagas para técnico em enfermagem e segurança no trabalho do que para radiologia. O meu problema com enfermagem é que eu não tenho perfil para ficar cuidando de paciente dia após dia. E segurança do trabalho apesar de haver mais vaga, o risco de acidente no trabalho é maior. Ao menos o curso básico que fiz em minha cidade é conceituado! E fiz outro numa cidade próxima, que é um dos mais conceituados (e mais caros) na região em que moro para tomografia e ressonância.

A melhor chance para você conseguir emprego em um hospital ou clínica particular é ao fazer o estágio em um destes, você ser um mala, se socializar bem, ser um espertalhão e finalmente entrar na panelinha!

Deixa eu dizer umas coisas, para entender a situação em que me situo e a realidade das áreas que me formei... Tanto o técnico quanto o tecnólogo e o biomédico trabalham EXATAMENTE as mesmas funções. Ao menos no Brasil é assim. O ideal seria assim: O técnico faz coisas como realizar exames médicos e fazer raio-x em aeroportos, o tecnólogo lida com manutenção, TI e indústria e o biomédico supervisiona uma equipe de técnicos (na radiologia médica) além de assessorar o médico radiologista. É assim que deveria ser e então não haveria essa competição e confusão! Se houvesse uma nova definição sobre quem trabalharia no quê, sem botar todo mundo na mesma função, essa baboseira acabaria em um instante! No caso do biomédico que também tivesse formação como técnico ou tecnólogo isso facilitaria sua função, tanto em lidar com equipe de técnicos quanto em assessorar o médico radiologista em seus laudos.

Vamos supor, no meu caso, um biomédico e técnico. Eu poderia escolher uma das funções, mas não trabalhar nas duas numa mesma empresa (pois isso tiraria a vaga para outra pessoa). Se trabalhar como técnico, por ser também biomédico, teria uma melhor compreensão de anatomia e fisiologia humana, o que facilitaria um pouco meu trabalho. Se trabalhar como biomédico, eu tendo a mesma compreensão de função de um técnico, teria mais aptidão para coordenar uma equipe de técnicos e auxiliar o médico radiologista do que um que não se formou como técnico (uma vantagem curricular). Já se eu também tivesse formação como tecnólogo, teria uma outra opção que seria a de trabalhar na equipe de TI do hospital ou clínica e em examinar periodicamente as condições dos equipamentos a verificar necessidade de manutenção. Mas não, os três trabalham EXATAMENTE as mesmas funções. Por isso essa briga toda! O tecnólogo em radiologia é a formação de técnico mas como graduação.

Talvez o que o CONTER queira seja aos poucos ir substituindo os técnicos pelos tecnólogos, mas não é o que parece pois ainda existem cursos técnicos aos montes. Apesar do técnico concorrer com o tecnólogo para as mesmas funções...

O problema do tecnólogo é que por ser uma área nova e se não me engano criada em 1997, em relação ao técnico em 1986, é que ainda não é muito reconhecida no mercado, apesar da formação mais completa. O biomédico começou nos anos 60! Para ser sincero acho que teria sido melhor deixar apenas o técnico concorrer com biomédico, já que antes do técnico o biomédico já atuava na área mesmo e não havia técnico muito menos tecnólogo! Mas agora que tem pessoas formadas como tecnólogo isso não pode ser mais desfeito. Ou seja, os conselhos e burocratas apenas complicaram ainda mais as coisas! Ao invés de tecnólogo poderia ser o biomédico fazendo alguma especialização em pós-graduação para trabalhar com TI, mas não, um conselho rival ao biomédico criou uma nova área que nem é reconhecida direito pelo mercado, até onde eu sei! Pra mim a criação do tecnólogo, no Brasil, foi uma estratégia para tentar tirar o biomédico desse jogo, mas não deu certo e por isso tentam tirar agora o biomédico à força por autuações ilegais.

É nisso que dá essas brigas entre conselhos distintos numa mesma área. Acabam criando uma nova formação só para tentar tirar a outra do mercado e neste caso falhou miseravelmente!

Porém o Conselho de Biomedicina também falhou em procurar dar uma formação mais profunda ao profissional neste setor, o que deu espaço para um rival atacar e criar toda uma nova profissão para isso. Vou dar um exemplo... Na graduação o aluno só tem de 40 a 80 horas de radiodiagnóstico, enquanto num curso técnico tem mais de um ano, assim como ao tecnólogo que tem acho o dobro. Os biomédicos falharam em permitir que o profissional só com a graduação e estágio pudesse trabalhar numa área em que existe o problema de se expor ao longo prazo à radiação ionizante. O biomédico que só tem as poucas horas de radiodiagnóstico e estágio não teria uma formação adequada para trabalhar em radiologia ou imagenologia (tomografia, ressonância, ultrassom e hemodinâmica). Antes não havia exigência para o biomédico ter uma formação mais profunda. Só depois que um rival atacou que o Conselho de Biomedicina resolveu exigir pós-graduação ao biomédico para trabalhar neste setor. Arrogância, descuido e falta de visão causou tal problema.

Se não fosse por isso, por essa falta de visão dos biomédicos conselheiros, não teríamos o tecnólogo na disputa, pois o biomédico já teria a mesma competência de tal!

Ambos o técnico quanto o tecnólogo são como amiguinhos contra o biomédico, só porque são do mesmo conselho e criaram um espantalho! Ora, se o técnico compete com o tecnólogo, então porque essa confusão toda com o biomédico? Vou dar a resposta. É que a legislação do biomédico é diferente da do técnico e tecnólogo e voltada mais aos laboratórios do que a um ambiente de exposição à radiação ionizante. Para a legislação do técnico e tecnólogo, a legislação do biomédico é absurda, e de certa forma acho, pois a legislação dele vale para todas os setores em que ele atua, incluindo radiologia. No caso do biomédico, até onde sei não tem piso salarial e os que trabalham na área geralmente trabalham o dobro do tempo do técnico ganhando o mesmo ou só um pouco mais, o que em custo-benefício não compensa, fora que ele acaba por isso num emprego se expondo mais à radiação e fica mais difícil conciliar com outro emprego. Biomédico tem adicional de 30%. Técnico tem adicional de 40%.

O biomédico até onde sei trabalha até 40 horas semanais (é o profissional de graduação em saúde que menos ganha) enquanto o técnico é 24 horas semanais (no privado se costuma trabalhar mais horas). Andaram querendo diminuir a carga horária do biomédico para 30 horas semanais, mas tenho que ver se isso deu certo ou se ainda está em luta (seria melhor diminuir se não der para aumentar o salário do mesmo). Existem clínicas que dão mais preferência a biomédicos e por isso fazem o técnico trabalhar a mesma carga horária do biomédico, o que não poderia segundo a lei. Para mim a solução seria se é para o biomédico trabalhar nas mesmas funções do técnico, o que não deveria ser, então ao menos para o biomédico que trabalha na radiologia este deveria ter uma legislação voltada a tal função, e não para trabalho em laboratório!

Vou até pesquisar para ver se alguma coisa mudou. Mas enquanto a legislação for a mesma, vou preferir trabalhar como técnico. Mas se não fosse por causa desta burocracia absurda, ao menos poderia estar trabalhando como biomédico, já poderia ter ao menos um emprego talvez! E pior é que vaga para biomédico no Rio de Janeiro praticamente é inexistente, pois o CRTRRJ do CONTER tem mais força do que em São Paulo. Aliás, quando me formei a profissão do biomédico ainda estava engatinhando e mesmo assim já tinham várias turmas na minha faculdade e em outras universidades, o que não faz o menor sentido para uma área com poucas vagas. Mas é aquela coisa... existe todo um mercado de cursos e faculdades bastante lucrativo e que se foda se isso resultar numa competição em que só 25% ou menos vai conseguir emprego. Eles não estão nem aí!

E olha que a faculdade que cursei foi a primeira particular no Brasil a ter Biomedicina, até então esta área só tinha nas universidades públicas! Então não era qualquer coisa não! Tinha qualidade! Mas para piorar ainda mais a minha situação, tive problema em conseguir meu diploma, só consegui, por causa de merda de burocracia, ter meu diploma 3 anos depois de formado, mas quando terminei a faculdade ela estava em transição em se tornar outra, mas essa outra tem um conceito pior que a outra quando comecei e por causa dessa demora o meu diploma não está no nome da que fiz quando comecei, mas na que fiz quando estava terminando! Outros colegas meus na época já estavam ficando revoltados com a ideia em receber o diploma com o novo nome da faculdade, que fica ao lado da mesma escola que estudei desde o ginásio!

Sobre as outras áreas em que o biomédico pode atuar, geralmente são poucas as vagas (para biomédico). Em concursos há menos vagas para biomédico do que para técnico em radiologia!!!

Antigamente não era assim, até porque não haviam tantos cursos para a formação na área, portanto muito menos pessoas procuravam a profissão do técnico na radiologia. Depois que vários cursos surgiram prometendo maravilhas, foi aí que o problema começou. Depois o governo da Dilma criou um curso para tal área, mas soube que várias clínicas e hospitais não aceitaram dar estágio aos que fizeram tal curso. Quanto mais cursos tiver para a área, ainda mais nas grandes metrópoles, pior, pois só vai aumentar ainda mais a competição para uma área cada vez mais fechada. Antigamente o técnico ganhava mais, mais de 2000 reais no mínimo. Hoje já vi lugares que pagam menos de 1000, não sei se é verdade porém. Quanto mais uma área parece crescer, parece que o salário tende a diminuir. Por isso que acho que a educação superior e técnica, dependendo da área, deveria ser mais restrita e não "para todos", em áreas onde é mais difícil conseguir emprego.

E pior ainda, hoje em dia a maioria dos hospitais e clínicas privados o técnico trabalha como terceirizado e ganha menos que um efetivado.

Cada vez mais a profissão está sendo terceirizada! Até no Rio Imagem que é público e num hospital público onde fiz estágio em radiologia básica!

Não confundir, porém, a radiologia do médico com a do técnico. O CONTER e CRTR ele é voltado para técnicos e tecnólogos em radiologia. Para o médico é CRM e para o biomédico é CRBM. O médico ele faz o laudo dos exames feitos pelo técnico. As poucas exceções disso são ultrassonografia, que na maioria das vezes é o próprio médico que mexe no aparelho e o Arco C em centros cirúrgicos. Soube que cada vez mais técnicos estão começando a trabalhar com ultrassonografia e centro cirúrgico. Mas em tais casos o técnico ele sempre está ao lado do médico, não sozinho na sala. No caso da ultrassonografia existem alguns exames invasivos como a transvaginal. Por isso a presença do médico é necessária neste casos, pois o técnico em radiologia não tem formação para procedimentos invasivos. Nem mesmo para fazer contraste, pois quem deveria fazer isso, a aplicação do contraste, é um técnico de enfermagem auxiliar do técnico em radiologia.

Minha opinião é que o técnico em radiologia possa trabalhar com mais modalidades de exames e deixar o médico em seu respectivo lugar (analisar as imagens e fazer os laudos). Isso vai gerar alguns empregos a mais!

Um dos motivos do porque ainda não consegui emprego na área foi em ter falhado nos estágios em ter sido um espertalhão a entrar em alguma panelinha, pois tenho certa dificuldade em socialização, uma tendência a me isolar. E porque nem sempre mesmo você sendo esperto consegue entrar numa panelinha, ainda mais quando ela já está definida previamente. Um exemplo disso foi no Rio Imagem onde fiz estágio em ressonância, já tinha uma colega que era de outro curso, já tinha amizade ou esquema com o professor que trabalha lá e depois soube através de outra colega que ela ficou com a vaga, enquanto os outros eram "de fora". E olha que em minha turma no estágio, eu era o único em que a técnica confiava para ligar e desligar o aparelho e ainda fiquei certo tempo estagiando mesmo depois de ter terminado o estágio. Mas mesmo eu sendo o mais competente e interessado em minha turma de estágio, outra ficou com a vaga por causa de panelinha com o professor do curso dela!

Isso certamente também aconteceu no Hospital Badim em que estagiei em tomografia. Uma colega que entrou depois de mim ficou com a vaga e era a "amiguinha" lá.

E pior de tudo. Fiz o estágio em ressonância no Rio Imagem em 2019. Dois anos parado por causa de uma praga chinesa, mercado em recessão e hoje estou no momento com 35 anos e sem perspectiva alguma de futuro profissional e dependendo dos meus pais! Se o mercado já está ruim para áreas mais fáceis de conseguir uma vaga, imagina para uma área mais fechada! Agora, para mim, o jeito é tentar concursos em áreas diferentes como técnico em administração (para nível médio) ou coisa do tipo. Pelo visto parece que não vou conseguir trabalhar naquilo do qual me formei! No momento a única vantagem que tenho é que tenho dois apartamentos no meu nome e poderia viver de rentismo, mas mesmo assim a renda seria bem pequena para me sustentar, por causa de um estado sanguessuga governado por vagabundos e cretinos. Com relação aos concursos públicos, ainda tem o problema em eu competir com profissionais que já têm experiência há anos na área e eu só fiz os estágios. A chance de eu passar é baixa por isso.

E ainda por cima durante todo esse meu período de formação intelectual nunca tive nenhuma educação em empreendedorismo e por isso me falta capacidade em empreender. Está aí uma das razões em que acho que empreendedorismo deveria ser OBRIGATÓRIO nas escolas e em acabar de vez com essa mentalidade de que para se dar bem na vida você tem que ser um concursado! Que essa mentalidade econômica socialista deveria acabar de uma vez porque apenas nos faz depender de conseguir emprego público e nos torna incapazes de empreender em um país que por lei já dificulta bastante isso! Ou seja, como vocês podem ver, o próprio estado brasileiro por si só já é um grande fator em eu estar na situação em que me encontro.

E é por isso que quero profundas mudanças da gestão e lei brasileira! São coisas assim que me deixam em um estado de revolta e dá vontade de mudanças radicais, a começar pela desburocratização completa do trabalho, mesmo que para isso haja derramamento de sangue de socialista revoltoso! Em despetizar e destrotskizar (desburocratizar) as leis trabalhistas e relações de trabalho. São coisas assim que me faz querer que todos os que querem burocratizar ainda mais o trabalho percam as eleições e sejam presos, que o atual presidente consiga fazer mudanças ainda mais profundas em desburocratizar não só em relação ao trabalho como em demais coisas neste país. Pois percebi que o estado burocrático mais atrapalha do que nos ajuda. O ideal para mim seria um candidato libertário, isso sim! Se aquele tal do Peter (daquele canal Visão Libertária) se candidatasse, eu votaria nele com certeza! Todos os candidatos que querem mais burocracia não prestam para mim! Só vai piorar ainda mais a minha chance de conseguir emprego!

Se o Lula ganhar e minha situação piorar, é capaz de eu desenvolver pensamentos suicidas!

Sei que como uma pessoa formada em saúde não deveria estar tendo estes pensamentos pesados contra rivais, mas... sou humano, tenho minhas limitações e estou numa situação bem pessimista!

Para terminar, como disse: Cada profissional deveria ter uma atuação diferente, e não todos trabalharem nas mesmas coisas! O técnico em radiologia fazendo exames, o tecnólogo trabalhando em TI ou indústria e o biomédico coordenando técnicos e auxiliando médicos radiologistas. Assim como o farmacêutico criando remédios e trabalhando em farmácias, o biomédico fazendo exames laboratoriais e o biólogo lidando com plantas e animais. Todos até podendo trabalhar em uma mesma área mas com funções distintas, e não competindo pelas mesmas funções! Isso até geraria mais empregos a meu ver! É a melhor solução que tenho no momento para essa treta entre técnico, tecnólogo e biomédico!

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Seg, 30 Maio 2022 - 22:38 pm
No caso da radiologia, esse problema todo começou quando surgiu a profissão do técnico em radiologia, antes disso quem atuava na área eram enfermeiros, biomédicos e médicos. Não havia um profissional específico.
O que deveriam perguntar é: que problema queremos resolver na radiologia? A resposta que vejo é "garantir capacidade de trabalhar com segurança se riscos de radiação ao paciente e ao profissional." Isso deveria ser algo semelhante a licença de habilitação, só pode operar a máquina se tiver a habilitação.

Falando em habilitação de carro, nos EUA não é obrigatório fazer curso de condutor e a pessoa faz apenas o exame. Mas o Brasil está no outro extremo. Eles exigem que a autoescola colete a impressão digital do aluno em cada aula. Isso já é exagero demais e encarece o processo por burrice.

Em relação a conselhos que não tem risco à vida, como Administração e Contabilidade, o maior risco não é a imperícia da pessoa e sim a desonestidade. Mas desonestidade pode ocorrer em qualquer profissão e quanto mais regulamentação paranoica mais ineficiência. E a lei obriga esdrúxula que empresário contrate uma contadora, mesmo sendo empresa pequena ou o empresário tendo noções suficientes de contabilidade. Administração e Contabilidade andam lado a lado e é comum um ter boas noções do outro e por isso não deveria ser limitado.
A melhor chance para você conseguir emprego em um hospital ou clínica particular é ao fazer o estágio em um destes, você ser um mala, se socializar bem, ser um espertalhão e finalmente entrar na panelinha!
Existe uma teoria de que os mais bem sucedidos dentro de uma empresa não são os mais intelectuais e competentes e sim os mais psicopatas (não no sentido de assassino louco e sim no sentido de manipulador sem empatia).
Tanto o técnico quanto o tecnólogo e o biomédico trabalham EXATAMENTE as mesmas funções. Ao menos no Brasil é assim. O ideal seria assim: O técnico faz coisas como realizar exames médicos e fazer raio-x em aeroportos, o tecnólogo lida com manutenção, TI e indústria e o biomédico supervisiona uma equipe de técnicos (na radiologia médica) além de assessorar o médico radiologista. É assim que deveria ser e então não haveria essa competição e confusão! Se houvesse uma nova definição sobre quem trabalharia no quê, sem botar todo mundo na mesma função, essa baboseira acabaria em um instante! No caso do biomédico que também tivesse formação como técnico ou tecnólogo isso facilitaria sua função, tanto em lidar com equipe de técnicos quanto em assessorar o médico radiologista em seus laudos.

Vamos supor, no meu caso, um biomédico e técnico. Eu poderia escolher uma das funções, mas não trabalhar nas duas numa mesma empresa (pois isso tiraria a vaga para outra pessoa). Se trabalhar como técnico, por ser também biomédico, teria uma melhor compreensão de anatomia e fisiologia humana, o que facilitaria um pouco meu trabalho. Se trabalhar como biomédico, eu tendo a mesma compreensão de função de um técnico, teria mais aptidão para coordenar uma equipe de técnicos e auxiliar o médico radiologista do que um que não se formou como técnico (uma vantagem curricular). Já se eu também tivesse formação como tecnólogo, teria uma outra opção que seria a de trabalhar na equipe de TI do hospital ou clínica e em examinar periodicamente as condições dos equipamentos a verificar necessidade de manutenção. Mas não, os três trabalham EXATAMENTE as mesmas funções. Por isso essa briga toda! O tecnólogo em radiologia é a formação de técnico mas como graduação.
Técnico, tecnólogo, biomédico, enfermeiro, etc. São tantos rótulos. Quem saberia definir o chefe da equipe e quem faz o que dentro do órgão é o gestor. É ele que sabe o que cada funcionário sabe fazer e o que precisa ser feito. E é ele que organiza a equipe e busca eficiência. Ele aprende técnicas de fora, mas só ele sabe como é a situação interna.
Quanto mais uma área parece crescer, parece que o salário tende a diminuir. Por isso que acho que a educação superior e técnica, dependendo da área, deveria ser mais restrita e não "para todos", em áreas onde é mais difícil conseguir emprego.
Lei de oferta e demanda. Quando diminuem o salário, o número de matrículas diminui. Por isso o Estado tem que diminuir a oferta do curso no ensino público e investir em mais áreas.
E pior ainda, hoje em dia a maioria dos hospitais e clínicas privados o técnico trabalha como terceirizado e ganha menos que um efetivado.

Cada vez mais a profissão está sendo terceirizada! Até no Rio Imagem que é público e num hospital público onde fiz estágio em radiologia básica!
Terceirização é uma aberração criada para contornar leis burocráticas.

No funcionalismo público inventaram isso para poder contratar pessoas rapidamente e com especialização muito específica, que seria impossível de contratar via concurso. Então fica bizarro ter pessoas com mesmo papel na equipe, mas regime trabalhista muito diferente, podendo ter segregação.

No setor privado serve para contornar os excessos da CLT, mas acaba prejudicando as condições de negociação e direitos fundamentais segurança no trabalho. Não vejo sentido uma pessoa ir a uma empresa, receber ordem de alguém nessa empresa, mas o patrão (que paga) ser de outra empresa e quase nunca vê-lo. No caso de faxina faz sentido, porque não precisa do mesmo funcionário indo à empresa e podem mudá-lo a qualquer momento; esse funcionário estaria representando o empresa de limpeza.
E ainda por cima durante todo esse meu período de formação intelectual nunca tive nenhuma educação em empreendedorismo e por isso me falta capacidade em empreender. Está aí uma das razões em que acho que empreendedorismo deveria ser OBRIGATÓRIO nas escolas e em acabar de vez com essa mentalidade de que para se dar bem na vida você tem que ser um concursado!
Empreendedorismo é muito difícil para quem não é comunicativo. Não sei como ajudar. Mas o mais importante de tudo é ter uma ideia, e isso é muito difícil.

Para terminar, como disse: Cada profissional deveria ter uma atuação diferente, e não todos trabalharem nas mesmas coisas! O técnico em radiologia fazendo exames, o tecnólogo trabalhando em TI ou indústria e o biomédico coordenando técnicos e auxiliando médicos radiologistas. Assim como o farmacêutico criando remédios e trabalhando em farmácias, o biomédico fazendo exames laboratoriais e o biólogo lidando com plantas e animais. Todos até podendo trabalhar em uma mesma área mas com funções distintas, e não competindo pelas mesmas funções! Isso até geraria mais empregos a meu ver! É a melhor solução que tenho no momento para essa treta entre técnico, tecnólogo e biomédico!
Penso o contrário. É positivo quando a mesma pessoa sabe fazer bem muitas coisas, quando não prejudica a especialização. A empresa contratará menos funcionários e terá preços mais baratos ao cliente. Em relação ao desemprego por causa da boa educação é análogo ao desemprego causados pela tecnologia. A oposição a máquinas e eficiência é chamada de ludismo (uma forma primitiva de "socialismo").
Tópico semelhante: viewtopic.php?t=185

Você pode fazer radiografia odontológica?

...

Se o Lula ganhar e minha situação piorar, é capaz de eu desenvolver pensamentos suicidas!
Quem ganhar vai piorar a situação. Não cometa o erro de personificar a raiz do mal. O problema é a estrutura política-econômica-social do Brasil e Bolso-Lula é só o sintoma e não a doença. A política faz mal a todos e será sempre ruim. Por isso, nunca conte com a política.
Um dos motivos do porque ainda não consegui emprego na área foi em ter falhado nos estágios em ter sido um espertalhão a entrar em alguma panelinha, pois tenho certa dificuldade em socialização, uma tendência a me isolar. E porque nem sempre mesmo você sendo esperto consegue entrar numa panelinha, ainda mais quando ela já está definida previamente. Um exemplo disso foi no Rio Imagem onde fiz estágio em ressonância, já tinha uma colega que era de outro curso, já tinha amizade ou esquema com o professor que trabalha lá e depois soube através de outra colega que ela ficou com a vaga, enquanto os outros eram "de fora".
No funcionalismo público não tem isso no nível baixo. Só no nível de chefia e cargo comissionado.

O brasileiro é muito sociável e isso torna o país difícil para quem é reservado. Os outros veem os reservados como antipáticos. O conhecimento de perfil psicológico é algo extremamente nulo na educação brasileira e o pouco que tem nos recursos humanos é ignorante.
E pior de tudo. Fiz o estágio em ressonância no Rio Imagem em 2019. Dois anos parado por causa de uma praga chinesa, mercado em recessão e hoje estou no momento com 35 anos e sem perspectiva alguma de futuro profissional e dependendo dos meus pais! Se o mercado já está ruim para áreas mais fáceis de conseguir uma vaga, imagina para uma área mais fechada! Agora, para mim, o jeito é tentar concursos em áreas diferentes como técnico em administração (para nível médio) ou coisa do tipo. Pelo visto parece que não vou conseguir trabalhar naquilo do qual me formei! No momento a única vantagem que tenho é que tenho dois apartamentos no meu nome e poderia viver de rentismo, mas mesmo assim a renda seria bem pequena para me sustentar, por causa de um estado sanguessuga governado por vagabundos e cretinos.
A maioria dos brasileiros pagam aluguel e tem pressão para ganhar dinheiro em vez do simbolismo de ter emprego. Um estudante que mora com os pais tem grande vantagem. Como ele não tem pressa de ganhar dinheiro, ele tem tempo para estudar mais para melhorar a qualificação, tempo para projetar um empreendimento e tempo para fazer concurso público. Se você tem dois apartamentos, poderia vender um para investir num empreendimento próprio.

O que digo para todos os alunos que começam a faculdade e moram com os pais é que eles aproveitem o tempo de faculdade para fazer formação complementar, aprender inglês, e procurar cursos úteis para área. Depois que formar, fazer uma pós-graduação voltada à sub-área em que deseja atuar. Mas os jovens de hoje não fazem isso, são esquerdistas que usam o tempo livre para hedonismo, bebedeira, sexo, festa (coisas que não dão futuro).

Se a área de Biomedicina não está boa e está sem perspectiva, a solução é procurar outra formação. Se você gosta e é bom em matemática, sugiro que aprenda algo de programação. O mercado atual está aquecido por causa de estrangeiros contratando brasileiros por causa do teletrabalho e do real desvalorizado. Mas se gosta de desenhar e arte, poderia fazer curso de design gráfico que pode ser contratado por teletrabalho também.

Ou ainda aproveitar a habilidade de escrita para tentar ser escritor. O problema é que geoficção e história alternativa não dão lucro, mas se conseguir fazer um narrativa, adicionar ilustrações, crítica social e humor, você pode atrair leitores.
Com relação aos concursos públicos, ainda tem o problema em eu competir com profissionais que já têm experiência há anos na área e eu só fiz os estágios. A chance de eu passar é baixa por isso.
Não sei como é concurso na área de saúde, mas nas áreas teóricas quem está trabalhando há anos não tem vantagem. É muito mais decoreba e sorte. É muito comum a prova ter nada do que fará quando trabalhar.

Sugiro que vá tentando concurso público enquanto estiver desempregado. Ser funcionário público com governo de esquerda é bom.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

O que deveriam perguntar é: que problema queremos resolver na radiologia? A resposta que vejo é "garantir capacidade de trabalhar com segurança se riscos de radiação ao paciente e ao profissional." Isso deveria ser algo semelhante a licença de habilitação, só pode operar a máquina se tiver a habilitação.
Também acho, mas sem essa baboseira burocrática de militante xiita de "não pode invadir minha área".
Falando em habilitação de carro, nos EUA não é obrigatório fazer curso de condutor e a pessoa faz apenas o exame. Mas o Brasil está no outro extremo. Eles exigem que a autoescola colete a impressão digital do aluno em cada aula. Isso já é exagero demais e encarece o processo por burrice.
Não sabia disso. Por isso que temos que ter um governo MENOS BUROCRÁTICO, que idealize diminuição da burocracia, e isso só vejo possível com um candidato libertário. Lula e Ciro não são nada libertários, mas o Bolsonaro e apoiadores me parecem ter algumas coisas do libertário que também defendo, como defender que as pessoas tenham armas, propriedade privada, liberdade de expressão, coisas do tipo. Quem não defende estas coisas não serve para mim e vejo como uma ameaça à liberdade da sociedade brasileira a ser combatida (nas urnas). O povo brasileiro precisa de mais liberdade para empreender e de menos impostos escravizantes.
Existe uma teoria de que os mais bem sucedidos dentro de uma empresa não são os mais intelectuais e competentes e sim os mais psicopatas.
Por mim pessoas com esse perfil psicológico deveriam ser exterminadas ou mesmo em haver um filtro para sacrificar recém-nascidos que tenham esse tipo de genética, não me importaria nem um pouco. Assim não teríamos tanta gente inescrupulosa na política, no ambiente de trabalho e inclusive teríamos menos bandidos pelas ruas, já que a maioria dos bandidos são pessoas com este perfil psicopático. Muitas vezes uma pessoa com esse tipo de perfil acaba tomando a vaga de uma pessoa mentalmente saudável e que seria mais competente. É como uma erva daninha a ser eliminada entre humanos. Não tenho a mínima compaixão ou piedade perante tais pessoas. QUE MORRAM TODOS! Ou se for para deixar viverem, não deveriam ter os mesmos direitos que as demais e não poderiam viver em liberdade, uma vez identificada tal tendência de comportamento na infância. Isso é uma das poucas coisas autoritárias de governo das quais seria a favor. O problema é que isso seria improvável de ser imposto por não-psicopáticos.

Alguns políticos brasileiros que são assim são... Lula, Collor e Ciro. Pessoas como Moraes e Barroso também estão incluídas pelo claro caráter autoritário e manipulador. Muitos falam que o Bolsonaro é mas eu não consigo vê-lo desta forma. O que deve ser observado não são meras opiniões, mas como se comporta. Dificilmente uma pessoa que se mistura com multidões de forma amigável seria um psicótico, a exemplo das motociatas. O Lula geralmente quando aparece em multidões ele fica numa plataforma afastada das pessoas, como se fosse um astro além de seu mau caráter quando fala. O Lula é um baita manipulador de massas e defende tudo aquilo que caracteriza um político psicopático, tais como: autoritarismo, centralização do poder, controle da mídia, adoração à sua imagem e tudo contrário ao que um libertário ou liberal faria. O político psicopata é aquele que sempre tenderá a manipular multidões e fazer o que for necessário para se dar bem, mesmo que por meios criminosos. Também tendem a serem ótimos na oratória!

Mas daí vão falar: "Ah, o Bolsonaro foi insensível com vítimas da Covid". Eu digo o seguinte... Essa pandemia foi uma tentativa da China em enfraquecer o resto do mundo, impor seu poderio econômico e ideologia. A culpa disso é inteiramente da China por ter perseguido e calado médicos que há meses antes disso se espalhar pelo mundo já tentaram avisar, mas não era do interesse do PCC esse conhecimento ter se espalhado antes da hora. Eles tinham um plano de extermínio, de genocídio contra seus inimigos. Todo esse argumento por causa da COVID não se passa de um argumento barato e uma estratégia em derrubar a direita. Xi Jinping e inclusive o Putin, têm claros perfis de psicopata. Qualquer argumento em torno da Covid é inválido e por isso sempre vou ignorar, porque se trata de uma estratégia política, e não um argumento intelectualmente honesto. Essa pandemia foi fabricada. E outra, chinês é um povo porco que come qualquer merda, e dá nisso. Não é à toa que a China é uma das principais fontes de doenças pelo mundo.

E eu me nego a dialogar com qualquer um que defenda a política de Beijinho no Cu e de Xixi Jinpinga, porque eles perseguem cristãos como eu lá e falam mal de capitalista. Então eu boicoto diálogo com eles e a quem os apoia.

Chineses são [Removido pela Moderação]. Tenho vizinhos no meu prédio assim que fazem criação de BARATA! Essa gente é incompatível com o mundo ocidental, fede e a maioria prega sociabosta.

O Brasil precisa de mais pessoas como alemães, ingleses, japoneses e escandinavos, pois são povos mais competentes, limpos e civilizados.

Colarinho branco tem [Removido pela Moderação]! Ponto.

Pessoas que têm perfil que represente ameaça à sociedade deveriam ter seus direitos e liberdade reduzidos para o bem do resto! Ou serem [Removido pela Moderação] se necessário!

Um psicopata faz mal à saúde de uma pessoa normal! É quase um autista só que do mal e incapaz de ser honesto. Ter empatia de psicopata o tornará escravo dele.

Alguns psicopatas não políticos são: Edir Macedo, Cabo Bruno e Suzane von Richthofen.

Meu perfil é o oposto de um psicopático, apesar de ser um cara mais reservado em várias situações. Psicopata é manipulador, desonesto e não tem apego emocional, não é o meu caso!
Lei de oferta e demanda. Quando diminuem o salário, o número de matrículas diminui. Por isso o Estado tem que diminuir a oferta do curso no ensino público e investir em mais áreas.
No caso de uma área fechada como radiologia nem deveria ter ensino público, só particular. Com menos competição, haverão mais vagas. Simples assim!
Terceirização é uma aberração criada para contornar leis burocráticas. No funcionalismo público inventaram isso para poder contratar pessoas rapidamente e com especialização muito específica, que seria impossível de contratar via concurso. Então fica bizarro ter pessoas com mesmo papel na equipe, mas regime trabalhista muito diferente, podendo ter segregação. No setor privado serve para contornar os excessos da CLT, mas acaba prejudicando as condições de negociação e direitos fundamentais segurança no trabalho. Não vejo sentido uma pessoa ir a uma empresa, receber ordem de alguém nessa empresa, mas o patrão (que paga) ser de outra empresa e quase nunca vê-lo.
Se a terceirização no setor privado existe para contornar problemas com a CLT, então essa CLT deveria ser mudada ou extinta. Sem toda essa burocracia a terceirização seria bem menos necessária!
Empreendedorismo é muito difícil para quem não é comunicativo. Não sei como ajudar. Mas o mais importante de tudo é ter uma ideia, e isso é muito difícil.
É, isso é verdade. Mas nem sempre ser comunicativo é necessário. Ouvi dizer que existem maneiras no marketing digital em que você não precisa ficar aparecendo para lucrar.
Penso o contrário. É positivo quando a mesma pessoa sabe fazer bem muitas coisas, quando não prejudica a especialização. A empresa contratará menos funcionários e terá preços mais baratos ao cliente. Em relação ao desemprego por causa da boa educação é análogo ao desemprego causados pela tecnologia. A oposição a máquinas e eficiência é chamada de ludismo (uma forma primitiva de "socialismo").
Mas daí continuará existindo briga de conselhos por causa de "invadir a minha área" e como consequência autuações ilegais. Já vi alguns casos assim em tramitação na justiça.
Você pode fazer radiografia odontológica?
Hoje em dia para você trabalhar em algum ramo na radiologia você tem que fazer um curso específico para além do básico, pois a exigência do mercado aumentou bastante e por causa da alta competição! Hoje em dia é muito difícil você conseguir emprego na área só fazendo o curso básico, coisa que não era realidade nos anos 90 e antes.
Quem ganhar vai piorar a situação. Não cometa o erro de personificar a raiz do mal. O problema é a estrutura política-econômica-social do Brasil e Bolso-Lula é só o sintoma e não a doença. A política faz mal a todos e será sempre ruim. Por isso, nunca conte com a política.
Isso é verdade, mas é aquela coisa... Sempre vou ter antipatia por políticos psicopáticos. Se o Bolsonaro é realmente eu não sei, mas por enquanto não me parece (o Trump tem muito mais chance de ser). E mesmo que seja, ao menos ele defende coisas que também defendo, então... é ainda menos pior que o Lula, que é um genuíno psicopata. Lembre de que só votei nele por causa do PT, não porque fico admirando a imagem dele como milhões fazem chamando ele de mito ou coisa do tipo. Se voto nele é por falta de opção, em não ter outro como ele que seja capaz de impedir a volta da esquerda no executivo, seja a moderada ou radical. Quem impediria a volta da esquerda? Kim? Moro? Amoedo? Daciolo? Álvaro? Nenhum destes até então teriam força contra um Haddad ou um Alckmin.

Motivo? Coisas como regulamentação da mídia, politicamente correto, socialismo, juízes criminosos, impostos absurdos, projetos ineficientes, burocracia idiota e delinquência juvenil, só todas essas coisas!

Infelizmente tenho que dizer que um psicopata que defende a liberdade individual é menos pior que um que quer resumir todos a uma ideia, condição, classe e que odeia gente como eu.
O brasileiro é muito sociável e isso torna o país difícil para quem é reservado. Os outros veem os reservados como antipáticos. O conhecimento de perfil psicológico é algo extremamente nulo na educação brasileira e o pouco que tem nos recursos humanos é ignorante.
Esse é um grande problema para mim. É como se eu tivesse nascido no país errado e sempre tive essa percepção. E isso é uma das coisas pelas quais sempre tive poucos amigos e hoje só tenho contato com minha família, vivo praticamente sozinho. E é um das coisas pelas quais sempre tive certa antipatia pelo tecido social brasileiro. Talvez em alguma disciplina devesse ter alguma matéria como perfis psicológicos, neste caso poderia ter na disciplina Trabalho (já que envolve lidar com diferentes perfis psicológicos no ambiente de trabalho, coisa que nem em faculdade se aprende, a não ser talvez psicologia ou psiquiatria). Não só em saber os tipos, mas em como saber lidar com esses perfis, o que já te prepararia muito mais para um ambiente de trabalho.

Mas vai ver que certos psicopatas que trabalham no MEC não estejam interessados nisso... :lol:
A maioria dos brasileiros pagam aluguel e tem pressão para ganhar dinheiro em vez do simbolismo de ter emprego. Um estudante que mora com os pais tem grande vantagem. Como ele não tem pressa de ganhar dinheiro, ele tem tempo para estudar mais para melhorar a qualificação, tempo para projetar um empreendimento e tempo para fazer concurso público. Se você tem dois apartamentos, poderia vender um para investir num empreendimento próprio.
Se no momento eu tivesse planos específicos para algo que me garantisse lucro a certo prazo, poderia pensar nisso, mas como não é o caso acho arriscado.
O que digo para todos os alunos que começam a faculdade e moram com os pais é que eles aproveitem o tempo de faculdade para fazer formação complementar, aprender inglês, e procurar cursos úteis para área. Depois que formar, fazer uma pós-graduação voltada à sub-área em que deseja atuar. Mas os jovens de hoje não fazem isso, são esquerdistas que usam o tempo livre para hedonismo, bebedeira, sexo, festa (coisas que não dão futuro).
Por isso que o marxismo deveria ser proibido nas escolas e universidades, pois essa mentalidade virou erva daninha na sociedade brasileira e deveria ser proibida. E que de dane coisas como neotribalismo, o Brasil não precisa de idiotices como tal. Essa bosta de marxismo só causou problemas na empregabilidade, como burocracias absurdas que fazem empresários terem medo de contratar empregados. Marxismo é cu de rôla, só serve para tirar nossas liberdades, dar mais poder a políticos psicopatas e criar delinquentes juvenis. Marx foi um oportunista por sinal. Mises é o oposto dessa mentalidade de psicopata. Mais Mises, menos Marx!!!

Desprezo toda essa juventude marxista que gosta de estilo punk, pra mim é lixo social e só vai servir para me fazer competir com delinquentes por emprego. Pode me chamar de insensível, mas é assim que os vejo, como potenciais delinquentes além de militantes retardados sem noção de realidade, uma pedra no meu caminho. Um mero inconveniente, fruto de uma engenharia social de burocratas e professores porcos. Uma geração de pessoas tóxicas e fracassadas. E também tenho um tanto de vergonha da minha, que cambaleou por caminho similar, fruto de sonhadores vagabundos pelo método Paulo Freire. Pra eu namorar com alguém assim a pessoa tem que ser muito legal e honesta comigo, senão... é lixo!
Mas se gosta de desenhar e arte, poderia fazer curso de design gráfico que pode ser contratado por teletrabalho também.
De fato fiz um curso de design gráfico. No ano em que entrei no curso nem estava planejando isso, meio que caiu de paraquedas. Estava andando pela rua, daí um cara em frente ao curso me convidou para entrar lá, achei interessante e legal e acabei fazendo, foi até divertido em algumas coisas. Na época estava fazendo radiologia básica. O meu intuito com design gráfico era para ser um trabalho secundário junto ao do técnico, era esse o plano que tinha na época. Mas com um mercado cada vez mais apertado e como o mercado de design já estava saturado, como o da radiologia, ficou difícil para qualquer empreendedorismo da minha parte. E não, nunca me dei muito bem com matemática, portanto programação não é o meu forte.

Como pode ver tenho várias barreiras ao meu sucesso profissional, a começar pelo aspecto da socialização. Parece não haver lugar para mim no mercado de trabalho!

No momento a minha única esperança é continuar fazendo mineração de moedas baratas e ver se algum dia o valor suba de forma que eu possa ter alguns milhões... E daí depois disso fazer um investimento em cima desse lucro, de forma que através de juros eu recebesse um salário para o resto da vida, sem gastar estes milhões obtidos, se é que vou conseguir algum dia também. Problema é que se a esquerda voltar a governar este país, por ela ser contra esse tipo de coisa, isso poderá se tornar mais um prejuízo para mim, mais um fator a impedir meu progresso e independência. Não adianta, a partir de agora só voto em liberal ou libertário, não mais em quem quer burocracia ou proibir qualquer coisa que me traga independência.

O jeito é tentar por caminhos menos convencionais, como minerar criptomoedas.



__________________
Nota da Moderação:
A postagem acima precisou receber algumas edições com remoção de termos inadequados ao fórum.
Gabarito.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

nuker escreveu:
Ter, 31 Maio 2022 - 16:09 pm
Todo esse argumento por causa da COVID não se passa de um argumento barato e uma estratégia em derrubar a direita.
Trump perdeu as eleições por causa de como ele se comportou na pandemia. Bolsonaro também tem perdido muitos votos por causa da gestão na pandemia.
Pessoas que têm perfil que represente ameaça à sociedade deveriam ter seus direitos e liberdade reduzidos para o bem do resto! Ou serem executadas se necessário!
Isso é eugenia. É um assunto polêmico e pouco estudado. Não se sabe os genes do crime e nem se o pior tipo de psicopatia é genético.
Tópico: https://clubeceticismo.com.br/viewtopic.php?t=645

Países evoluídos, como Japão, Islândia, Estônia e Finlândia, tem baixíssimo índice de crime. Significa que a estrutura sócio-econômica impede que os genes da maldade se manifeste com frequência. Mas quando pega um habitante desses países e colocam num exército ou cenário pós-apocalíptico, eles se tornam tão cruéis quanto os criminosos de países violentos. Claro que estamos longe de boa estrutura social, mas para usar essa solução paliativa, temos que saber o que estamos fazendo.
Alguns políticos brasileiros que são assim são... Lula, Collor e Ciro. Pessoas como Moraes e Barroso também estão incluídas pelo claro caráter autoritário e manipulador.
Pela descrição que vi há alguns anos. Lula, Aécio e Collor se encaixam nessa definição de psicopata, enquanto Bolsonaro pai, Temer e Dilma não são porque são péssimos em comunicação. Mas existem outros tipos de maldade além da psicopatia. Dilma não se abalando com tanta rejeição e a postura de Bolsonaro na pandemia e a aversão dele a índios são coisas de pessoas más.
Penso o contrário. É positivo quando a mesma pessoa sabe fazer bem muitas coisas, quando não prejudica a especialização. A empresa contratará menos funcionários e terá preços mais baratos ao cliente. Em relação ao desemprego por causa da boa educação é análogo ao desemprego causados pela tecnologia. A oposição a máquinas e eficiência é chamada de ludismo (uma forma primitiva de "socialismo").
Mas daí continuará existindo briga de conselhos por causa de "invadir a minha área" e como consequência autuações ilegais. Já vi alguns casos assim em tramitação na justiça.
Por isso tem que ser eliminado essa besteira de invadir área. Se uma atividade específica (como radiologia) precisa de certificação, o conselho deverá observar somente a atividade e não a profissão.
Hoje em dia para você trabalhar em algum ramo na radiologia você tem que fazer um curso específico para além do básico, pois a exigência do mercado aumentou bastante e por causa da alta competição! Hoje em dia é muito difícil você conseguir emprego na área só fazendo o curso básico, coisa que não era realidade nos anos 90 e antes.
Exigem uma qualificação maior mesmo não sendo necessária para o cargo?
Não vejo isso como vantagem.
Tem cargos na polícia que exigem um curso superior qualquer, mesmo tendo relação nenhuma com o cargo.
Esse é um grande problema para mim. É como se eu tivesse nascido no país errado e sempre tive essa percepção. E isso é uma das coisas pelas quais sempre tive poucos amigos e hoje só tenho contato com minha família, vivo praticamente sozinho. E é um das coisas pelas quais sempre tive certa antipatia pelo tecido social brasileiro. Talvez em alguma disciplina devesse ter alguma matéria como perfis psicológicos, neste caso poderia ter na disciplina Trabalho (já que envolve lidar com diferentes perfis psicológicos no ambiente de trabalho, coisa que nem em faculdade se aprende, a não ser talvez psicologia ou psiquiatria). Não só em saber os tipos, mas em como saber lidar com esses perfis, o que já te prepararia muito mais para um ambiente de trabalho.
Durante a infância e adolescência, ninguém considera como um problema que a pessoa seja menos sociável. Nem ela mesma. Consideram que é e isso é um bom comportamento. Só depois de adulta e que começa a ter problemas de trabalho ou de solidão, que começam a notar o problema.

Existem vários outros problemas que alunos sofrem e afetam o desempenho escolar ou profissional, como déficit de atenção, problema de memória, etc. Porém, a escola brasileira é péssima em detectar esses problemas e a orientar alunos que tem limitações específicas. Então quando se tornam adultas, é muito mais difícil educá-las em relação a esses problemas. Às vezes é possível, mas é muito caro.

Acredito que a Finlândia é boa porque o professor entende bem pedagogia, há poucos alunos por professor e o professor pode usar uma metodologia diferente para cada aluno. Um dos maiores problemas no ensino brasileiro é esse: usar a mesma metodologia para alunos diferentes. Cada um aprende de um jeito diferente, conforme o perfil psicológico.
Como pode ver tenho várias barreiras ao meu sucesso profissional, a começar pelo aspecto da socialização. Parece não haver lugar para mim no mercado de trabalho!
Poderia procurar algum serviço confiável de aconselhamento profissional.
O jeito é tentar por caminhos menos convencionais, como minerar criptomoedas.
É muito arriscado investir o patrimônio nisso. Não deixe tua afinidade por ideias libertárias te levar a uma fé cega nelas.
É como loteria e tem 1% de chances de enriquecer com isso. A maioria das pessoas perdem dinheiro ou perderão muito há qualquer momento.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Gabarito
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Mensagem por Gabarito »

O assunto fugiu demais do tema do tópico e foi sugerida a transferência das postagens off topic para o da China.
A ação já foi feita.

Para diferenciar o que pertencia a um e a outro tópico, basta notar o título de cada postagem.

Peço a nuker que verifique com mais frequência a sua Caixa de Entrada de mensagens privadas.
Tem mensagem para você lá há mais de 2 dias, ainda sem leitura.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
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Mensagem por nuker »

Ok. foi até bom ter feito isso. De qualquer forma vou voltar ao assunto do tópico.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Bem, voltando ao assunto, temos um sistema educacional que está mais preocupado em fazer alunos passarem do vestibular do que em preparar para as coisas práticas da vida adulta. O aluno sai da escola cheio de teorias disciplinares na cabeça mas na maioria das vezes sem praticá-las na vida real e ainda perdido sem saber direito o que fazer da vida. E na maioria das vezes, com o passar da vida, acaba se esquecendo da maior parte do que aprendeu na escola. Por isso que acho que certas coisas deveriam serem somente ensinadas na faculdade ou em curso técnico e ensinar mais coisas úteis, como empreendedorismo e relações de trabalho.

Também defendo, como disse antes, que deveria haver uma mudança no propósito em se fazer uma faculdade. A maioria dos que fazem faculdade hoje não conseguem o emprego na área em que se formaram, então isso acaba se tornando um grande desperdício de tempo, em que a pessoa poderia ter se dedicado em algo diferente, como um negócio (mesmo que fosse marketing digital) ou em algo que desse um emprego mais imediato. Por isso que achei que seria interessante criar dois novos níveis de ensino, que seria o técnico-superior e pós-técnico. O técnico-superior seria a formação técnica voltada para uma área mas de nível superior.

Enquanto o pós-técnico seria nada mais que o profissional técnico-superior com uma especialização, feita num curso de pós-graduação!

Por exemplo, alguém que fizesse técnico-superior para trabalhar em laboratório, teria toda a formação necessária, em 3 ou 4 anos, para trabalhar em tudo relacionado a exames laboratoriais. Sei que tem o técnico de laboratório, mas o técnico-superior teria uma competência mais profunda. Assim, o técnico de laboratório neste caso seria um auxiliar do técnico-superior, que é o que faria exames mais complexos, incluindo toda a parte de microbiologia, gasometria, etc. Já o biomédico neste caso estaria mais voltado para a parte da pesquisa, como produção de vacinas, análise ambiental, cura de doenças, tecnologia e docência.

No caso da radiologia técnica, já temos um técnico-superior que é o tecnólogo em radiologia. O técnico seria um auxiliar do tecnólogo, esse último que seria encarregado de coordenar equipe de técnicos, podendo também fazer exames radiológicos e trabalhar na parte industrial, como usinas nucleares. O biomédico aqui teria que estar mais voltado a ser um auxiliar do médico radiologista ou então em algo voltado à pesquisa ao usar aparelhos de tomografia e ressonância, e só poderia fazer exames se já tivesse uma formação que o permitisse atuar no papel do técnico, mais como um substituto ou auxiliar do técnico.

Para outras áreas eu não sei a fundo, mas acho que o mesmo esquema poderia funcionar. Não para todas, mas para várias sim.

Por exemplo, temos o técnico eletricista, que seria um auxiliar do engenheiro eletrônico e assim vai. Mas aqui o engenheiro eletrônico poderia ter feito tanto o técnico-superior (voltado ao trabalho convencional) ou bacharel voltado para pesquisa, em que neste caso ele também teria o auxílio do eletricista ou mesmo do que fez o técnico-superior. No caso de quem fosse trabalhar com logística, você não precisaria fazer bacharel em engenharia de produção, bastaria fazer um técnico-superior totalmente dedicado à logística. Aquele que fez o bacharel além de poder trabalhar nisso poderia trabalhar com pesquisa ou dar aula de logística.

A formação técnica seria para formar auxiliares. A formação técnica-superior seria para formar os profissionais propriamente ditos nas respectivas áreas, em que ele trabalharia junto aos técnicos auxiliares. E ainda teríamos o pós-técnico, que seria uma espécie de pós-graduação para os técnicos-superiores, de forma que eles tenham uma especialização. Quanto aos técnicos, eles já têm os cursos de extensão. O que fez o técnico-superior já poderia pular para a pós-graduação sem precisar fazer a graduação, mas por não ter feito a graduação ele receberia o título de pós-técnico, ao invés de pós-graduado, o que simplificaria as coisas.

Mas para fazer doutorado e pós-doutorado, só quem fizesse a graduação, o bacharelado primeiro. No caso do mestrado quem fez o técnico-superior poderia fazer também, para não faltar professores nos cursos. Então quem fizesse o técnico-superior poderia depois fazer a pós-graduação (com título de pós-técnico neste caso) e mestrado, mas não doutorado ou pós-doutorado, já que isso está voltado à pesquisa em campo, que é algo do qual quem fez bacharelado estaria mais apto a fazer, e me refiro a este novo sistema de bacharel de no mínimo 5 anos e não do atual.

Tanto quem tem diploma de pós-técnico quanto pós-graduado podem trabalhar exatamente no mesmo ofício e teriam a mesma competência, pois teriam a mesma formação no curso!

Pois o atual sistema de bacharelado apesar de incluir a parte da pesquisa costuma estar mais voltado à parte do trabalho em campo (o que inclui a faculdade de biomedicina que fiz). Neste novo sistema que proponho, o aluno que fizer bacharelado teria uma formação muito mais voltada à pesquisa e docência do que ao trabalho em campo, que estaria mais voltado para quem fez o técnico-superior. Quem fizesse bacharelado, na verdade estaria tanto fazendo isso quanto licenciatura, por isso que o tempo de permanência na faculdade teria que ser maior, além de existirem vários tipos de pesquisa em uma área.

O vestibular continuaria existindo mas só para as graduações e não para o técnico-superior. O técnico-superior estaria um nível acima do técnico e abaixo do bacharelado, mas já seria considerado nível superior. E existem os vários cursos preparatórios, então seria interessante o aluno fazer tal curso para se preparar para uma prova que o fará cursar bacharelado, ao invés da escola estar voltada para isso, uma vez que neste caso a faculdade não mais seria obrigatória para uma pessoa trabalhar em várias áreas de nível superior, bastando fazer um técnico-superior.

O bacharelado e licenciatura poderia estar voltado às universidades públicas (já que dificilmente uma faculdade vai ter dinheiro para gastar com pesquisas e é mais fácil de fazer isso usando dinheiro público), enquanto as faculdades particulares e centros universitários estariam mais voltados ao técnico-superior. Desta forma não seria necessário gastar dinheiro em construir mais instituições para o técnico-superior. Aliás, faz muito sentido as faculdades particulares estarem voltadas ao técnico-superior, uma vez que dificilmente competem no mercado em relação a uma pública (como a UFRJ), quando se fala em currículo (PUC seria uma das exceções).

Assim... Temos profissionais que estudaram em faculdades particulares que competem com profissionais que estudaram na pública. Mas na maioria das vezes as empresas acabam preferindo mais quem se formou na pública na eliminação dos candidatos a uma vaga de emprego. No novo sistema proposto, haveria uma maior igualdade entre os concorrentes para uma vaga a nível técnico-superior, a chance de um conseguir a vaga seria mais próxima a do outro concorrente, sem uma disparidade injusta, já que a maioria das faculdades são "Uniesquinas", então esta questão de nome de curso em currículo seria menos relevante.

A vaga para técnico-superior poderia ser tanto para empresas particulares quanto para públicas.

Já quem faria a graduação estaria formado para a vida acadêmica e não poderia competir a mesma vaga para o técnico-superior, tendo o graduado uma vaga própria, voltada para docência ou pesquisa.

No final do técnico-superior o aluno teria que fazer algo como uma monografia só que menor, mais como uma prova de que tal aluno assimilou o que foi aprendido em sua formação.

De fato acho que certas áreas de nível superior nem mais necessitariam de bacharel como bibliotecário e serviço social, bastando somente o técnico-superior. Menos gasto para o governo por sinal...

Enquanto em outras não faria o menor sentido haver técnico-superior, como direito, medicina, biologia, geografia, história, filosofia, sociologia e pedagogia.

O técnico-superior estaria mais voltado para profissões que têm aplicação técnica-repetitiva.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

EDUCAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA, FAZ SENTIDO?

youtu.be/KsYCuNGkFaw

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Qui, 16 Junho 2022 - 12:33 pm
EDUCAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA, FAZ SENTIDO?
Não se pode fingir que o assunto não existe e deixar que o adolescente descubra os fatos da vida por aí.
Em versões distorcidas ou falsas ou quando já é tarde demais.

Inclusive, há quem diga que, ao aprender antecipadamente, ele não terá mais tanta curiosidade de experimentar as coisas quando os hormônios chegarem.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Fernando Silva escreveu:
Sex, 17 Junho 2022 - 10:50 am
Tutu escreveu:
Qui, 16 Junho 2022 - 12:33 pm
EDUCAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA, FAZ SENTIDO?
Não se pode fingir que o assunto não existe e deixar que o adolescente descubra os fatos da vida por aí.
Em versões distorcidas ou falsas ou quando já é tarde demais.

Inclusive, há quem diga que, ao aprender antecipadamente, ele não terá mais tanta curiosidade de experimentar as coisas quando os hormônios chegarem.
Cada pessoa fala uma coisa. Muitos também dizem que isso inspira o jovem a experimentar.

É até difícil saber por que os jovens estão fazendo isso mais cedo. Mas pode ser mais por mudança cultural do que por culpa da escola; ou não.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Titoff
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Mensagem por Titoff »

Spoiler:
Tutu escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 22:27 pm
Titoff escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 17:31 pm
Não, não. O absurdo era um casal de adolescentes (a garota 14 e o cara 15) que antes de transar, como "prevenção," dividiam ao meio um anticoncepcional e cada um tomava a metade antes do ato. Acho que viram que a pílula tinha essa divisão e acharam que era para isso.

As aulas de biologia eram bem técnicas, nunca falando em como métodos contraceptivos funcionavam, ou detalhes de como doenças são transmitidas via sexo.

De duas turmas, ao menos três garotas já tinham engravidado entre 8a série e ensino médio, mas pelo menos a moral e os bons costumes foram respeitados em sala de aula, sem doutrinação do estado, né?
O problema desse tipo de aula, é que pode encorajar as demais crianças a terem curiosidade com essas coisas. Os "moralistas" apenas assustam e fazem as crianças se sentirem jovens demais para essas coisas.

Com esse excesso de gravidez, é melhor então que proíbam namoro em escola, como faziam antigamente. Ou separe escolas só para meninos e escolas só para meninas, igual fazem em alguns países. Escola não é lugar disso e os alunos são imaturos. Namoro de escola está fadado a terminar no futuro. Nunca vi alguém que casou com namorado de ensino médio. O máximo que já vi foi colegas que se casaram depois de se reencontrar após anos, sem nunca ter tido nenhum contato erótico entre eles quando estavam no ensino médio.
Além disso, em sala de aula sempre haverá crianças que vão se comportar como um bando de animais se você deixar rolar. Cabe a escola não deixar que eles humilhem alguém por ser efeminado, ou por ser mais escuro, ou por ser judeu, ou por não ter pernas, etc. Educação e repressão se necessário, sim.
Listou só preconceito de adulto. Criança nem sabe o que é judeu, ainda não aprendeu racismo, etc. Elas normalmente debocham é de aparência física (formato do nariz, obesidade, cabelo, etc) e alunos com postura submissa (afeminados ou não). E a escola deve apenas impedir a violência entre as crianças.
nuker escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 21:15 pm
Haveria também uma divisão entre o ensino das escolas públicas e particulares...
Muitos alunos mudam entre escola pública e particular durante a vida. Não é uma coisa fixa. Famílias podem enriquece ou empobrecer, ter promoção ou perder o emprego, ou ter divórcio. Outra questão é o município, que pode não ter escola particular. Ou pode ter escola particular, mas ela ficar longe da casa do aluno.

Cidade pequena tem escola pública adequada. Mas em metrópole, escola pública é violenta e tem favelado, por isso, muitas famílias procuram uma escola particular barata (mesmo ruim), só para afastar o filho de ambiente perigoso.

Escolas particulares são de vários tipos e padrões. Algumas tem foco em disciplina, segurança, ensino, prática, lazer, artes, etc. Algumas funcionam como creche e outras não. Ou ainda ser escola só para um gênero. E existem escolas particulares baratas (acessível à classe média-baixa), caras (para classe média-alta) e carérrimas (para ricos). Por isso, não tem como padronizar escolas particulares. Só é possível definir uma base curricular obrigatória, e então deixar a escola focar nos seus públicos alvos.
Já no caso do aluno que estude numa escola particular e tenha um péssimo rendimento ou tenha alguma deficiência mental, ele deveria ser direcionado a uma escola pública, por seu menor grau de inteligência.
Se o aluno burro ou preguiçoso tem condições de pagar escola particular, sem dinheiro público, redirecionar para a pública só vai piorar as coisas.
Famílias mais pobres requerem que seus filhos se formem o mais cedo possível, e como cursos técnicos são mais curtos, uma educação técnica seria a mais adequada neste caso.
Famílias mais ricas requerem que seus filhos se formem com uma maior base de conhecimento para ter um emprego de maior qualidade e com maior salário, portanto o direcionamento seria diferente.
Muito filho de família rica apenas aprende e herda os negócios da família, sem precisar de qualificação. Quando precisa, são cursos bem específicos, escolhidos pela própria família.
nuker escreveu:
Qui, 26 Maio 2022 - 22:22 pm
Uma coisa que acho que falta na educação brasileira básica são coisas práticas mas simples, como aprender a tirar dinheiro em banco e fazer depósito, coisas do tipo. Isso poderia estar na disciplina Trabalho.
Eu diria o oposto: práticas difíceis, como abrir conta em banco, reconhecer firma, procurar advogado, mexer com documentação burocrática, vender carro, comprar imóvel, etc.
E você acha que o casalzinho ficava namorando ou transando dentro da escola? Claro que não. "Proibir namoro" é algo totalmente inócuo para evitar gravidez. Tão útil quanto fingir que nada acontece para preservar a imagem de inocência total que alguns pais tem dos filhos.

E não listei só "preconceito de adulto," não. Queria saber de onde vem essas afirmações tão categóricas.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Sex, 17 Junho 2022 - 12:01 pm
Fernando Silva escreveu:
Sex, 17 Junho 2022 - 10:50 am
Tutu escreveu:
Qui, 16 Junho 2022 - 12:33 pm
EDUCAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA, FAZ SENTIDO?
Não se pode fingir que o assunto não existe e deixar que o adolescente descubra os fatos da vida por aí.
Em versões distorcidas ou falsas ou quando já é tarde demais.

Inclusive, há quem diga que, ao aprender antecipadamente, ele não terá mais tanta curiosidade de experimentar as coisas quando os hormônios chegarem.
Cada pessoa fala uma coisa. Muitos também dizem que isso inspira o jovem a experimentar.

É até difícil saber por que os jovens estão fazendo isso mais cedo. Mas pode ser mais por mudança cultural do que por culpa da escola; ou não.
Ele vai experimentar mais cedo ou mais tarde, a menos que viva completamente isolado do mundo.

E, cedo ou tarde, é melhor que conheça os fatos e os cuidados a se tomar.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Sem esperanças.
Os pobres são as maiores vítimas do roubo capitalista. Pagam juros e são endividadas. E todas as classes são vulneráveis a propagandas sedutoras e compulsão por compra.
É bizarro "socialista" ser contra o combate ao consumismo, que é o motor do capitalismo. Trabalhar só para consumir é escravidão.

youtu.be/5bN2DiDZ8rU

Ridículo é ensinar teoria de gênero e não ensinar transtornos psicológicos muitos mais comuns na sociedade, como transtorno de ansiedade, síndrome do pânico. Se não faz sentido ensinar bulimia para um público onde 90% não tem isso e jamais terá que lidar com isso na vida, o mesmo vale para teoria de gênero.

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Um artigo sobre cristãos que defendem o homeschooling e também castigos físicos com base na Bíblia, com técnicas para evitar marcas visíveis.
Trecho:
Defensores do homeschooling no Brasil recomendam castigos físicos de crianças

Contrariando a lei, grupos influentes promovem violência física como ferramenta educativa – enquanto ensino domiciliar está prestes a ser regulamentado pelo Senado

18 de julho de 2022 Alice de Souza, Clarissa Levy, Mariama Correia, Diana Cariboni


Principal associação promotora do homeschooling distribui materiais que defendem explicitamente o uso de violência contra crianças
Livros, cursos e apostilas dão dicas aos pais de como bater nos filhos e usam citações da Bíblia.

Ex-secretário nacional de Proteção Global do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, defende aplicação de castigo físico “com calma, paciência"

Treinamento oferecido pelo maior grupo de promoção da educação domiciliar (homeschooling) no Brasil encoraja pais a bater em suas crianças “calma e pacientemente” como forma de educar, revela uma investigação da Agência Pública e da openDemocracy.

Livros, sites e vídeos consultados pela reportagem dão dicas aos pais de como bater em crianças e contornar a lei – evitando lesões graves, marcas visíveis e humilhação pública. Materiais também afirmam que pais que não castigam os filhos com a “vara” não amam a Deus ou aos seus filhos.
https://apublica.org/2022/07/homeschool ... ned-hslda/

Re: Mudança no sistema educacional brasileiro

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Rafael Scapella: Más Influências Que Vão Afundar Sua Vida
Começa no tempo 10:40 - Ele fala mal do sistema de educação

youtu.be/LkEBbhP006Q
Depois de alfabetização e matemática básica, há muita encheção de linguiça.
Problemas da escola:
1. Condiciona a achar o aprendizado chato
2. Ambiente intelectofóbico influenciado pela cultura de massa
3. Não ensina a pensar e sim decoreba (decoreba não é aprendizagem)
4. Falsa sensação de conquista
5. Perde tempo da juventude e não ensina o que é importante para a vida.

O que não é ensinado:
1. Empreender (como ganhar dinheiro por conta própria)
2. Inteligência emocional (como lidar com desafios da vida)
3. Pensamento crítico (como proteger-se da ignorância)
4. Relacionamentos interpessoais
5. Educação alimentar
6. Psicologia prática (como controlar e usar e mente. Ex: o problema da gratificação instantânea, permitiria evitar o vício em drogas)

O que a escola deveria fazer é: Preparar o jovem para se tornar um adulto intelectualmente independente, emocionalmente inteligente e capaz de lidar com os desafios da vida, capaz de pensar por si próprio, alfabetizado em diversas áreas incluindo ciência, filosofia, finanças, saúde, alimentação, línguas estrangeiras e muito mais para que assim ele seja capaz de contribuir para um mundo melhor.

O que a escola realmente faz: Prepara o jovem para ser um empregado inteligente o bastante para seguir instruções mas não o bastante para pensar por si próprio. [numa sociedade de décadas atrás]
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