Pedro Reis escreveu: ↑Sex, 30 Abril 2021 - 11:56 am
fenrir escreveu: ↑Sex, 30 Abril 2021 - 09:31 am
Leia aqui:
https://planetofstorms.wordpress.com/20 ... ruins/amp/
Impressionante, quase sobrenatural (como sugere o autor do texto), a inteligencia desse matemático. Esse trecho salta a vista:
He didn’t learn mathematics, he invented it from scratch. In 1948, when his peers were still struggling to come to grips with mathematical analysis,
he had rewritten—without having taken a course—Measure Theory; an advanced branch of mathematical analysis.
Para quem não sabe, análise (mathematical analysis) vem depois de cálculo avançado...
E não era pedante ou cheio de si, como ocorre com muitos desse calibre intelectual. Algo raro.
Esse caso lembra o Srinivasa Ramanujan, matemático indiano do início do século 20 que também não tinha nenhuma instrução formal. Srinivasa tinha escolaridade apenas o suficiente para saber ler e escrever e vivia isolado em um povoado distante no sul da ìndia.
Parece que, certa vez, encontrou um livro de matemática no lixo e começou a se interessar pela Ciência.
Foi descoberto ao escrever uma carta para G.H. Hardy, um conhecido matemático britânico e professor em Cambridge. Acabou entrando para o Trinity College e foi o membro mais jovem da Royal Society.
Alguns dizem que ele estava no nível de Euler.
Mas a Matemática é a única Ciência que pode ser investigada através apenas de raciocínio puro. Os teoremas não precisam ser testados por experimentos.
Bem lembrado. O caso dele se parece com o de Ramanujan.
Tem uma coisa na matemática que me espanta: a constatação de que aquilo de mais avançado que voce vê na faculdade (mesmo exatas)
já era sabido há séculos. Se começar a ver com o que matemáticos trabalham atualmente, é possível que não entenda lhufas.
Por exemplo, já ouviu falar de Quatérnions?
E seguimos batendo cabeça com o calculo I e II, quase tudo que vemos de geometria já era conhecido por Euclides ha mais de 2 milenios.
Embora isto seja verdade para qualquer disciplina, a matemática tem para mim aquela aura quase mística e acho que em nenhuma outra
disciplina é maior o abismo entre o que sabe um leigo de certa cultura e o que sabe alguem no estado da arte daquela disciplina.