Comida orgânica e volta à vida natural
- Fernando Silva
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Tem muita gente que critica a vida nas grandes cidades como sendo um afastamento da Natureza. Criticam a comida produzida em fazendas mecanizadas, com defensivos agrícolas e fertilizantes, animais confinados ou alimentados com rações. Criticam essa comida embalada ou enlatada, com aditivos e conservantes. Sonham com a volta à vida que tinham nossos avós como se isto dependesse apenas de uma decisão, de uma questão de gosto. Alimentam-se com a tal da "comida orgânica", mais cara e de baixa produtividade, como se todos tivessem acesso a ela.
Mas há algo que eles não entendem ou fingem que não veem:
Nossos antepassados começaram a se afastar da tal de "vida natural" no dia em que inventaram a lança e o arco e flecha para caçar em vez de usar as mãos nuas.
Mais ainda depois que descobriram como fazer fogo. E danou-se de vez com a invenção da agricultura e da criação de animais em vez de consumir apenas aquilo que a Natureza punha em seu caminho.
Cada uma dessas novidades fez aumentar a população. Cada uma delas tornou nossas vidas mais artificiais. Hoje tem gente criticando a agricultura intensiva, os transgênicos, os defensivos agrícolas, a mecanização da lavoura, as pesquisas genéticas, mas são esses "artificialismos" que sustentam 7,5 bilhões de humanos.
Não dá para voltar atrás, não dá para sustentar toda essa gente com a tal da "agricultura orgânica". Para voltar a um estilo de vida "natural", temos que reduzir radicalmente a população.
A única solução é seguir em frente e descobrir tecnologias mais saudáveis, mais eficientes, menos destrutivas.
Quem tiver um quintal ou um terreno disponível divirta-se, mas tenha consciência de que é um privilegiado e que não dá para fazer o mesmo no resto do mundo.
Mas há algo que eles não entendem ou fingem que não veem:
Nossos antepassados começaram a se afastar da tal de "vida natural" no dia em que inventaram a lança e o arco e flecha para caçar em vez de usar as mãos nuas.
Mais ainda depois que descobriram como fazer fogo. E danou-se de vez com a invenção da agricultura e da criação de animais em vez de consumir apenas aquilo que a Natureza punha em seu caminho.
Cada uma dessas novidades fez aumentar a população. Cada uma delas tornou nossas vidas mais artificiais. Hoje tem gente criticando a agricultura intensiva, os transgênicos, os defensivos agrícolas, a mecanização da lavoura, as pesquisas genéticas, mas são esses "artificialismos" que sustentam 7,5 bilhões de humanos.
Não dá para voltar atrás, não dá para sustentar toda essa gente com a tal da "agricultura orgânica". Para voltar a um estilo de vida "natural", temos que reduzir radicalmente a população.
A única solução é seguir em frente e descobrir tecnologias mais saudáveis, mais eficientes, menos destrutivas.
Quem tiver um quintal ou um terreno disponível divirta-se, mas tenha consciência de que é um privilegiado e que não dá para fazer o mesmo no resto do mundo.
Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 03 Março 2020 - 09:46 am
Quem tiver um quintal ou um terreno disponível divirta-se, mas tenha consciência de que é um privilegiado e que não dá para fazer o mesmo no resto do mundo.
E além do espaço necessário ainda tem a questão do tempo para cuidar de um pomar e/ou horta.
A preocupação com o não-natural faz todo sentido. A história da iatrogenia farmacêutica demonstra claramente que injetar substâncias para os quais o organismo humano não tem certo histórico evolutivo de exposição é perigoso, então o mesmo deve vale para a alimentação. É claro que um químico artificial pode ser não perigoso na interação com o nosso organismo, mas só o teste do tempo garante isso, basta ver o quanto a talidomida enganou os médicos quanto aos seus benefícios.
As técnicas da pecuária que fazem animais receberem excesso de hormônios de crescimento e antibióticos que chegam ao leite dos produtos de leite e laticínios podem ser um mal menos pior do que uma dieta em que a vitamina B12 está ausente e é normalmente pobre em cálcio, iodo e ferro, como é o caso da dieta vegetariana. Não é por acaso que nossos ancestrais não eram vegetarianos.
Ainda assim, mesmo levando em conta a necessidade dos químicos que os animais da pecuária tomam, fertilizantes e defensivos agrícolas, isso não é desculpa para acrescentar o açúcar refinado, os adoçantes “dietéticos” artificiais, os conservantes em vegetais e a farinha de trigo branca processada a essa lista de artificialismos. Ovos e as frutas e legumes mais populares são baratos o suficiente para dispensar os produtos alimentícios feitos com essas coisas.
As técnicas da pecuária que fazem animais receberem excesso de hormônios de crescimento e antibióticos que chegam ao leite dos produtos de leite e laticínios podem ser um mal menos pior do que uma dieta em que a vitamina B12 está ausente e é normalmente pobre em cálcio, iodo e ferro, como é o caso da dieta vegetariana. Não é por acaso que nossos ancestrais não eram vegetarianos.
Ainda assim, mesmo levando em conta a necessidade dos químicos que os animais da pecuária tomam, fertilizantes e defensivos agrícolas, isso não é desculpa para acrescentar o açúcar refinado, os adoçantes “dietéticos” artificiais, os conservantes em vegetais e a farinha de trigo branca processada a essa lista de artificialismos. Ovos e as frutas e legumes mais populares são baratos o suficiente para dispensar os produtos alimentícios feitos com essas coisas.
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Sim. O povo consome muita porcaria por comodidade ou por vício em gordura, amido, sal e açúcar.Huxley escreveu: ↑Dom, 06 Setembro 2020 - 20:31 pmAinda assim, mesmo levando em conta a necessidade dos químicos que os animais da pecuária tomam, fertilizantes e defensivos agrícolas, isso não é desculpa para acrescentar o açúcar refinado, os adoçantes “dietéticos” artificiais, os conservantes em vegetais e a farinha de trigo branca processada a essa lista de artificialismos. Ovos e as frutas e legumes mais populares são baratos o suficiente para dispensar os produtos alimentícios feitos com essas coisas.
Não dá para voltar à tal de "vida natural" e "agricultura orgânica", mas é altamente sensato procurar opções saudáveis.
Afinal, por que consumir açúcar refinado e arroz branco se as versões menos processadas são mais saudáveis? Por que comer pão branco se temos o integral? Por que tomar refrigerantes quase que 100% artificiais (e cheios de açúcar, sal e produtos químicos) em vez de água, mate ou suco de fruta?
Precisamos tanto assim da Carne vermelha?
Fontes de vitamina b12: a carne, o peixe, queijo, leite, ovos e o pp organismo humano.
Curiosamente o queijo oferece a melhor assimilação desta vitamina.
Prevejo um futuro para a humanidade em que a carne vermelha não será necessária e as contingências ambientais praticamente forçarão sua proscrição.
A tecnologia criará alimentos saudáveis e de baixo custo e a fome desaparecerá.
O homem, melhor alimentado produzirá mais e melhor e sua capacidade mental será superior a atual.
Na terceira quadra deste século estes benefícios já estarão à nossa disposição.
Fontes de vitamina b12: a carne, o peixe, queijo, leite, ovos e o pp organismo humano.
Curiosamente o queijo oferece a melhor assimilação desta vitamina.
Prevejo um futuro para a humanidade em que a carne vermelha não será necessária e as contingências ambientais praticamente forçarão sua proscrição.
A tecnologia criará alimentos saudáveis e de baixo custo e a fome desaparecerá.
O homem, melhor alimentado produzirá mais e melhor e sua capacidade mental será superior a atual.
Na terceira quadra deste século estes benefícios já estarão à nossa disposição.
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Não precisamos específicamente da carne vermelha, mas precisamos de proteínas animais
Isto é muito lindo. Só faltou "combinar com os russos".
Deixe-me adivinhar: algum espírito disse isto.
Assim como um espírito disse que, em 2020, toda a humanidade falaria esperanto.
Não foi nenhum espírito desencarnado, que eu me recorde.
Parece que naquele famoso programa do Pinga-Fogo, o Chico disse algo semelhante a respeito de evolução da moral humana, depois de 2050.
Parece que naquele famoso programa do Pinga-Fogo, o Chico disse algo semelhante a respeito de evolução da moral humana, depois de 2050.
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Quem defende a agricultura orgânica não está falando de "proximidade com a natureza". Agricultura orgânica é uma forma mais saudável de alimento. Agrotóxicos e conservantes fazem mal à saúde e são criticados, mas fertilizante orgânico e mecanização não fazem mal e não vejo críticas.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 03 Março 2020 - 09:46 amNão dá para voltar atrás, não dá para sustentar toda essa gente com a tal da "agricultura orgânica". Para voltar a um estilo de vida "natural", temos que reduzir radicalmente a população.
O grande problema da agricultura orgânica é o custo. É muito cara para uma população gigante. E a durabilidade é curta, dificultando o estoque e o transporte até um centro urbano. Por outro lado é muito mais saudável e muito problema, como obesidade e diabetes ficam mais frequentes por causa disso.
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Ou seja, não resolve o problema. É coisa de gente rica, que pode pagar.Tutu escreveu: ↑Sex, 11 Setembro 2020 - 21:15 pmQuem defende a agricultura orgânica não está falando de "proximidade com a natureza". Agricultura orgânica é uma forma mais saudável de alimento. Agrotóxicos e conservantes fazem mal à saúde e são criticados, mas fertilizante orgânico e mecanização não fazem mal e não vejo críticas.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 03 Março 2020 - 09:46 amNão dá para voltar atrás, não dá para sustentar toda essa gente com a tal da "agricultura orgânica". Para voltar a um estilo de vida "natural", temos que reduzir radicalmente a população.
O grande problema da agricultura orgânica é o custo. É muito cara para uma população gigante. E a durabilidade é curta, dificultando o estoque e o transporte até um centro urbano. Por outro lado é muito mais saudável e muito problema, como obesidade e diabetes ficam mais frequentes por causa disso.
No início da quarentena, houve uma corrida ao hortifruti que frequento e, quando fui comprar minhas bananas, estava tudo esgotado. Tive que comprar as orgânicas.
Eram mais caras, menores, mais feias, tinham um cheiro esquisito, vinham embaladas num saco de plástico e estragaram rapidinho.
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Fazenda vertical em S.Paulo produz hortaliças com maior eficiência
- Menor perda da produção após a colheita (chega a 40% em fazendas normais)
- 95% de reaproveitamento da água
- 50% a menos de fertilizantes (são melhor absorvidos pelas plantas em vez de se perderem no solo)
- 0% de defensivos agrícolas, já que o ambiente é isolado do exterior
- Iluminação na cor na e na intensidade ideais para cada cultivo, assim como a temperatura, umidade e o nível de CO2, acelerando o crescimento e permitindo mais colheitas por ano
- Não sujeita aos ataques do meio ambiente (vento, chuva, seca, granizo, insetos)
- Produção próxima ao mercado consumidor, permitindo consumo no mesmo dia da colheita
https://revistacasaejardim.globo.com/Ca ... -agua.html
https://revistagloborural.globo.com/Not ... banas.html
https://youtu.be/EPHl21kV2-Q
- Menor perda da produção após a colheita (chega a 40% em fazendas normais)
- 95% de reaproveitamento da água
- 50% a menos de fertilizantes (são melhor absorvidos pelas plantas em vez de se perderem no solo)
- 0% de defensivos agrícolas, já que o ambiente é isolado do exterior
- Iluminação na cor na e na intensidade ideais para cada cultivo, assim como a temperatura, umidade e o nível de CO2, acelerando o crescimento e permitindo mais colheitas por ano
- Não sujeita aos ataques do meio ambiente (vento, chuva, seca, granizo, insetos)
- Produção próxima ao mercado consumidor, permitindo consumo no mesmo dia da colheita
https://revistacasaejardim.globo.com/Ca ... -agua.html
https://revistagloborural.globo.com/Not ... banas.html
https://youtu.be/EPHl21kV2-Q
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Será que os veganos terão algum argumento contra isto?
https://olhardigital.com.br/2020/12/03/ ... sumidores/Carne de frango criada em laboratório será vendida a consumidores
Rafael Rigues 3 de dezembro de 2020
Uma das lendas urbanas mais antigas que circula na Internet, datando do início da década de 90, afirma que a rede de fast-food KFC não usa frangos de verdade em seus pratos, mas sim carne de “organismos mutantes” geneticamente modificados e criados em laboratório, sem bicos, penas e pés e com estrutura óssea reduzida para que produzam o máximo de carne possível com o mínimo desperdício.
É uma mentira deslavada, mas que ironicamente passará a ter um fundo de verdade em breve. Uma companhia norte-americana chamada Eat Just conseguiu aprovação para vender, em Singapura, produtos contendo carne de frango artificial criada em laboratório.
Mas ao contrário da lenda urbana, este frango criado em laboratório nunca foi um “ser vivo”. No processo da Eat Just, células musculares de frango são coletadas e cultivadas em um biorreator, onde são alimentadas com uma solução de aminoácidos, carboidratos, minerais, gorduras e vitaminas. Segundo o site da empresa, “o processo ocorre em um ambiente seguro e controlado, de forma similar à fermentação em uma cervejaria”.
Nuggets com carne de frango criada em laboratório pela Eat Just
Frango artificial: seguro e sustentável
A empresa afirma ter produzido 20 lotes da carne de frango em seus biorreatores, que tem capacidade para 1.200 litros cada, para demonstrar sua segurança às agências reguladoras. Os testes mostraram que o produto atende aos mesmos padrões de segurança que a carne de frango tradicional, e tem “conteúdo microbiológico extremamente baixo e significativamente mais limpo que o frango convencional”, diz a empresa.
A empresa cita um estudo que afirma que seu “frango” também é mais sustentável, emitindo de 78% a 96% menos gases causadores do efeito estuda, exigindo 99% menos terras e usando de 82% a 96% menos água que a carne produzida convencionalmente.
“Estou certo que nossa aprovação para carne ‘cultivada’ será a primeira de muitas em Singapura e em países ao redor do mundo”, diz Josh Tetrick, cofundador e CEO da Eat Just.
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Apesar das vantagens da tecnologia, o custo ainda é um desafio. O primeiro produto a chegar ao mercado serão nuggets de frango, vendidos a um preço que a empresa afirma ser equivalente a “frango premium” em restaurantes.
Fonte: USA Today
https://www.usatoday.com/story/news/wor ... 791581001/
Vão falar que o tecido original coletado veio de um frango de abate, que sofreu.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 22 Dezembro 2020 - 14:51 pmSerá que os veganos terão algum argumento contra isto?
Mas se esses números apresentados são reais, é impressionante. Bacana isto estar se tornando comercialmente viável; com aumento de escala sendo desvendado e barateado, acho que pode ser o futuro da proteína animal para consumo em massa.
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Segundo a reportagem da TV5 (França), a galinha doadora ainda está viva. Só tiraram algumas amostras de células.Titoff escreveu: ↑Ter, 22 Dezembro 2020 - 19:36 pmVão falar que o tecido original coletado veio de um frango de abate, que sofreu.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 22 Dezembro 2020 - 14:51 pmSerá que os veganos terão algum argumento contra isto?
Mas se esses números apresentados são reais, é impressionante. Bacana isto estar se tornando comercialmente viável; com aumento de escala sendo desvendado e barateado, acho que pode ser o futuro da proteína animal para consumo em massa.
Vídeo:
https://information.tv5monde.com/video/ ... restaurant
Interessante. Mas estou só tentando entrar na mente vegana. Vão falar que essa galinha faz vem do complexo industrial de criação e é uma vítima do holocausto galináceo.Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 23 Dezembro 2020 - 08:06 amSegundo a reportagem da TV5 (França), a galinha doadora ainda está viva. Só tiraram algumas amostras de células.Titoff escreveu: ↑Ter, 22 Dezembro 2020 - 19:36 pmVão falar que o tecido original coletado veio de um frango de abate, que sofreu.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 22 Dezembro 2020 - 14:51 pmSerá que os veganos terão algum argumento contra isto?
Mas se esses números apresentados são reais, é impressionante. Bacana isto estar se tornando comercialmente viável; com aumento de escala sendo desvendado e barateado, acho que pode ser o futuro da proteína animal para consumo em massa.
Vídeo:
https://information.tv5monde.com/video/ ... restaurant
A amostra de tecido deveria ter vindo de um frango selvagem, vivendo toda a glória e vida mansa da existencia selvagem e natural. E as células deveriam ser coletadas sem causar nenhum dano, captura e/ou trauma ao animal, o qual deveria autorizar por escrito o uso de seus tecidos, após respeitoso e formal pedido para tal.
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https://oglobo.globo.com/economia/dona- ... e-24908128Dona de Sadia e Perdigão vai produzir bife de laboratório no Brasil em parceria com foodtech israelense
BRF planeja colocar 'carne cultivada' no mercado em 2024
Glauce Cavalcanti 04/03/2021
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, vai entrar na área de carne cultivada, ou seja, produzida em laboratório a partir de células dos animais. A companhia fechou parceria com a foodtech israelense Aleph Farms e prevê que a novidade chegue às prateleiras em 2024.
— Estamos na fase inicial, do desenvolvimento da tecnologia, para que possamos produzir em escala e com competitividade para chegarmos a um patamar de preço de carne bovina acessível a todas as classes — diz Lorival Luz, CEO da BRF.
[...]
— Na pecuária tradicional, o abate leva de três a quatro anos para ocorrer. A carne cultivada tem ciclo de quatro semanas. A BioFarm terá capacidade produtiva equivalente a 40 mil cabeças de gado por ano, a partir de 2024, mas consumindo apenas 2% da área e 5% da água usados na criação de gado tradicional — explica ele.
O nó, agora, está em avançar na escala de produção para baratear o preço. Hoje, o quilo do bife de laboratório custa US$ 1 mil.
— Em três ou quatro anos, esperamos ter a carne cultivada custando US$ 5/kg (perto de R$ 29/kg), o que mesmo em comparação ao preço atual é muito competitivo — destaca Sérgio Pinto, diretor de inovação da BRF. — Não é um alimento geneticamente modificado. É uma célula cultivada, com tudo o que precisa para crescer feito de forma orgânica.
Maneiro.
E ainda acho que logo surgirá a discussão sobre o bife de carne humana criada em laboratório.
E ainda acho que logo surgirá a discussão sobre o bife de carne humana criada em laboratório.
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Esse argumento me lembra bem o tal da "a ausência de evidência não é evidência de ausência", de Carl SaganFernando Silva escreveu: ↑Ter, 03 Março 2020 - 09:46 amTem muita gente que critica a vida nas grandes cidades como sendo um afastamento da Natureza. Criticam a comida produzida em fazendas mecanizadas, com defensivos agrícolas e fertilizantes, animais confinados ou alimentados com rações. Criticam essa comida embalada ou enlatada, com aditivos e conservantes. Sonham com a volta à vida que tinham nossos avós como se isto dependesse apenas de uma decisão, de uma questão de gosto. Alimentam-se com a tal da "comida orgânica", mais cara e de baixa produtividade, como se todos tivessem acesso a ela.
Mas há algo que eles não entendem ou fingem que não veem:
Nossos antepassados começaram a se afastar da tal de "vida natural" no dia em que inventaram a lança e o arco e flecha para caçar em vez de usar as mãos nuas.
Mais ainda depois que descobriram como fazer fogo. E danou-se de vez com a invenção da agricultura e da criação de animais em vez de consumir apenas aquilo que a Natureza punha em seu caminho.
Cada uma dessas novidades fez aumentar a população. Cada uma delas tornou nossas vidas mais artificiais. Hoje tem gente criticando a agricultura intensiva, os transgênicos, os defensivos agrícolas, a mecanização da lavoura, as pesquisas genéticas, mas são esses "artificialismos" que sustentam 7,5 bilhões de humanos.
Não dá para voltar atrás, não dá para sustentar toda essa gente com a tal da "agricultura orgânica". Para voltar a um estilo de vida "natural", temos que reduzir radicalmente a população.
A única solução é seguir em frente e descobrir tecnologias mais saudáveis, mais eficientes, menos destrutivas.
Quem tiver um quintal ou um terreno disponível divirta-se, mas tenha consciência de que é um privilegiado e que não dá para fazer o mesmo no resto do mundo.
Porque o fato de não termos seguido um caminho de uma alimentação natural não significa que esse caminho não serviria para alimentar uma população de 7,5 bilhões de humanos, uma vez que esse modelo nunca foi testado em massa durante o mesmo período que o modelo atual existe.
Quem garante que não daria certo se houvesse uma conscientização universal da alimentação natural antes da era industrial? Ou seja, se todos os esforços que foram usados nas tecnologias científicas da agricultura existente fossem usados na alimentação natural?
Uma coisa é certa: se houvesse uma educação alimentar universal desde o pós guerra, por exemplo, não teríamos tanta necessidade de alimentos.
Atualmente a demanda por alimentos é gigantesca porque não existe regra alguma de consumo. A indústria de alimentos determina o que nós temos que comer e ficou praticamente impossível libertarmos dessas correntes. Isso mudou até o nosso modo de pensar, como esse raciocínio, por exemplo.
A única alimentação capaz de alimentar 7,5 bilhões de pessoas é aquela no qual as pessoas comem apenas o necessário, apenas o que deve comer para suprir suas necessidades diárias. Esse modelo atual que "alimenta" o mundo causa um desastre enorme. Portanto, não é correto dizer que esse modelo consegue alimentar 7,5 bilhões de pessoas.
O correto seria...
Se as pessoas tivessem consciência de comer apenas o necessário
Se as pessoas tivessem consciência de comer apenas alimentos saudáveis
Se as pessoas tivessem consciência de não desperdiçar alimentos, seja na quantidade que consomem como no desperdício
Se as pessoas tivessem consciência de não comer por prazer o tempo todo
Se as pessoas tivessem consciência de produzir pequenas hortas em casa etc
Se existisse essa conscientição, certamente não precisaríamos de tantos alimentos como precisamos atualmente e poderíamos alimentar muito mais que 7,5 bilhões de pessoas com uma alimentação saudável e natural, se tivéssemos adotado esse modelo há 100 ~ 200 anos.
Não é que não da para voltar atrás ou que a alimentação natural não funciona. É apenas questão de hábitos. Muda os hábitos e não teremos tantas necessidades.
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Em que evidências objetivas você baseia o seu "certamente" ?Cal Kestis escreveu: ↑Sex, 05 Março 2021 - 22:30 pmSe existisse essa conscientição, certamente não precisaríamos de tantos alimentos como precisamos atualmente e poderíamos alimentar muito mais que 7,5 bilhões de pessoas com uma alimentação saudável e natural, se tivéssemos adotado esse modelo há 100 ~ 200 anos.
Puxa, que simples !Cal Kestis escreveu: ↑Sex, 05 Março 2021 - 22:30 pmNão é que não da para voltar atrás ou que a alimentação natural não funciona. É apenas questão de hábitos. Muda os hábitos e não teremos tantas necessidades.
Já vou começar uma horta no meu apartamento e me tornar independente do supermercado.
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Na mesma que você baseou as suas.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 08:44 amEm que evidências objetivas você baseia o seu "certamente" ?Cal Kestis escreveu: ↑Sex, 05 Março 2021 - 22:30 pmSe existisse essa conscientição, certamente não precisaríamos de tantos alimentos como precisamos atualmente e poderíamos alimentar muito mais que 7,5 bilhões de pessoas com uma alimentação saudável e natural, se tivéssemos adotado esse modelo há 100 ~ 200 anos.
Em que evidências objetivas você baseia que esta é a única solução?A única solução é seguir em frente e descobrir tecnologias mais saudáveis, mais eficientes, menos destrutivas.
E quem disse que a solução tem que ser simples?Puxa, que simples !Cal Kestis escreveu: ↑Sex, 05 Março 2021 - 22:30 pmNão é que não da para voltar atrás ou que a alimentação natural não funciona. É apenas questão de hábitos. Muda os hábitos e não teremos tantas necessidades.
Já vou começar uma horta no meu apartamento e me tornar independente do supermercado.
Foi simples "acabar" com a escravidão?
Foi simples "acabar" com o hábito de fumar?
Foi simples "acabar" com as ditaduras
Vai ser simples acabar com o aquecimento global? etc
Não. mas quando chega a hora, quando a pressão for mais forte do que o hábito, as mudanças forçosamente acontecem.
O hábito da alimentação atual é como os problemas que causam o aquecimento global. Não é fácil combater porque as empresas estão no controle. Mas quando a mudança tiver que ocorrer, ocorrerá de qualquer forma.
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A população disparou de 1 bilhão para quase 8 bilhões nos últimos 200 anos devido à revolução industrial e agrícola.Cal Kestis escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 10:50 amNa mesma que você baseou as suas.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 08:44 amEm que evidências objetivas você baseia o seu "certamente" ?Cal Kestis escreveu: ↑Sex, 05 Março 2021 - 22:30 pmSe existisse essa conscientição, certamente não precisaríamos de tantos alimentos como precisamos atualmente e poderíamos alimentar muito mais que 7,5 bilhões de pessoas com uma alimentação saudável e natural, se tivéssemos adotado esse modelo há 100 ~ 200 anos.
Isto é um fato documentado: espécies mais resistentes e produtivas, mecanização da lavoura, armazenamento e conservação mais eficientes, transporte mais rápido.
Não temos mais fazendinhas familiares com produção e consumo local, requerendo muita mão de obra.
Hoje em dia, muito pouca gente trabalha no campo e, ainda assim, alimentam o mundo.
O que a tal da "comida orgânica" tem a oferecer de equivalente?
No fato de que os "orgânicos" têm rendimento muito baixo e requerem muita mão de obra.Cal Kestis escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 10:50 amEm que evidências objetivas você baseia que esta é a única solução?Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 08:44 amA única solução é seguir em frente e descobrir tecnologias mais saudáveis, mais eficientes, menos destrutivas.
Funcionava no passado, com menos gente. Agora, é impraticável.
Parar de fumar é uma questão de força de vontade. Problema pessoal.Cal Kestis escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 10:50 amE quem disse que a solução tem que ser simples?Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 08:44 amPuxa, que simples !Cal Kestis escreveu: ↑Sex, 05 Março 2021 - 22:30 pmNão é que não da para voltar atrás ou que a alimentação natural não funciona. É apenas questão de hábitos. Muda os hábitos e não teremos tantas necessidades.
Já vou começar uma horta no meu apartamento e me tornar independente do supermercado.
Foi simples "acabar" com a escravidão?
Foi simples "acabar" com o hábito de fumar?
Foi simples "acabar" com as ditaduras
Vai ser simples acabar com o aquecimento global? etc
Acabar com ditaduras não tem nada a ver com eficiência de produção de comida.
Não, não é simples. Justamente por isso é que soluções simplórias tipo "vamos todos fazer uma horta e plantar nossa própria em casa" ou "vamos comer menos" não têm futuro. Só vai resolver o problema de uns poucos.
Nem sempre para melhor, nem sempre sem milhões de mortos.Cal Kestis escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 10:50 amNão. mas quando chega a hora, quando a pressão for mais forte do que o hábito, as mudanças forçosamente acontecem.
O mais provável é que haja guerras por água e comida (já estão acontecendo) até que a população se reduza a um nível apropriado.Cal Kestis escreveu: ↑Sáb, 06 Março 2021 - 10:50 amO hábito da alimentação atual é como os problemas que causam o aquecimento global. Não é fácil combater porque as empresas estão no controle. Mas quando a mudança tiver que ocorrer, ocorrerá de qualquer forma.
Se houver uma solução, será com o avanço da tecnologia, não com a volta a técnicas de produção de nossos antepassados ou obrigando as pessoas a comer pouco.
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Será que os veganos ainda terão alguma objeção?
https://olhardigital.com.br/2021/11/06/ ... boratorio/Fábrica nos EUA pode produzir mais de 180 toneladas de carne de laboratório por ano
Rafael Arbulu 06/11/2021
Uma fábrica operada pela Upside Foods consegue produzir mais de 180 toneladas por ano de carne de laboratório, ou seja, que não é obtida pela pecuária e matadouros de gado.
Esse modelo de alimentação vem se mostrando um setor cada vez mais emergente, com estruturas posicionadas em vários países trabalhando no objetivo de reduzir a nossa dependência em relação aos animais e, como um bônus, reduzir as emissões de gases que contribuem para o avanço do aquecimento global.
Alguns dos reatores usados pela Upside Foods para cultivarem carne de laboratório (Imagem: Upside Foods/Divulgação)
Segundo o San Francisco Chronicle, a fábrica em questão é uma das maiores do setor, embora, hoje, produza “apenas” 22 mil toneladas anuais de carne de laboratório. Isso porque, segundo a CEO da empresa, Amy Chen, não adianta fazer uso de toda a capacidade da estrutura, sendo que a Food and Drugs Administration (FDA), o órgão regulatório dos EUA, ainda não tenha liberado qualquer carne do tipo para venda direta ao consumidor.
Chen, contudo, está confiante de que isso deve acontecer logo: “Isso não é mais um sonho. Não é ficção científica. É uma realidade atual”, ela disse ao jornal.
A produção do material não difere do processo que já conhecemos: um biorreator produz a carne com base em células coletadas de animais – especificamente, do tecido muscular – e cultivadas com nutrientes em laboratório, desenvolvendo-se em várias camadas de gordura e músculo.
Em outras palavras, as carnes produzidas em laboratório ainda têm origem animal, mas não dependem da morte dos animais.
As carnes produzidas em laboratório têm aspecto parecido com frango frito, por serem feitas em camadas de gordura e músculo. A empresa, porém, assegura que esse visual servirá tanto para carne branca como carne vermelha (Imagem: Uoside Foods/Divulgação)
A ausência dessa carne nas gôndolas dos mercados não impede, porém, que o setor continue a produzir seus serviços. Chen explica que, hoje, as indústrias do setor conseguem vender para cadeias de restaurantes e firmar parcerias com chefs de cozinha que queiram experimentar produtos de origem diferenciada.
Segundo a CEO, no entanto, quando ela chegar ao mercado de consumo direto, ela pode acabar vindo a preços próximos de uma carne de frango de marca premium: um pouco mais caro que as marcas de base, mas um valor que não traga impacto majoritário no orçamento das pessoas.
Tudo depende, claro, da aprovação da FDA. Essa, infelizmente, ainda não tem prazo para chegar.
Com certeza vão.
Dirão que é transgênica, que tem sei lá que compostos químicos e que mulheres grávidas que comerem isso vão ter bebês-monstro.
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Alguns desses argumentos contra fast food são ridículos:
1. "O ingrediente X é também usado na fabricação de roupas etc." E daí? Ou faz mal ou não faz.
2. "Os telões do McDonalds têm bactérias". Sim, é de se esperar isto, com tanta gente botando a mão. Mas o que isto tem a ver com a comida?
3. A cochonilha sempre foi usada para dar a cor do Campari e ninguém reclamou.
1. "O ingrediente X é também usado na fabricação de roupas etc." E daí? Ou faz mal ou não faz.
2. "Os telões do McDonalds têm bactérias". Sim, é de se esperar isto, com tanta gente botando a mão. Mas o que isto tem a ver com a comida?
3. A cochonilha sempre foi usada para dar a cor do Campari e ninguém reclamou.
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Tem de tudo nesse mundo! Desde parafilias extremas a crudivorismo. Mas carne é carne. Hamburguer também contém músculos e possivelmente medula óssea.Agnoscetico escreveu: ↑Dom, 28 Novembro 2021 - 14:27 pm
Teve um, não sei foi nesse vídeo específico, onde foi exposto sobre gelatina ser feito de medula ou tutano de de músculos de boi ou coisa assim; mas disseram que não havia problema, mas era nojento (esse foi o argumento),
"Carne" do McRib antes do cozimento para virar "McRib".
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Cresci comendo geleia de mocotó. Nunca me passou pela cabeça que fosse nojento.Agnoscetico escreveu: ↑Dom, 28 Novembro 2021 - 14:27 pmTeve um, não sei foi nesse vídeo específico, onde foi exposto sobre gelatina ser feito de medula ou tutano de de músculos de boi ou coisa assim; mas disseram que não havia problema, mas era nojento (esse foi o argumento), sem levar em consideração que gelatina teria alguma composição de colágeno, importante pra muita coisa no corpo.
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Se alimenta e não faz mal, qual o problema?O organoléptico escreveu: ↑Dom, 28 Novembro 2021 - 16:57 pmMas carne é carne. Hamburguer também contém músculos e possivelmente medula óssea.
Quando criança, eu costuma pegar os ossos de galinha que sobravam depois de fazerem a canja e abrir para comer o tutano.
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Estão reclamando de nojeira da gelatina se esquecendo que é carne.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 29 Novembro 2021 - 07:27 amSe alimenta e não faz mal, qual o problema?O organoléptico escreveu: ↑Dom, 28 Novembro 2021 - 16:57 pmMas carne é carne. Hamburguer também contém músculos e possivelmente medula óssea.
Quando criança, eu costuma pegar os ossos de galinha que sobravam depois de fazerem a canja e abrir para comer o tutano.
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Tem coisa que a curto prazo pode não fazer mal, mas a longo é poderia dar dar problema, segundo nutricionistas, como carboidratos, açúcares, etc.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 29 Novembro 2021 - 07:27 amSe alimenta e não faz mal, qual o problema?
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Sim, mas o ponto aqui é que certas partes do animal são consideradas "nobres" enquanto outras são inferiores ou até nojentas.Agnoscetico escreveu: ↑Seg, 29 Novembro 2021 - 13:42 pmTem coisa que a curto prazo pode não fazer mal, mas a longo é poderia dar dar problema, segundo nutricionistas, como carboidratos, açúcares, etc.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 29 Novembro 2021 - 07:27 amSe alimenta e não faz mal, qual o problema?
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Não sei quanto tem sensacionalismo, exagero, imprecisões, e o que tem de fato, mas esse tipo de coisa já me fez pensar faz muito tempo sobre desde quando tradição seria justificativa pra não se interdição sanitária de produção de certas comidas:
Pessoas Nojentas Fazendo Coisas Anti-Higiênicas Com Comidas
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Comer carne in natura tem se tornado uma aventura perigosa. Você vai no acougue crente que está comprando carne fresca e quando pensa que não a carne nada fresca por sinal foi tratada com algum produto químico pavoroso e no outro dia você acorda de manhã com sintomas de intoxicação. Carne congelada empacotada então nem se fala. Tem frango que tem gosto de tudo menos de frango. E é cada dia uma quimica nova pra burlar a já precária fiscalização existente.
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O preconceito obtuso e ideológico contra os transgênicos.
https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/ ... encia.htmlArroz transgênico - A ideologia ganhou da ciência
Por Maria Thereza Pedroso* e Francisco Aragão 07/01/2022
A deficiência de vitamina A é praticamente ausente no Ocidente, em especial nos países desenvolvidos, onde as pessoas tomam multivitaminas ou obtêm micronutrientes suficientes de alimentos comuns, cereais fortificados e similares. Mas, em países pobres do Oriente, é questão de vida ou morte para grande parte da população, causando milhões de óbitos e cegueira.
Diante de tamanho drama, Ingo Potrykus, cientista e professor de ciências vegetais no Instituto Federal Suíço de Tecnologia, onde Albert Einstein havia estudado e lecionado, concluiu que algo urgente deveria ser feito. Não era possível que a humanidade entrasse no século XXI convivendo com essa tragédia. Em 1993, Potrykus e o cientista Peter Beyer, da Universidade de Friburgo, na Alemanha, iniciaram a empreitada para desenvolver um alimento que fornecesse a quantidade de vitamina A necessária para evitar o escandaloso número de mortes e cegueira.
O corpo humano transforma o betacaroteno em vitamina A, parte fundamental da fisiologia normal da visão. Sua falta pode causar cegueira noturna. Por isso, escutamos desde pequenos que devemos comer cenoura, pois, como é rica em vitamina A, é “boa para os olhos”.
Quando as pessoas não têm acesso a alimentos que contêm betacaroteno, mas somente a cereais como arroz, trigo ou sorgo, que não são ricos em vitamina A, correm o risco de cegueira irreversível e outros problemas associados, como doenças infecciosas e diarreicas, perda sensorial e morte prematura.
Os países que mais sofrem com a ausência de vitamina A são Bangladesh, China e Índia, onde muitas crianças sobrevivem com pouquíssimas tigelas de arroz por dia. Portanto os cientistas escolheram o arroz para ser enriquecido. O único caminho seria a engenharia genética para enriquecê-lo com betacaroteno.
Em 1999, os cientistas Potrykus e Beyer e seus colaboradores conseguiram expressar corretamente o betacaroteno no arroz. Como o acúmulo de betacaroteno torna os grãos amarelados, esse arroz ganhou o nome de golden rice (arroz dourado). Um suprimento diário de golden rice pode trazer o presente da vida e da visão a milhões de pessoas em países pobres.
Então poderíamos supor que o novo arroz deveria ser saudado mundo afora como uma solução para essa tragédia humanitária. A realidade, porém, foi muito diferente. Apesar do apoio científico de universidades europeias e americanas, do International Rice Research Institute e até do Vaticano, alguns grupos se opuseram fortemente à revolucionária tecnologia.
O crime contra a humanidade se constituiu porque a ideologia ganhou da ciência. Mais de 20 anos após seu desenvolvimento, o arroz dourado ainda não foi disponibilizado para aqueles a quem se destinava. Por quê?
Como se trata de um organismo geneticamente modificado (transgênico), foi enquadrado pelas ONGs que atuam mundialmente contra a biotecnologia agrícola na cansativa retórica de que “é um produto potencialmente perigoso para a saúde, para o meio ambiente etc.”. Sempre o mesmo texto, mas sem nenhuma confirmação científica sobre seus malefícios.
O arroz dourado, em vez de ser celebrado pelos supostos preocupados com a saúde, foi rechaçado. Essa revolucionária e urgente tecnologia foi enredada durante duas décadas pelo excesso regulatório. Tendo como sustentação o medo e a hostilidade gerada por uma crítica não fundamentada em dados científicos, mas apenas na ideologia. Consequência: atraso nas avaliações de experimentos em campo, já que muitos deles foram interrompidos e até destruídos, retardando sua aprovação nos países onde essa tecnologia é urgente. Embora tenha sido aprovado na Austrália, no Canadá, na Nova Zelândia e nos Estados Unidos em anos anteriores, só foi liberado para cultivo nas Filipinas em 2021. Aguarda avaliação em outros países asiáticos.
Calcula-se que cerca de 500 mil vidas foram perdidas e outras 500 mil pessoas ficaram cegas a cada ano entre os anos 2000 e 2020 devido à falta de acesso à vitamina A. É possível afirmar que, como o atraso na liberação do arroz dourado foi de duas décadas, o custo humanitário causado pelo ativismo contra essa tecnologia foi de cerca de 10 milhões de mortos e 10 milhões de cegos, a maioria crianças.
*Engenheira agrônoma, é doutora em ciências sociais e pesquisadora da Embrapa
*Engenheiro agrônomo, é doutor em biologia molecular e celular, pesquisador da Embrapa e membro da Academia Brasileira de Ciências
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Os abnegados cientistas se dedicando a salvar as pessoas do planeta. Agora falta salvarem o planeta das pessoas.
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Muitos nutricionistas costuma criticar gordura trans.
Eu já tinha lido sobre transgênicos serem feitos pra aperfeiçoar resistência biológica e produtividade de animais, plantas, etc. Mas
Como transgênicos tem combinações de genes que antes não tinham e ainda é uma coisa recente comparado ao que já havia na natureza processo da evolução, já sendo mais conhecida, ficando mais complicado fazer uma previsão de interação genética e quais os malefícios da interação bioquímica de transgênicos.
Eu já tinha lido sobre transgênicos serem feitos pra aperfeiçoar resistência biológica e produtividade de animais, plantas, etc. Mas
Como transgênicos tem combinações de genes que antes não tinham e ainda é uma coisa recente comparado ao que já havia na natureza processo da evolução, já sendo mais conhecida, ficando mais complicado fazer uma previsão de interação genética e quais os malefícios da interação bioquímica de transgênicos.
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Gordura trans não é transgênica. Já existe um pouco naturalmente nos alimentos e pode ser gerada em maior quantidade por processos industriais.Agnoscetico escreveu: ↑Sex, 07 Janeiro 2022 - 15:48 pmMuitos nutricionistas costuma criticar gordura trans.
Os humanos já vêm há milênios interferindo na evolução natural ao privilegiar artificialmente mutações que lhes pareciam interessantes: bananas sem caroço, ovelhas com lã de fio comprido, frutas e legumes com tamanho e formato mais conveniente, animais com determinadas características etc.Agnoscetico escreveu: ↑Sex, 07 Janeiro 2022 - 15:48 pmEu já tinha lido sobre transgênicos serem feitos pra aperfeiçoar resistência biológica e produtividade de animais, plantas, etc. Mas
Como transgênicos tem combinações de genes que antes não tinham e ainda é uma coisa recente comparado ao que já havia na natureza processo da evolução, já sendo mais conhecida, ficando mais complicado fazer uma previsão de interação genética e quais os malefícios da interação bioquímica de transgênicos.
Há uns 100 anos, começaram a provocar mutações usando radioatividade.
Agora, foram mais além ao manipular diretamente os genes em vez de depender de mutações aleatórias.
Tudo isto escapa ao controle da evolução natural, que favorece a capacidade de sobreviver e se reproduzir.
Se a agricultura representa 5% do PIB, não vejo problema em dobrar o preço dos alimentos para praticar agricultura sustentável.
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Sou favor de concorrência que aí baixa o preço e população não vai ter que pagar caro pra não morrer de fome.Tutu escreveu: ↑Sáb, 26 Fevereiro 2022 - 21:38 pmSe a agricultura representa 5% do PIB, não vejo problema em dobrar o preço dos alimentos para praticar agricultura sustentável.
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"Comida organica" Tai um dos termos mais idiotas e pleonásticos que já vi. É como dizer "metal inorgânico".Agnoscetico escreveu: ↑Dom, 27 Fevereiro 2022 - 09:31 amSou favor de concorrência que aí baixa o preço e população não vai ter que pagar caro pra não morrer de fome.Tutu escreveu: ↑Sáb, 26 Fevereiro 2022 - 21:38 pmSe a agricultura representa 5% do PIB, não vejo problema em dobrar o preço dos alimentos para praticar agricultura sustentável.
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Apesar disso sou inteiramente a favor do conceito e da proposta por tras do termo: quanto menos hormonios, pesticidas e outras m***** na comida, melhor.
De preferencia, quantidade zero de qualquer dessas coisas. Mas nos dias de hoje, acho quase impossivel anula-las totalmente.
Ainda assim deviamos ter como meta reduzir a presença dessas substâncias tanto quanto possivel.
Mas já experimentram comprar somente produtos orgânicos no mercado? Sai caro, pelo menos para um pé-rapado.
Até numa feira comprando direto do produtor, quem garante que os morangos, tomates e maçâs que comprei não receberam um banho de uma porcaria qualquer?
E como bom cético, indago que garantia tenho que o produto que tem "orgânico" no rótulo é de fato "orgânico"?
É preciso ter um orçamento mais polpudo ou então morar no campo e cultivar seu próprio alimento. Se der sorte ainda faço isso quando aposentar.
E ai pagamos o preço de ter uma velhice cheia de problemas de saúde.
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Não tem garantia. Ia ser bom era alguma mídia divulgando testes em alimentos como tinha no Fantástico com quadro sobre INMETRO pnde testavam produtos.E como bom cético, indago que garantia tenho que o produto que tem "orgânico" no rótulo é de fato "orgânico"?
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É complicado, pois a nutrição e o ciclo digestivo humano são bem mais complexos do que simplesmente aquisição de elementos vitais através de dietas.Agnoscetico escreveu: ↑Dom, 27 Fevereiro 2022 - 15:49 pm
Prevejo um futuro onde vão vender pílulas apenas com princípio ativos específicos que cada um iria precisar em vez de comidas.
Minhas duas avós tinham uma horta no quintal. Tinha tudo, exceto arroz e feijão, mas um vizinho tinha um quintal grande de milho e vendia. Uma delas tinha galinhas. Enquanto a outra, vovô tinha umas poucas vacas leiteiras.
A ideia que está engatinhando hoje é a agricultura vertical em que pessoas podem plantar no próprio apartamento. Mas assim como a horta, isso toma tempo.
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Quintal tem espaço e tem sol. Apartamentos, a menos que sejam de cobertura, dificilmente terão iluminação suficiente para uma plantação.Tutu escreveu: ↑Dom, 27 Fevereiro 2022 - 20:11 pmMinhas duas avós tinham uma horta no quintal. Tinha tudo, exceto arroz e feijão, mas um vizinho tinha um quintal grande de milho e vendia. Uma delas tinha galinhas. Enquanto a outra, vovô tinha umas poucas vacas leiteiras.
A ideia que está engatinhando hoje é a agricultura vertical em que pessoas podem plantar no próprio apartamento. Mas assim como a horta, isso toma tempo.
O que já é feito é produzir hortaliças em prédios, com luz, água e nutrientes controlados. Tem a vantagem da produtividade, do baixo consumo de água e fertilizante e não sofre com pragas e tempestades, além de ficar junto ao consumidor, economizando transporte e perdas. Mas é uma instalação industrial, não dá para fazer em apartamentos e gasta muita energia elétrica.
Fazenda vertical economiza espaço de terra, consome pouca água e não tem agrotóxico. Tem independência de época do ano e geografia.
Por outro lado, consome muita energia elétrica. Quantos andares de plantações um painel solar consegue abastecer?
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Agricultura sintrópica
Agricultura sintrópica é o cultivo agroflorestal sustentável caracterizado pela organização, equilíbrio e preservação no ambiente. Mistura mata e cultivo e ajuda a "plantar água" (fazendo riachos aparecerem).
youtu.be/MgknRntBFYo
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