Mudanças Climáticas

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Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

'Colapso climático': Europa tem verão mais quente da História, e 2023 deve bater recorde

Resultado do trimestre ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020

Por AFP — Genebra 06/09/2023


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Menino observa um incêndio florestal em Chasia, nos arredores de Atenas, em 22 de agosto de 2023. — Foto: Angelos Tzortzinis / AFP

As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no hemisfério norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (6) o observatório europeu Copernicus, para o qual 2023 provavelmente será o ano mais quente da história.

"A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus.

"E dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus.

"O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em um comunicado. "Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis".

Guterres destacou que o clima "está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta".
https://oglobo.globo.com/mundo/clima-e- ... orde.ghtml

Re: Mudanças Climáticas

nuker
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Gente... A Terra está no final do período de Era Glacial. Estamos em um período de transição entre a Era Glacial e um padrão climático mais quente. A Terra já foi bem mais quente há milhões de anos e mesmo assim existe até hoje. Se estamos saindo do final da Era do Gelo, é claro que a Terra vai ficar mais quente e que as calotas polares vão derreter e não há nada que possamos fazer para impedir este ciclo natural de longo prazo. Impedir totalmente o uso de combustíveis fósseis não vai fazer a Terra resfriar, já que a liberação de CO2 e H2O é muito mais feita pela própria Terra do que por nós. O que soltamos na atmosfera em pouco contribui para um aquecimento global significativo. Tanto é que a quantidade de CO2 na atmosfera é bem pequena se comparada com O2 e N2. Na verdade tem até muito mais H2O do que CO2, e o H2O tem um efeito estufa muito mais potente. Para resfriar a Terra de verdade, teríamos que reduzir a evaporação da água, mas impedir que a Terra faça isso é impossível, já que os próprios oceanos fazem isso naturalmente.

Se a Terra ficar mais quente, não é a vida que vai acabar, mas provavelmente o atual estilo de vida humano e muitas cidades vão acabar afundando por causa do derretimento das calotas.

Não tem jeito, países como a Holanda e as atuais cidades costeiras estão condenadas. O jeito é ir migrando para o interior a medida que o nível da água subir.

Impedir essas flutuações naturais de energia é como tentar impedir a precessão do eixo da Terra, não tem como. Não há como controlar fenômenos climáticos ou geológicos de longo prazo.

Fora ainda que o próprio Sol pode variar em sua temperatura de emissão, fazendo a Terra ficar mais quente ou fria com o passar de milhões de anos.

E a medida que o Sol envelhece, ele fica cada vez mais quente no geral.

Uma solução para mitigar o efeito do derretimento das calotas polares seria transportar boa parte do gelo dos polos para a Lua ou Marte, para em tais lugares termos água por mais tempo.

Re: Mudanças Climáticas

nuker
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Mensagem por nuker »

É verdade que o CO2 é um gás de efeito estufa e que grande liberação de CO2 em várias partes do mundo simultaneamente tem algum efeito no clima, isso é indiscutível, mas temos que entender que o CO2 não é um gás de efeito estufa muito eficiente, comparado ao CH4, H2O e NO2, que são várias vezes mais eficientes. Há mais H2O no ar do que CO2, logo o principal gás de efeito estufa não é o CO2, mas o H2O, que está sempre presente na atmosfera em quantidades variáveis. Porquê, por exemplo, faz tanto calor no Saara? É porque o ar daquele deserto é carregado de H2O, mas por conta de um fenômeno climático, quase não chove.

Ou seja, o ar é saturado de H2O mas chove pouco para diminuir a quantidade desse gás no ar, logo durante o dia sempre faz tanto calor lá. Algo similar ocorre no Nordeste brasileiro.

Tá, mas e Vênus, porquê é tão quente? Porque apesar do CO2 não ser tão eficiente quanto outros gases, a maior parte da atmosfera daquele planeta é feita de CO2 e a pressão do ar é 92 vezes maior que a da Terra, fora que Vênus está mais próximo do Sol. Ou seja, tem um ambiente que favorece um potente efeito estufa lá, apesar do CO2 não ser tão eficiente assim. Mas na Terra é o contrário, ela tem pouco CO2 e está mais distante. Por isso que a diferença de temperatura é tão grande entre os dois planetas. Achar que a Terra vai ficar igual a Vênus porque vai aquecer um pouco mais não se passa de sensacionalismo pseudocientífico, é um alarmismo desnecessário.

A Terra já foi há milhões de anos atrás cerca de 10°C a 15°C mais quente do que é hoje e mesmo assim a vida não pereceu e se adaptou (período cambriano).

Se a maior parte do ar de Vênus fosse N2 e O2, como na Terra, seria um pouco mais quente, mas ainda habitável, talvez com temperatura média em torno de 50°C (e não quase 500°C). Para a Terra aquecer tanto assim, teria que haver um evento vulcânico violento em todo o planeta simultaneamente, em que todo o CO2 no interior da Terra fosse liberado de uma vez, de forma que a maior parte de nossa atmosfera fosse feita de CO2, como em Vênus e a pressão do ar aumentasse muito. Para haver um efeito estufa descontrolado como ocorreu em Vênus, a temperatura média da Terra teria que ficar muito maior, em torno de 50°C para cima no mínimo.

Mas se a pressão do ar fosse maior, digamos, em torno de 3 atmosferas, ela teria que ficar ainda mais quente para que isso ocorresse, pois teria que haver mais energia para ocorrer a evaporação.

O que o ser humano emite no ar não é nada em relação ao que a própria natureza já faz com os vulcões (CO2) e através dos animais e decomposição de plantas (CH4). Sendo assim, todo esse alarmismo feito por Al Gore é pseudocientífico, não merece ser levado a sério. Não se passa de propaganda ambientalista. Esse ambientalismo de ambientalóide que vota em gente como Lula e Marina é mera desculpa de potências que não querem que países menos desenvolvidos invistam em industrialização (Brasil por exemplo). Sim, é verdade que reduzir emissão de poluentes ajuda um pouquinho a evitar um aquecimento global e faz aumentar a qualidade do ar e que isso é positivo...

Mas isso é diferente de dizer que a emissão de CO2 e CH4 é em maior parte causada por humanos e não pela natureza, quando na verdade é o contrário disso.

Outra coisa, em relação ao CH4, apesar dele ser um potente efeito estufa, ele não dura muito tempo no ar por causa do O2 e radiação UV. O metano é uma molécula instável no ambiente terrestre.

Então no fim das contas, a maior parte do efeito estufa é causado pela H2O no ambiente, e não pelo CO2 ou CH4!

A Terra teria que ter menos água para ser mais fria, por assim dizer.

Obs: Não estou dizendo que devemos poluir mais, sou adepto das causas ecológicas, mas sim sabermos o que é verdade e mentira nesse contexto.

Só não acredito mais nessa narrativa que começou lá trás através do Al Gore.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Não, a água não causa efeito estufa. Pelo contrário, o gelo dos polos e as nuvens ajudam a refletir de volta os raios solares.

Sobre a tal "umidade do deserto do Saara":
"O deserto do Saara fica localizado no Norte da África e recobre aproximadamente 10% de toda a área do continente. O Saara apresenta clima árido caracterizado pela baixíssima umidade do ar, chuvas escassas e elevada amplitude térmica diária e anual. A diferença entre as temperaturas do período diurno e do noturno pode ser de até 20 °C, com calor escaldante durante o dia e noites geladas. Em função das condições extremas, a fauna e a flora do deserto são bastante reduzidas. O deserto do Saara é considerado uma das regiões mais áridas do mundo, além de ser o maior deserto quente do planeta."
https://brasilescola.uol.com.br/geograf ... -saara.htm

Não há efeito estufa no Saara. É quente de dia porque nada impede a luz do Sol de aquecer o ambiente e muito frio de noite porque não há nada para impedir que o calor vá embora.

Em apenas 200 anos, a humanidade jogou de volta à atmosfera o gás carbônico que a natureza levou centenas de milhões de anos para acumular em baixo da terra.

Durante milênios, o planeta emitiu toneladas de CO2 na atmosfera naturalmente.
E também naturalmente absorveu essas toneladas.
Ou seja, havia um equilíbrio.
Mas veio a humanidade e passou a emitir toneladas extras de CO2 que o planeta não consegue absorver.
Desequilibrou tudo.

E, sim, a Terra já foi mais quente. E as mudanças climáticas causaram uma série de extinções em massa. Talvez 99% das espécies que já existiram desapareceram.
Estamos caminhando para outra extinção em massa. A vida não acabará, mas a humanidade pode não sobreviver.

Re: Mudanças Climáticas

nuker
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Mensagem por nuker »

Não, a água não causa efeito estufa. Pelo contrário, o gelo dos polos e as nuvens ajudam a refletir de volta os raios solares.
Você está se referindo ao gelo. Sim, o gelo resfria, porque reflete boa parte da radiação solar, incluindo o infravermelho médio e longo. Mas o vapor de água é o contrário, ele absorve vários comprimentos de onda, principalmente no ultravioleta e em várias bandas do infravermelho, enquanto que o CO2 só absorve parte do infravermelho.

Imagem
Estas são as linhas de absorção da água e do gás carbônico. Me diga, na imagem, qual deles absorve mais radiação? Aquele que absorve mais vai ter um maior efeito estufa, pois absorverá mais energia.

Vapor de água tem efeito climático diferente em relação ao gelo de água. O gelo esfria, o vapor esquenta.

A Terra está naturalmente saindo do final da era do gelo e é questão de tempo, mesmo sem humanos, que as calotas polares percam ainda mais gelo. Ela não precisa de nós para isso. Apenas estamos acelerando o processo.

E lembre-se de que há muito mais H2O na atmosfera do que CO2. O CO2 contribui para um aquecimento da atmosfera, mas o principal agente é o H2O. Tanto que ambientes mais úmidos são mais quentes por sinal...

Posso ter me enganado em relação ao Saara, por não compreender muito bem climatologia. Mas em relação ao vapor de água tenho certeza do que falo. Ele é um gás de efeito estufa forte, porém menos que o metano.

Fala-se mais do CO2 porque ele tende a se acumular mais na atmosfera, enquanto o H2O tem ciclos de circulação na atmosfera. Mas ainda assim tem muito mais H2O no ar do que CO2, por causa dos oceanos...
Em apenas 200 anos, a humanidade jogou de volta à atmosfera o gás carbônico que a natureza levou centenas de milhões de anos para acumular em baixo da terra. Durante milênios, o planeta emitiu toneladas de CO2 na atmosfera naturalmente. E também naturalmente absorveu essas toneladas. Ou seja, havia um equilíbrio. Mas veio a humanidade e passou a emitir toneladas extras de CO2 que o planeta não consegue absorver. Desequilibrou tudo.
Mais ou menos. Sim é verdade que humanos adicionam mais CO2 na atmosfera, mas no total a natureza sempre emitiu mais CO2 no ar ao longo de sua história do que humanos. E você só se refere ao CO2, mas a natureza ela emite mais H2O e CH4 do que humanos fazem. O que nós emitimos é apenas um adicional, mas a maior parte da emissão é feita pelo próprio ambiente e organismos. Uma quantidade um pouco maior de CO2 na verdade nem é tão ruim assim, porque as plantas necessitam desse gás para fazer fotossíntese. Tanto que desde que o CO2 aumentou, mais plantas cresceram e vão surgir em mais regiões do planeta, desde que haja umidade (presença de água) para elas sobreviverem. Mais CO2 esquenta, mas também favorece mais o crescimento das plantas, e os ambientalistas convenientemente não falam sobre isso... Porque o que essa gente quer é dar desculpa ambientalista para você pagar mais imposto. Eles só falam da parte do aquecimento, mas não de que mais CO2 no ar nutre melhor as plantas!

Muito CO2 num ambiente fechado faz mal para a saúde, mas um pouquinho mais de CO2 destilado na atmosfera terrestre como um todo não. Tem gases muito piores do que este, como SO2, NO2 e benzeno.

Se a Terra não tivesse CO2, o que humanos produzem de CO2 não seria suficiente para termos a atual quantidade de CO2 na atmosfera terrestre, só para saber (cuja maior parte é produzida pelos vulcões, organismos mortos e queimadas que ocorrem naturalmente em todo o planeta). E esse aquecimento nem é tão grande, o causado pelos humanos, porque desde a Era do Gelo a Terra já está lentamente aquecendo e perdendo gelo nos polos. O maior problema nem é o CO2, mas outros gases tóxicos que prejudicam o meio ambiente, como o SO2 e NO2, estes nocivos a animais e plantas, enquanto que mais CO2 está fazendo as plantas crescerem mais rapidamente e em maior quantidade em algumas partes do mundo, sobretudo as equatoriais. Só não crescem mais por causa de lenhadores, mineradores e índios que tacam fogo na floresta. Outra coisa importante é que o CO2 é melhor absorvido nas florestas mais densas, como as equatoriais. O CO2 produzido numa fábrica na Amazônia vai ser muito mais absorvido do que em um deserto.

Como disse, o metano, que é um gás de efeito estufa muito mais potente (acho que 30 vezes mais que o CO2), dura pouco no ambiente, porque é facilmente destruído pelo O2 e UV. Isso significa que apesar dele ser muito mais forte, o fato de durar pouco significa que tal gás só vai aquecer mais o planeta enquanto estiver presente ou próximo ao momento em que é emitido. Depois volta a esfriar, quando tal é destruído.
E, sim, a Terra já foi mais quente. E as mudanças climáticas causaram uma série de extinções em massa. Talvez 99% das espécies que já existiram desapareceram.
Mas essas mudanças climáticas foram causadas por grandes eventos geológicos, como queda de asteroides e vulcanismo intenso. Eventos tais que causaram mudanças abruptas em pouquíssimo tempo. Já o que o ser humano faz é aumentar só um pouco a quantidade de CO2 ao longo de um maior intervalo de tempo. O que os vulcões fizeram nas épocas de extinções em massa foi adicionar muito mais CO2 e outros gases do que o que fazemos ao longo do tempo, num período de tempo muito curto. Isso sim vai causar coisas como eras glaciais, por exemplo. O que o ser humano faz não é suficiente para isso, em escala planetária.

O que nós emitimos na natureza afeta mais o ambiente próximo dos locais onde o CO2 é emitido em maior quantidade, mas no contexto planetário, há regiões que estão aquecendo enquanto outras estão esfriando.

Se o aquecimento global fosse real do jeito como o Al Gore inventou, todas as partes do planeta estariam mais quentes, e não haveriam regiões esfriando. Ou seja, não há aquecimento global, mas regional. Sim, os polos podem estar aquecendo, mas há regiões temperadas que estão esfriando. Se há regiões aquecendo e outras esfriando, a ideia de um aquecimento global não faz sentido algum e é pseudociência. Nós não causamos nada, apenas aceleramos ou retardamos fenômenos que já estão acontecendo na natureza desde antes da civilização surgir, em relação ao clima! O ser humano é apenas um agente que acelera ou retarda fenômenos que já ocorrem, ainda não temos poder para causar um grande evento climático do nada, ainda não temos tecnologia e poder pra isso.
Estamos caminhando para outra extinção em massa. A vida não acabará, mas a humanidade pode não sobreviver.
Se houver uma extinção em massa, é por causa de um evento que já está ocorrendo naturalmente, nós apenas aceleramos ou retardamos isso. Sobre a humanidade não sobreviver, duvido muito, porque o corpo humano é um dos organismos mais capazes de se adaptar em diferentes ambientes. Algumas regiões do planeta poderão ficar insuportáveis, como hoje são os polos, mas se os polos aquecerem, em tais surgirão cidades, enquanto que os desertos mais quentes serão quase que completamente abandonados. A humanidade não será extinta, apenas vai migrar para diferentes regiões do planeta. Menos gente no equador e mais gente nos polos e lugares como Patagônia, norte do Canadá e Sibéria. Sim, vários países poderão deixar de existir, mas outros surgirão.

Em outras palavras, o mundo mudará, incluindo nós, mas não acabará por causa de fábricas, veículos e gado.

É muito mais plausível haver extinção em massa por causa de vulcanismo e asteroide do que por causa de um pouco mais de CO2 no ar.

Esqueci de dizer que se a Terra esquentar, haverá mais nuvens no céu, e uma maior quantidade de nuvens ajuda a refletir mais radiação para o espaço, o que ajuda a esfriar o planeta. É um feedback negativo.

E aquela conversinha de que a Terra poderá virar Vênus por nossa causa é conversa fiada, porque são mundos com atmosferas completamente diferentes, pressões diferentes e contextos geológicos diferentes.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 11:39 am
E lembre-se de que há muito mais H2O na atmosfera do que CO2. O CO2 contribui para um aquecimento da atmosfera, mas o principal agente é o H2O. Tanto que ambientes mais úmidos são mais quentes por sinal...
Os ambientes mais úmidos são mais úmidos por que são mais quentes e a água evapora, e não o contrário.
nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 11:39 am
Posso ter me enganado em relação ao Saara, por não compreender muito bem climatologia. Mas em relação ao vapor de água tenho certeza do que falo. Ele é um gás de efeito estufa forte, porém menos que o metano.
Se não compreende bem climatologia, não deveria fazer afirmações tão absolutas, tiradas de sites negacionistas.
nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 11:39 am
Fala-se mais do CO2 porque ele tende a se acumular mais na atmosfera, enquanto o H2O tem ciclos de circulação na atmosfera. Mas ainda assim tem muito mais H2O no ar do que CO2, por causa dos oceanos...
Vou repetir: havia um equilíbrio entre o calor que entrava e o que saía, portanto as temperaturas eram relativamente estáveis.
Com todo o CO2 despejado na atmosfera, esse equilíbrio se rompeu.
nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 11:39 am
Em apenas 200 anos, a humanidade jogou de volta à atmosfera o gás carbônico que a natureza levou centenas de milhões de anos para acumular em baixo da terra. Durante milênios, o planeta emitiu toneladas de CO2 na atmosfera naturalmente. E também naturalmente absorveu essas toneladas. Ou seja, havia um equilíbrio. Mas veio a humanidade e passou a emitir toneladas extras de CO2 que o planeta não consegue absorver. Desequilibrou tudo.
Mais ou menos. Sim é verdade que humanos adicionam mais CO2 na atmosfera, mas no total a natureza sempre emitiu mais CO2 no ar ao longo de sua história do que humanos. E você só se refere ao CO2, mas a natureza ela emite mais H2O e CH4 do que humanos fazem. O que nós emitimos é apenas um adicional, mas a maior parte da emissão é feita pelo próprio ambiente e organismos.
Sim, só que antes havia um equilíbrio entre o CO2 produzido e o absorvido. Isto acabou.
nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 11:39 am
Uma quantidade um pouco maior de CO2 na verdade nem é tão ruim assim, porque as plantas necessitam desse gás para fazer fotossíntese. Tanto que desde que o CO2 aumentou, mais plantas cresceram e vão surgir em mais regiões do planeta, desde que haja umidade (presença de água) para elas sobreviverem. Mais CO2 esquenta, mas também favorece mais o crescimento das plantas, e os ambientalistas convenientemente não falam sobre isso... Porque o que essa gente quer é dar desculpa ambientalista para você pagar mais imposto. Eles só falam da parte do aquecimento, mas não de que mais CO2 no ar nutre melhor as plantas!
O calor vai destruir as plantas porque muitas só sobrevivem em regiões frias ou temperadas. E as que vivem nos trópicos vão desaparecer por causa da desertificação.
Isto sem falar na redução das áreas terrestres devido à subida do nível do mar, os incêndios e tudo o mais.
nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 11:39 am
Outra coisa importante é que o CO2 é melhor absorvido nas florestas mais densas, como as equatoriais. O CO2 produzido numa fábrica na Amazônia vai ser muito mais absorvido do que em um deserto.
Não haverá florestas mais densas se a temperatura continuar aumentando.
nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 11:39 am
O que nós emitimos na natureza afeta mais o ambiente próximo dos locais onde o CO2 é emitido em maior quantidade, mas no contexto planetário, há regiões que estão aquecendo enquanto outras estão esfriando.
Os polos estão esquentando e regiões que eram temperadas estão tendo invernos mais rigorosos. Isto é temporário e é causado pela mudança nos ventos, nas correntes marinhas e outros fatores. No longo prazo, tudo vai esquentar.

Isto sem falar nos furacões, tufões, secas, enchentes e incêndios que antes eram raros e localizados e agora acontecem todo ano e cada vez mais forte.

Re: Mudanças Climáticas

nuker
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Mensagem por nuker »

Sim, mas a presença de H2O no ar potencializa o efeito, faz ficar ainda mais quente. Nem todo ambiente quente tem o ar saturado de água. Os desertos são secos, enquanto as florestas tropicais são úmidas. Os desertos são mais quentes porque em tais lugares pouco CO2 é absorvido, enquanto nas florestas muito CO2 é absorvido por causa das plantas. Fora que o plâncton e algas também absorvem CO2, por isso o clima nos oceanos é mais ameno do que nos desertos, onde há maior acúmulo de CO2. Eu te mostrei o gráfico, H2O tem efeito estufa mais forte que o CO2, absorve muito mais calor que o outro. Mas como eu disse, o CO2 tende a acumular mais no ambiente, enquanto o H2O, como a Terra está numa faixa de temperatura em que tal pode estar em 3 estados da matéria, varia, por isso não é constante. Nas florestas tropicais apesar de haver mais água na atmosfera é mais ameno do que nos desertos como o Saara, porque nas florestas os níveis de CO2 são menores (por causa da vegetação), o que acaba compensando, enquanto nos desertos há bem menos água mas muito mais CO2 acumulado, que compensa de certa forma. E de dia há menor acúmulo de CO2, porque é quando as plantas absorvem tal gás, enquanto à noite tal volta a acumular, quando é produzido o O2.

Mas ainda assim durante à noite ainda é mais frio porque o CO2 não volta a se acumular de uma só vez, mas gradativamente até o amanhecer. O fato do CO2 acumular mais à noite nas florestas do que durante o dia evita que a temperatura nas florestas caia bastante, junto com o efeito estufa do vapor de água, que é ainda mais presente durante o verão. Mas a maior diferença, o que realmente mantém mais o calor das florestas tropicais à noite é a maior umidade do ambiente, porque o CO2 à noite nas florestas, apesar de ser maior que durante o dia, não se compara com a quantidade de vapor de água presente em tais ambientes. Como no deserto só há o CO2 e quase nenhuma água no ar, acaba fazendo muito mais calor de dia do que durante à noite, apesar de durante à noite o CO2 estar mais acumulado no ar do deserto do que nas florestas. Então se é assim, se há mais CO2 no ar dos desertos do que nas florestas e mesmo assim a noite nos desertos é fria, então tem algo que há nas florestas tropicais e em outras no geral que não há nos desertos... vapor de água. Veja o gráfico novamente e perceba como o vapor de água absorve muito mais energia no infravermelho. Toda essa energia absorvida acaba causando aquecimento do ar, bem mais do que com o CO2. O CO2 é um gás de efeito estufa fraco!

Também não podemos confundir a atmosfera da Terra com uma estufa artificial fechada rica em CO2. O CO2 na atmosfera terrestre está bastante diluído, porém mais concentrado em certos ambientes do que em outros. Isso significa que as mudanças climáticas em diferentes partes da Terra não é homogênea, em alguns lugares vai causar aquecimento enquanto que em outros um esfriamento, por causa de mudanças na direção dos ventos e correntes oceânicas. O que vai ocorrer é que haverá maior aquecimento nos desertos (tanto quentes como o Saara e gelados como a Antártida), enquanto que as florestas vão permanecer com clima mais ameno, apesar de um pouquinho mais quente, porque como esse CO2 extra produzido por humanos se espalha pelo planeta, acaba afetando todas as partes, porém muito mais onde se concentra mais CO2 (desertos e cidades) do que onde a maior parte dele acaba absorvido (florestas e oceanos). A Terra não é um ambiente homogêneo, é bastante heterogêneo por sinal, assim uma parte vai ser muito mais afetada que a outra. Nas partes onde está havendo queda de temperatura, não é só por causa da mudança de direção dos ventos, mas porque onde o CO2 é mais absorvido, a temperatura tenderá a ser menor.

E esse esfriamento está acontecendo principalmente nas florestas temperadas, como no norte dos EUA, onde o clima é mais continental e por isso mais frio, somado à latitude mais alta. Se por causa do aumento do CO2 haver mais plantas em tais ambientes temperados, e em função disso haver mais absorção de CO2, tal ambiente vai tender a resfriar ainda mais. E isso, no contexto geral do planeta, poderá ajudar a compensar o fato de estar havendo menos gelo nos polos. Haverá menos gelo nos polos, mas várias regiões temperadas, sobretudo onde há mais florestas e no hemisfério norte, poderão começar a acumular gelo até surgirem geleiras. E isso vai acumular cada vez mais que mais e mais plantas surgirem em tais florestas e haver cada vez mais absorção de CO2 em tais lugares, haverá um esfriamento cada vez maior. Afinal, quanto menos CO2 presente no ar, mais frio. Mas como tais florestas por serem temperadas são mais frias, também haverá menos vapor de água, o que fará resfriar ainda mais e poder até nevar em partes onde nunca nevou antes. Aqui mesmo no RJ, um tempo atrás, choveu GRANIZO! Há muito tempo que isso não acontecia. Isso só costuma acontecer no sul do Brasil, principalmente interior de Santa Catarina.

Outro estranho fenômeno é que em várias partes está havendo recuo dos mares, enquanto em outras o nível do mar aumenta. Não é portanto um aumento de nível de mar global, mas regional.

Da mesma forma que a maior parte de acúmulo de calor é regional (desertos quentes e frios) e não global. O aumento da temperatura na Terra não é homogêneo, mas bastante heterogêneo.

Normalmente onde há mais vapor de água no ambiente a temperatura é mais eficientemente regulada, evitando calor e frio excessivos como nos desertos. O vapor de água é um estabilizador de temperatura.

O vapor de água atua acumulando calor no ambiente, mas uma vez certa quantidade acumulada, e dependendo da umidade, a variação de temperatura será maior ou menor.

Mas se haver vapor de água demais, o ambiente poderá esquentar muito, apesar da variação de temperatura ficar cada vez menor. E estou falando de um ambiente pobre em CO2.

Além disso em lugares mais úmidos, como florestas tropicais e equatoriais, por haver mais vapor de água, há também maior formação de nuvens que faz grande parte da radiação voltar ao espaço, evitando assim um aumento excessivo de calor, ao contrário do que ocorre nos desertos secos, quentes ou frios. O mesmo ocorre nos oceanos, que faz formar nuvens e estas evitam um superaquecimento do planeta. Se houvesse ainda mais vapor de água em todo o planeta, todo o céu estaria coberto de nuvens, a temperatura apesar de mais quente não aumentaria muito e choveria com muito mais frequência. Mas isso só vai acontecer daqui há milhões de anos, quando o Sol ficar mais quente e fazer os oceanos evaporarem ainda mais água. Mas a medida que o Sol esquentar, chegará uma hora em que haverá tanto calor que o vapor de água começará a fazer acumular ainda mais calor do que dissipar calor e quando isto acontecer, a Terra começará a ficar quente como Vênus. Mas isso só daqui a milhões de anos, e não através de fábricas, veículos e gado.

As florestas são mais eficientes em regular o clima do que os desertos, por causa da maior absorção do CO2 e maior formação de nuvens acima das florestas tropicais pela maior quantidade de H2O. Até onde me lembro, é durante o dia que as plantas absorvem o CO2 (quando faz mais calor) e durante a noite produzem O2 (quando faz menos calor). Quanto mais CO2 absorvido, mais O2 produzido. Ou seja, se haver mais CO2 no ar, haverá maior produção de O2 na atmosfera. A Terra já foi mais quente e havia mais O2 em tais épocas, assim como mais florestas do que hoje em dia, inclusive nos polos. A Terra em alguns períodos, os mais quentes, foi bem mais fértil do que hoje em dia e sobretudo nos períodos em relação aos períodos glaciais. Na verdade a vida na Terra atualmente está adaptada a um clima mais frio no geral. Se o clima fica mais quente aos porquinhos, ela vai se adaptar. Só não pode mudar abruptamente, como ocorreu em eventos que causaram extinções em massa, como vulcanismo intenso ou mesmo queda do CO2 e metano no ar (que causou a primeira era glacial). Mudanças climáticas abruptas são as que causam as extinções em massa.

Digamos que a Terra era mais saudável nos períodos interglaciais e mais doente nos períodos glaciais. Atualmente estamos saindo do final da Era Glacial e entrando em um período interglacial. Muitas espécies vão ser prejudicadas, mas outras se beneficiarão e gerarão espécies descendentes delas, mais adaptadas ao calor. Espécies que preferem temperaturas mais baixas terão que migrar para regiões mais elevadas ou aos polos, enquanto que nesta nova ordem mundial a vida se adaptará ao calor. Lembre-se de que não foi o calor em si que causou extinções em massa, mas sim eventos geológicos como vulcanismo intenso e queda de asteroides, que causou mudanças abruptas no clima que levaram à extinção em massa de espécies. O que não pode acontecer é um aumento abrupto de temperatura global, de forma que as espécies não consigam acompanhar tais transformações através de seleção natural. Aí sim espécies ficarão extintas. Caso contrário, a seleção natural dará conta disso.

Nada na natureza é permanente. Algum dia tudo isso que conhecemos vai acabar desaparecendo e cedendo lugar para outras espécies e climas.

Além disso mudança no eixo de rotação da Terra também causa mudanças climáticas, não só CO2, e tem havido mudanças no eixo das Terra.

Mas sim, há um lado negativo nisso tudo... A Terra vai ficar mais saudável, como no período Cambriano, mas por outro lado, para nós...

Haverá mais tempestades e precipitação (chuvas), por causa de mais vapor de água na atmosfera (em função da maior evaporação dos oceanos);
Haverá maior proliferação de pregas e insetos, haverá mais insetos nas cidades, incluindo baratas e mais mariposas negras gigantes voando pelos corredores em meu prédio;
Talvez em função da maior proliferação de insetos, tais passem a se tornar parte da alimentação humana nos países ocidentais, no lugar do gado;
Espécies que preferem o frio migrarão para lugares mais amenos e as que não conseguirem entrarão em extinção (como ocorreu há vários milênios atrás, com mamutes e neandertais);
Profunda mudança da direção dos ventos e correntes marítimas, o que vai afetar o padrão climático em várias partes pelo planeta;
Provável fim das calotas polares, recuo dos mares em certas partes e alagamento em outras, caso até lá o eixo de rotação mude significativamente;
Países como Holanda e várias ilhas vão desaparecer, se o nível do mar em tais partes subir alguns metros a mais, além de alagamento das cidades costeiras;
Novas cidades serão construídas em latitudes mais altas como Sibéria, Patagônia, Groenlândia, Alasca e Antártida;
Se o eixo da Terra mudar bastante, haverá uma mudança profunda de padrão climático em todo o planeta, locais que eram frios ficarão quentes e vice-versa e isso pode causar extinções em massa;
Florestas densas mas onde a umidade é menor, como na parte mais ao sul da Amazônia como sul do Pará, Tocantins, Mato Grosso, sul do Amazonas e Bolívia terão ainda mais queimadas naturais;
Fazendas terão que mudar de lugar, para lugares onde passará a ter mais umidade (e onde choverá mais);
Haverá menos terras para humanos habitarem, porém a Antártida e locais em latitudes maiores se tornarão mais habitáveis e férteis, meio que compensando a perda de terras em latitudes mais baixas;
Humanos terão que se adaptar ao novo padrão climático, assim como suas cidades, fazendas e estilo de vida;
Pessoas frágeis ao calor como obesos e outras comorbidades serão extintas e só os mais fortes e magros adaptados ao calor sobreviverão;
Com número suficiente de gerações humanas, pode ser que através da seleção natural pessoas obesas deixem de existir, pois o gene da obesidade ficará obsoleto e se tornará fator de morte prematura;
A África, Ásia Central, Austrália, Mediterrâneo e parte das Américas vão ficar ainda mais desérticas, enquanto que outros lugares se tornarão mais férteis;
Por incrível que pareça, partes do Oriente Médio estão ficando mais férteis por motivo desconhecido. Plantas estão crescendo onde era deserto em certas partes. Pode ser que o Oriente Médio fique mais fértil.

Enfim, estas seriam as principais mudanças causadas pela mudança de padrões climáticos e aumento gradual da temperatura global.

Vamos ver... População africana despencando. Comeremos carne de inseto industrializada. Obesos morrerão. A Holanda vai desaparecer. Tempestades mais frequentes. Antártida habitada. É, né... :lol:

Obs: Sou obeso, meus genes me definiram desse jeito. Coitado de mim nesta nova ordem mundial pós apocalíptica em que terei que comer carne de inseto... :lol:

Re: Mudanças Climáticas

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Agnoscetico
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Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

De vez em quando parece que a natureza também não ajuda, mas aí não tem muito o que fazer:
Erupção em Tonga dobrou concentração de CO2 no ar, aponta estudo

https://revistagalileu.globo.com/Um-So- ... studo.html

No dia 15 de janeiro de 2021, o vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha'apai entrou em erupção a 65 km da capital de Tonga, um arquipélogo na Oceanina. A explosão subaquática causou maremotos devastadores e deixou vários países em alerta para tsunamis — além de liberar uma nuvem de fumaça no ar, acendendo debates sobre os efeitos do fenômeno nas mudanças climáticas.

Segundo um novo estudo da Academia Chinesa de Ciências (CAS na sigla em inglês), depois da erupção no Tonga, a concentração de dióxido de carbono (CO2) no ar da região dobrou. O time de pesquisadores do Instituto Hefei de Ciencias Físicas analisou a concentração de gases de efeito estufa antes e depois do vulcão entrar em erupção, usando dados da Australia e Nova Zelândia, comparando os números registrados no mês de janeiro dos anos 2019, 2020 e 2022.

Em janeiro deste ano, a concentração de CO2 nas proximidades do vulcão atingiram a marca de 414 partes por milhão (ppm). Antes do fenômeno, esse número era de 412 ppm, e um aumento de 2 ppm equivale a um ano inteiro de emissão de dióxido de carbono em todo o planeta. “Toneladas de CO2 ficaram no ar depois da erupção”, afirma Ye Hannan, colaborador da pesquisa, em comunicado. “O acumulado se dá apenas pelo vazamento de gás e a erupção em si”.

A pesquisa também constatou que, antes da erupção do Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, a flutuação da concentração atmosférica de CO2 no Hemisfério Sul crescia de forma estável em cerca de 2 ppm por ano.

Os dados foram colhidos pelo instrumento de monitoração de gases do efeito estufa (GMI na sigla em inglês) usando dois satélites para monitorar a concentração de CO2 e metano (CH4) na atmosfera. Segundo a CAS, o GMI continuará a ser usado para monitorar atividades vulcânicas e o impacto delas no meio ambiente.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
Conselheiro
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Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am

Mensagem por Fernando Silva »

nuker escreveu:
Ter, 12 Setembro 2023 - 21:27 pm
Sim, mas a presença de H2O no ar potencializa o efeito, faz ficar ainda mais quente.
A presença de H2O no ar é uma constante, portanto não é este o problema e sim o que mudou de 200 anos para cá, ou seja, a quantidade de CO2 que a humanidade jogou na atmosfera.

E é isto que tem que ser combatido para voltarmos às condições anteriores.

Repetindo: não adianta ficar citando os efeitos disto e daquilo isoladamente. A questão é o que mudou. O que rompeu o equilíbrio.

Re: Mudanças Climáticas

nuker
Mensagens: 596
Registrado em: Sáb, 23 Outubro 2021 - 17:19 pm

Mensagem por nuker »

Eu não estou negando que uma quantidade maior de CO2 no ar causou um certo aquecimento da Terra, mas este foi pequeno, se comparado ao que aconteceu milhões de anos atrás, durante as eras interglaciais.

Sobre o que aconteceu em Tonga, este é mais um exemplo em como a maior parte do CO2 no ar vem da própria natureza. O que o ser humano adicionou foi uma pequena quantidade, comparado ao que a natureza faz.

Sim, essa quantidade maior de CO2 causou um desequilíbrio, isso é verdade, mas não vai ser por causa disso que o mundo ficará sem florestas e a vida acabar.

Nos desertos quentes a situação vai piorar, mas nos desertos frios como a Antártida e Groenlândia, com o aquecimento, novas terras férteis vão surgir, e lugares como Alasca, Sibéria e Antártida ficarão ainda mais férteis.

Por causa do aquecimento nos polos, a Antártida está começando a ter tundras em algumas partes.

Com relação à África, a maior desertificação fará com que apenas a floresta equatorial permaneça. O resto vai virar deserto ou savana. Mas nas florestas mais ao sul, como África do Sul, Zimbábue e Zâmbia, a vegetação ainda certamente vai permanecer, assim como nas montanhas da Etiópia, onde também é mais ameno o clima. A não ser que através de tecnologia a expansão do Saara seja parada, como tem uma construção lá que passa por vários países saarianos e que visa mitigar a expansão do deserto. E ainda tem a questão do Oriente Médio estar se tornando mais fértil, o que ainda pra mim é um mistério. Certos lugares vão se tornar inabitáveis, enquanto os que eram inabitáveis vão se tornar habitáveis.

Acho que a temperatura média global máxima em que a Terra pode suportar a vida como conhecemos deve ser em torno de 25°C ou 30°C. Acima disso é que vai começar a ficar perigoso.

A não ser se a pressão do ar aumentasse e a água ficasse líquida a um maior intervalo de temperaturas, aí a Terra aguentaria se manter estável em temperaturas ainda mais elevadas.

No meu entendimento o que aconteceu em Vênus foi algum evento geológico ou mesmo astronômico que causou uma erupção em massa de vulcões que remodelou a superfície e mudou para sempre aquela atmosfera. Vênus já tinha uma atmosfera mais densa antes de todo aquele CO2 em excesso, talvez em torno de 4 atmosferas ou pouco mais (Vênus tem 4 vezes mais N2 do que a Terra). Tinha oceanos há até uns 700 milhões de anos atrás. Com o aquecimento do Sol e por causa de algum evento geológico, houve um vulcanismo tão intenso que a maior parte do CO2 em seu interior foi para a atmosfera de uma vez. Na Terra isso nunca aconteceu desta maneira. É que o interior de Vênus funciona de forma diferente ao da Terra. Vênus tende a acumular calor em seu interior até soltar tudo de uma vez, enquanto que na Terra os vulcões liberam este calor gradualmente.

Algo também causou o desligamento do campo magnético em Vênus, mas não foi sua massa, pois Vênus ainda tem massa para ter campo magnético. Algum processo interno ou externo causou isso. Se não fosse por essa tendência em Vênus acumular muito calor em seu interior para depois soltar tudo de uma vez e se ainda tivesse seu campo magnético, Vênus seria mais quente que a Terra, mas ainda teria oceanos e vida, além de uma atmosfera mais similar à da Terra, e não cheia de CO2 com uma pressão absurda. Em uma atmosfera 4 vezes mais densa, a água evapora a 144°C. Ou seja, Vênus ainda aguentaria o tranco. A temperatura média em Vênus neste caso poderia ser algo entre 40°C a 60°C. Com uma pressão do ar mais alta, oceanos e vida ainda seriam viáveis.

O que estou dizendo é que são os próprios fenômenos da natureza que causam extinções em massa. Nós apenas aceleramos ou retardamos o que já acontece na natureza.

Re: Mudanças Climáticas

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Agnoscetico
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Registrado em: Sáb, 21 Março 2020 - 11:46 am

Mensagem por Agnoscetico »

Sobre emissão de poluentes por veículos eu postei no tópico "Sustentabilidade: Energias alternativas, etc.". Eu não entendo de forma detalhada sobre o assunto mas postei comentários que achei na sessão de comentários de um vídeo pra quem entender melhor explicar o que ta ou não errado lá

https://clubeceticismo.com.br/viewtopic ... 947#p31947

Re: Mudanças Climáticas

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Gabarito
Site Admin
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Registrado em: Seg, 02 Março 2020 - 06:49 am

Mensagem por Gabarito »

A fraude do clima

Vivemos uma espécie de eugenismo 'de esquerda' — a exclusão da sociedade para os seres humanos ecologicamente indesejáveis

J. R. Guzzo
08 set 2023

A “mudança do clima”, como acontece com a maior parte das realidades oficiais que são impostas ao público mundial pelo Comissariado Supremo da Ciência, não é real, não está fazendo o clima mudar e não é ciência. É, cada vez mais abertamente, uma causa política. A ideia-matriz dos chefes, militantes e apóstolos desse novo partido internacional, formado nas universidades, nos governos e nos departamentos de marketing dos países com PIB per capita a partir de US$ 50 mil, é que “o homem” está fazendo o clima da Terra ficar pior. É uma ideologia desesperada. Seu raciocínio principal estabelece que o ser humano está atrapalhando o mundo — interfere na vida dos bichos, das plantas e das pedras, além dos oceanos, das geleiras e do movimento das marés. Para o planeta ser salvo, se os novos cientistas do “clima” pudessem mesmo tomar as decisões, o homem, em termos práticos e no fim das contas, teria de sumir da superfície terrestre — ou voltar à vida que levava na era das cavernas, para incomodar o menos possível o ambiente físico em seu redor. Teríamos aí, como consequência da preservação da natureza, um clima perfeito — só que não poderia haver gente para desfrutar dele. É uma meta que entusiasma cada vez mais a elite civilizada, o universo “progressista” e a mídia em geral.

O “clima” está realmente mudando? Talvez até esteja. Não há nenhuma evidência efetivamente científica disso; há apenas bilhões de dólares investidos na produção em série de “pesquisas”, “estudos” e “testes” com resultados já decididos antes de se pesquisar, estudar e testar o que quer que seja. É terminantemente proibido, aliás, fazer qualquer outra experiência em sentido diferente. Mas, se estiver acontecendo mesmo alguma mudança, com certeza não é o homem o culpado por ela. Mudanças climáticas acontecem há milhões de anos — e produziram efeitos incomparavelmente maiores do que qualquer coisa que o ser humano possa ter feito, desde a separação dos continentes até a Era do Gelo mais recente, entre 20 mil e 10 mil anos atrás. Apenas na última grande inundação da China, em 1931, estima-se que morreram entre 400 mil e 3 milhões de pessoas — e na época a interferência do homem no meio ambiente era mínima. Agora que a ação humana é descrita como “fatal”, não passa pela cabeça de ninguém que possa acontecer uma calamidade dessas em qualquer lugar do mundo. A verdade dos fatos é o contrário do que diz a ciência única em vigor no momento. Nunca o homem fez tanto para limitar os desastres trazidos pelos fenômenos naturais como faz hoje — barragens que impedem enchentes, edifícios à prova de terremotos, irrigação extensiva para combater as secas, e assim por diante. Mas é o homem, segundo o pensamento cientificamente correto, o grande responsável pelo excesso de chuva, a falta de chuva, o calor, o frio, o vento, as geadas, a atividade dos vulcões, os incêndios nas florestas — salvo no Brasil, naturalmente, onde o único culpado é “o Bolsonaro”.


Imagem

Última grande inundação da China, em 1931 | Foto: Wikimedia Commons


Ninguém jamais admite, é claro, mas a constante mais invariável em toda a religião do clima é a sua hostilidade fundamental em relação ao ser humano — uma espécie de antropofobia que foi transformada em dever moral, ético e político por universidades, governos, magnatas convertidos à causa do bem depois dos seus primeiros 10 bilhões de dólares, “influencers” e, talvez mais que tudo, as inesgotáveis reservas de gente com bons propósitos e pouca paciência para pensar que se espalham por este mundo afora. Essa antipatia, obviamente, é seletiva. Os adversários a eliminar, ou pelo menos a serem submetidos a controle severo, não são todos os “humanos” — como eles se referem, com frequência cada vez maior, aos 8 bilhões de seres de carne e osso que infestam o “planeta” com a sua existência, suas necessidades básicas e, ultimamente, sua insuportável pretensão a uma vida materialmente mais cômoda. Além das girafas, das geleiras e da mata amazônica, devem ser protegidos os 5% da população mundial, no máximo dos máximos, que estão nos galhos de cima nas sociedades do Primeiro Mundo. A humanidade tem de ser governada para as suas neuroses, a sua “qualidade de vida” e as suas bicicletas de 30 marchas. Os outros 95%, essa pobrada que ocupa espaço, emite carbono, consome água e ocupa áreas preciosas de vegetação natural para produzir comida — bem, é preciso encontrar “uma solução” para que parem, já, de se reproduzir, de usar os recursos “do planeta” e de alterar “o clima”.

Tome-se o Brasil, por exemplo. O ideal, mesmo, seria que não existisse — ou, mais exatamente, que não tivesse os 200 milhões de brasileiros que tanto atrapalham a natureza com a produção de alimentos, a extração de minérios para suprir as exigências mais elementares da vida e outras atividades nocivas ao “clima”. Ainda não é possível, na prática, fazer isso. Mas o pensamento-padrão dos militantes do mundo verde está sempre irritado com o fato básico de que existe vida humana no Brasil; deveria haver, pelo menos, uma “governança global” para que os brasileiros se comportassem de modo mais responsável e parassem de mudar as quatro estações, tirar “o nosso oxigênio”, como imagina o presidente Macron, e provocar incêndios no Canadá. Já se ouviu, num salão da Quinta Avenida, uma intelectual do progressismo norte-americano propor algum tipo de “evacuação” dos 20 milhões de moradores da Amazônia. Pode parecer piada, mas a estratégia central de ONGs internacionais com milhões de dólares de orçamento é promover o que chamam de “desintrusão” da Amazônia — a progressiva retirada dos “brancos”, da civilização contemporânea e da atividade econômica da região. É uma espécie de eugenismo “de esquerda” — a exclusão da sociedade para os seres humanos ecologicamente indesejáveis. Sai a seleção pelas características genéticas. Entra a seleção pela conduta ambiental correta.

Nada disso tem qualquer relação objetiva com o mundo das realidades. A “salvação do clima” é um projeto de eliminação do capitalismo, e a sua substituição por um sistema ainda não descrito de virtudes, para quem ganha de US$ 200 mil por ano para cima. Como pode funcionar, na prática, um negócio desses? O estilo de vida e as convicções existenciais dessa gente exigem mais, e não menos, exploração dos recursos naturais — e isso requer mais capitalismo, e não menos. Não adianta nada ter casas de 500 metros quadrados com painéis solares, SUVs elétricos ou móveis feitos de madeira certificada se a produção de cada átomo disso tudo vai exigir cada vez mais energia, mais minérios e mais utilização do que existe de material na Terra — levando-se em conta que os recursos extraterrestres ainda não estão disponíveis. Em duas décadas de militância para preservar o “clima”, os governos dos países ricos gastaram US$ 5 trilhões nas tentativas de substituir os combustíveis fósseis por energia “limpa”, “verde” e neutra para a camada de ozônio. Resultado: o petróleo, o gás natural e o carvão continuam a responder por 85% de todo o consumo energético do mundo — 2% a menos, só isso, do que se consumia 20 anos atrás. Salvo no Brasil, onde é possível rodar com álcool, quase 100% de todo o transporte mundial é feito com petróleo. Não se trata de opinião. É física, química e matemática.

As classes intelectuais, a minoria rica e todos os bem-intencionados e mal-informados que exigem uma solução imediata para a “mudança do clima”, e punições extremas para os malfeitores ambientais, acham que, se “o governo”, a indústria, os provedores de energia e matéria-prima, o setor de serviços e o resto da humanidade não fizerem “alguma coisa” já, neste minuto, a Terra vai acabar. Mas a vida no mundo que querem é simplesmente impossível — para eles mesmos, que são os maiores consumidores de tudo o que se obtém do planeta, da tecnologia e da civilização. Não é preciso complicar. Um hospital moderno, exigência mínima de qualquer elite deste mundo, consome 250% mais energia que um edifício comum do mesmo porte. Então: você acha possível tocar o Hospital Sírio-Libanês, com os seus aparelhos de tomografia, ressonância magnética e medicina nuclear, com placas de energia solar — ou com pás de vento? Talvez isso ajude a camada de ozônio ou a integridade da calota polar. Em compensação, o sujeito morre porque a eletricidade caiu. Todos querem, é claro, a limpeza ambiental do comércio eletrônico, em vez dessas lojas que interferem tanto no “clima” — mas ninguém pensa na quantidade cada vez maior de veículos, armazéns e outros componentes físicos desse tipo de negócio. Mais irracional que tudo é querer, ao mesmo tempo, gastar cada vez mais energia e proibir cada vez mais a produção de energia. Petróleo não pode. Gás não pode. Carvão não pode. Não pode usina nuclear. Não pode extrair minério. Não pode, agora, nem usina hidrelétrica, a mais limpa de todas e aquela que o Brasil mais produz; barragens podem estressar os bagres, ou algo assim, e a polícia verde não admite esse tipo de infração.

A religião do clima, enfim, bate de frente com a realidade objetiva. Um dos principais mandamentos do seu evangelho determina, por exemplo, que o mundo não deve mais ter automóveis — só SUVs, Ferraris elétricas e modelos a partir de US$ 50 mil. Mas bilhões de pessoas que não têm carro continuam querendo ter. O que a “ciência” sugere que se diga para elas? Não podem ser canceladas, como as estátuas de Cristóvão Colombo ou as condenações de Lula por corrupção passiva. Nos Estados Unidos há 80 carros para cada cem pessoas; no resto do mundo, com as imensas populações da Ásia e da África, essa média cai para cinco em cem. Dá para imaginar que toda essa gente aceite ficar sem carro para sempre? E a carne, então? Os comissários do “clima” exigem que não se coma mais carne; os bois produzem gases etc. etc. etc. Mas há mais de 1 bilhão de chineses querendo comer mais carne; é preciso combinar com eles. Acima de tudo, há o fato de que a humanidade, em nenhum momento em seus 10 mil anos de civilização, deixou de consumir mais energia e mais matéria-prima — não só pelo aumento da população, mas pelo aumento, ainda muito maior, das invenções colocadas à disposição do ser humano. Vai consumir cada vez mais. É impossível que as pessoas parem de nascer na África; é impossível que a indústria não invente mais nada. Mas a verdade, hoje, não sai dos laboratórios, da experiência material e do pensamento livre. Sai do “Comitê Central da Ciência Ideológica”. O resultado é a guerra contra a “mudança do clima”.

Re: Mudanças Climáticas

nuker
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Mensagem por nuker »

Gabarito escreveu:
Qui, 14 Setembro 2023 - 17:06 pm
A fraude do clima

Vivemos uma espécie de eugenismo 'de esquerda' — a exclusão da sociedade para os seres humanos ecologicamente indesejáveis

J. R. Guzzo
08 set 2023

A “mudança do clima”, como acontece com a maior parte das realidades oficiais que são impostas ao público mundial pelo Comissariado Supremo da Ciência, não é real, não está fazendo o clima mudar e não é ciência. É, cada vez mais abertamente, uma causa política. A ideia-matriz dos chefes, militantes e apóstolos desse novo partido internacional, formado nas universidades, nos governos e nos departamentos de marketing dos países com PIB per capita a partir de US$ 50 mil, é que “o homem” está fazendo o clima da Terra ficar pior. É uma ideologia desesperada. Seu raciocínio principal estabelece que o ser humano está atrapalhando o mundo — interfere na vida dos bichos, das plantas e das pedras, além dos oceanos, das geleiras e do movimento das marés. Para o planeta ser salvo, se os novos cientistas do “clima” pudessem mesmo tomar as decisões, o homem, em termos práticos e no fim das contas, teria de sumir da superfície terrestre — ou voltar à vida que levava na era das cavernas, para incomodar o menos possível o ambiente físico em seu redor. Teríamos aí, como consequência da preservação da natureza, um clima perfeito — só que não poderia haver gente para desfrutar dele. É uma meta que entusiasma cada vez mais a elite civilizada, o universo “progressista” e a mídia em geral.

O “clima” está realmente mudando? Talvez até esteja. Não há nenhuma evidência efetivamente científica disso; há apenas bilhões de dólares investidos na produção em série de “pesquisas”, “estudos” e “testes” com resultados já decididos antes de se pesquisar, estudar e testar o que quer que seja. É terminantemente proibido, aliás, fazer qualquer outra experiência em sentido diferente. Mas, se estiver acontecendo mesmo alguma mudança, com certeza não é o homem o culpado por ela. Mudanças climáticas acontecem há milhões de anos — e produziram efeitos incomparavelmente maiores do que qualquer coisa que o ser humano possa ter feito, desde a separação dos continentes até a Era do Gelo mais recente, entre 20 mil e 10 mil anos atrás. Apenas na última grande inundação da China, em 1931, estima-se que morreram entre 400 mil e 3 milhões de pessoas — e na época a interferência do homem no meio ambiente era mínima. Agora que a ação humana é descrita como “fatal”, não passa pela cabeça de ninguém que possa acontecer uma calamidade dessas em qualquer lugar do mundo. A verdade dos fatos é o contrário do que diz a ciência única em vigor no momento. Nunca o homem fez tanto para limitar os desastres trazidos pelos fenômenos naturais como faz hoje — barragens que impedem enchentes, edifícios à prova de terremotos, irrigação extensiva para combater as secas, e assim por diante. Mas é o homem, segundo o pensamento cientificamente correto, o grande responsável pelo excesso de chuva, a falta de chuva, o calor, o frio, o vento, as geadas, a atividade dos vulcões, os incêndios nas florestas — salvo no Brasil, naturalmente, onde o único culpado é “o Bolsonaro”.


Imagem

Última grande inundação da China, em 1931 | Foto: Wikimedia Commons


Ninguém jamais admite, é claro, mas a constante mais invariável em toda a religião do clima é a sua hostilidade fundamental em relação ao ser humano — uma espécie de antropofobia que foi transformada em dever moral, ético e político por universidades, governos, magnatas convertidos à causa do bem depois dos seus primeiros 10 bilhões de dólares, “influencers” e, talvez mais que tudo, as inesgotáveis reservas de gente com bons propósitos e pouca paciência para pensar que se espalham por este mundo afora. Essa antipatia, obviamente, é seletiva. Os adversários a eliminar, ou pelo menos a serem submetidos a controle severo, não são todos os “humanos” — como eles se referem, com frequência cada vez maior, aos 8 bilhões de seres de carne e osso que infestam o “planeta” com a sua existência, suas necessidades básicas e, ultimamente, sua insuportável pretensão a uma vida materialmente mais cômoda. Além das girafas, das geleiras e da mata amazônica, devem ser protegidos os 5% da população mundial, no máximo dos máximos, que estão nos galhos de cima nas sociedades do Primeiro Mundo. A humanidade tem de ser governada para as suas neuroses, a sua “qualidade de vida” e as suas bicicletas de 30 marchas. Os outros 95%, essa pobrada que ocupa espaço, emite carbono, consome água e ocupa áreas preciosas de vegetação natural para produzir comida — bem, é preciso encontrar “uma solução” para que parem, já, de se reproduzir, de usar os recursos “do planeta” e de alterar “o clima”.

Tome-se o Brasil, por exemplo. O ideal, mesmo, seria que não existisse — ou, mais exatamente, que não tivesse os 200 milhões de brasileiros que tanto atrapalham a natureza com a produção de alimentos, a extração de minérios para suprir as exigências mais elementares da vida e outras atividades nocivas ao “clima”. Ainda não é possível, na prática, fazer isso. Mas o pensamento-padrão dos militantes do mundo verde está sempre irritado com o fato básico de que existe vida humana no Brasil; deveria haver, pelo menos, uma “governança global” para que os brasileiros se comportassem de modo mais responsável e parassem de mudar as quatro estações, tirar “o nosso oxigênio”, como imagina o presidente Macron, e provocar incêndios no Canadá. Já se ouviu, num salão da Quinta Avenida, uma intelectual do progressismo norte-americano propor algum tipo de “evacuação” dos 20 milhões de moradores da Amazônia. Pode parecer piada, mas a estratégia central de ONGs internacionais com milhões de dólares de orçamento é promover o que chamam de “desintrusão” da Amazônia — a progressiva retirada dos “brancos”, da civilização contemporânea e da atividade econômica da região. É uma espécie de eugenismo “de esquerda” — a exclusão da sociedade para os seres humanos ecologicamente indesejáveis. Sai a seleção pelas características genéticas. Entra a seleção pela conduta ambiental correta.

Nada disso tem qualquer relação objetiva com o mundo das realidades. A “salvação do clima” é um projeto de eliminação do capitalismo, e a sua substituição por um sistema ainda não descrito de virtudes, para quem ganha de US$ 200 mil por ano para cima. Como pode funcionar, na prática, um negócio desses? O estilo de vida e as convicções existenciais dessa gente exigem mais, e não menos, exploração dos recursos naturais — e isso requer mais capitalismo, e não menos. Não adianta nada ter casas de 500 metros quadrados com painéis solares, SUVs elétricos ou móveis feitos de madeira certificada se a produção de cada átomo disso tudo vai exigir cada vez mais energia, mais minérios e mais utilização do que existe de material na Terra — levando-se em conta que os recursos extraterrestres ainda não estão disponíveis. Em duas décadas de militância para preservar o “clima”, os governos dos países ricos gastaram US$ 5 trilhões nas tentativas de substituir os combustíveis fósseis por energia “limpa”, “verde” e neutra para a camada de ozônio. Resultado: o petróleo, o gás natural e o carvão continuam a responder por 85% de todo o consumo energético do mundo — 2% a menos, só isso, do que se consumia 20 anos atrás. Salvo no Brasil, onde é possível rodar com álcool, quase 100% de todo o transporte mundial é feito com petróleo. Não se trata de opinião. É física, química e matemática.

As classes intelectuais, a minoria rica e todos os bem-intencionados e mal-informados que exigem uma solução imediata para a “mudança do clima”, e punições extremas para os malfeitores ambientais, acham que, se “o governo”, a indústria, os provedores de energia e matéria-prima, o setor de serviços e o resto da humanidade não fizerem “alguma coisa” já, neste minuto, a Terra vai acabar. Mas a vida no mundo que querem é simplesmente impossível — para eles mesmos, que são os maiores consumidores de tudo o que se obtém do planeta, da tecnologia e da civilização. Não é preciso complicar. Um hospital moderno, exigência mínima de qualquer elite deste mundo, consome 250% mais energia que um edifício comum do mesmo porte. Então: você acha possível tocar o Hospital Sírio-Libanês, com os seus aparelhos de tomografia, ressonância magnética e medicina nuclear, com placas de energia solar — ou com pás de vento? Talvez isso ajude a camada de ozônio ou a integridade da calota polar. Em compensação, o sujeito morre porque a eletricidade caiu. Todos querem, é claro, a limpeza ambiental do comércio eletrônico, em vez dessas lojas que interferem tanto no “clima” — mas ninguém pensa na quantidade cada vez maior de veículos, armazéns e outros componentes físicos desse tipo de negócio. Mais irracional que tudo é querer, ao mesmo tempo, gastar cada vez mais energia e proibir cada vez mais a produção de energia. Petróleo não pode. Gás não pode. Carvão não pode. Não pode usina nuclear. Não pode extrair minério. Não pode, agora, nem usina hidrelétrica, a mais limpa de todas e aquela que o Brasil mais produz; barragens podem estressar os bagres, ou algo assim, e a polícia verde não admite esse tipo de infração.

A religião do clima, enfim, bate de frente com a realidade objetiva. Um dos principais mandamentos do seu evangelho determina, por exemplo, que o mundo não deve mais ter automóveis — só SUVs, Ferraris elétricas e modelos a partir de US$ 50 mil. Mas bilhões de pessoas que não têm carro continuam querendo ter. O que a “ciência” sugere que se diga para elas? Não podem ser canceladas, como as estátuas de Cristóvão Colombo ou as condenações de Lula por corrupção passiva. Nos Estados Unidos há 80 carros para cada cem pessoas; no resto do mundo, com as imensas populações da Ásia e da África, essa média cai para cinco em cem. Dá para imaginar que toda essa gente aceite ficar sem carro para sempre? E a carne, então? Os comissários do “clima” exigem que não se coma mais carne; os bois produzem gases etc. etc. etc. Mas há mais de 1 bilhão de chineses querendo comer mais carne; é preciso combinar com eles. Acima de tudo, há o fato de que a humanidade, em nenhum momento em seus 10 mil anos de civilização, deixou de consumir mais energia e mais matéria-prima — não só pelo aumento da população, mas pelo aumento, ainda muito maior, das invenções colocadas à disposição do ser humano. Vai consumir cada vez mais. É impossível que as pessoas parem de nascer na África; é impossível que a indústria não invente mais nada. Mas a verdade, hoje, não sai dos laboratórios, da experiência material e do pensamento livre. Sai do “Comitê Central da Ciência Ideológica”. O resultado é a guerra contra a “mudança do clima”.
Eu sempre achei estranha toda essa ideologia ambientalista, sempre achei ela controversa e pseudocientífica, porque não leva em conta certos fatos. É uma causa política, e não científica no fim das contas!

O que antes os nazistas e fascistas faziam agora os progressistas estão fazendo.

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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A fraude do clima

Vivemos uma espécie de eugenismo 'de esquerda' — a exclusão da sociedade para os seres humanos ecologicamente indesejáveis
A antipatia para causas ecológicas é consequência da polarização política. As pautas estão sendo distribuídas entre esquerda e direita, e as pessoas estão pensando em bloco em vez de analisar cada pauta separadamente. A partir do momento em que a pauta ecológica for defendida pelos defensores de wokeísmo e socialismo, muita gente passa a detestá-la. Como dar credibilidade se o cara que defende a causa ambiental é o mesmo cara que fala de gênero fluído? A mesma ideologia que fala de banalidades que nem deveria ser assunto político fala de algo muito sério e de impacto mundial.

O que empurra o ambientalismo para a esquerda é porque isso exige intervenção no livre mercado. A direita chegou a propor "ambientalismo" liberal, mas isso não existe, porque o consumidor, mesmo defendendo pauta ambiental, comprará o produto mais barato e também não terá como saber se a empresa está mentindo quando diz que o produto é ecológico. Hoje é muito comum a fraude conhecida como greenwashing.

Nos Estados Unidos, a Direita também tem culpa. As poderosas indústrias petroquímica e automobilística só tem a perder com a promoção de políticas ecológicas. Elas tem grande participação no PIB e grande poder para fazer lobismo e propaganda.

Existe também um país interessado em promover o aquecimento global: Rússia. A Rússia só tem a ganhar com o derretimento da Sibéria. Terá área para expandir a população e explorar recursos minerais. E o mar do Ártico será ótimo para navegação (lembrando que historicamente, a Rússia sempre sofreu com a falta de portos). Anti-ambientalismo é o ponto de concordância entre Trump e Putin.

Mas não devemos negar o aquecimento global. As evidências principais do aquecimento global são as medidas de temperatura anual durante as últimas décadas, as medidas de concentração de carbono na atmosfera e as medidas anuais do aumento de nível do mar. Secas e tempestades também estão mais comuns do que no passado. O efeito estufa é um processo já conhecido há décadas, pois sabe-se que Vênus é mais quente do que Mercúrio por causa da atmosfera com gás carbono.

Como essas medições são feitas em vários lugares do mundo de forma independente, é muito difícil haver uma força controlando todas e as instituições independentes denunciariam e desmascarariam a fraude. Dada a natureza aberta dos registros, uma teoria da conspiração seria implausível. Tem um tópico antigo dizendo sobre falhas de teorias da conspiração, lá diz que quanto maior o número de pessoas envolvidas e o tempo em que a teoria é conhecida, maior é o risco de vazamento e divergência. E o mais importante: quem ganharia com a promoção de políticas ambientais?

É claro que existe muita fraude política e empresarial envolvendo mudanças climáticas. Um exemplo são carros elétricos carregados com termelétrica e baterias que precisam de mais mineração. Há também o neocolonialismo ecológico, em que o governo europeu passa a impressão de ser ecológico para os eleitores, mas envia a indústria poluidora para o terceiro mundo.

O mais estranho é que ninguém está defendendo controle de natalidade. Uma população menor tem condições de usar mais recursos naturais. Uma população grande teria que ser pobre para poder ser sustentável.

Automóveis deveriam ser menores e mais simples, mas eles tem se tornado cada vez mais caros e complexos sem necessidade, chegando ao ponto em que a indústria automobilística se torna a mais afetada num crise de escassez de microprocessadores do que a indústria de celulares.
uma “governança global”
As mudanças climáticas afetam o mundo inteiro, por isso é necessário que todos cumpram políticas ecológicas.

De fato existe o risco de globalismo e a proteção do clima ser usada como pretexto. Mas precisa de encontrar uma maneira de fazer todos cumprirem as metas, sem perder a soberania.
Mudanças climáticas acontecem há milhões de anos — e produziram efeitos incomparavelmente maiores do que qualquer coisa que o ser humano possa ter feito, desde a separação dos continentes até a Era do Gelo mais recente, entre 20 mil e 10 mil anos atrás.
As mudanças naturais demoram mais de 10 mil anos para ocorrer. Já as mudanças que iniciaram o antropoceno estão ocorrendo em menos de 100 a 200 anos. Esse tempo é longo para um ser humano perceber sozinho e não se importar com o futuro, mas é curto na história climática do planeta.
Não pode usina nuclear.
Pessoas sérias, que defendem o meio ambiente sem viés político, defendem o uso de usina nuclear.
Não pode, agora, nem usina hidrelétrica, a mais limpa de todas e aquela que o Brasil mais produz;
Hidrelétricas atrapalham hidrovias. Minas Gerais poderia ter um bom desenvolvimento se tivesse um grande porto e as hidrelétricas do São Francisco não atrapalhassem.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Seca na Amazônia dificulta envio de produtos da Black Friday e ameaça o ‘rô-rô caboclo’; entenda

Transportadoras pedem que Zona Franca antecipe produção por medo de que estiagem inviabilize navegação. Manaus depende de cabotagem e de caminhões em balsas
Por Vinicius Neder — Rio - 02/10/2023


A seca histórica na Amazônia, além de encarecer produtos que vêm de fora para algumas das áreas mais remotas do país, ameaça a logística da Zona Franca de Manaus, com destaque para o escoamento da produção de eletrodomésticos, poucas semanas antes da Black Friday, tradicional data de promoções do varejo.

Segundo a Eletros, entidade que reúne os fabricantes de eletrodomésticos, “100% da produção nacional de ar-condicionado, televisores, lavadoras de louça e micro-ondas” vêm da Zona Franca. E algumas empresas relatam reajustes de até 50% no frete.

Operadores logísticos têm orientado seus clientes na região a anteciparem a produção para garantirem o embarque das mercadorias, já que a região depende do transporte fluvial para escoar suas mercadorias e a previsão é de que o nível dos rios no entorno de Manaus fique em situação ainda mais crítica nos próximos meses.
https://oglobo.globo.com/economia/notic ... enda.ghtml

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Amazônia tem previsão de maior seca da história; efeitos devem ser sentidos até meados de 2024

Fenômeno é provocado por combinação de El Niño com aquecimento excepcional do Atlântico; rios da Bacia do Rio Madeira são os mais atingidos
Por Ana Lúcia Azevedo — Rio de Janeiro - 02/10/2023


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Barco encalhado na margem seca do Rio Negro: fenômenos castiga a Amazônia — Foto: Michael Dantas / AFP

Condições climáticas muito diferentes que as observadas em outros anos estão por trás da seca extrema que castiga a Amazônia, alertam cientistas. A seca deve atingir uma área ainda maior e pode vir a se prolongar até o fim do primeiro semestre de 2024, causando uma tragédia humana e ambiental na região amazônica e com desdobramentos para o clima de outras partes do país.

Rios devem continuar em níveis críticos

A seca severa já fez o nível dos principais rios do Sul do Amazonas ficar abaixo da média histórica para esta época do ano, o período de estiagem. Um período naturalmente difícil se tornou dramático, com comunidades sem água e isoladas, pois a navegação se tornou difícil ou impossível em vários pontos de rios importantes, como Madeira, Juruá e Purus.

'Nunca vimos o Rio Madeira tão baixo': Moradores ribeirinhos relatam transtornos com a seca na Amazônia

No estado do Amazonas, o mais atingido, 60% da população rural retira a água para o consumo humano diretamente, sem tratamento, de rios, igarapés, lagos ou açudes, segundo dados do IBGE. Apenas 10% da população do estado tem acesso à rede de água encanada.
https://oglobo.globo.com/brasil/meio-am ... ncia.ghtml

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Entenda por que mais de 100 botos morreram em água a 40º C na Amazônia

A população de botos e tucuxis no Lago Tefé é estimada em 900 e 500 indivíduos; um barco flutuante com piscina foi alugado, para onde serão levados os animais resgatados com vida

Por O GLOBO — Rio de Janeiro - 03/10/2023


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Urubus se alimentam de carcaça de boto em leito de rio ressecado em Tefé (AM) — Foto: Instituto Mamirauá

Pesquisadores do Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá alertam para a morte de mais de 100 botos, o equivalente a cerca de 5% da população, no Lago Tefé, no interior do Amazonas. A temperatura da água chegou a 40ºC e pode ser considerado um dos um dos fatores que contribui para a morte de 110 botos, incluindo os vermelhos e tucuxis.

Segundo o diretor do Mamirauá, na seca de 2010, o Lago Tefé atingiu um nível ainda mais baixo, mas os impactos da seca atual podem ser piores. “Esta seca de 2023 pode se tornar mais extrema. Mesmo antes de atingir níveis tão baixos, o evento causou mais danos do que qualquer outro anterior. Isso provavelmente é consequência de um acúmulo de impactos causados pela poluição urbana, pelo assoreamento do Rio Tefé, pela poluição do ar devido ao grande número de queimadas, e pode ser que ainda sejam descobertos outros agravantes.”
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia ... onia.ghtml

Re: Mudanças Climáticas

nuker
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Mensagem por nuker »

A água na atmosfera tem um efeito estufa mais potente que o CO2, visto que esta substância absorve muito mais radiação que o CO2, inclusive ultravioleta, da qual por ser absorvida parte da energia se transforma em calor, o que aumenta ainda mais o efeito. Mas acontece que o que se mede não é o H2O, e sim o CO2, por alguns motivos, como pelo fato de que como o CO2 tende a se acumular, já que a água na Terra pode estar presente em 3 estados (líquido, sólido e gasoso), e como o CO2 só se encontra na forma de gás, acaba sendo mais fácil para tal ser mensurado do que H2O. Não estou dizendo que o CO2 extra gerado por humanos não causa efeito ambiental, ele causou um certo aquecimento, mas acontece que temos que entender que o CO2 não é um gás de efeito estufa muito potente, se comparado a vários outros voláteis, como CH4 e NO2, além de alguns compostos orgânicos contendo halogênicos. Se o ser humano estivesse liberando muito mais metano do que CO2 no ar, aí sim isso seria um problema muito mais grave. Outra coisa é que a Terra já está aquecendo naturalmente, visto que estamos saindo do final do período glacial, do que ainda restou desde a última era glacial. O que está acontecendo é que como o ser humano está liberando mais CO2 do que o que já estava na atmosfera, isso acabou acelerando esse processo de aquecimento. Peço desculpas se por acaso não fui muito claro sobre isso antes.

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

O Brasil terá cidades inabitáveis por causa do calor?

youtu.be/UM9PVk-olVc

Belém será terrível. Imagino como será o verão em Floripa.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

O Mississipi está secando e as barcaças levando a produção agrícola têm cada vez mais dificuldade para subir e descer o rio.
Sem elas, vai ficar muito caro o transporte e já há produtores jogando a colheita fora.
Estão tentando cavar um sulco no meio do rio para aumentar a profundidade, mas é complicado.
Em New Orleans e outros lugares, a água salgada está subindo o rio e acabando com as fontes de água potável.

Imagem

Imagem

https://www.cnnbrasil.com.br/internacio ... o-nos-eua/

https://information.tv5monde.com/les-jt ... 3-09h00-tu

Re: Mudanças Climáticas

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

À medida que as alterações climáticas agravam o calor, mais gente depende de condicionadores de ar para se refrescar. Eles consomem muita energia e isso significa mais emissões e mais ondas de calor. Repensar nossa arquitetura e refrigerar os espaços de forma mais eficiente poderia ajudar a quebrar esse círculo vicioso.
Desaprendemos a lidar com o calor?


youtu.be/Q65v9IEEjdc

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Savanização da Amazônia e rios secos. Algumas áreas já passaram do ponto de não retorno.

A maior floresta tropical do planeta começou a morrer: e agora?

youtu.be/8lFmYnyuOms

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Austrália fecha acordo para refugiar moradores de Tuvalu, que pode desaparecer com elevação do mar

Segundo o acordo, assinado pelos Premiês dos dois países, a Austrália vai permitir a entrada de 280 imigrantes por ano.

Por Jornal Hoje 10/11/2023


A Austrália fechou um acordo em que se compromete a oferecer refúgio aos moradores do arquipélago de Tuvalu, ameaçado pela elevação do nível do mar. O território é formado por 9 ilhas de relevo baixo localizado no Oceano Pacífico, entre a Austrália e o Havaí, e tem 11 mil habitantes.

Segundo o acordo, assinado pelos Premiês dos dois países, a Austrália vai permitir a entrada de 280 imigrantes por ano. O documento também inclui investimentos para expandir o território da capital em 6% e prevê que a Austrália vai dar segurança militar ao arquipélago em caso de conflitos regionais.

Simon Kofe, ministro da justiça de Tuvalu, fez um apelo num lugar inusitado e com a água até o umbigo para chamar atenção sobre as ameaças climáticas que o país enfrenta (veja na imagem abaixo).
https://g1.globo.com/jornal-hoje/notici ... -mar.ghtml

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Em 30 anos, ondas de calor no Brasil aumentaram de 7 para 52 dias ao ano

Segundo o Inpe, quatro das cinco regiões do Brasil tiveram elevação brusca; Sul foi o mais poupado pelas temperaturas, mas o mais castigado pelo aumento das chuvas

Por Rafael Garcia — São Paulo 13/11/2023


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Sequência de mapas mostra aumento da ocorrência de ondas de calor ao longo das últimas três décadas no Brasil — Foto: Lincoln Alves/Inpe

Nos últimos 30 anos, a média de dias em que o território brasileiro passou registrando ondas de calor aumentou de 7 para 53, mostra um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O trabalho, feito a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para embasar o plano federal de adaptação do país à mudança climática, montou um histórico de dados das seis últimas décadas, depois comparou o que aconteceu nas três primeiras delas com o que foi registrado nas três seguintes.

O trabalho define ondas de calor como "um mínimo de seis dias consecutivos em que a temperatura máxima supera um limiar de 10% do que é considerado extremo, comparado ao período de referência (1961-1990)".

Enquanto o período de referência exibiu uma média de 7 com ondas de calor para o território nacional, o valor subiu para 20 na década de 1990, depois para 40 na década de 2000, e bateu os 52 na última década. Os números ainda não incluem os recordes de 2023.

Mapas divulgados pelo Inpe mostram que essa tendência de extremos é verdadeira par todas as áreas do país, especialmente no Semiárido. Na região Nordeste, houve uma elevação brusca não apenas em ondas de calor, mas nos recordes de temperaturas máximas, na forma de "anomalias de temperatura".

No período de referência a média de temperatura máxima na região era de 30,7°C. Na década seguinte subiu para 31,2°C, depois 31,6°C, e ficou em 32,2°C entre 2010 e 2020.

Imagem
Gráfico mostra elevação do número de dias em ondas de calor registradas a cada ano no Brasil — Foto: Lincoln Alves/Inpe

O novo relatório também aponta a tendência de seca no território nacional nas últimas décadas, medida como "dias consecutivos secos", com precipitação abaixo de 1 mm. No semiárido, esses períodos somavam até 85 dias em média antes de 1991. Nas três décadas seguintes foi subindo até uma média de 100 na última década.
https://oglobo.globo.com/brasil/meio-am ... -ano.ghtml

Re: Mudanças Climáticas

fenrir
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Mensagem por fenrir »

Acho que nao tem mais volta nao.
Me disseram que esta um inferno no Brasil.
A medida que o tempo passa e a situacao se agrava, medidas mais radicais se tornam necessarias.
Mas negacionistas vao dar o seu melhor para atrapalhar, entao nao as vejo acontecendo.
Vimos uma boa amostra disso durante a pandemia do COVID.

A coisa vai escalar absurdamente quando calor, doencas, secas e outras catastrofes causarem a falencia de nacoes inteiras e dispararem migracoes em massa, nao de milhares, mas milhoes...
Como consequencia, extremismos antigos e novos irao mostrar as garras.
Entao, golpes, conflitos e guerras se somarao a um cenario ja caotico.
E no meio disso, a maioria continuara esperando que algum messias salvador conserte tudo, em nada contribuindo para reverter a situacao.

Ja eu estou me prepararando para a era "mad max" enquanto ainda ha tempo.
O plano é simples: fortalecer o corpo. Porque vislumbro a possibilidade de num futuro proximo, na pratica valer a lei do mais forte, porque governos, justiça e saude estarao falidos em toda a parte.
Num mundo assim, qualquer debilidade fisica é sentença de morte.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

fenrir escreveu:
Qui, 16 Novembro 2023 - 04:46 am
Acho que nao tem mais volta nao.
Me disseram que esta um inferno no Brasil.
A medida que o tempo passa e a situacao se agrava, medidas mais radicais se tornam necessarias.
Mas negacionistas vao dar o seu melhor para atrapalhar, entao nao as vejo acontecendo.
Vimos uma boa amostra disso durante a pandemia do COVID.

A coisa vai escalar absurdamente quando calor, doencas, secas e outras catastrofes causarem a falencia de nacoes inteiras e dispararem migracoes em massa, nao de milhares, mas milhoes...
Como consequencia, extremismos antigos e novos irao mostrar as garras.
Entao, golpes, conflitos e guerras se somarao a um cenario ja caotico.
E no meio disso, a maioria continuara esperando que algum messias salvador conserte tudo, em nada contribuindo para reverter a situacao.

Ja eu estou me prepararando para a era "mad max" enquanto ainda ha tempo.
O plano é simples: fortalecer o corpo. Porque vislumbro a possibilidade de num futuro proximo, na pratica valer a lei do mais forte, porque governos, justiça e saude estarao falidos em toda a parte.
Num mundo assim, qualquer debilidade fisica é sentença de morte.
Isto tudo já está acontecendo:
calor, doencas, secas e outras catastrofes causarem a falencia de nacoes inteiras e dispararem migracoes em massa, nao de milhares, mas milhoes...
Como consequencia, extremismos antigos e novos irao mostrar as garras.
Entao, golpes, conflitos e guerras se somarao a um cenario ja caotico.
Não é muito noticiado no Brasil, mas, como eu costumo assistir ao noticiário da TV5, francesa, percebo que a África já está indo morro abaixo.
Tome de secas, enchentes, violência, golpes de estado, extremismo, migrações em massa para a Europa.

Os jihadistas e outros extremistas sempre existiram, mas agora, com a fome e falta de opções, os jovens se juntam a eles como último recurso.
E saem por aí matando e saqueado populações inteiras.

Enquanto que o resto do povo se lança ao mar em embarcações precárias e morre ao milhares tentando chegar a uma Europa onde serão mal recebidos.
Ou viajam por terra e acabam explorados e escravizados.

Só espero não estar mais aqui quando tudo isto for capaz de me atingir diretamente.

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

O ser humano é incapaz de enxergar causa e efeito com coisas de longo prazo.

Essa onda de calor é sinal de que precisa-se tomar medidas urgentes (como parar setores poluidores, como transporte, indústria), mas fazendo isso os efeitos demorarão anos para serem percebidos. Então é impopular. Mas mantendo tudo como está, a onda de calor será cada vez pior.

É melhor ter crise econômica (de abastecimento) agora do que crise econômica no futuro por falta de recursos naturais, como água e terra fértil. Essa do futuro é pior, porque muita gente vai morrer.

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

É só o começo.
O histórico mostra aumento gradual.
Os El-Ninhos periódicos estão cada vez piores.

O que é o 'domo de calor', fenômeno por trás dos recordes de temperatura no Brasil

youtu.be/cczZyvpOqeA

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Li um comentário sobre as consequências das mudanças climáticas:
Elas causarão calor excessivo, enchentes e furacões com intensidade nunca vista, secas, grandes áreas de terra invadidas pelo mar, doenças tropicais, queda na produção de alimentos etc.
Na verdade, isto já está acontecendo em vários lugares do mundo e só vai piorar e matar milhões.

Mas também vai piorar ou gerar radicalismos e fanatismos, como já está acontecendo na África e Oriente Médio.
E, à medida em que a comida e a água se tornem escassas, vai causar guerras por toda a parte.
Até que um fanático dispare o arsenal nuclear e acabe com o que ainda restar da civilização.

Re: Mudanças Climáticas

kahixa
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Mensagem por kahixa »

É importante sublinhar que as alterações climáticas https://meteum.ai/porto-alegre?lang=br podem exacerbar as tensões existentes e criar novos desafios. Já existem provas de que, em algumas partes do mundo, os recursos naturais limitados e as alterações climáticas estão a alimentar conflitos localizados. Por exemplo, a competição pela água e pelas terras aráveis pode aumentar as tensões entre comunidades e países.

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Por que está TÃO QUENTE?

youtu.be/kVt41SPGZZE
@meninadalua4510
Com essa onda de calor, percebi o quanto a condição social piora ainda mais a situação. Na minha casa só tem ventilador, resultado noites sem dormir, sem contar a ida para o trabalho em um ônibus lotado sem ar que parece uma Sauna de tão quente, e ainda ter que andar 10 minutos no sol escaldante em ruas não arborizadas. O resultado é chegar no trabalho ensopada de suor enquanto todos chegam em seus carros com ar, intactos e cheirosos.
Imagino o que as pessoas estão fazendo nos países desérticos, onde tem escassez de água.
Se a água estiver quente, será inútil.

Refrigeração precisa de energia, e energia não é uma coisa ecológica.

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Por que a Europa está banindo voos curtos

youtu.be/tlnBjlDTBRE

O avião é barato na Europa por causa de subsídios e isenção de vários impostos. Tem corrupção em que o pagador de imposto paga para as companhias aéreas.

Trem emite 80 vezes menos gás carbono. Se acabar com os voos de primeira classe, a emissão será 25% menor.



Seca histórica na Amazônia pode levar floresta a ponto de 'não retorno'?

youtu.be/EAumrLf-8_c

Seca na Amazônia. Rios secando e difícil de navegar.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Sex, 22 Dezembro 2023 - 11:53 am
Seca histórica na Amazônia pode levar floresta a ponto de 'não retorno'?
A floresta se formou em condições diferentes das atuais. Ela se autossustenta, mas, se reduzida abaixo de um certo tamanho, não terá como se recuperar.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Em vários lugares do mundo, os invernos sem neve estão levando à perda das colheitas porque elas dependem da água dessa neve.
Pesquisadores alertam para rapidez do derretimento de geleiras do Himalaia

As geleiras do Himalaia estão derretendo em um ritmo sem precedentes devido às mudanças climáticas e ameaçam o abastecimento de água de quase dois bilhões de pessoas, de acordo com um estudo científico publicado na terça-feira (20).

Publicado em: 20/06/2023


Entre 2011 e 2020, as geleiras derreteram 65% mais rápido do que na década anterior, de acordo com o estudo do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas (ICIMOD).

"Com o aquecimento, o gelo vai derreter, isso era previsível. Mas o que é inesperado e muito preocupante é a velocidade", disse à AFP o principal autor do estudo, Philippus Wester.

"Está indo muito mais rápido do que pensávamos", disse ele.

As geleiras da região de Hindu Kush e do Himalaia são uma fonte crucial de água para cerca de 240 milhões de pessoas nas regiões montanhosas, bem como outros 1,65 bilhão de pessoas nos vales abaixo, diz o relatório.
https://www.rfi.fr/br/ci%C3%AAncias/202 ... o-himalaia

Re: Mudanças Climáticas

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Mensagem por Tutu »

O imenso deserto que está nascendo no Brasil

youtu.be/oBDJIXU6AcU

Só para lembrar, há rios secando no resto do Brasil:
* A seca na Amazônia
* A seca do rio Paraná

Re: Mudanças Climáticas

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Tornado em Alagoas: Ventos de até 117km/h atingem casas; veja vídeos
Um tornado atingiu a zona rural de Alagoas causando danos em pelo menos dez residências. O fenômeno destelhou casas e causou prejuízos para moradores da região de Estrela de Alagoas, onde o tornado foi registrado nesta quinta-feira, 22. Não há registro de feridos. O fenômeno é considerado incomum na região.

youtu.be/GeaiFxQNZ5I

Re: Mudanças Climáticas

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Tutu
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Mensagem por Tutu »

Como será o CLIMA daqui pra frente?

youtu.be/uAFSwxDnDsE

Não tem mais solução. 2° de aumento já é garantido. Nenhuma ação foi tomada.

Haverá 200 milhões de refugiados climáticos. Acho essa previsão otimista, mas é um número maior do que os muçulmanos imigrantes na Europa.

Re: Mudanças Climáticas

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Agnoscetico
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Mensagem por Agnoscetico »

Seca recorde afeta países da América reduzindo circulação de navios | SBT Brasil (13/04/24)
As temperaturas recordes na América causaram uma seca histórica no Suriname, deixando os rios em níveis muito baixos e afetando drasticamente a agricultura. Como resultado, apenas a mandioca sobreviveu nas áreas anteriormente cultivadas. A seca também impactou o Canal do Panamá, levando as autoridades a reduzirem em um terço o número de navios que transitam diariamente. Cada embarcação consome em média 200 milhões de litros de água doce para a travessia, exacerbando a escassez em um país de mais de quatro milhões de habitantes.

youtu.be/1LzbUHM-mqk

Re: Mudanças Climáticas

fenrir
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Mensagem por fenrir »

Enquanto isso em Dubai (!) ...
https://www.cnbc.com/2024/04/21/dubai-f ... iling.html

Ate entendo o porque da cidade nao ter drenagem nas ruas.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Tutu escreveu:
Ter, 12 Março 2024 - 00:26 am
Haverá 200 milhões de refugiados climáticos. Acho essa previsão otimista, mas é um número maior do que os muçulmanos imigrantes na Europa.
Esses imigrantes do Oriente Médio e os da África, que morrem afogados aos milhares tentando chegar à Europa, já são imigrantes climáticos. Parece que é por causa da violência, mas, se procuramos bem, é a falta d'água, as colheitas perdidas etc.

Com a fome, surge a violência e os extremistas prosperam.

Re: Mudanças Climáticas

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

fenrir escreveu:
Seg, 22 Abril 2024 - 12:40 pm
Enquanto isso em Dubai (!) ...
https://www.cnbc.com/2024/04/21/dubai-f ... iling.html

Ate entendo o porque da cidade nao ter drenagem nas ruas.
Acontecimentos muito raros estão se tornando banais.

Aliás, a China também está debaixo d'água.
https://www.cnnbrasil.com.br/internacio ... -recordes/
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