Ceticismo Científico
Enviado: Seg, 12 Maio 2025 - 17:10 pm
o ceticismo científico refuta essa frase ? "O ideal é combinar o ceticismo científico com outras formas de conhecimento"
Fórum de discussão sobre ateísmo, ceticismo, religiões, seitas, crenças e mitos, laicismo, política e economia, história, sociedade, comportamento e filosofia, ciência, origens e evolução
https://clubeceticismo.com.br/
Depende da definição de ceticismo.
(Nassim Nicholas Taleb - traduzido)
“Ciência e razão são o melhor que temos” é uma afirmação pseudocientífica e irracional. Ele combina ciência e cientificismo. A ciência é rigorosa, não faz afirmações fora de um domínio muito restrito.
“Tradição, gestão de risco e Skin in the Game é o que temos de melhor”.
Minha seção sobre racionalidade versus venda de Bullshit em Skin in the Game
https://medium.com/incerto/how-to-be-ra ... 2e96dd4d1a
3) Deixe-me reformular para os lentos em apreender isso. Se você não trata a Tradição como uma “experiência” (de alta dimensão), você se posiciona contra a ciência e a significância estatística – a espinha dorsal da ciência experimental.
O que funcionou 10 ^ 10 vezes >>> algum artigo psicológico com 60% de erro de replicação
4) O progresso, tal como a evolução, não deve ser nem demasiado lento nem demasiado rápido. Muito lento significa extinção por falta de adaptação. Muito rápido impede a retenção dos benefícios das melhorias passadas e, portanto, novamente, a extinção.
5) O gráfico de Skin in the Game.
Isto explica por que pessoas como o charlatão Sam Harris bullshitando fazem afirmações “científicas” que não são cobertas pela ciência.
6) Por outro lado, podemos usar a ciência para desmascarar afirmações históricas falsas usando genética e métodos probabilísticos.
"Lidar com a complexidade do mundo natural e humano" envolve lidar com domínios onde a ergodicidade, certeza e quase certeza são inexistentes. E é aí onde a ciência não tem aplicação como ferramenta. Como está escrito na gravura do meu post anterior: "É não científico usar a ciência fora de seus domínios estritamente delimitados. A própria ciência limita e qualifica afirmações sobre questões para as quais as evidências não são confiáveis nem suficientes, ou na presença de um alto grau de opacidade.".Ricardo escreveu: ↑Qua, 14 Maio 2025 - 17:17 pmEmbora ambos os tipos de ceticismo tenham méritos, o ceticismo científico é amplamente considerado mais confiável porque oferece uma abordagem mais completa, rigorosa e adaptável para lidar com a complexidade do mundo natural e humano. Ele não apenas incorpora os princípios do ceticismo empírico, mas os expande para incluir métodos que permitem investigar fenômenos invisíveis e complexos.
Acontece que há outras formas de conhecimento, e.g.Sr. Ricardo escreveu: ↑Sex, 30 Maio 2025 - 14:47 pmSe aceitarmos outras formas de conhecimento sem o crivo do ceticismo científico,
Não confunda as coisas. A ciência é um procedimento coletivo para se aproximar da verdade, não um método de controle de risco. A ciência não diz que alguém não deve usar informações não verificadas em tomada de decisões. O progresso técnico usa aleatoriedade e processo de tentativa-e-erro, logo isso envolve usar não observáveis como ferramentas. Por exemplo, quando um médico está decidindo usar um tratamento experimental para tratar um câncer agressivo de um paciente com expectativa de vida adicional baixa e esse último deseja reverter isso a todo custo, a análise de relação de custo-benefício indica que ele deve ter incentivo para usar todos os tratamentos especulativos possíveis. Sendo assim, não existe essa coisa de necessidade de "crivo do ceticismo científico" na tomada de decisões que podem levar a erros graves. Até porque não existe alguma coisa na ciência que proíba a tomada de riscos que envolvem erros potenciais graves. Ciência é sobre o que é a realidade, não sobre o que deve ser feito quanto à sobrevivência e gestão de riscos.Ricardo escreveu: ↑Sex, 30 Maio 2025 - 14:47 pmSe aceitarmos outras formas de conhecimento sem o crivo do ceticismo científico, corremos o risco de aceitar crenças infundadas, preconceitos ou informações não verificadas que podem levar a erros graves, especialmente em áreas como saúde, tecnologia e meio ambiente.
É inútil tentar usar a ciência para questões para as quais as evidências não são confiáveis nem suficientes, ou na presença de um alto grau de opacidade. Também é inútil tentar usar a ciência para problemas não científicos, como a validação de asserções normativas. Ademais, um grande avanço do conhecimento técnico humano aconteceu ANTES de a ciência nascer. E tal avanço sem evolução correspondente de teorias científicas correspondentes continua até hoje:Ricardo escreveu: ↑Sex, 30 Maio 2025 - 14:47 pmPor isso, defendo que, para a tomada de decisões fundamentadas e para o avanço do conhecimento humano, o ceticismo científico deve ser a base principal — e, em muitos casos, a única — forma de conhecimento a ser aceita.Não se trata de negar o valor cultural ou pessoal de outras formas de conhecimento, mas sim de reconhecer que, quando o objetivo é compreender o mundo de forma objetiva e confiável, o ceticismo científico é insubstituível e deve prevalecer.
Eu não consigo achar a concepção de ciência desse articulista adequada.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 22 Julho 2025 - 08:34 am
Artigo completo:
https://thinkingispower.com/science-and ... ce-denial/
Na busca da humanidade para entender o mundo ao nosso redor, a invenção da ciência foi revolucionária. Chega de confiar em nossas percepções falhas e pensamentos irracionais. Finalmente, havia uma maneira de saber que exigia evidências objetivas e fazia uma tentativa sistemática de identificar e minimizar nossos vieses. A prova estava nos resultados: devemos muito do aumento da qualidade e quantidade de nossas vidas no último século aos avanços científicos.
Em sua essência, a ciência é uma comunidade de especialistas que utiliza métodos diversos para reunir evidências e analisar afirmações.
“A ciência é melhor do que as alternativas” é um bullshit não científico, pelo menos quando se refere ao conjunto total de disciplinas científicas. Um problema de alegar superioridade da ciência na ajuda de tomada de decisões é que, em vários campos do conhecimento que possuem hipóteses científicas, as hipóteses cientificamente corroboradas e replicadas representam apenas uma parcela pequena do conjunto total das hipóteses dos mesmos. Existe uma rica literatura sobre o problema de que existem profissões em que o “especialista” desempenha um papel (físicos, astronômos, etc.) e outras em que não há evidências de habilidade (sobretudo habilidade diferencial de acerto de predições), o que levou a toda uma classe de pesquisadores desbaratadores de especialistas (Paul Meeh, Robin Dawes, James Shanteau, etc.). Ademais, um esforço recente para reproduzir os cem artigos de psicologia em periódicos “prestigiosos” de 2008 constatou que, de cem, apenas 39 foram replicados. Esse resultado veio de um estudo clássico de 2015, publicado na revista Science, coordenado pelo Open Science Collaboration. Às vezes, não há evidência de que seguir conselho de quem “só se baseia em teorias científicas” é algo melhor do que escutar conselho da vovó ou de escritores clássicos da era pré-científica.A ciência é perfeita? Não. Mas é melhor do que as alternativas.
Em ciência pura, o conceito de “consenso” é dispensável, já que esse último é uma entidade que se refere a concordância de crenças da maioria ou da totalidade de membros de uma coletividade. Um livro clássico da Filosofia da Ciência - O Que é Ciência, Afinal? de Alan Chalmers - traz um argumento interessante que ajuda a entender porque isso é verdade. Ele diz o seguinte. Um dos pilares da ciência é o objetivismo, isto é, o fundamento que diz que a veracidade dos enunciados de observação do mundo real não dependem das crenças dos sujeitos. Uma crença pode ser verdadeira e científica, apesar de nenhuma pessoa no mundo acreditar nela. Uma crença pode ser cientificamente falsa, a despeito de todas as pessoas do mundo acreditarem na veracidade dela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 25 Julho 2025 - 10:04 am"Um consenso científico é baseado nos resultados de pesquisas confiáveis depois de checados e reproduzidos pela comunidade científica.
Um consenso científico não é baseado nas opiniões dos cientistas"
Beach Hermit - Facebook
"Evidência irrefutável" é um conceito que não existe em ciência pela mesma razão que não existe o conceito de "infalibilismo observacional". Recusar-se a aceitar uma evidência pode acontecer porque um resultado experimental pode ser fruto de erro instrumental, interferência externa ou erro numa teoria de fundo. Sobre o último caso, é bom salientar que mesmos os enunciados de observação estão carregados de pressupostos teóricos. Mesmo os dados empíricos dependem de interpretações baseadas em teorias científicas, que, POR DEFINIÇÃO, não são irrefutáveis.Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 06 Agosto 2025 - 16:07 pm"Aqueles que questionam as teorias científicas se consideram os verdadeiros céticos, já que estão aplicando o rigor científico.
Eles alegam que querem evidências - só que se recusar a aceitar conclusões satisfatoriamente apoiadas por evidências irrefutáveis não é ceticismo.
É negacionismo"
Dr. Jonathan N. Stea
Se os leigos devem aceitar a opinião dos experts quando estes concordam sobre um assunto, então o argumento ad hominem deveria ser banido da lista de falácias dos famosos guias de pensamento cético disponíveis na web. Se há casos em que se foca na pessoa em vez de focar no argumento — e esses são os tipos de casos mais comuns — então “desacreditar a pessoa para desacreditar suas ideias” é equivalente a “acreditar na pessoa para acreditar em suas ideias”.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 08 Setembro 2025 - 09:44 amSegundo Bertrand Russel:
Experts também erram. E às vezes erram mesmo quando todos estão de acordo. Porém:
- Se os experts concordam sobre um assunto, os leigos deveriam aceitar sua opinião.
- Se não há unanimidade entre os experts, os leigos não deveriam concordar com nenhum dos lados.
- Se os experts concordam sobre ainda não haver uma resposta, os leigos deveriam se abster de afirmar algo.
Quanto mais insegura está uma pessoa sobre aquilo em que ela acredita, quanto menos argumentos racionais a favor de sua opinião tiver, com mais paixão e violência a defenderá.
Isto se aplica claramente à religião e à política.
— Bertrand Russell, Sceptical Essays (1928), Introduction: On the Value of Scepticism, p. 12.
Neste caso, a falácia está mais para apelo à autoridade do que ad hominem.Huxley escreveu: ↑Seg, 08 Setembro 2025 - 19:51 pmSe os leigos devem aceitar a opinião dos experts quando estes concordam sobre um assunto, então o argumento ad hominem deveria ser banido da lista de falácias dos famosos guias de pensamento cético disponíveis na web. Se há casos em que se foca na pessoa em vez de focar no argumento — e esses são os tipos de casos mais comuns — então “desacreditar a pessoa para desacreditar suas ideias” é equivalente a “acreditar na pessoa para acreditar em suas ideias”.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 08 Setembro 2025 - 09:44 amSegundo Bertrand Russel:
Experts também erram. E às vezes erram mesmo quando todos estão de acordo. Porém:
- Se os experts concordam sobre um assunto, os leigos deveriam aceitar sua opinião.
- Se não há unanimidade entre os experts, os leigos não deveriam concordar com nenhum dos lados.
- Se os experts concordam sobre ainda não haver uma resposta, os leigos deveriam se abster de afirmar algo.
Quanto mais insegura está uma pessoa sobre aquilo em que ela acredita, quanto menos argumentos racionais a favor de sua opinião tiver, com mais paixão e violência a defenderá.
Isto se aplica claramente à religião e à política.
— Bertrand Russell, Sceptical Essays (1928), Introduction: On the Value of Scepticism, p. 12.
Ou se acredita na validade da ideia de que o argumento ad hominem é normalmente uma falácia, ou se acredita na validade do argumento de apelo aos experts. Acreditar nas duas ideias ao mesmo tempo não é possível. (Pessoalmente, fico com a segunda perspectiva.)
A pergunta essencial não é nem se o leigo deve aceitar a opinião dos experts quando eles concordam sobre um assunto. A pergunta importante é: como o leigo sabe que o suposto expert é, de fato, um expert? Essa pergunta só pode ser respondida por meio de algum tipo de argumentação direta. Uma vez que essa resposta tenha sido obtida, então também seria possível criar uma hierarquia de experts — e, nesse caso, algumas opiniões de experts teriam mais peso do que outras.
Isso não responde à questão primária: como o leigo pode saber se a suposta comunidade de experts em consenso, em determinado domínio, é de fato uma comunidade de experts? Eles são experts porque são cientistas, e são cientistas porque são experts? Como se rompe essa circularidade? Deve haver um fundamento que sustente a credibilidade dessa comunidade.Cinzu escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 11:58 amNeste caso, a falácia está mais para apelo à autoridade do que ad hominem.Huxley escreveu: ↑Seg, 08 Setembro 2025 - 19:51 pmSe os leigos devem aceitar a opinião dos experts quando estes concordam sobre um assunto, então o argumento ad hominem deveria ser banido da lista de falácias dos famosos guias de pensamento cético disponíveis na web. Se há casos em que se foca na pessoa em vez de focar no argumento — e esses são os tipos de casos mais comuns — então “desacreditar a pessoa para desacreditar suas ideias” é equivalente a “acreditar na pessoa para acreditar em suas ideias”.Fernando Silva escreveu: ↑Seg, 08 Setembro 2025 - 09:44 amSegundo Bertrand Russel:
Experts também erram. E às vezes erram mesmo quando todos estão de acordo. Porém:
- Se os experts concordam sobre um assunto, os leigos deveriam aceitar sua opinião.
- Se não há unanimidade entre os experts, os leigos não deveriam concordar com nenhum dos lados.
- Se os experts concordam sobre ainda não haver uma resposta, os leigos deveriam se abster de afirmar algo.
Quanto mais insegura está uma pessoa sobre aquilo em que ela acredita, quanto menos argumentos racionais a favor de sua opinião tiver, com mais paixão e violência a defenderá.
Isto se aplica claramente à religião e à política.
— Bertrand Russell, Sceptical Essays (1928), Introduction: On the Value of Scepticism, p. 12.
Ou se acredita na validade da ideia de que o argumento ad hominem é normalmente uma falácia, ou se acredita na validade do argumento de apelo aos experts. Acreditar nas duas ideias ao mesmo tempo não é possível. (Pessoalmente, fico com a segunda perspectiva.)
A pergunta essencial não é nem se o leigo deve aceitar a opinião dos experts quando eles concordam sobre um assunto. A pergunta importante é: como o leigo sabe que o suposto expert é, de fato, um expert? Essa pergunta só pode ser respondida por meio de algum tipo de argumentação direta. Uma vez que essa resposta tenha sido obtida, então também seria possível criar uma hierarquia de experts — e, nesse caso, algumas opiniões de experts teriam mais peso do que outras.
Porém, há diferença entre fazer apelo à autoridade, de citar referências.
Falácia: "Isso é verdade porque o especialista disse..."
Argumento válido: "Isso tem mais chances de ser verdade do que as suposições concorrentes porque vai ao encontro do que a comunidade científica especializada no assunto investigou e acumulou evidências convergentes..."
Se o assunto é controverso e portanto não é consenso entre os especialistas da área, não há como saber qual grupo de especialistas está correto. Citar um ou outro apenas para corroborar a nossa opinião pode acabar se tornando cherry picking. O mais sensato neste caso é se abster ou estudar o assunto a fundo, examinando profundamente as principais evidências e argumentação de ambos os lados (ou de um terceiro lado, se houver).
Não há como saber com certeza. Além do quê, o fato de um cientista ser expert num assunto não impede que fale besteira sobre outro.Huxley escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:46 pmIsso acima não responde a uma questão primária: como o leigo sabe que a suposta comunidade de experts em consenso em determinado domínio é, de fato, uma comunidade de experts? São experts porque são cientistas e são cientistas porque são experts? Como é que se sai dessa circularidade? Tem que existir algum fundamento para a afirmação de credibilidade de uma comunidade.Cinzu escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 11:58 amArgumento válido: "Isso tem mais chances de ser verdade do que as suposições concorrentes porque vai ao encontro do que a comunidade científica especializada no assunto investigou e acumulou evidências convergentes..."
Se o assunto é controverso e portanto não é consenso entre os especialistas da área, não há como saber qual grupo de especialistas está correto. Citar um ou outro apenas para corroborar a nossa opinião pode acabar se tornando cherry picking. O mais sensato neste caso é se abster ou estudar o assunto a fundo, examinando profundamente as principais evidências e argumentação de ambos os lados (ou de um terceiro lado, se houver).
“…podemos confrontar com a opinião de outros profissionais da área.” Mas como nós sabemos que os outros profissionais do mesmo campo não são pseudoespecialistas? Como se mede a expertise deles?Cinzu escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 20:44 pmO que define um especialista?
É aquele que melhor domina um determinado assunto.
Quando procuramos o serviço de um especialista, suponhamos que o profissional que se capacitou e pratica aquela atividade no dia a dia, é o especialista daquele assunto.
Se eu sinto dor de dente, vou supor que a pessoa que fornecerá o melhor diagnóstico e tratamento será o dentista, e não o borracheiro.
É claro que os especialistas também erram. Para confirmar se o que ele está dizendo faz sentido, podemos confrontar com a opinião de outros profissionais da área.
Se “Resta-lhe pesquisar por indicações de que os cientistas citados são reconhecidos como experts pela comunidade de cientistas”, então como sabemos que a comunidade não está dominada por pseudocientistas ou pseudoexperts? Como se mede a expertise deles?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pm
Se o assunto for importante e o leigo precisar de uma resposta para tomar uma decisão, resta-lhe pesquisar por indicações de que os cientistas citados são reconhecidos como experts pela comunidade de cientistas
Como estamos falando de leigos, eles não terão regularidade em detectar as besteiras não óbvias, que são justamente os erros mais difíceis de se reconhecer.Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pme que, pelo contrário, não há indícios de que costumem falar besteira.
E como sabemos que aqueles que estudaram determinado assunto a fundo realmente o fizeram com eficácia? Estudar alquimia a fundo me deixaria com mais chances de estar certo sobre como transformar metais comuns em ouro do que o restante das pessoas que não estudou? Como sabemos que um paradigma não pode ser tão ineficaz em produzir conhecimento, mesmo com muito estudo, quanto a alquimia, a astrologia ou o xamanismo?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pmNos dois casos, ele deve aceitar que há mais chances de que estejam certos aqueles que estudaram aquele assunto a fundo do que ele
Repetindo: é uma aposta mais ou menos no escuro. Como, aliás, boa parte de nossas decisões ao longo da vida.Huxley escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 22:24 pmSe “Resta-lhe pesquisar por indicações de que os cientistas citados são reconhecidos como experts pela comunidade de cientistas”, então como sabemos que a comunidade não está dominada por pseudocientistas ou pseudoexperts? Como se mede a expertise deles?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pmSe o assunto for importante e o leigo precisar de uma resposta para tomar uma decisão, resta-lhe pesquisar por indicações de que os cientistas citados são reconhecidos como experts pela comunidade de cientistasComo estamos falando de leigos, eles não terão regularidade em detectar as besteiras não óbvias, que são justamente os erros mais difíceis de se reconhecer.Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pme que, pelo contrário, não há indícios de que costumem falar besteira.E como sabemos que aqueles que estudaram determinado assunto a fundo realmente o fizeram com eficácia? Estudar alquimia a fundo me deixaria com mais chances de estar certo sobre como transformar metais comuns em ouro do que o restante das pessoas que não estudou? Como sabemos que um paradigma não pode ser tão ineficaz em produzir conhecimento, mesmo com muito estudo, quanto a alquimia, a astrologia ou o xamanismo?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pmNos dois casos, ele deve aceitar que há mais chances de que estejam certos aqueles que estudaram aquele assunto a fundo do que ele

A Ciencia não é imune a tais coisas. É um risco, como disse o Fernando.Huxley escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 22:24 pmSe “Resta-lhe pesquisar por indicações de que os cientistas citados são reconhecidos como experts pela comunidade de cientistas”, então como sabemos que a comunidade não está dominada por pseudocientistas ou pseudoexperts? Como se mede a expertise deles?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pm
Se o assunto for importante e o leigo precisar de uma resposta para tomar uma decisão, resta-lhe pesquisar por indicações de que os cientistas citados são reconhecidos como experts pela comunidade de cientistas
Como estamos falando de leigos, eles não terão regularidade em detectar as besteiras não óbvias, que são justamente os erros mais difíceis de se reconhecer.Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pme que, pelo contrário, não há indícios de que costumem falar besteira.
E como sabemos que aqueles que estudaram determinado assunto a fundo realmente o fizeram com eficácia? Estudar alquimia a fundo me deixaria com mais chances de estar certo sobre como transformar metais comuns em ouro do que o restante das pessoas que não estudou? Como sabemos que um paradigma não pode ser tão ineficaz em produzir conhecimento, mesmo com muito estudo, quanto a alquimia, a astrologia ou o xamanismo?Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 15 Outubro 2025 - 15:58 pmNos dois casos, ele deve aceitar que há mais chances de que estejam certos aqueles que estudaram aquele assunto a fundo do que ele
Uma aposta mais ou menos no escuro é, sem dúvida, um upgrade em relação a uma aposta completamente no escuro. Mas por que confiar nos autointitulados experts não seria um exemplo do segundo caso? Qual é o critério que justifica esse suposto upgrade?Repetindo: é uma aposta mais ou menos no escuro. Como, aliás, boa parte de nossas decisões ao longo da vida.
Há momentos em que não dá para empurrar com a barriga e é preciso escolher uma opção. E há outros em que podemos adiar a decisão ou o resultado não vai nos afetar.
Porque como já foi mencionado antes, tem essencialmente 2 #s de situações.Sr. Huxley escreveu: ↑Ter, 21 Outubro 2025 - 19:27 pmUma aposta mais ou menos no escuro é, sem dúvida, um upgrade em relação a uma aposta completamente no escuro. Mas por que confiar nos autointitulados experts não seria um exemplo do segundo caso? Qual é o critério que justifica esse suposto upgrade?
Além disso, é estranho acreditar que exista uma crença racionalmente justificada por parte de pessoas comuns ao tomarem decisões que envolvem riscos sérios — como escolher em qual piloto confiar para voar
E como sabemos se uma pessoa ou comunidade é realmente especialista em recomendar bons especialistas em pilotagem de avião?
Todo profissional que atua em uma área há algum tempo tem um currículo, independentemente de ser ou não um especialista. Sendo assim, qual é o conteúdo específico do currículo que comprova que a pessoa é realmente um especialista em pilotagem de avião?
Não escolher o piloto de um voo comercial não é o mesmo que não escolher a lista restrita de pilotos autorizados a pilotar o avião do seu voo. Ao escolher uma companhia aérea para viajar, a pessoa está automaticamente escolhendo essa lista restrita.
Isso não é uma questão de ter ou não fobia de voar. O medo pode ser nulo ou quase inexistente se o passageiro tiver quase certeza de que o piloto concluirá o voo em segurança. Sendo assim, a pergunta que deve ser respondida é: como ele tem essa quase certeza?
Então, verificar a expertise dos autointitulados especialistas se resume à ideia de que 'não temos como saber, portanto ou decidimos ou ficamos paralisados'? Sendo assim, entre realizar uma cirurgia indicada por um oncologista para remover um câncer e recorrer a um grupo de orações em busca da cura, seria racional que leigos acreditassem haver motivos para permanecer indiferentes entre essas duas opções?
"pelas estatísticas da Cia." Mas isso não é simplesmente confiar na palavra dos especialistas sobre a própria expertise. Trata-se, na verdade, de buscar por conta própria indicadores objetivos que comprovem a competência do especialista.Gorducho escreveu: ↑Qua, 22 Outubro 2025 - 12:06 pm≠ entre
· ações práticas necessárias pra se viver;
e
· armchair philosophy ou mera curiosidade intelectual.
De novo no caso do seu exemplo aeronáutico:
·pelas referências ou curriculum do piloto se for o proprietário;
·pelas estatísticas da Cia. seja de Táxi Aéreo seja de linha.
Ou então não viaja via aérea. Perde emprego/cargo (note que nem Presidente de grande Empresa vai poder se importar c/isso) e só de desloca por superfície, limitado a onde for possível ir. Simples...