Ceticismo Científico
Enviado: Seg, 12 Maio 2025 - 17:10 pm
o ceticismo científico refuta essa frase ? "O ideal é combinar o ceticismo científico com outras formas de conhecimento"
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https://clubeceticismo.com.br/
Depende da definição de ceticismo.
(Nassim Nicholas Taleb - traduzido)
“Ciência e razão são o melhor que temos” é uma afirmação pseudocientífica e irracional. Ele combina ciência e cientificismo. A ciência é rigorosa, não faz afirmações fora de um domínio muito restrito.
“Tradição, gestão de risco e Skin in the Game é o que temos de melhor”.
Minha seção sobre racionalidade versus venda de Bullshit em Skin in the Game
https://medium.com/incerto/how-to-be-ra ... 2e96dd4d1a
3) Deixe-me reformular para os lentos em apreender isso. Se você não trata a Tradição como uma “experiência” (de alta dimensão), você se posiciona contra a ciência e a significância estatística – a espinha dorsal da ciência experimental.
O que funcionou 10 ^ 10 vezes >>> algum artigo psicológico com 60% de erro de replicação
4) O progresso, tal como a evolução, não deve ser nem demasiado lento nem demasiado rápido. Muito lento significa extinção por falta de adaptação. Muito rápido impede a retenção dos benefícios das melhorias passadas e, portanto, novamente, a extinção.
5) O gráfico de Skin in the Game.
Isto explica por que pessoas como o charlatão Sam Harris bullshitando fazem afirmações “científicas” que não são cobertas pela ciência.
6) Por outro lado, podemos usar a ciência para desmascarar afirmações históricas falsas usando genética e métodos probabilísticos.
"Lidar com a complexidade do mundo natural e humano" envolve lidar com domínios onde a ergodicidade, certeza e quase certeza são inexistentes. E é aí onde a ciência não tem aplicação como ferramenta. Como está escrito na gravura do meu post anterior: "É não científico usar a ciência fora de seus domínios estritamente delimitados. A própria ciência limita e qualifica afirmações sobre questões para as quais as evidências não são confiáveis nem suficientes, ou na presença de um alto grau de opacidade.".Ricardo escreveu: ↑Qua, 14 Maio 2025 - 17:17 pmEmbora ambos os tipos de ceticismo tenham méritos, o ceticismo científico é amplamente considerado mais confiável porque oferece uma abordagem mais completa, rigorosa e adaptável para lidar com a complexidade do mundo natural e humano. Ele não apenas incorpora os princípios do ceticismo empírico, mas os expande para incluir métodos que permitem investigar fenômenos invisíveis e complexos.
Acontece que há outras formas de conhecimento, e.g.Sr. Ricardo escreveu: ↑Sex, 30 Maio 2025 - 14:47 pmSe aceitarmos outras formas de conhecimento sem o crivo do ceticismo científico,
Não confunda as coisas. A ciência é um procedimento coletivo para se aproximar da verdade, não um método de controle de risco. A ciência não diz que alguém não deve usar informações não verificadas em tomada de decisões. O progresso técnico usa aleatoriedade e processo de tentativa-e-erro, logo isso envolve usar não observáveis como ferramentas. Por exemplo, quando um médico está decidindo usar um tratamento experimental para tratar um câncer agressivo de um paciente com expectativa de vida adicional baixa e esse último deseja reverter isso a todo custo, a análise de relação de custo-benefício indica que ele deve ter incentivo para usar todos os tratamentos especulativos possíveis. Sendo assim, não existe essa coisa de necessidade de "crivo do ceticismo científico" na tomada de decisões que podem levar a erros graves. Até porque não existe alguma coisa na ciência que proíba a tomada de riscos que envolvem erros potenciais graves. Ciência é sobre o que é a realidade, não sobre o que deve ser feito quanto à sobrevivência e gestão de riscos.Ricardo escreveu: ↑Sex, 30 Maio 2025 - 14:47 pmSe aceitarmos outras formas de conhecimento sem o crivo do ceticismo científico, corremos o risco de aceitar crenças infundadas, preconceitos ou informações não verificadas que podem levar a erros graves, especialmente em áreas como saúde, tecnologia e meio ambiente.
É inútil tentar usar a ciência para questões para as quais as evidências não são confiáveis nem suficientes, ou na presença de um alto grau de opacidade. Também é inútil tentar usar a ciência para problemas não científicos, como a validação de asserções normativas. Ademais, um grande avanço do conhecimento técnico humano aconteceu ANTES de a ciência nascer. E tal avanço sem evolução correspondente de teorias científicas correspondentes continua até hoje:Ricardo escreveu: ↑Sex, 30 Maio 2025 - 14:47 pmPor isso, defendo que, para a tomada de decisões fundamentadas e para o avanço do conhecimento humano, o ceticismo científico deve ser a base principal — e, em muitos casos, a única — forma de conhecimento a ser aceita.Não se trata de negar o valor cultural ou pessoal de outras formas de conhecimento, mas sim de reconhecer que, quando o objetivo é compreender o mundo de forma objetiva e confiável, o ceticismo científico é insubstituível e deve prevalecer.
Eu não consigo achar a concepção de ciência desse articulista adequada.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 22 Julho 2025 - 08:34 am
Artigo completo:
https://thinkingispower.com/science-and ... ce-denial/
Na busca da humanidade para entender o mundo ao nosso redor, a invenção da ciência foi revolucionária. Chega de confiar em nossas percepções falhas e pensamentos irracionais. Finalmente, havia uma maneira de saber que exigia evidências objetivas e fazia uma tentativa sistemática de identificar e minimizar nossos vieses. A prova estava nos resultados: devemos muito do aumento da qualidade e quantidade de nossas vidas no último século aos avanços científicos.
Em sua essência, a ciência é uma comunidade de especialistas que utiliza métodos diversos para reunir evidências e analisar afirmações.
“A ciência é melhor do que as alternativas” é um bullshit não científico, pelo menos quando se refere ao conjunto total de disciplinas científicas. Um problema de alegar superioridade da ciência na ajuda de tomada de decisões é que, em vários campos do conhecimento que possuem hipóteses científicas, as hipóteses cientificamente corroboradas e replicadas representam apenas uma parcela pequena do conjunto total das hipóteses dos mesmos. Existe uma rica literatura sobre o problema de que existem profissões em que o “especialista” desempenha um papel (físicos, astronômos, etc.) e outras em que não há evidências de habilidade (sobretudo habilidade diferencial de acerto de predições), o que levou a toda uma classe de pesquisadores desbaratadores de especialistas (Paul Meeh, Robin Dawes, James Shanteau, etc.). Ademais, um esforço recente para reproduzir os cem artigos de psicologia em periódicos “prestigiosos” de 2008 constatou que, de cem, apenas 39 foram replicados. Esse resultado veio de um estudo clássico de 2015, publicado na revista Science, coordenado pelo Open Science Collaboration. Às vezes, não há evidência de que seguir conselho de quem “só se baseia em teorias científicas” é algo melhor do que escutar conselho da vovó ou de escritores clássicos da era pré-científica.A ciência é perfeita? Não. Mas é melhor do que as alternativas.
Em ciência pura, o conceito de “consenso” é dispensável, já que esse último é uma entidade que se refere a concordância de crenças da maioria ou da totalidade de membros de uma coletividade. Um livro clássico da Filosofia da Ciência - O Que é Ciência, Afinal? de Alan Chalmers - traz um argumento interessante que ajuda a entender porque isso é verdade. Ele diz o seguinte. Um dos pilares da ciência é o objetivismo, isto é, o fundamento que diz que a veracidade dos enunciados de observação do mundo real não dependem das crenças dos sujeitos. Uma crença pode ser verdadeira e científica, apesar de nenhuma pessoa no mundo acreditar nela. Uma crença pode ser cientificamente falsa, a despeito de todas as pessoas do mundo acreditarem na veracidade dela.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 25 Julho 2025 - 10:04 am"Um consenso científico é baseado nos resultados de pesquisas confiáveis depois de checados e reproduzidos pela comunidade científica.
Um consenso científico não é baseado nas opiniões dos cientistas"
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