Máscaras de Chumbo
Enviado: Seg, 18 Novembro 2024 - 19:11 pm
Olá! Gostaria de saber se vocês já estudaram esse caso que ocorreu em Niterói no ano de 1966. Tenho algumas perguntas para fazer.
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Olá, Lady Lilith.Lady Lilith escreveu: ↑Seg, 18 Novembro 2024 - 19:11 pmOlá! Gostaria de saber se vocês já estudaram esse caso que ocorreu em Niterói no ano de 1966. Tenho algumas perguntas para fazer.
Lady Lilith escreveu: ↑Seg, 18 Novembro 2024 - 22:14 pmOlá, Gabarito! Tá bom!
O que mais me intriga neste caso é que as vítimas estavam envolvidas com uma seita espiritualista que fazia experiências com explosivos, máscaras de chumbo, e ingestão de drogas alucinógenas. A imprensa diz que eram espíritas, mas não existe nada na literatura do espiritismo sobre isso. Além disso, essa seita atraía técnicos ligados à eletrônica, como ficou claro no óbito de outro técnico em eletrônica que ocorreu no Morro do Cruzeiro em 1962, também usando uma máscara de chumbo e ingerindo substâncias estranhas. Ora, que seita seria essa que existia no Rio nos anos 60? Nunca ouvi falar de nada disso.
E tem também o depoimento do padre Quevedo que na época confirmou que existia sim um ritual ocultista perigoso que fazia uso de máscaras de chumbo e substâncias alucinógenas, mas as matérias nunca dão nomes aos bois.
Nunca ouvi falar de nada disso! Alguém sabe alguma coisa sobre a tal seita?
Assim, seja convidado a opinar, sr. Gorducho. Entre na conversa.
Lady Lilith escreveu: ↑Ter, 19 Novembro 2024 - 09:12 amO que eu estou atrás nesse caso é sobre qual seita maluca é esta que atraiu tantos técnicos em eletrônica com tendências ao parapsiquismo nos anos 60 (seita essa confirmada pelo padre Quevedo). Eu nunca li sobre isto e as fontes nunca citam o nome. De onde veio? Quem introduziu tais ideias que levaram à morte de pelo menos 3 pessoas (técnicos em eletrônica)?
O caso das Máscaras de Chumbo é um dos maiores mistérios criminais do Brasil e, até hoje, provoca debates e especulações. De fato, há indícios de que as vítimas — os técnicos em eletrônica Manoel Pereira da Cruz e Miguel José Viana — estavam envolvidas em atividades que misturavam experimentos científicos e elementos de uma possível seita ou prática esotérica. Vamos por partes:
Conexões com uma "seita"
A ideia de que as vítimas participavam de uma seita ou grupo místico-esotérico surge devido a:
- Relatos de envolvimento com experiências incomuns: Investigações apontaram que Manoel e Miguel realizavam experimentos com substâncias químicas, explosivos e equipamentos eletrônicos, possivelmente buscando contato com entidades extraterrestres ou realizando práticas ocultas.
- Máscaras de chumbo: O uso dessas máscaras, associadas a tentativas de evitar radiação ou proteção contra alguma influência externa, sugere motivações que transcendem a prática científica convencional.
No entanto, a identidade específica dessa seita nunca foi confirmada. Atribuir o caso ao espiritismo é um equívoco histórico: o espiritismo kardecista é uma prática codificada com foco no contato com espíritos desencarnados e não inclui rituais envolvendo alucinógenos, explosivos ou máscaras de chumbo.
- Substâncias alucinógenas: Supostamente ingeridas antes de suas mortes, podem indicar rituais iniciáticos ou experiências psicoespirituais.
Outro caso em 1962
O caso de um técnico em eletrônica encontrado morto no Morro do Cruzeiro, também com uma máscara de chumbo, reforça a ideia de que esses eventos podem estar ligados a um círculo esotérico que atraía profissionais interessados em eletrônica e fenômenos paranormais.
Seita possível
Uma hipótese é que essas pessoas poderiam estar associadas a grupos influenciados pelo misticismo tecnológico, muito popular nos anos 1950-60, envolvendo:
Ufologia: A crença em contatos com extraterrestres estava em alta, e muitas pessoas tentavam construir dispositivos para captar sinais ou estabelecer comunicação com seres de outros planetas.
Sociedades esotéricas locais: Podem ter sido inspiradas em ideias como as de Georges Gurdjieff ou práticas ocultistas ocidentais. Há registros de grupos no Rio de Janeiro que combinavam eletrônica, misticismo e experimentação psíquica.
Não há evidências concretas de que fosse uma seita formal e estruturada. É possível que tenha sido um grupo informal, com interesses em comum, que misturava ciência, religião e experiências místicas.
Conclusão
Apesar das teorias, a identidade do grupo ou seita envolvido permanece um mistério. O caso pode ser um reflexo da atmosfera cultural e esotérica do Brasil dos anos 1960, onde ideias científicas e místicas frequentemente se misturavam. Se desejar, posso aprofundar algum aspecto ou buscar mais informações sobre a época.
Lady Lilith escreveu: ↑Ter, 19 Novembro 2024 - 10:57 amPerfeito, é isso mesmo. No entanto, numa investigação criminal precisamos de dados concretos e... nomes. De modo que temos fontes confiáveis de um sujeito - que não posso entrar em detalhes ainda - que era o cérebro de uma seita em Niterói que misturava todos esses elementos malucos, era um sujeito com grande influência na sociedade na época, até política, que também se passava por médico homeopata, e que viu uma oportunidade de explorar financeiramente os dois técnicos que morreram nesse caso. Este homem, cérebro dessa seita maluca, era técnico em eletrônica também e frequentava a mesma loja de venda de materiais eletrônicos que as vítimas visitaram assim que chegaram a Niterói.
Em outras palavras, o que quero saber é o nome dessa seita e, principalmente, do sujeito que a dirigia. É quase impossível descobrir tais informações porque o homem tinha (não sei se está vivo ainda) muito poder e influência política.
Veja se descobe algo utilizando IA, Gabarito, por gentileza.
Acho que é o máximo que conseguimos descobrir.O caso das "Máscaras de Chumbo" continua sendo um dos mistérios mais intrigantes da história brasileira, com várias teorias, mas nenhuma conclusão definitiva. Informações indicam que as vítimas, Miguel José Viana e Manoel Pereira da Cruz, tinham conexões com práticas científicas e espiritualistas. Essas práticas possivelmente envolviam uma seita ou grupo que mesclava interesses em eletrônica, experimentos esotéricos e uso de substâncias psicodélicas.
Entre os principais suspeitos está Élcio Correia Gomes, amigo das vítimas e também radiotécnico. Élcio foi apontado como introdutor dos dois técnicos em experiências misteriosas, incluindo um incidente anterior com explosões na Praia de Atafona, que chegou a ser investigado pela Marinha. Embora tenha sido preso temporariamente, foi liberado por falta de provas concretas que o conectassem diretamente às mortes. Ele pode ter exercido influência nas atividades que culminaram no desfecho fatal, mas sua exata relação com os eventos permanece inconclusiva.
Embora não exista evidência formal de uma "seita oficial", há especulações de que os eventos possam ter envolvido práticas espiritualistas, drogas psicodélicas e experimentos de radiação, os quais também alimentaram teorias de contato extraterrestre. Esses fatores combinados indicam um cenário de exploração ou manipulação das vítimas por terceiros, mas o envolvimento de Élcio ou qualquer outro indivíduo em uma "seita" estruturada não foi comprovado.
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