O Paul Ekman viajou o mundo e foi para culturas mais isoladas para desenvolver em suas obras que as expressões estão presentes em todas as culturas, com um nível de padrão ao mesmo tempo que com diferenças culturais. O humano é um animal, todo animal tem reação e expressão instintiva, logo o humano tem reação e expressão instintiva. Um silogismo Aristotélico simples resume a questão. Ekman associou microexpressões a emoções como medo, raiva e tristeza. As expressões e reações revelam a emoção. Obviamente, algumas pessoas podem usar a estrutura das expressões para fazer um simulacro.
Esse vídeo aí não refuta Paul Ekman, refuta estudos baseados em análise da mentira através de apenas microexpressões. Como ele mesmo diz, o estudo para conhecer uma pessoa e suas emoções e cognições engendradas em verdade ou mentira deve conter conexão, dialética, associação e proximidade. O que é relevante no estudo de Paul Ekman é a relação cognitiva entre a percepção, emoção e reação, apontando que a reação segue padrões instintivos com nível de universalidade.
Ou seja, a ideia de Ekman que afirma que as expŕessões possuem uma emoção e percepção anterior, que pode ser associada através da análise, é verdadeira. O que acontece é que uma mesma reação pode estar representando várias emoções diferentes.
É consenso que cognitivamente o sujeito percebe a realidade objetiva que dispara uma ação cerebral, resultando em uma emoção com uma reação associada. Aonde essa premissa foi refutada?
Uma análise da mentira, da verdade, de transtornos, de qualquer coisa, pode levar em conta a análise da expressões faciais e reações instintivas, pois a base científica está na ''percepção da realidade objetiva que dispara uma ação cerebral, resultando em uma emoção com uma reação associada''.
Ou seja, análise pautada apenas em expressões faciais ou reações são incompletas e incorretas nos próprios termos. Só que a via da percepção, cognição, emoção e reação pode ser mapeada por expressões e reações, dialética, associação e proximidade, e isso é científico.