[Exercício Filosófico] Conhecimento requer crença?
Ateu vs Cristão
Imagine que um dia, dois amigos, um ateu e um cristão se encontram. O ateu diz que não acredita em Deus, mesmo já tendo lido sobre o assunto. Na sua família mesmo, as pessoas também não acreditam em Deus. Então ele nunca viu motivo nenhum para acreditar.
Mas nesse dia, o seu amigo cristão o surpreendeu. O amigo apresentou diversos argumentos e evidências que, para o ateu, pareciam extremamente convincentes sobre a existência de Deus.
Ao final da conversa, o ateu disse:
— É, amigo... agora eu sei que é verdade que Deus existe.
E aí o cristão respondeu:
— Ah, que bom que você acredita em Deus agora!
Mas aí o ateu disse:
— Não, não. Pera lá... Eu sei que é verdade, mas eu ainda não acredito.
.
Diante disso,
(A) Se o ateu sabe que Deus existe, ele obrigatoriamente acredita que Deus existe?
(B) O ateu pode saber que Deus existe mesmo sem ainda acreditar que Deus existe?
Imagine que um dia, dois amigos, um ateu e um cristão se encontram. O ateu diz que não acredita em Deus, mesmo já tendo lido sobre o assunto. Na sua família mesmo, as pessoas também não acreditam em Deus. Então ele nunca viu motivo nenhum para acreditar.
Mas nesse dia, o seu amigo cristão o surpreendeu. O amigo apresentou diversos argumentos e evidências que, para o ateu, pareciam extremamente convincentes sobre a existência de Deus.
Ao final da conversa, o ateu disse:
— É, amigo... agora eu sei que é verdade que Deus existe.
E aí o cristão respondeu:
— Ah, que bom que você acredita em Deus agora!
Mas aí o ateu disse:
— Não, não. Pera lá... Eu sei que é verdade, mas eu ainda não acredito.
.
Diante disso,
(A) Se o ateu sabe que Deus existe, ele obrigatoriamente acredita que Deus existe?
(B) O ateu pode saber que Deus existe mesmo sem ainda acreditar que Deus existe?
Está parecendo que o ateu está com algum lado do seu cérebro querendo ser do contra só para contrariar.
Se ele sabe que Deus existe, ele também acredita nisso. Mas o lado relutante diz que não acredita.
Sabemos que pôr a mão no fogo vai queimar a mão.
Alguém pode dizer que sabe disso, mas que, no fundo, não acredita que realmente queime a mão.
Nessa experiência, ele poderá facilmente ser convencido e passar a acreditar.
No caso de Deus, não vai ter como.
Fica parecendo que é pura teimosia em não ceder. E não vai correr o risco de ser exposto em nenhuma experiência prática.
Pobre demais minha tentativa de filosofia acima, mas é o que temos para hoje.
Se ele sabe que Deus existe, ele também acredita nisso. Mas o lado relutante diz que não acredita.
Sabemos que pôr a mão no fogo vai queimar a mão.
Alguém pode dizer que sabe disso, mas que, no fundo, não acredita que realmente queime a mão.
Nessa experiência, ele poderá facilmente ser convencido e passar a acreditar.
No caso de Deus, não vai ter como.
Fica parecendo que é pura teimosia em não ceder. E não vai correr o risco de ser exposto em nenhuma experiência prática.
Pobre demais minha tentativa de filosofia acima, mas é o que temos para hoje.
Esta proposição que confronta o "saber" e o "acreditar" serve-nos para diferenciar a Razão da Lógica.
A lógica observa, critica e questiona dados e fatos relacionados a dada proposição.
Mas cabe à razão, que é foro íntimo, julgar se aceita ou recusa tal proposição.
No diálogo entre o cristão e o ateu os dados e argumentos apresentados eram convincentes, pela lógica. Mas a entidade sugerida pelo cristão era tão extraordinária, tão fora dos padrões humanos do conhecimento, que sua razão recusava acreditar na tal entidade.
A lógica observa, critica e questiona dados e fatos relacionados a dada proposição.
Mas cabe à razão, que é foro íntimo, julgar se aceita ou recusa tal proposição.
No diálogo entre o cristão e o ateu os dados e argumentos apresentados eram convincentes, pela lógica. Mas a entidade sugerida pelo cristão era tão extraordinária, tão fora dos padrões humanos do conhecimento, que sua razão recusava acreditar na tal entidade.
Vários problemas filosóficos na pergunta do Cinzu.
1. Como sabemos que possuímos conhecimento? O conhecimento é um fato? Para Nietzsche, o conhecimento é crença verdadeira justificada, o que nos leva ao segundo problema.
2. O que significa possuir uma crença? Nietzsche considera que uma crença significa tomar algo por verdadeiro.
3. Voltando ao "conhecimento"... então como se justifica uma crença verdadeira?
Esse texto discute esses pontos: https://www.scielo.br/scielo.php?script ... 5000200201
Continuando...mas quando uma afirmação é verdadeira? É verdadeira quando preenche, no mínimo, 3 condições: (1) quando se pensa que ela é verdadeira; (2) quando ela é de fato verdadeira; (3) que há evidência suficiente para que qualquer pessoa racional, diante da disponibilidade das mesmas evidências, se convença de que ela é verdadeira.
No caso da crença, ela se define quando não existem evidências suficientes que convençam qualquer pessoa racional de que ela é verdadeira. Para complicar, existem crenças que não podem ou não devem ser provadas e existem crenças que não exigem evidências. E ainda existe a fé, que é um tipo especial de crença. No caso da pergunta inicial, Deus é uma crença to tipo fundamental que se justifica apenas pela fé.
Texto que explora esses conceitos: https://silo.tips/download/conhecimento-crena-e-fe
Portanto...
Se o ateu sabe/conhece que Deus existe então ele obrigatoriamente acredita em Deus.
1. Como sabemos que possuímos conhecimento? O conhecimento é um fato? Para Nietzsche, o conhecimento é crença verdadeira justificada, o que nos leva ao segundo problema.
2. O que significa possuir uma crença? Nietzsche considera que uma crença significa tomar algo por verdadeiro.
3. Voltando ao "conhecimento"... então como se justifica uma crença verdadeira?
Esse texto discute esses pontos: https://www.scielo.br/scielo.php?script ... 5000200201
Continuando...mas quando uma afirmação é verdadeira? É verdadeira quando preenche, no mínimo, 3 condições: (1) quando se pensa que ela é verdadeira; (2) quando ela é de fato verdadeira; (3) que há evidência suficiente para que qualquer pessoa racional, diante da disponibilidade das mesmas evidências, se convença de que ela é verdadeira.
No caso da crença, ela se define quando não existem evidências suficientes que convençam qualquer pessoa racional de que ela é verdadeira. Para complicar, existem crenças que não podem ou não devem ser provadas e existem crenças que não exigem evidências. E ainda existe a fé, que é um tipo especial de crença. No caso da pergunta inicial, Deus é uma crença to tipo fundamental que se justifica apenas pela fé.
Texto que explora esses conceitos: https://silo.tips/download/conhecimento-crena-e-fe
Portanto...
Se o ateu sabe/conhece que Deus existe então ele obrigatoriamente acredita em Deus.
- Fernando Silva
- Conselheiro
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
Não basta que o argumento seja lógico, é preciso que evidências objetivas sejam apresentadas para confirmar o raciocínio.JungF escreveu: ↑Dom, 02 Agosto 2020 - 17:31 pmEsta proposição que confronta o "saber" e o "acreditar" serve-nos para diferenciar a Razão da Lógica.
A lógica observa, critica e questiona dados e fatos relacionados a dada proposição.
Mas cabe à razão, que é foro íntimo, julgar se aceita ou recusa tal proposição.
No diálogo entre o cristão e o ateu os dados e argumentos apresentados eram convincentes, pela lógica. Mas a entidade sugerida pelo cristão era tão extraordinária, tão fora dos padrões humanos do conhecimento, que sua razão recusava acreditar na tal entidade.
Mesmo porque um argumento só é "lógico" dentro de nossas limitações. Não é algo absoluto. Os fatos podem mostrar que nossa lógica estava errada.
O ateu pode até achar que é perfeitamente lógico que exista um deus e, ainda assim, continuar não acreditando nos deuses que a humanidade inventou.
Para ele, é lógico admitir essa possibilidade e, mais lógico ainda, ignorá-la para fins práticos.
No meu modo de entender há uma inversão entre o conceito de Lógica e Razão.Fernando Silva escreveu:Não basta que o argumento seja lógico, é preciso que evidências objetivas sejam apresentadas para confirmar o raciocínio.JungF escreveu: ↑Dom, 02 Agosto 2020 - 17:31 pmEsta proposição que confronta o "saber" e o "acreditar" serve-nos para diferenciar a Razão da Lógica.
A lógica observa, critica e questiona dados e fatos relacionados a dada proposição.
Mas cabe à razão, que é foro íntimo, julgar se aceita ou recusa tal proposição.
No diálogo entre o cristão e o ateu os dados e argumentos apresentados eram convincentes, pela lógica. Mas a entidade sugerida pelo cristão era tão extraordinária, tão fora dos padrões humanos do conhecimento, que sua razão recusava acreditar na tal entidade.
Mesmo porque um argumento só é "lógico" dentro de nossas limitações. Não é algo absoluto. Os fatos podem mostrar que nossa lógica estava errada.
O ateu pode até achar que é perfeitamente lógico que exista um deus e, ainda assim, continuar não acreditando nos deuses que a humanidade inventou.
Para ele, é lógico admitir essa possibilidade e, mais lógico ainda, ignorá-la para fins práticos.
As limitações não estão na Lógica, mas na Razão. Esta é formada por opiniões, ideias, informações... exatamente os elementos que mais sofrem os efeitos de nossos recursos introspectivos e possibilidades pessoais.
A Lógica está restrita aos fatos apresentados, quer aceitemos ou não e sempre haverá um consenso entre as mentes mais abalizadas.
Mas a nossa razão pode não concordar com a clareza dos fatos.
Quando examinamos a sutileza que distingue Razão e Lógica, se estas envolvem crenças religiosas, mais difícil se torna delimitar a abrangência de cada uma pois fatores complexos envolvem nossas opiniões.
Negativo. A lógica pode ser independente de acontecimentos apresentados. Algo pode ser 100% lógico e totalmente desligado de acontecimentos/fatos. Um raciocínio lógico (correto) é simplesmente um raciocínio que está de acordo com as leis da lógica.
Um raciocínio lógico não precisa estar ligado a algum acontecimento/fato.
Meu caro JJ, se você adentrar o terreno da filosofia para um teste de verdade, com o instrumento da lógica não chegará a lugar algum. As leis da lógica, que por sinal não são leis e sim princípios devido ao fato de serem historicamente contestadas ou negadas - o princípio do Terceiro Excluído - por exemplo; ou, o da Razão Suficiente - por outros filósofos, em franca dissidência.
Quero fazer notar que no exemplo que foi trazido, debate entre o cristão e o ateu, a proposta era de que os argumentos apresentados pelo cristão foram convincentes, ao ateu. Ainda assim, embora tidos como verdade não fizerem com que o ateu cresse no deus do cristão.
Essa não é uma questão de lógica e sim, razão pessoal.
Daí, quanto ao título do tópico: se há conhecimento, dispensa-se a crença.
Quero fazer notar que no exemplo que foi trazido, debate entre o cristão e o ateu, a proposta era de que os argumentos apresentados pelo cristão foram convincentes, ao ateu. Ainda assim, embora tidos como verdade não fizerem com que o ateu cresse no deus do cristão.
Essa não é uma questão de lógica e sim, razão pessoal.
Daí, quanto ao título do tópico: se há conhecimento, dispensa-se a crença.
O problema é que o todo o conhecimento disponível nunca é suficiente para se conhecer plenamente alguma coisa de fato. Quando se limita o conhecimento sobre alguma coisa para concluir que se conhece essa coisa estabelece-se uma crença de que não é necessário conhecer mais e outra de que tudo que se tem é suficiente para afirmar que se conhece plenamente essa coisa.JungF escreveu: ↑Seg, 10 Agosto 2020 - 18:19 pmQuero fazer notar que no exemplo que foi trazido, debate entre o cristão e o ateu, a proposta era de que os argumentos apresentados pelo cristão foram convincentes, ao ateu. Ainda assim, embora tidos como verdade não fizerem com que o ateu cresse no deus do cristão.
Essa não é uma questão de lógica e sim, razão pessoal.
Daí, quanto ao título do tópico: se há conhecimento, dispensa-se a crença.
Essa é a diferença entre a Ciência e a religião. A Ciência nunca decreta nada como conhecido de verdade absoluta, isto é, todas as verdades são provisórias. A religião, por outro lado, decreta que a doutrina é conhecimento suficiente e indiscutível porque é verdade.
Logo, o ateu pode estar convencido pelos argumentos do cristão mas também sabe que admitir esse conhecimento é uma armadilha religiosa de limitação ao impor uma verdade absoluta, caso contrário, o cristão teria dúvidas que poderiam abalar a sua crença.
Não, meu caro; a física clássica na sua simplicidade objetiva tem todos os seus problemas satisfatoriamente resolvidos, mas a relativista pode sempre através de suporte teórico ampliar conhecimentos sem limites predefinidos.
Da mesma forma nenhum religioso sensato ousaria dizer que tudo sabe sobre Deus ou sobre as dimensões extracorpóreas que possa vir a encontrar após a morte.
Da mesma forma nenhum religioso sensato ousaria dizer que tudo sabe sobre Deus ou sobre as dimensões extracorpóreas que possa vir a encontrar após a morte.
A simplicidade da física clássica é objetiva porque resolve a maioria dos problemas com valor prático e que obviamente são de escopo limitado e, apesar de toda a certeza funcional, não decreta verdades absolutas. Ainda assim, por exemplo, a física newtoniana é capaz de calcular com exatidão a precessão do periélio de Mercúrio. O que mudou foi a explicação em 1915 por Einstein usando os conceitos da teoria da relatividade.
Um religioso só pode ser sensato sobre o seu conhecimento de Deus no âmbito da sua religiosidade e um religioso com religiosidade sensata jamais discutiria os dogmas da sua religião e diria apenas, porque tem fé, que tudo o que a sua religião diz sobre Deus é verdade.Da mesma forma nenhum religioso sensato ousaria dizer que tudo sabe sobre Deus ou sobre as dimensões extracorpóreas que possa vir a encontrar após a morte.
No entanto existe a experiência mística da religiosidade que é pessoal e pode ser relatada. Muitas pessoas pressentem sinais divinos, se desdobram nas esferas astrais, contatam os mortos, dentre outras tantas narrações anedóticas que podem ser legitimadas no âmbito de cada religião. Podem até dizer que conhecem Deus porque estiveram frente a frente com ele sem ter a sensatez questionada. Um ateu, por outro lado, veria isso como sinal de loucura.
- Fernando Silva
- Conselheiro
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- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
No âmbito da religião, a loucura é vista como sinal de santidade.
Se uma pessoa cai no chão tendo convulsões, babando e dizendo coisas sem nexo, é levada para o hospital.
Se ela fizer isto numa igreja ou terreiro de macumba, dirão que está recebendo o Espírito Santo ou uma entidade.
Se ela desanda a fazer ruídos sem sentido, será internada num hospício.
Se for numa igreja, dirão que está "falando em línguas".
Se uma pessoa cai no chão tendo convulsões, babando e dizendo coisas sem nexo, é levada para o hospital.
Se ela fizer isto numa igreja ou terreiro de macumba, dirão que está recebendo o Espírito Santo ou uma entidade.
Se ela desanda a fazer ruídos sem sentido, será internada num hospício.
Se for numa igreja, dirão que está "falando em línguas".
Seria um ateu bem limitado. É recorrer ao reducionismo afirmar que se um crente diz ter estado frente a frente com Deus, tudo fica por isso mesmo entre os crentes. De modo algum. O ateu parece não se dar conta de que existem crentes, e crentes.Gigaview escreveu:A simplicidade da física clássica é objetiva porque resolve a maioria dos problemas com valor prático e que obviamente são de escopo limitado e, apesar de toda a certeza funcional, não decreta verdades absolutas. Ainda assim, por exemplo, a física newtoniana é capaz de calcular com exatidão a precessão do periélio de Mercúrio. O que mudou foi a explicação em 1915 por Einstein usando os conceitos da teoria da relatividade.J escreveu: Não, meu caro; a física clássica na sua simplicidade objetiva tem todos os seus problemas satisfatoriamente resolvidos, mas a relativista pode sempre através de suporte teórico ampliar conhecimentos sem limites predefinidos.
Podem até dizer que conhecem Deus porque estiveram frente a frente com ele sem ter a sensatez questionada. Um ateu, por outro lado, veria isso como sinal de loucura.Da mesma forma nenhum religioso sensato ousaria dizer que tudo sabe sobre Deus ou sobre as dimensões extracorpóreas que possa vir a encontrar após a morte.
O discernimento e a razão não se perdem apenas porque se crê em um Deus. Este ponto de vista dos céticos demonstra grande limitação para julgar os meandros da inteligência.
Bobagem. Isso, além da "falácia do escocês de verdade", é autoengano, normalmente por se acharem mais inteligentes, de "mente aberta", mais informados ou diferentes por qualquer outro motivo. Crente é crente; tanto faz se são eruditos, questionadores, ignorantes ou seja lá o que for. E não há nada de pejorativo nisso.O ateu parece não se dar conta de que existem crentes, e crentes.
Lógico que não. Os crentes conseguem pensar e viver com discernimento e razão mas não deixam de acreditar nas besteiras impostas pela fé. Mesmo aqueles que se consideram "diferentes" acreditam intimamente em algum tipo de bobagem que pode ser inconfessável. Aquele que toma água fluidificada por fantasmas também toma o antibiótico prescrito pelo médico.O discernimento e a razão não se perdem apenas porque se crê em um Deus.
E desde quando um crente é a pessoa mais avalizada para julgar os meandros da inteligência, tendo em vista as falhas impostas pela fé em seu pensamento crítico?Este ponto de vista dos céticos demonstra grande limitação para julgar os meandros da inteligência.
Mentes contaminadas produzem juízos contaminados. Isso pode acontecer também com os céticos, mas com os crentes essa contaminação é mais do que evidente.
- Fernando Silva
- Conselheiro
- Mensagens: 5757
- Registrado em: Ter, 11 Fevereiro 2020 - 08:20 am
A religião foi enfiada na minha cabeça desde que fui capaz de entender o que me diziam.
E lá ficou, enraizada, resistindo a todas as tentativas de questionamento racional.
Hoje eu me envergonho por ter aceitado, sem discutir, coisas obviamente absurdas.
Minha razão funcionava para outros assuntos, mas eu nem pensava em questionar minha fé. Havia um bloqueio, um tabu.
Um crente pode até ser muito inteligente e argumentar com perfeita lógica quando discute com outro crente.
O problema é que os dois aceitam, como premissa, que seu livro "sagrado" é uma verdade absoluta, o que torna sua argumentação inválida quando discutem com um descrente ou seguidor de outro livro "sagrado".
JungF escreveu:O ateu parece não se dar conta de que existem crentes, e crentes.
pode ser menos evidente no cético mas é igualmente prejudicial ao pensamento, como se vê no seus argumentosGigaview escreveu:Bobagem. Isso, além da "falácia do escocês de verdade", é autoengano, normalmente por se acharem mais inteligentes, de "mente aberta", mais informados ou diferentes por qualquer outro motivo. Crente é crente; tanto faz se são eruditos, questionadores, ignorantes ou seja lá o que for. E não há nada de pejorativo nisso.Crente é Crente... e fim de conversa! É isso mesmo? Pobreza.Lógico que não. Os crentes conseguem pensar e viver com discernimento e razão mas não deixam de acreditar nas besteiras impostas pela fé. Mesmo aqueles que se consideram "diferentes" acreditam intimamente em algum tipo de bobagem que pode ser inconfessável. Aquele que toma água fluidificada por fantasmas também toma o antibiótico prescrito pelo médico.O discernimento e a razão não se perdem apenas porque se crê em um Deus.
Este ponto de vista dos céticos demonstra grande limitação para julgar os meandros da inteligência.
Mentes contaminadas produzem juízos contaminados. Isso pode acontecer também com os céticos, mas com os crentes essa contaminação é mais do que evidente.
Expressões e modo de pensar, como no texto acima demonstram um tipo de atitude que reforça a suspeita de excitação nervosa ante o tema.
Quer prova?
E desde quando um crente é a pessoa mais avalizada para julgar os meandros da inteligência, tendo em vista as falhas impostas pela fé em seu pensamento crítico?
Onde está a afirmativa de que o crente está melhor qualificado para julgar isso ou aquilo? Falhas no pensamento crítico... por ser crente?
Diante de suas próprias palavras percebe-se desvio por insuficiência de argumento. Ainda, baseado em sua afirmativa de que nesta ou naquela circunstância o pensamento crente é loucura, conclui-se por notória e grave excitabilidade emocional no debate.
Há um viés notável que destaco:
Quando o tópico tem alguma relação com o assunto, o crente sempre traz algo novo a ser debatido, ou criticado, não importa.
Já o cético bate sempre na mesma tecla, com as expressões, crentoide, misticoide, baboseira, auto-engano, além do cansativo "e cadê provas?"
A razão é óbvia: se crença não se discute vamos desancar o crente.
Nota-se, meu caro, que você não conhece o intramuros do Espiritismo. Os debates são, muitas vezes ríspidos e nada edificantes.Fernando Silva escreveu:A religião foi enfiada na minha cabeça desde que fui capaz de entender o que me diziam.JungF escreveu:O discernimento e a razão não se perdem apenas porque se crê em um Deus. Este ponto de vista dos céticos demonstra grande limitação para julgar os meandros da inteligência.
E lá ficou, enraizada, resistindo a todas as tentativas de questionamento racional.
Hoje eu me envergonho por ter aceitado, sem discutir, coisas obviamente absurdas.
Minha razão funcionava para outros assuntos, mas eu nem pensava em questionar minha fé. Havia um bloqueio, um tabu.
Um crente pode até ser muito inteligente e argumentar com perfeita lógica quando discute com outro crente.
O problema é que os dois aceitam, como premissa, que seu livro "sagrado" é uma verdade absoluta, o que torna sua argumentação inválida quando discutem com um descrente ou seguidor de outro livro "sagrado".
A razão é exatamente pela complexidade dos assuntos, quase sempre de natureza filosófica; as palavras usadas num contexto cultural do século XIX suscitam dúvidas pela imprecisão, se comparadas com as de nossos dias.
Um notável astrofísico espírita, português, criticou certa balbúrdia no movimento espírita do Brasil.
A razão é que os textos que se referem à ciência, notadamente a vida em outros planetas, são a um tempo negados, por uns, e atestados por outros.
Logicamente não existe vida física, inteligente, em nosso sistema e no entanto algumas entidades insistem no assunto. E tome discussões sem fim.
E no entanto aquelas mensagens em contexto têm sentido claro: vida FÍSICA, ENCARNADOS nos respectivos orbes: Júpiter; Saturno; Juno; Marte; Vênus — que me vêm à mente agora...
Então, por que alguém que acredita em bobagens estaria avalizado para julgar os meandros da inteligência? Se crente não pode discutir a doutrina e já tem as respostas, qual é o papel a ser desempenhado no julgamento?JungF escreveu: ↑Qui, 13 Agosto 2020 - 14:43 pmJungF escreveu:O ateu parece não se dar conta de que existem crentes, e crentes.pode ser menos evidente no cético mas é igualmente prejudicial ao pensamento, como se vê no seus argumentosGigaview escreveu:Bobagem. Isso, além da "falácia do escocês de verdade", é autoengano, normalmente por se acharem mais inteligentes, de "mente aberta", mais informados ou diferentes por qualquer outro motivo. Crente é crente; tanto faz se são eruditos, questionadores, ignorantes ou seja lá o que for. E não há nada de pejorativo nisso.Crente é Crente... e fim de conversa! É isso mesmo? Pobreza.Lógico que não. Os crentes conseguem pensar e viver com discernimento e razão mas não deixam de acreditar nas besteiras impostas pela fé. Mesmo aqueles que se consideram "diferentes" acreditam intimamente em algum tipo de bobagem que pode ser inconfessável. Aquele que toma água fluidificada por fantasmas também toma o antibiótico prescrito pelo médico.O discernimento e a razão não se perdem apenas porque se crê em um Deus.
Este ponto de vista dos céticos demonstra grande limitação para julgar os meandros da inteligência.
Mentes contaminadas produzem juízos contaminados. Isso pode acontecer também com os céticos, mas com os crentes essa contaminação é mais do que evidente.
Expressões e modo de pensar, como no texto acima demonstram um tipo de atitude que reforça a suspeita de excitação nervosa ante o tema.
Quer prova?
E desde quando um crente é a pessoa mais avalizada para julgar os meandros da inteligência, tendo em vista as falhas impostas pela fé em seu pensamento crítico?
Os espíritas "diferentes", aqueles mais inteligentes e de mente aberta, por exemplo, vivem caindo nas armadilhas da trambicagem e eventualmente batem o pé negando refutações óbvias que só exigem bom senso.
Fora do âmbito da religiosidade, acreditar que um homem é capaz de multiplicar pães e peixes em segundos para alimentar uma multidão parece loucura.Ainda, baseado em sua afirmativa de que nesta ou naquela circunstância o pensamento crente é loucura, conclui-se por notória e grave excitabilidade emocional no debate.
Pois é, você não está num fórum qualquer. Aqui, no CLUBE CETICISMO, todos os crentóides, misticóides, as baboseiras, os auto-enganos, etc serão apontados, questionados e as provas serão exigidas.Há um viés notável que destaco:
Quando o tópico tem alguma relação com o assunto, o crente sempre traz algo novo a ser debatido, ou criticado, não importa.
Já o cético bate sempre na mesma tecla, com as expressões, crentoide, misticoide, baboseira, auto-engano, além do cansativo "e cadê provas?"
Se alguém aparece num fórum por livre e espontânea vontade para discutir uma crença, deve ficar preparado para argumentar e contra argumentar e eventualmente ser refutado ou refutar. O problema é que muitos entram nos debates sem argumentação robusta, sem provas ou evidências para fundamentar a excepcionalidade de suas afirmações e são incapazes de refletir e reconsiderar pontos de vista, provando que os meandro da inteligência não combinam com esse tipo de postura.A razão é óbvia: se crença não se discute vamos desancar o crente.
JungF escreveu: ↑Qui, 13 Agosto 2020 - 15:06 pmNota-se, meu caro, que você não conhece o intramuros do Espiritismo.Fernando Silva escreveu:A religião foi enfiada na minha cabeça desde que fui capaz de entender o que me diziam.JungF escreveu:O discernimento e a razão não se perdem apenas porque se crê em um Deus. Este ponto de vista dos céticos demonstra grande limitação para julgar os meandros da inteligência.
E lá ficou, enraizada, resistindo a todas as tentativas de questionamento racional.
Hoje eu me envergonho por ter aceitado, sem discutir, coisas obviamente absurdas.
Minha razão funcionava para outros assuntos, mas eu nem pensava em questionar minha fé. Havia um bloqueio, um tabu.
Um crente pode até ser muito inteligente e argumentar com perfeita lógica quando discute com outro crente.
O problema é que os dois aceitam, como premissa, que seu livro "sagrado" é uma verdade absoluta, o que torna sua argumentação inválida quando discutem com um descrente ou seguidor de outro livro "sagrado".
A conclusão desses debates sempre resulta em mais do mesmo, não levam a nada. Perdem tempo com questões de natureza filosófica mas são incapazes de provar que os espíritos existem, e pior, pressupõem sem provas que eles existem.Os debates são, muitas vezes ríspidos e nada edificantes.
A razão é exatamente pela complexidade dos assuntos, quase sempre de natureza filosófica; as palavras usadas num contexto cultural do século XIX suscitam dúvidas pela imprecisão, se comparadas com as de nossos dias.
Sei...Um notável astrofísico espírita, português,...
E os espíritos? Existem?....criticou certa balbúrdia no movimento espírita do Brasil. A razão é que os textos que se referem à ciência, notadamente a vida em outros planetas, são a um tempo negados, por uns, e atestados por outros.
Logicamente não existe vida física, inteligente, em nosso sistema e no entanto algumas entidades insistem no assunto. E tome discussões sem fim.
Claro que sim! Se eu dissesse a você que os sinto ao meu lado isso não iria provar nada, para você, mas para mim é o suficiente. E então vc diria:... não falei?!! Wishful thinking.Gigaview escreveu: E os espíritos? existem?
Agora, preste a atenção no que vou dizer, para que vc não repita este argumento, tipo,vou provocar este cara porque assim tenho em que ocupar meu tempo e exibo meus dons céticos para a plateia... que afinal já deve estar cansada de ouvir sempre as mesmas coisas, de vc.
Entrei no antigo fórum pesquisando algumas coisas e me cadastrei. Nada a ver com ceticismo ou crença.
Mas as regras do fórum não impedem a mim, como crente, que, se o assunto estiver relacionado à crença ou filosofias, eu, (como crente), não deva participar. Certo?
É por essa razão que eu disse, na mensagem anterior, "quando o assunto tiver relação..."
Eu não vou, em tópicos que nada tem a ver, dar opiniões baseadas em espiritismo... já observou isso?
Este mesmo, aqui, se intitula "CONHECIMENTO REQUER CRENÇA?"
Você não se sente deslocado? Se não tem crença e é avesso ao tema, o que está fazendo no tópico? Ah, sei... moderador. Só que não é moderado, né? Palavras grosseiras, pensamento retrógrado... porque é cético?
Então, por que os demais não agem como você?
E isto não é ad hominem porque vc disse que EU sou estranho às finalidades do fórum ... isto é pessoal.
Aliás, essa conversa desagradável que estamos tendo se deve a você, que sempre que posto qualquer coisa tem que repostar com observações provocativas.
Podemos e devemos continuar como tem sido sempre, mas por favor, deixe de lado o mimimi de que isto aqui é um fórum de ceticismo!
- Fernando Silva
- Conselheiro
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Se o crente não prova as premissas nas quais se baseia sua crendice, debatê-la a sério não faz sentido.JungF escreveu: ↑Qui, 13 Agosto 2020 - 15:06 pmNota-se, meu caro, que você não conhece o intramuros do Espiritismo. Os debates são, muitas vezes ríspidos e nada edificantes.Fernando Silva escreveu: Um crente pode até ser muito inteligente e argumentar com perfeita lógica quando discute com outro crente.
O problema é que os dois aceitam, como premissa, que seu livro "sagrado" é uma verdade absoluta, o que torna sua argumentação inválida quando discutem com um descrente ou seguidor de outro livro "sagrado".
A razão é exatamente pela complexidade dos assuntos, quase sempre de natureza filosófica; as palavras usadas num contexto cultural do século XIX suscitam dúvidas pela imprecisão, se comparadas com as de nossos dias.
Não adianta falar em "complexidade dos assuntos" para dar impressão de seriedade se estão baseados em suposições sem prova.
Já deixei diversas vezes claro que o foco das discussões são sempre idéias, nunca foristas. Você mesmo recebeu algumas advertências informais para não me colocar como forista no centro de algumas discussões. Você até reconheceu e pediu desculpas. Lembra?JungF escreveu: ↑Sex, 14 Agosto 2020 - 07:03 amVocê não se sente deslocado? Se não tem crença e é avesso ao tema, o que está fazendo no tópico? Ah, sei... moderador. Só que não é moderado, né? Palavras grosseiras, pensamento retrógrado... porque é cético?Gigaview escreveu: E os espíritos? existem?
Então, por que os demais não agem como você?
Se você acha que as palavras foram grosseiras, ou se sentiu diretamente ofendido, ainda cabe o recurso de me denunciar à administração do fórum. Em relação ao que você considera pensamento cético retrógrado, caberia a você contra argumentar no desenvolvimento da discussão.
Não disse isso. Disse que num clube de ceticismo os crentes deveriam estar preparados para serem contrariados e cobrados em relação à provas e evidências sobre suas afirmações.E isto não é ad hominem porque vc disse que EU sou estranho às finalidades do fórum ... isto é pessoal.
Você e todos os crentes são muito bem-vindos aqui e devem se sentir a vontade para expor seus pontos de vista.
Sempre mostro interesse em discutir o assunto. Se você se sente perseguido, faça uma denúncia à administração do fórum.Aliás, essa conversa desagradável que estamos tendo se deve a você, que sempre que posto qualquer coisa tem que repostar com observações provocativas.
Não é mimimi. Este é um fórum de ceticismo, é fato.Podemos e devemos continuar como tem sido sempre, mas por favor, deixe de lado o mimimi de que isto aqui é um fórum de ceticismo!
Puxa! Não é que ele respondeu com clareza e sem nenhuma expressão ofensiva.
Me referia a questões filosóficas, que na verdade é a base da DE. Os fenômenos são secundários. Só os céticos se importam com isso, fazendo vista grossa à riqueza de informações e possibilidades que a DE oferece.Fernando Silva escreveu:
Não adianta falar em "complexidade dos assuntos" para dar impressão de seriedade se estão baseados em suposições sem prova.
Como as pessoas, de um modo geral, sempre têm algo a contar, ou alguma experiência direta ou indireta com estes fenômenos, se empolgam com seu conteúdo esclarecedor e confortador. A comprovação para elas torna-se, pela pp experiência, algo secundário.
- Fernando Silva
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Isto não faz sentido.JungF escreveu: ↑Sex, 14 Agosto 2020 - 13:32 pmMe referia a questões filosóficas, que na verdade é a base da DE. Os fenômenos são secundários. Só os céticos se importam com isso, fazendo vista grossa à riqueza de informações e possibilidades que a DE oferece.Fernando Silva escreveu:
Não adianta falar em "complexidade dos assuntos" para dar impressão de seriedade se estão baseados em suposições sem prova.
Como as pessoas, de um modo geral, sempre têm algo a contar, ou alguma experiência direta ou indireta com estes fenômenos, se empolgam com seu conteúdo esclarecedor e confortador. A comprovação para elas torna-se, pela pp experiência, algo secundário.
Um bando de gente discutindo ficções a sério e se lixando para os fatos?
Como poderíamos levar isto a sério?
O engraçado é que os fenômenos só se tornaram secundários depois de vexame atrás de vexame e todo tipo de picaretagem mediúnica. Parece que os espíritos que já tinham aversão acentuada à luminosidade se convenceram que é melhor nem aparecer para se exibirem.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 14 Agosto 2020 - 18:13 pmIsto não faz sentido.JungF escreveu: ↑Sex, 14 Agosto 2020 - 13:32 pmMe referia a questões filosóficas, que na verdade é a base da DE. Os fenômenos são secundários. Só os céticos se importam com isso, fazendo vista grossa à riqueza de informações e possibilidades que a DE oferece.Fernando Silva escreveu:
Não adianta falar em "complexidade dos assuntos" para dar impressão de seriedade se estão baseados em suposições sem prova.
Como as pessoas, de um modo geral, sempre têm algo a contar, ou alguma experiência direta ou indireta com estes fenômenos, se empolgam com seu conteúdo esclarecedor e confortador. A comprovação para elas torna-se, pela pp experiência, algo secundário.
Um bando de gente discutindo ficções a sério e se lixando para os fatos?
Como poderíamos levar isto a sério?
Com o passar do tempo ficou cada vez mais difícil enganar equipamento eletrônico usado na investigação de fraudes e sobretudo os mágicos que conhecem todos os truques.
No entanto os fenômenos continuam acontecendo hui clos, com hora marcada em diversas sessões durante o dia como num teatro com público seleto para não influenciar negativamente as performances circenses.
Não se esqueça que os fraudadores em geral estão um passo à frente dos demais; ou seja, a tecnologia para produzir a fraude sempre será superior.kkkkkkGigavies escreveu:Com o passar do tempo ficou cada vez mais difícil enganar equipamento eletrônico usado na investigação de fraudes e sobretudo os mágicos que conhecem todos os truques.
Você não leu com atenção: discussões filosóficas.Fernando Silva escreveu:Isto não faz sentido.
Um bando de gente discutindo ficções a sério e se lixando para os fatos?
Como poderíamos levar isto a sério?
Aborto, Guerras, Leis de progresso da humanidade, pluralidade dos mundos habitados, a origem do bem e do mal... ou seja, são temas atualíssimos.
- Fernando Silva
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E como essa gente espera encontrar soluções se parte de premissas não provadas?JungF escreveu: ↑Sáb, 15 Agosto 2020 - 20:36 pmVocê não leu com atenção: discussões filosóficas.Fernando Silva escreveu:Isto não faz sentido.
Um bando de gente discutindo ficções a sério e se lixando para os fatos?
Como poderíamos levar isto a sério?
Aborto, Guerras, Leis de progresso da humanidade, pluralidade dos mundos habitados, a origem do bem e do mal... ou seja, são temas atualíssimos.
Até que ponto é eficiente tentar resolver o problema das secas e das enchentes se acreditamos que são os duendes que provocam a chuva?
Ou que a homossexualidade provoca os terremotos?
Ou que a mulher dá à luz com dor por causa do tal de "pecado original" ?
A pluralidade dos assuntos "filosóficos" em discussão é diretamente proporcional ao grau de fanatismo e de necessidade de convívio social. Quanto mais fanáticos, mais se discute sobre assuntos gerais que estão na periferia dos dogmas. É assim que funciona em todo lugar, em toda religião ou seita onde existem crentes reunidos, portanto não é exclusividade do espiritismo. Trata-se de um fenômeno de natureza sócio-psicológica de auto-engano coletivo.Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 16 Agosto 2020 - 08:36 amE como essa gente espera encontrar soluções se parte de premissas não provadas?JungF escreveu: ↑Sáb, 15 Agosto 2020 - 20:36 pmVocê não leu com atenção: discussões filosóficas.Fernando Silva escreveu:Isto não faz sentido.
Um bando de gente discutindo ficções a sério e se lixando para os fatos?
Como poderíamos levar isto a sério?
Aborto, Guerras, Leis de progresso da humanidade, pluralidade dos mundos habitados, a origem do bem e do mal... ou seja, são temas atualíssimos.
Até que ponto é eficiente tentar resolver o problema das secas e das enchentes se acreditamos que são os duendes que provocam a chuva?
Ou que a homossexualidade provoca os terremotos?
Ou que a mulher dá à luz com dor por causa do tal de "pecado original" ?
O interessante é que isso funciona como um processo de reforço das convicções religiosas porque estimula a auto-estima e mantém a mente ocupada para não usar o pouco que sobra do raciocínio crítico para questionar pontos delicados que poderiam colocar os dogmas em discussão. Quando isso acontece, geralmente o membro do grupo é desestimulado a participar ou decide voluntariamente abandonar o grupo.
O membro acaba se sentindo mal, deslocado...
Aí
ESTUDO;
ANÁLISE FILOSÓFICA;
fica sendo na prática reforço da dogmática; exegeses.
Aí
ESTUDO;
ANÁLISE FILOSÓFICA;
fica sendo na prática reforço da dogmática; exegeses.
Vou tentar explicar o âmbito e os objetivos da Filosofia.Fernando Silva escreveu:E como essa gente espera encontrar soluções se parte de premissas não provadas?JungF escreveu:Você não leu com atenção: discussões filosóficas.Fernando Silva escreveu:Isto não faz sentido.
Um bando de gente discutindo ficções a sério e se lixando para os fatos?
Como poderíamos levar isto a sério?
Aborto, Guerras, Leis de progresso da humanidade, pluralidade dos mundos habitados, a origem do bem e do mal... ou seja, são temas atualíssimos.
Até que ponto é eficiente tentar resolver o problema das secas e das enchentes se acreditamos que são os duendes que provocam a chuva?
Ou que a homossexualidade provoca os terremotos?
Ou que a mulher dá à luz com dor por causa do tal de "pecado original" ?
Ela não pretende resolver qualquer problema de ordem prática; enchentes, pobreza, etc.
Ela sugere, via pensamento organizado (Escolas), explicações para os grandes questionamentos humanos.
Naturalmente entre estes estão a compreensão das relações no comportamento social e suas motivações (Epicurismo, estoicismo, cinismo, etc). As doutrinas econômicas estão inçadas do viés filosófico; inclui naturalmente aspectos teológicos e transcendentais como a existência de Deus, da vida além da morte, etc.
Resumindo: papo furado para "esquecer" que não conseguem provar que os espíritos existem e continuar acreditando sem provas ou evitar outros questionamentos que possam ameaçar a "muleta" psicológica do conforto fornecido pelo espiritismo diante da morte.JungF escreveu: ↑Dom, 16 Agosto 2020 - 12:26 pmVou tentar explicar o âmbito e os objetivos da Filosofia.Fernando Silva escreveu:E como essa gente espera encontrar soluções se parte de premissas não provadas?JungF escreveu:Você não leu com atenção: discussões filosóficas.Fernando Silva escreveu:Isto não faz sentido.
Um bando de gente discutindo ficções a sério e se lixando para os fatos?
Como poderíamos levar isto a sério?
Aborto, Guerras, Leis de progresso da humanidade, pluralidade dos mundos habitados, a origem do bem e do mal... ou seja, são temas atualíssimos.
Até que ponto é eficiente tentar resolver o problema das secas e das enchentes se acreditamos que são os duendes que provocam a chuva?
Ou que a homossexualidade provoca os terremotos?
Ou que a mulher dá à luz com dor por causa do tal de "pecado original" ?
Ela não pretende resolver qualquer problema de ordem prática; enchentes, pobreza, etc.
Ela sugere, via pensamento organizado (Escolas), explicações para os grandes questionamentos humanos.
Naturalmente entre estes estão a compreensão das relações no comportamento social e suas motivações (Epicurismo, estoicismo, cinismo, etc). As doutrinas econômicas estão inçadas do viés filosófico; inclui naturalmente aspectos teológicos e transcendentais como a existência de Deus, da vida além da morte, etc.
Nos templos budistas eles mandam varrer as escadarias.
Algaravia, tatibitati. Além de um alheamento proposital das graves questões envolvidas.Gigaview escreveu:
A pluralidade dos assuntos "filosóficos" em discussão é diretamente proporcional ao grau de fanatismo e de necessidade de convívio social. Quanto mais fanáticos, mais se discute sobre assuntos gerais que estão na periferia dos dogmas. É assim que funciona em todo lugar, em toda religião ou seita onde existem crentes reunidos, portanto não é exclusividade do espiritismo. Trata-se de um fenômeno de natureza sócio-psicológica de auto-engano coletivo.
O interessante é que isso funciona como um processo de reforço das convicções religiosas porque estimula a auto-estima e mantém a mente ocupada para não usar o pouco que sobra do raciocínio crítico para questionar pontos delicados que poderiam colocar os dogmas em discussão. Quando isso acontece, geralmente o membro do grupo é desestimulado a participar ou decide voluntariamente abandonar o grupo.
As religiões são mais ou menos como as areias do mar, elas não sabem porque existem mas revelam, com atrito incessante a capacidade de dissolver a rocha.
E.g.: Reencarnação Kardecista — essa com todos postulados de "progresso"; não hominais em "animais"; &c... atados nela — por que supor que exista
Obs: não esqueça que antes do Kardec publicar o LE-1, a maioria dos espíritos consultados dizia que não existe. Que aliás ele mesmo [#171] admite ser dogma.
- Fernando Silva
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Isto se aplica à ciência: não sabemos como funciona a gravidade, mas sabemos que ela é real. Testemunhamos sua ação o tempo todo.
Mas não se aplica às religiões: de que adianta discutir "seriamente" a natureza do perispírito ou tentar entender a Santíssima Trindade se nem sabemos se essas coisas existem? Faz tanto sentido quanto debater "a sério" os poderes do Sauron.
Por outro lado, sim, religiões fazem efeito. Também podemos constatar isto. E este efeito independe de serem verdadeiras suas alegações. Só requer que alguém acredite nelas.
- Adam Weishaupt
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Pera lá, estar convencido retoricamente de algo ≠ saber que algo existe ou não.Cinzu escreveu: ↑Dom, 02 Agosto 2020 - 14:01 pmAteu vs Cristão
Imagine que um dia, dois amigos, um ateu e um cristão se encontram. O ateu diz que não acredita em Deus, mesmo já tendo lido sobre o assunto. Na sua família mesmo, as pessoas também não acreditam em Deus. Então ele nunca viu motivo nenhum para acreditar.
Mas nesse dia, o seu amigo cristão o surpreendeu. O amigo apresentou diversos argumentos e evidências que, para o ateu, pareciam extremamente convincentes sobre a existência de Deus.
Ao final da conversa, o ateu disse:
— É, amigo... agora eu sei que é verdade que Deus existe.
E aí o cristão respondeu:
— Ah, que bom que você acredita em Deus agora!
Mas aí o ateu disse:
— Não, não. Pera lá... Eu sei que é verdade, mas eu ainda não acredito.
.
Diante disso,
(A) Se o ateu sabe que Deus existe, ele obrigatoriamente acredita que Deus existe?
(B) O ateu pode saber que Deus existe mesmo sem ainda acreditar que Deus existe?
É possível ter ótimos argumentos, bem concatenados e, após tudo, estar errado.
A realidade não é obrigada a obedecer a intuição humana, por mais lógico pareça.
As coisas são como são. Nós é que temos que ajustar nosso pensar ao jeito delas.
∴
"[...] But should you want to learn wisdom
- to make mankind more clever, better, free and happy -
then be thrice welcomed by us."
(dem Illuminaten-Orden, 1776)
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Conhecimento é sapiência. Diferente de crença. Independe portanto de crença.
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A coisa é simples: O conhecimento(saber) é real. E se saber fosse crença justificada um patinho ao nascer precisaria justificar já saber nadar de nascença. Tudo o que se pode dizer sobre isso então é que se trata de masturbação mental.Gigaview escreveu: ↑Dom, 02 Agosto 2020 - 21:49 pmVários problemas filosóficos na pergunta do Cinzu.
1. Como sabemos que possuímos conhecimento? O conhecimento é um fato? Para Nietzsche, o conhecimento é crença verdadeira justificada, o que nos leva ao segundo problema.
2. O que significa possuir uma crença? Nietzsche considera que uma crença significa tomar algo por verdadeiro.
3. Voltando ao "conhecimento"... então como se justifica uma crença verdadeira?
Esse texto discute esses pontos: https://www.scielo.br/scielo.php?script ... 5000200201
Continuando...mas quando uma afirmação é verdadeira? É verdadeira quando preenche, no mínimo, 3 condições: (1) quando se pensa que ela é verdadeira; (2) quando ela é de fato verdadeira; (3) que há evidência suficiente para que qualquer pessoa racional, diante da disponibilidade das mesmas evidências, se convença de que ela é verdadeira.
No caso da crença, ela se define quando não existem evidências suficientes que convençam qualquer pessoa racional de que ela é verdadeira. Para complicar, existem crenças que não podem ou não devem ser provadas e existem crenças que não exigem evidências. E ainda existe a fé, que é um tipo especial de crença. No caso da pergunta inicial, Deus é uma crença to tipo fundamental que se justifica apenas pela fé.
Texto que explora esses conceitos: https://silo.tips/download/conhecimento-crena-e-fe
Portanto...
Se o ateu sabe/conhece que Deus existe então ele obrigatoriamente acredita em Deus.
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Ter a habilidade ou capacidade de fazer algo (nadar, por exemplo) não é a mesma coisa que saber se uma afirmação é falsa ou verdadeira. É este tipo de conhecimento que o autor do tópico está se referindo.O organoléptico escreveu: ↑Ter, 19 Abril 2022 - 00:40 am
A coisa é simples: O conhecimento(saber) é real. E se saber fosse crença justificada um patinho ao nascer precisaria justificar já saber nadar de nascença. Tudo o que se pode dizer sobre isso então é que se trata de masturbação mental.
Porque uma bactéria sabe nadar (tal qual o patinho), mas sequer sabe que existe e nada sabe.
Mas o conhecimento tampouco é crença justificada porque nenhuma crença pode ser justificada (comprovada). Uma teoria jamais será um teorema.
Conhecimento não requer crença. É crença.
Quem sabe e tem certeza de saber, acredita piamente que sabe. E isto é o máximo que se pode chegar porque a mente não pode transcender a si mesma e olhar "lá fora" pra espiar a realidade. Tudo que chamamos de "realidade" (até mesmo a nossa Lógica e todas as funções cognitivas e as próprias abstrações da mente) não passa de um modelo criado pela mente.
Ora, até que ponto este modelo é preciso e confiável? Quais seriam suas limitações?
Esta pergunta, obviamente, jamais poderá ser respondida pelo próprio modelo.
Seria preciso confrontar o modelo com objeto modelado (a realidade, o que quer que isto seja), mas só seria possível tendo acesso ao modelo e ao objeto.
Um macaco, a mente de um macaco, pode saber tudo que você (acredita) que sabe? Mais importante: o macaco pode saber que não sabe?
Em muitos aspectos, o modelo de realidade criado pela mente de um macaco é falso. Embora o macaco CREIA e tenha a absoluta certeza que é real.
Mas nós sabemos que é falso porque o nosso modelo (nossa mente humana) abrange aspectos da realidade impossíveis de serem modelados pela mente de um macaco. (como cálculo diferencial e integral, conceber a existência de átomos, de galáxias ou mesmo simples aritmética, por exemplo).
Essa é a questão filosófica basilar: a mente não poderá jamais saber quais são seus próprios limites.
Por conseguinte, toda certeza é, no fundo, no fundo, a crença de estar certo.
Off_topic:
Pedro Reis escreveu: ↑Seg, 21 Outubro 2024 - 21:08 pmTer a habilidade ou capacidade de fazer algo (nadar, por exemplo) não é a mesma coisa que saber se uma afirmação é falsa ou verdadeira. É este tipo de conhecimento que o autor do tópico está se referindo.O organoléptico escreveu: ↑Ter, 19 Abril 2022 - 00:40 am
A coisa é simples: O conhecimento(saber) é real. E se saber fosse crença justificada um patinho ao nascer precisaria justificar já saber nadar de nascença. Tudo o que se pode dizer sobre isso então é que se trata de masturbação mental.
Porque uma bactéria sabe nadar (tal qual o patinho), mas sequer sabe que existe e nada sabe.
Mas o conhecimento tampouco é crença justificada porque nenhuma crença pode ser justificada (comprovada). Uma teoria jamais será um teorema.
Conhecimento não requer crença. É crença.
Quem sabe e tem certeza de saber, acredita piamente que sabe. E isto é o máximo que se pode chegar porque a mente não pode transcender a si mesma e olhar "lá fora" pra espiar a realidade. Tudo que chamamos de "realidade" (até mesmo a nossa Lógica e todas as funções cognitivas e as próprias abstrações da mente) não passa de um modelo criado pela mente.
Ora, até que ponto este modelo é preciso e confiável? Quais seriam suas limitações?
Esta pergunta, obviamente, jamais poderá ser respondida pelo próprio modelo.
Seria preciso confrontar o modelo com objeto modelado (a realidade, o que quer que isto seja), mas só seria possível tendo acesso ao modelo e ao objeto.
Um macaco, a mente de um macaco, pode saber tudo que você (acredita) que sabe? Mais importante: o macaco pode saber que não sabe?
Em muitos aspectos, o modelo de realidade criado pela mente de um macaco é falso. Embora o macaco CREIA e tenha a absoluta certeza que é real.
Mas nós sabemos que é falso porque o nosso modelo (nossa mente humana) abrange aspectos da realidade impossíveis de serem modelados pela mente de um macaco. (como cálculo diferencial e integral, conceber a existência de átomos, de galáxias ou mesmo simples aritmética, por exemplo).
Essa é a questão filosófica basilar: a mente não poderá jamais saber quais são seus próprios limites.
Por conseguinte, toda certeza é, no fundo, no fundo, a crença de estar certo.
Off_topic:
Olha Pedro Reis na área aí, geeente!
Quem é vivo, sempre aparece.
Participe mais das nossas conversas.
Esse tipo de debate margeia o simples jogo de palavras, já que envolve muitos conceitos abstratos.
Seja como for, o verbo mais difícil de conceituar é o "existir".
E a palavra que também costuma se recusar a se mostrar é "realidade".
Eu também colocaria entre as mais desafiadoras também a dupla "nada" e "tudo", com mais ênfase em "nada".
"Nada" está em dobradinha com "existir".
São palavras muito difíceis.
"Saber" e "conhecimento" são conexões cerebrais.
Inexistem sem que haja um cérebro.
Eu já me peguei tentando entender "informação".
A combinação de números da loteria da próxima semana é uma informação.
Mas ela não existe no mundo material. Ela é uma ideia, um conjunto de dados.
Ela pode ser materializada num pedaço de papel.
Existe também o conhecimento humano contido numa biblioteca, que não precisa de um cérebro.
Mas esse conhecimento do mundo material é diferente do primeiro conceito de conhecimento e saber, antes citados.
A ideia seria tentar dissecar os termos abstratos de conhecimento e saber, e juntar a eles o termo "informação".
O que é um dado, uma informação?
Esse tipo de conceito talvez seja ainda mais abstrato do que saber e conhecimento.
A informação contida num pedaço de papel (loteria) ou num livro só fará sentido desde que seja submetida ao escrutínio de conexões cerebrais de um cérebro.
Aquele pedaço de papel com os números da loteria não têm nenhum valor sem um cérebro que decifre a informação que está nele.
Essa informação poderia ou não viajar no tempo?
Como a informação do resultado da loteria da próxima semana poderia chegar hoje?
Pode ser que eu tenha fugido um pouco do ponto central do debate sobre "saber", "conhecimento" e "fé".
Mas acho que se pode introduzir "informação" nesse pequeno jogo de palavras.
Se, enfim, se chegar a alguma conclusão, a bola da vez seria "existir".
O que significa "existir"?
Off_topic: