Fernando Silva escreveu: ↑Qua, 30 Abril 2025 - 16:43 pm
JungF escreveu: ↑Qua, 30 Abril 2025 - 11:20 am
A Filosofia do Hermetismo surge no século III Ac. com Hermes Trismegito - em grego,
tres vezes grande. Foi marcante no Helenismo, cuja cultura se expandiu pelo mundo com as conquistas de Alexandre, o Grande.
Hermetismo porque seus seguidores, assim como no caso de outras seitas fechadas, como os rosacrucianos, adoram brincar de "nós sabemos de coisas que os outros não sabem".
Coisas que só são reveladas a conta-gotas à medida em que os adeptos vão se aproximando do círculo mais interno.
E eles progridem, progridem, estudam estudam, mas nunca ficam sabendo de nada especial e revolucionário.
Ah os Rosacruzes, o ápice do saber aquilo que os outros nao sabem, com o plus de se ter titulos pomposos e sonoros. Ja viu os graus deles?
Grade I – Juniorus
Grade II – Theoricus
Grade III – Practicus
Grade IV – Philosophus
Grade V – Adeptus Minor
Grade VI – Adeptus Major
Grade VII – Adeptus Exemptus
Grade VIII – Magister
Grade IX – Magus
Tirei do artigo da wiki sobre "Orden des Gold- und Rosenkreutz" - que parece ser a mais antiga.
(falta o Grade 0 - Ignarus, reservado aos não-rosacruzes)
Imagine ouvir de alguem mais graduado, que "agora voce é um Adeptus Exemptus". É pomposo, mas soa bem cool.
Sou forçado a admitir que seria mais legal ser chamado de "Magus" que "Doutor" e pensei numa gradação assim no ensino não magico.
Mas essas coisas podem massagear demais o ego do sujeito. O mundano "Doutor" já faz isso de sobra.
Me decepcionei com eles. Quando pouco sabia a respeito achava que eram mais sérios. Passavam aquela aura de mistério,
isso mesmo que voce disse, de "saber coisas que os outros não sabem".
Mas depois vi que se ligavam em astrologia, geomancia, ...
E faziam aquelas associações entre palavras, etimologia, simbolos, desenhos e conceitos e dai concluiam um monte,
como se fosse passos encadeados e logicamente ligados numa demonstração matematica.
Mas são coisas que o Pauli diria que nem sequer estão erradas...
O Criso dizia que o sujeito tinha que ter vivência delas.
Para mim essa vivencia é a mesma que um sujeito precisa ter para aceitar qualquer religião: predisposição para aceitar o que se
apresenta naquele meio.
Eles nao percebem que tais coisas são tão artigo de fé quanto são quaisquer dogmas das "religiões dos simples".
Nessas ultimas só tem o leite (do milk before the meat) e com os Rosacruzers voce teria acesso ao meat, mas parece que esse meat
está mais para tofu.
Teria respeitado mais se soubesse que eles pensassem em suas crenças e atividades assim como Confucio via os rituais:
em si mesmos inuteis, mas o objectivo (ou o uso) deles era mundano: trazer disciplina e uniao aos participantes.
Se bem que se pode objetar que é uma forma demasiado complexa, barroca de impingir disciplina e união.
Não sei, pode ser que a fanfarronice e o aspecto pomposo e convoluto ajude nisso de forma efetiva, ao menos para alguns.
Me veio cosplay e LARPing na cabeça
Tem a sensação de pertencer a um grupo... que tem magos e magisters... consigo entender porque algumas pessoas compram essas ideias.