PENSAMENTOS
Todos temos, em dados momentos, ideias, reflexões, pensamentos que, por entendermos, profundos e sérios, gostaríamos de compartilhar.
Por que encontramos tanta dificuldade em perdoar alguém que nos seja próximo ao coração, quando por ele magoados.
Isto acontece porque, na verdade, nunca o perdoamos inteiramente quanto às pequeninas faltas anteriores e, despeitados, apresentamos a conta com um relatório de todas as faltas anteriormente cometidas.
As cicatrizes não inteiramente curadas se apresentam agora como feridas recentemente abertas.
Entre os casais com um tempo maior de relacionamento isto é muito frequente. Não que o amor e o respeito tenham se acabado; apenas deteriorado. É que estes foram superados pelas emergências, pela rotina diária. E os atritos, de menor importância, são mais frequentes.
Por que encontramos tanta dificuldade em perdoar alguém que nos seja próximo ao coração, quando por ele magoados.
Isto acontece porque, na verdade, nunca o perdoamos inteiramente quanto às pequeninas faltas anteriores e, despeitados, apresentamos a conta com um relatório de todas as faltas anteriormente cometidas.
As cicatrizes não inteiramente curadas se apresentam agora como feridas recentemente abertas.
Entre os casais com um tempo maior de relacionamento isto é muito frequente. Não que o amor e o respeito tenham se acabado; apenas deteriorado. É que estes foram superados pelas emergências, pela rotina diária. E os atritos, de menor importância, são mais frequentes.
JungF escreveu: ↑Seg, 16 Dezembro 2024 - 11:44 amTodos temos, em dados momentos, ideias, reflexões, pensamentos que, por entendermos, profundos e sérios, gostaríamos de compartilhar.
Por que encontramos tanta dificuldade em perdoar alguém que nos seja próximo ao coração, quando por ele magoados.
Isto acontece porque, na verdade, nunca o perdoamos inteiramente quanto às pequeninas faltas anteriores e, despeitados, apresentamos a conta com um relatório de todas as faltas anteriormente cometidas.
As cicatrizes não inteiramente curadas se apresentam agora como feridas recentemente abertas.
Entre os casais com um tempo maior de relacionamento isto é muito frequente. Não que o amor e o respeito tenham se acabado; apenas deteriorado. É que estes foram superados pelas emergências, pela rotina diária. E os atritos, de menor importância, são mais frequentes.
Esse seu primeiro pensamento que escolheu para abrir o tópico é muito relativo.
Não dá para generalizar, absolutamente.
Você diz "Por que encontramos tanta dificuldade em perdoar alguém..."
Nós?
Eu estou fora desse grupo aí.
Confesso que não encontro dificuldade em perdoar quem quer que seja.
"Odiar e ter raiva é como tomar veneno e esperar que o outro morra"
"Raiva e rancor só fazem mal ao dono"
Baseado nessas duas frases acima, sempre que passa o ocorrido, eu me apresso em virar a página e esquecer o dissabor.
Por isso, eu nunca encontro dificuldade em sair logo perdoando os que me fazem algum mal.
De verdade.
Esqueço mesmo, viro a página e sigo em frente.
Há, claro, exceções.
Quando a maldade é repetida e tentada para ferir com mais gravidade.
Nesse caso, não é questão de perdoar, mas de manter distância e prudência, quando não for possível uma ação institucional para prevenir futuros ataques.
- Fernando Silva
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"Kein vergeben, kein vergessen"
Quanto menos você conhece sobre os moinhos de vento, mais eles se parecem com gigantes.
JungF escreveu: ↑Seg, 16 Dezembro 2024 - 11:44 amTodos temos, em dados momentos, ideias, reflexões, pensamentos que, por entendermos, profundos e sérios, gostaríamos de compartilhar.
Por que encontramos tanta dificuldade em perdoar alguém que nos seja próximo ao coração, quando por ele magoados.
Isto acontece porque, na verdade, nunca o perdoamos inteiramente quanto às pequeninas faltas anteriores e, despeitados, apresentamos a conta com um relatório de todas as faltas anteriormente cometidas.
As cicatrizes não inteiramente curadas se apresentam agora como feridas recentemente abertas.
Entre os casais com um tempo maior de relacionamento isto é muito frequente. Não que o amor e o respeito tenham se acabado; apenas deteriorado. É que estes foram superados pelas emergências, pela rotina diária. E os atritos, de menor importância, são mais frequentes.
Acredite, vc é uma exceção. Claro que existem espíritos com tal elevação, mas, não são muitos.Esse seu primeiro pensamento que escolheu para abrir o tópico é muito relativo.
Não dá para generalizar, absolutamente.
Você diz "Por que encontramos tanta dificuldade em perdoar alguém..."
Nós?
Eu estou fora desse grupo aí.
Confesso que não encontro dificuldade em perdoar quem quer que seja.
Aliás, falando sério, acredito que uma pessoa capaz de perdoar tão prontamente, reunirá valores morais invejáveis.
Concordo plenamente, mas os que são vítimas dessa enfermidade do, "perdoo mas não esqueço", ignoram os malefícios a que se expõem.
"Odiar e ter raiva é como tomar veneno e esperar que o outro morra"
"Raiva e rancor só fazem mal ao dono"
Provavelmente vc é um felizardo que não foi experimentado por certas ocorrências frequentes na vida. Espero sinceramente que não o seja.Baseado nessas duas frases acima, sempre que passa o ocorrido, eu me apresso em virar a página e esquecer o dissabor.
Por isso, eu nunca encontro dificuldade em sair logo perdoando os que me fazem algum mal.
De verdade.
Esqueço mesmo, viro a página e sigo em frente.
Há, claro, exceções.
Quando a maldade é repetida e tentada para ferir com mais gravidade.
Nesse caso, não é questão de perdoar, mas de manter distância e prudência, quando não for possível uma ação institucional para prevenir futuros ataques.
De fato; essa atitude é votar-se a uma dor permanente.
Como dizia minha avozinha se persignando: cruz credo.
Isso é inerente da natureza humana. Para a maioria, ter algo no quê acreditar é mais reconfortante do que conviver com a dúvida.
Desde os primórdios da humanidade as pessoas veneraram o sol, a lua e os astros como se fossem "deuses".
Na medida em que encontramos explicações lógicas para as coisas, as interpretações místicas deixam de fazer sentido e com o tempo vão sendo deixadas de lado.
O conhecimento é implacável.
Nem todos deixaram essas coisas totalmente de lado. A maioria, eu aposto, não deixou.Cinzu escreveu: ↑Sex, 20 Dezembro 2024 - 16:01 pmIsso é inerente da natureza humana. Para a maioria, ter algo no quê acreditar é mais reconfortante do que conviver com a dúvida.
Desde os primórdios da humanidade as pessoas veneraram o sol, a lua e os astros como se fossem "deuses".
Na medida em que encontramos explicações lógicas para as coisas, as interpretações místicas deixam de fazer sentido e com o tempo vão sendo deixadas de lado.
O conhecimento é implacável.
Isso em pleno seculo XXI, já passados uns 20 seculos ou mais daquela época.
Quantas gerações são passadas desde então? Pelo menos umas 80, chuto eu.
Parece que o cerebro humano médio não é lá muito sensivel a implacabilidade do conhecimento. Talvez seja essa nossa desgraça, o nosso calcanhar de aquiles...
Toda a ignorância produz o mal, mas, acredito eu, as religiões nasceram de uma angustiosa busca pelo conhecimento a respeito dos cataclismos da natureza.
E até hoje, nem a religião e nem a ciência conseguiram conjurar tais fenômenos.
Acho que as religiões nasceram da busca por um consolo para o mistério fundamental e sem solução: o que vem depois da morte?
As pessoas se acalmam e se confortam em acreditar numa perspectiva agradável para a escuridão que se apresenta diante de si.
Na verdade, tudo não passa de uma expressão de desejo (wishful thinking) que dá às pessoas o alívio de pensar que tudo vai acabar bem no final.
Acontece que não existe tal certeza.
Pode ser que sim, pode ser que não.
Ninguém sabe o que há do outro lado.
Pode ser TUDO.
Mas também pode ser NADA.
E o sucesso das religiões que atravessam milênios, tem como alicerce a insegurança natural do ser humano.
Que faz com que especule todo tipo de historinha risonha que lhe conforte a angústia de não saber o que vem pela frente.
Que pode ser mesmo um final feliz, conforme se acreditava.
Pode ser tudo ao contrário do que se esperava.
Mas que também pode ser o VAZIO total.
Ou seja, pode não haver NADA.
Onde essa existência tenha sido uma minúscula gota que caiu e se espalhou.
FIM.
- Fernando Silva
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ENSAIO SOBRE A ESTUPIDEZ
“Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz
de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau ou de
reconhecer maldade em seus atos."
O texto é de Dietrich Bonhoeffer, publicado originalmente no livro Widerstand und
Ergebung. A tradução é de Petronella Maria Boonen.
O estúpido, ao contrário da pessoa má, sente-se completamente satisfeito consigo
mesmo; sim, ele até se torna perigoso, enfurecendo-se facilmente quando é refutado.
Portanto, a relação com o estúpido exige muito mais cautela do que com a pessoa má.
Nunca se há de convencer o estúpido pela razão – é inútil e perigoso. Para saber lidar com a estupidez, é preciso antes procurar entender sua natureza. Não se trata essencialmente de um defeito intelectual, mas algo que atinge a humanidade do sujeito.
Tanto é assim que existem pessoas de inteligência extraordinariamente ágil que são estúpidas e pessoas intelectualmente pesadas que podem ser tudo, menos estúpidas.
Para nossa surpresa, chegamos à seguinte conclusão: parece que a estupidez não é propriamente um defeito congênito, mas um processo em que as pessoas se tornam estúpidas sob certas circunstâncias, ou se deixam fazer estúpidas de forma recíproca.
Também observamos que a estupidez aparece mais em pessoas ou grupos propensos ou condenados a viver em comum do que em pessoas mais fechadas, reservadas e solitárias. Assim, parece que a estupidez é um problema mais sociológico do que psicológico.
É uma forma especial de influência das circunstâncias históricas sobre o homem, isto é, uma consequência psicológica de certas circunstâncias externas.
Em uma análise mais detalhada, verifica-se que toda forte expansão externa do poder, seja política ou religiosa, golpeia um grande número de pessoas com estupidez.
Sim, parece que é uma lei psicológica e sociológica. O poder de alguém precisa da estupidez
de outrem.
O processo não é que, de repente, algumas faculdades – como a intelectual – definhem ou fracassem, mas sim que a independência interna da pessoa vai sendo roubada pela impressão esmagadora do desenvolvimento do poder, até que – mais ou menos inconscientemente – essa pessoa renuncia a encontrar seu próprio comportamento em relação às situações que a vida lhe apresenta.
O fato de o estúpido ser muitas vezes teimoso não significa que ele seja independente.
Conversando com ele, você quase pode sentir que seu discurso nem sequer tem a ver com ele mesmo, com aquilo que o constitui. Trata-se de frases de efeito, slogans e chavões que se apoderaram dele.
Ele está enfeitiçado, cego, abusado e maltratado em sua própria natureza. Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau
ou de reconhecer maldade em seus atos. .........................
Uma consideração pessoal: penso que neste mundo existem mais pessoas estúpidas que propriamente más.
O que vcs acham?
“Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz
de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau ou de
reconhecer maldade em seus atos."
O texto é de Dietrich Bonhoeffer, publicado originalmente no livro Widerstand und
Ergebung. A tradução é de Petronella Maria Boonen.
O estúpido, ao contrário da pessoa má, sente-se completamente satisfeito consigo
mesmo; sim, ele até se torna perigoso, enfurecendo-se facilmente quando é refutado.
Portanto, a relação com o estúpido exige muito mais cautela do que com a pessoa má.
Nunca se há de convencer o estúpido pela razão – é inútil e perigoso. Para saber lidar com a estupidez, é preciso antes procurar entender sua natureza. Não se trata essencialmente de um defeito intelectual, mas algo que atinge a humanidade do sujeito.
Tanto é assim que existem pessoas de inteligência extraordinariamente ágil que são estúpidas e pessoas intelectualmente pesadas que podem ser tudo, menos estúpidas.
Para nossa surpresa, chegamos à seguinte conclusão: parece que a estupidez não é propriamente um defeito congênito, mas um processo em que as pessoas se tornam estúpidas sob certas circunstâncias, ou se deixam fazer estúpidas de forma recíproca.
Também observamos que a estupidez aparece mais em pessoas ou grupos propensos ou condenados a viver em comum do que em pessoas mais fechadas, reservadas e solitárias. Assim, parece que a estupidez é um problema mais sociológico do que psicológico.
É uma forma especial de influência das circunstâncias históricas sobre o homem, isto é, uma consequência psicológica de certas circunstâncias externas.
Em uma análise mais detalhada, verifica-se que toda forte expansão externa do poder, seja política ou religiosa, golpeia um grande número de pessoas com estupidez.
Sim, parece que é uma lei psicológica e sociológica. O poder de alguém precisa da estupidez
de outrem.
O processo não é que, de repente, algumas faculdades – como a intelectual – definhem ou fracassem, mas sim que a independência interna da pessoa vai sendo roubada pela impressão esmagadora do desenvolvimento do poder, até que – mais ou menos inconscientemente – essa pessoa renuncia a encontrar seu próprio comportamento em relação às situações que a vida lhe apresenta.
O fato de o estúpido ser muitas vezes teimoso não significa que ele seja independente.
Conversando com ele, você quase pode sentir que seu discurso nem sequer tem a ver com ele mesmo, com aquilo que o constitui. Trata-se de frases de efeito, slogans e chavões que se apoderaram dele.
Ele está enfeitiçado, cego, abusado e maltratado em sua própria natureza. Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau
ou de reconhecer maldade em seus atos. .........................
Uma consideração pessoal: penso que neste mundo existem mais pessoas estúpidas que propriamente más.
O que vcs acham?
Seu ponto de vista está correto quando se considera apenas o pensamento voltado para a investigação do conhecimento e de suas causas.Gabarito escreveu: ↑Sex, 27 Dezembro 2024 - 15:38 pm
Acho que as religiões nasceram da busca por um consolo para o mistério fundamental e sem solução: o que vem depois da morte?
As pessoas se acalmam e se confortam em acreditar numa perspectiva agradável para a escuridão que se apresenta diante de si.
Na verdade, tudo não passa de uma expressão de desejo (wishful thinking) que dá às pessoas o alívio de pensar que tudo vai acabar bem no final.
Acontece que não existe tal certeza.
Pode ser que sim, pode ser que não.
Ninguém sabe o que há do outro lado.
Pode ser TUDO.
Mas também pode ser NADA.
E o sucesso das religiões que atravessam milênios, tem como alicerce a insegurança natural do ser humano.
Que faz com que especule todo tipo de historinha risonha que lhe conforte a angústia de não saber o que vem pela frente.
Que pode ser mesmo um final feliz, conforme se acreditava.
Pode ser tudo ao contrário do que se esperava.
Mas que também pode ser o VAZIO total.
Ou seja, pode não haver NADA.
Onde essa existência tenha sido uma minúscula gota que caiu e se espalhou.
FIM.
Para o homem primitivo, vale o medo. Ele tudo explica pelo maravilhoso e pelo mistério. Daí surgem as crenças míticas, que evoluem para as Religiões.
Outra consideração a ser feita é que a maioria dos céticos não dá crédito aos abundantes fenômenos de natureza mediúnica, i.e. os livros de Chico Xavier e tantos outros.
- Fernando Silva
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Um dos grandes mistérios da humanidade é porque a maioria se pergunta se há senciência após a morte, mas não se vê quase ninguém se perguntando se há senciência durante a anestesia geral.Fernando Silva escreveu: ↑Sáb, 28 Dezembro 2024 - 09:19 amTalvez o outro lado seja muito pior que o NADA. Ainda mais se for eterno.
Deve ser por causa do efeito Dunning-Kruger: sao incapazes de reconhecer sua propria maldade como são de reconhecer sua propria burrice, ou qualquer defeito proprio, arrisco dizer.JungF escreveu: ↑Dom, 29 Dezembro 2024 - 13:04 pmENSAIO SOBRE A ESTUPIDEZ
“Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz
de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau ou de
reconhecer maldade em seus atos."
O texto é de Dietrich Bonhoeffer, publicado originalmente no livro Widerstand und
Ergebung. A tradução é de Petronella Maria Boonen.
O estúpido, ao contrário da pessoa má, sente-se completamente satisfeito consigo
mesmo; sim, ele até se torna perigoso, enfurecendo-se facilmente quando é refutado.
Portanto, a relação com o estúpido exige muito mais cautela do que com a pessoa má.
Nunca se há de convencer o estúpido pela razão – é inútil e perigoso. Para saber lidar com a estupidez, é preciso antes procurar entender sua natureza. Não se trata essencialmente de um defeito intelectual, mas algo que atinge a humanidade do sujeito.
Tanto é assim que existem pessoas de inteligência extraordinariamente ágil que são estúpidas e pessoas intelectualmente pesadas que podem ser tudo, menos estúpidas.
Para nossa surpresa, chegamos à seguinte conclusão: parece que a estupidez não é propriamente um defeito congênito, mas um processo em que as pessoas se tornam estúpidas sob certas circunstâncias, ou se deixam fazer estúpidas de forma recíproca.
Também observamos que a estupidez aparece mais em pessoas ou grupos propensos ou condenados a viver em comum do que em pessoas mais fechadas, reservadas e solitárias. Assim, parece que a estupidez é um problema mais sociológico do que psicológico.
É uma forma especial de influência das circunstâncias históricas sobre o homem, isto é, uma consequência psicológica de certas circunstâncias externas.
Em uma análise mais detalhada, verifica-se que toda forte expansão externa do poder, seja política ou religiosa, golpeia um grande número de pessoas com estupidez.
Sim, parece que é uma lei psicológica e sociológica. O poder de alguém precisa da estupidez
de outrem.
O processo não é que, de repente, algumas faculdades – como a intelectual – definhem ou fracassem, mas sim que a independência interna da pessoa vai sendo roubada pela impressão esmagadora do desenvolvimento do poder, até que – mais ou menos inconscientemente – essa pessoa renuncia a encontrar seu próprio comportamento em relação às situações que a vida lhe apresenta.
O fato de o estúpido ser muitas vezes teimoso não significa que ele seja independente.
Conversando com ele, você quase pode sentir que seu discurso nem sequer tem a ver com ele mesmo, com aquilo que o constitui. Trata-se de frases de efeito, slogans e chavões que se apoderaram dele.
Ele está enfeitiçado, cego, abusado e maltratado em sua própria natureza. Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau
ou de reconhecer maldade em seus atos. .........................
Uma consideração pessoal: penso que neste mundo existem mais pessoas estúpidas que propriamente más.
O que vcs acham?
Ou talvez suspeitem dela (da maldade), mas joguem o pensamento comodamente para escanteio... é mais fácil assim que ter que confronta-lo e ter que pensar, refletir
e ter que vislumbrar um erro seu, estar em duvida... (o que é inadimissivel para quem tem sempre muitas certezas, como é o caso de quem tem D-K).
A mim parece que para muitas pessoas não ha nenhuma ou quase nenhuma reflexão: é um mundo simples, preto-e-branco, composto de negações daquilo que incomoda e afirmações daquilo que agrada ao sujeito.
Essas afirmações e negações se solidificam virando dogmas, mandamentos.
E assim se comportam como os cães de Pavlov. Viram praticamente zumbis.
Claro que pode haver. Tanto quanto nas NDEs – façon de parler bien sûr : não tenho como ter estatísticas comparativas.Sr. Huxley escreveu: ↑Dom, 29 Dezembro 2024 - 20:20 pmmas não se vê quase ninguém se perguntando se há senciência durante a anestesia geral.
E.g. ensina Gabriel Delanne n'O Espiritismo Perante a Ciência
2ª Parte - Capítulo V escreveu:O Doutor Velpeau, num relatório que apresentou à Academia de Ciências, em 1842, concluiu pela adoção do tratamento pelo clorofórmio, em todas as operações cirúrgicas bastante dolorosas. Cita grande número de circunstâncias em que os anestésicos deram bons resultados e assinala, como caráter distintivo do sono produzido, a perda de lembrança do que se passou ao acordar. Relata a seguinte experiência em uma senhora, a quem operava um câncer num seio. Depois de haver adormecido pelos processos ordinários, efetuava a operação, quando a doente lhe disse, com grande espanto para ele, que via o que se passava em casa de uma de suas amigas, não longe dali. Ele não ligou maior importância a essa comunicação, que tomou por fantasia da paciente. Mas, qual não lhe foi à surpresa, quando a senhora em questão, ao vir inquirir da saúde da amiga, declarou que fazia exatamente o que a doente vira durante o seu sono. Ainda aqui não nos deteremos em pôr em evidência o desprendimento da alma, que consideramos perfeitamente demonstrado. O que temos que assinalar são as analogias notáveis existentes entre o sonambulismo magnético, o hipnotismo e a anestesia provocada por substâncias químicas. Nestas três categorias de fenômenos é fácil constatar caracteres comuns, que vamos assinalar: 1º a insensibilidade; 2º a perda da lembrança ao acordar; 3° a dupla vista.
Um punhado de gatos pingados se perguntando sobre isso é insuficiente para ter significância estatística. Para população em geral, a questão é tratada com desdém.Gorducho escreveu: ↑Seg, 30 Dezembro 2024 - 10:39 amClaro que pode haver. Tanto quanto nas NDEs – façon de parler bien sûr : não tenho como ter estatísticas comparativas.Sr. Huxley escreveu: ↑Dom, 29 Dezembro 2024 - 20:20 pmmas não se vê quase ninguém se perguntando se há senciência durante a anestesia geral.
E.g. ensina Gabriel Delanne n'O Espiritismo Perante a Ciência2ª Parte - Capítulo V escreveu:O Doutor Velpeau, num relatório que apresentou à Academia de Ciências, em 1842, concluiu pela adoção do tratamento pelo clorofórmio, em todas as operações cirúrgicas bastante dolorosas. Cita grande número de circunstâncias em que os anestésicos deram bons resultados e assinala, como caráter distintivo do sono produzido, a perda de lembrança do que se passou ao acordar. Relata a seguinte experiência em uma senhora, a quem operava um câncer num seio. Depois de haver adormecido pelos processos ordinários, efetuava a operação, quando a doente lhe disse, com grande espanto para ele, que via o que se passava em casa de uma de suas amigas, não longe dali. Ele não ligou maior importância a essa comunicação, que tomou por fantasia da paciente. Mas, qual não lhe foi à surpresa, quando a senhora em questão, ao vir inquirir da saúde da amiga, declarou que fazia exatamente o que a doente vira durante o seu sono. Ainda aqui não nos deteremos em pôr em evidência o desprendimento da alma, que consideramos perfeitamente demonstrado. O que temos que assinalar são as analogias notáveis existentes entre o sonambulismo magnético, o hipnotismo e a anestesia provocada por substâncias químicas. Nestas três categorias de fenômenos é fácil constatar caracteres comuns, que vamos assinalar: 1º a insensibilidade; 2º a perda da lembrança ao acordar; 3° a dupla vista.
Sr. Huxley escreveu: ↑Seg, 30 Dezembro 2024 - 17:37 pmUm punhado de gatos pingados se perguntando sobre isso é insuficiente para ter significância estatística. Para população em geral, a questão é tratada com desdém.
a maioria se pergunta se há senciência após a morte,
Se interessam por afterlife survival mas desdenham NDEs/OBEs que poderiam ser evidências empíricas de independência vis-à-vis corpo físico
Perfeito, ótima dedução. Por isso se diz que o estúpido vive num mundo à parte e não admite intromissões.fenrir escreveu: ↑Seg, 30 Dezembro 2024 - 07:56 amDeve ser por causa do efeito Dunning-Kruger: sao incapazes de reconhecer sua propria maldade como são de reconhecer sua propria burrice, ou qualquer defeito proprio, arrisco dizer.JungF escreveu: ↑Dom, 29 Dezembro 2024 - 13:04 pmENSAIO SOBRE A ESTUPIDEZ
“Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz
de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau ou de
reconhecer maldade em seus atos."
O texto é de Dietrich Bonhoeffer, publicado originalmente no livro Widerstand und
Ergebung. A tradução é de Petronella Maria Boonen.
O estúpido, ao contrário da pessoa má, sente-se completamente satisfeito consigo
mesmo; sim, ele até se torna perigoso, enfurecendo-se facilmente quando é refutado.
Portanto, a relação com o estúpido exige muito mais cautela do que com a pessoa má.
Nunca se há de convencer o estúpido pela razão – é inútil e perigoso. Para saber lidar com a estupidez, é preciso antes procurar entender sua natureza. Não se trata essencialmente de um defeito intelectual, mas algo que atinge a humanidade do sujeito.
Tanto é assim que existem pessoas de inteligência extraordinariamente ágil que são estúpidas e pessoas intelectualmente pesadas que podem ser tudo, menos estúpidas.
Para nossa surpresa, chegamos à seguinte conclusão: parece que a estupidez não é propriamente um defeito congênito, mas um processo em que as pessoas se tornam estúpidas sob certas circunstâncias, ou se deixam fazer estúpidas de forma recíproca.
Também observamos que a estupidez aparece mais em pessoas ou grupos propensos ou condenados a viver em comum do que em pessoas mais fechadas, reservadas e solitárias. Assim, parece que a estupidez é um problema mais sociológico do que psicológico.
É uma forma especial de influência das circunstâncias históricas sobre o homem, isto é, uma consequência psicológica de certas circunstâncias externas.
Em uma análise mais detalhada, verifica-se que toda forte expansão externa do poder, seja política ou religiosa, golpeia um grande número de pessoas com estupidez.
Sim, parece que é uma lei psicológica e sociológica. O poder de alguém precisa da estupidez
de outrem.
O processo não é que, de repente, algumas faculdades – como a intelectual – definhem ou fracassem, mas sim que a independência interna da pessoa vai sendo roubada pela impressão esmagadora do desenvolvimento do poder, até que – mais ou menos inconscientemente – essa pessoa renuncia a encontrar seu próprio comportamento em relação às situações que a vida lhe apresenta.
O fato de o estúpido ser muitas vezes teimoso não significa que ele seja independente.
Conversando com ele, você quase pode sentir que seu discurso nem sequer tem a ver com ele mesmo, com aquilo que o constitui. Trata-se de frases de efeito, slogans e chavões que se apoderaram dele.
Ele está enfeitiçado, cego, abusado e maltratado em sua própria natureza. Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau
ou de reconhecer maldade em seus atos. .........................
Uma consideração pessoal: penso que neste mundo existem mais pessoas estúpidas que propriamente más.
O que vcs acham?
Ou talvez suspeitem dela (da maldade), mas joguem o pensamento comodamente para escanteio... é mais fácil assim que ter que confronta-lo e ter que pensar, refletir
e ter que vislumbrar um erro seu, estar em duvida... (o que é inadimissivel para quem tem sempre muitas certezas, como é o caso de quem tem D-K).
A mim parece que para muitas pessoas não ha nenhuma ou quase nenhuma reflexão: é um mundo simples, preto-e-branco, composto de negações daquilo que incomoda e afirmações daquilo que agrada ao sujeito.
Essas afirmações e negações se solidificam virando dogmas, mandamentos.
E assim se comportam como os cães de Pavlov. Viram praticamente zumbis.
Por óbvio, décadas de debates significa que não houve conclusão.
Na verdade, foi dito que a maioria dos céticos não dá crédito, etc. Antes fosse assim; a maioria dos céticos não dá a atenção devida, para que haja, sequer, um debate.
Alguém faz afirmativas mas não encontra argumentos como resposta, apenas negação.
JungF escreveu: ↑Sex, 03 Janeiro 2025 - 10:30 amPor óbvio, décadas de debates significa que não houve conclusão.
Na verdade, foi dito que a maioria dos céticos não dá crédito, etc. Antes fosse assim; a maioria dos céticos não dá a atenção devida, para que haja, sequer, um debate.
Alguém faz afirmativas mas não encontra argumentos como resposta, apenas negação.
Acho que é porque as afirmações deviam vir acompanhadas de provas.
Como elas não vêm, não há a resposta que você esperaria.
- Fernando Silva
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Foram décadas de debate em que argumentos foram analisados e refutados, tanto por não fazerem sentido como por falta de provas.JungF escreveu: ↑Sex, 03 Janeiro 2025 - 10:30 amPor óbvio, décadas de debates significa que não houve conclusão.
Na verdade, foi dito que a maioria dos céticos não dá crédito, etc. Antes fosse assim; a maioria dos céticos não dá a atenção devida, para que haja, sequer, um debate.
Alguém faz afirmativas mas não encontra argumentos como resposta, apenas negação.
Reapresentar as mesmas alegações pela enésima vez não vai mudar isto.
Nota: livros do Chixa "e tantos outros" nunca foram evidência de nada. Só convencem a quem já está convencido.
Isto é ridículo:
Meu professor de ginásio fez uma luva de parafina dessas na nossa frente para mostrar que não eram um fenômeno espírita.
Editado pela última vez por Fernando Silva em Sex, 03 Janeiro 2025 - 15:18 pm, em um total de 1 vez.
Tambem a propósito...
“When anyone tells me that he saw a dead man restored to life, I immediately consider with myself whether it be more probable that this person should either deceive or be deceived or that the fact which he relates should really have happened.
I weigh the one miracle against the other and according to the superiority which I discover, I pronounce my decision. Always I reject the greater miracle.
If the falsehood of his testimony would be more miraculous than the event which he relates, then and not till then, can he pretend to command my belief or opinion.”
― David Hume (O negrito é meu)
Carl Sagan disse isso de uma forma mais sucinta:
“Extraordinary claims require extraordinary evidence.”
“When anyone tells me that he saw a dead man restored to life, I immediately consider with myself whether it be more probable that this person should either deceive or be deceived or that the fact which he relates should really have happened.
I weigh the one miracle against the other and according to the superiority which I discover, I pronounce my decision. Always I reject the greater miracle.
If the falsehood of his testimony would be more miraculous than the event which he relates, then and not till then, can he pretend to command my belief or opinion.”
― David Hume (O negrito é meu)
Carl Sagan disse isso de uma forma mais sucinta:
“Extraordinary claims require extraordinary evidence.”
O Chico? O da farsa grosseira da Otilia Diogo? Tinha costura no teci... Ops! ectoplasma.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 03 Janeiro 2025 - 15:14 pmForam décadas de debate em que argumentos foram analisados e refutados, tanto por não fazerem sentido como por falta de provas.JungF escreveu: ↑Sex, 03 Janeiro 2025 - 10:30 amPor óbvio, décadas de debates significa que não houve conclusão.
Na verdade, foi dito que a maioria dos céticos não dá crédito, etc. Antes fosse assim; a maioria dos céticos não dá a atenção devida, para que haja, sequer, um debate.
Alguém faz afirmativas mas não encontra argumentos como resposta, apenas negação.
Reapresentar as mesmas alegações pela enésima vez não vai mudar isto.
Nota: livros do Chixa "e tantos outros" nunca foram evidência de nada. Só convencem a quem já está convencido.
Isto é ridículo:
Meu professor de ginásio fez uma luva de parafina dessas na nossa frente para mostrar que não eram um fenômeno espírita.
O que disse que "a verdade que fere é pior do que a mentira que consola"?
O que o Waldo Vieira pegou no flagra borrifando perfume num recinto (costumava dizer que o cheiro vinha com a presenca do espirito ou coisa assim?)
O que plagiou varios livros (supostamente psicografados), inclusive o "Vita Christi", via uma crestomatia, para criar seu Publio Lentulo?
Mui confiavel esse cara. Imaginem só ter qualquer ceticismo ou duvida aqui... que absurdo!
Editado pela última vez por fenrir em Sex, 03 Janeiro 2025 - 15:30 pm, em um total de 1 vez.
- Fernando Silva
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As pessoas deveriam se perguntar se o que as faz se agarrar tão obstinadamente a sua fé são fatos incontestáveis ou uma desesperada necessidade de que aquilo seja verdade.
Será que, se uma teoria científica for provada incorreta, as pessoas vão ter uma reação tão emocional?
Será que, se uma teoria científica for provada incorreta, as pessoas vão ter uma reação tão emocional?
Ainda que, claro, tenha na Crestomatia, acho muito + provável que o Publio Lentulo tenha entrado no Espiritismo Brasileiro via O Reformador.
Veja na edição 1900 - Julho 1 pgs. 3 e 4
A physionomia do Christo.
E tanto a crestomatia quanto o reformador beberam desta fonte: Carta de Lentulus (https://en.wikipedia.org/wiki/Letter_of_Lentulus), que é espúria.
Suponho que devem ter usado tambem material do Vita Christi (https://en.wikipedia.org/wiki/Vita_Christi), de Ludolph da Saxonia
Comentei sobre isso aqui: viewtopic.php?t=578
O Reformador bebeu na fonte Revista Spirita do Porto, junho/1900. Eles transcrevem o artigo e até lamentam (imagino que o Pedro Richard) a falta da fonte deles:
[...] sendo apenas de lastimar que os referidos collegas não tivessem mencionado a fonte onde colheram o documento em questão, o que lhe daria maior valor, assegurando-lhe a necessaria authenticidade aos olhos dos taes incredulos, não a nós, que lhe attribuimos inteira fé.
- Fernando Silva
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Hmm ... e por quê "lhe atribuem inteira fé"? Baseados em quê?Gorducho escreveu: ↑Sáb, 04 Janeiro 2025 - 16:42 pmO Reformador bebeu na fonte Revista Spirita do Porto, junho/1900. Eles transcrevem o artigo e até lamentam (imagino que o Pedro Richard) a falta da fonte deles:[...] sendo apenas de lastimar que os referidos collegas não tivessem mencionado a fonte onde colheram o documento em questão, o que lhe daria maior valor, assegurando-lhe a necessaria authenticidade aos olhos dos taes incredulos, não a nós, que lhe attribuimos inteira fé.
Como se para estabelecer a autenticidade de algo bastasse só citar uma fonte...Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 05 Janeiro 2025 - 09:36 amHmm ... e por quê "lhe atribuem inteira fé"? Baseados em quê?Gorducho escreveu: ↑Sáb, 04 Janeiro 2025 - 16:42 pmO Reformador bebeu na fonte Revista Spirita do Porto, junho/1900. Eles transcrevem o artigo e até lamentam (imagino que o Pedro Richard) a falta da fonte deles:[...] sendo apenas de lastimar que os referidos collegas não tivessem mencionado a fonte onde colheram o documento em questão, o que lhe daria maior valor, assegurando-lhe a necessaria authenticidade aos olhos dos taes incredulos, não a nós, que lhe attribuimos inteira fé.
Não ocorre a esta gente que uma tal fonte possa ser totalmente espúria, apócrifa, inventada?
Porque as pessoas tem tanta preguiça de se aprofundar numa coisa, ficar só na superfície e deixar a fé guiar suas "conclusões", todo o resto?
Isso é a antítese do que seja ser racional. Isso é pura preguiça mental.
Porque o Pedro Richard não foi pesquisar ele mesmo, já que os collegas nao indicaram nada? É mais comodo atribuir inteira fé e parar por ai.
Num caso desses, como pode um documento escrito uns 1400 anos depois da morte de alguem ser fiável quanto a qualquer coisa a respeito daquele alguem, se é que existiu?
Um documento que inclusive contradiz fontes mais antigas (vide meu topico), e portanto, historicamente mais proximas do tempo em que aquela pessoa supostamente viveu.
Perguntem a qualquer historiador minimamente decente a respeito disso. A nao ser que o mesmo tenha seu raciocinio nublado por uma fe qualquer, ele vai dizer que fiabilidade dum documento nessas condições é zero.
Fé é como vendar os olhos e não querer ver nada.
ESPECULO que puro afã por fervor religioso de ter 1 "prova" do JC ter existidoSr. Fernando Silva escreveu: ↑Dom, 05 Janeiro 2025 - 09:36 amHmm ... e por quê "lhe atribuem inteira fé"? Baseados em quê?
Mas devemos ter em conta que nas publicações populares onde essa "carta" aparecia, ela é implicitamente dada como vera. Então se justifica que leitores assumissem isso.
Note quié Catolicismo Pop puro, à la Sacra Sindone — nada a ver c/Espiritismo proper.
Bem como cortesia c/os Confrades Portugueses... Aliás note que p/crédito da Redação ¹ tem até 1 sutilíssima alfinetada pela falta de fonteAos que repellem como mythologica e falsa a existencia real de Jesus Christo na terra, e aos que, admittindo-a, apenas lhe concedem o qualificativo de philosopho moralista, sem por forma alguma reconhecerem sua natureza santa, offerecemos a seguinte carta d’um governador romano da Judéa, contemporaneo do Christo, a qual tem, em abono da sua autheticidade, a sancção da historia :
« Publio Lentulo ao Senado romano :
[...]
Tamos no início do século passado, Sr. fenrir Claro tinha a Biblioteca Nacional ² mas era BEM difícil localizar fontes tecnicamente apuradas.Sr. fenrir escreveu:Porque o Pedro Richard não foi pesquisar ele mesmo, já que os collegas nao indicaram nada? É mais comodo atribuir inteira fé e parar por ai.
Devemos ter muito cuidado c/analisar anacronicamente fatos e/ou costumes do passado.
____________________________________________________
¹ Quase certamente o Pedro Richard que era o Editor.
² Vou tentar ver no OP onde o assunto PL foi exaustivamente estudado qual literatura seria disponível nela...
Então... revendo lá no OP os estudos sobre o PL, a referência + antiga que encontrei como disponível na BN foi o Dicionário da Bíblia, por Fulcran Vigouroux et al., tomo IV.
Letouzey et Ané Éditeurs, Paris, 1908.
Isso constrastado c/a variada literatura confessional onde a "carta" era ao menos implicitamente apresentada como autêntica. Então realisticamente não tinha como a FEB no 1° semestre de 1900 fazer 1 verificação rigorosa/erudita
2ª tiragem já de 1912 — pg. 94 do navegador.
Letouzey et Ané Éditeurs, Paris, 1908.
Só disponível na BN em 1908+ evidentemente. E... em francêsLENTULUS Publius, personnage imaginaire auquel on a attribué une lettre apocryphe décrivant la personne de Notre-Seigneur. Il est censé avoir été gouverneur de la Judée, [...]
Isso constrastado c/a variada literatura confessional onde a "carta" era ao menos implicitamente apresentada como autêntica. Então realisticamente não tinha como a FEB no 1° semestre de 1900 fazer 1 verificação rigorosa/erudita
2ª tiragem já de 1912 — pg. 94 do navegador.
OK, me convenceu. Retiro a critica feita ao pessoal que referi naquela epoca... é facil se esquecer que hoje temos Internet, Google e IA.Gorducho escreveu: ↑Dom, 05 Janeiro 2025 - 13:57 pmEntão... revendo lá no OP os estudos sobre o PL, a referência + antiga que encontrei como disponível na BN foi o Dicionário da Bíblia, por Fulcran Vigouroux et al., tomo IV.
Letouzey et Ané Éditeurs, Paris, 1908.Só disponível na BN em 1908+ evidentemente. E... em francêsLENTULUS Publius, personnage imaginaire auquel on a attribué une lettre apocryphe décrivant la personne de Notre-Seigneur. Il est censé avoir été gouverneur de la Judée, [...]
Isso constrastado c/a variada literatura confessional onde a "carta" era ao menos implicitamente apresentada como autêntica. Então realisticamente não tinha como a FEB no 1° semestre de 1900 fazer 1 verificação rigorosa/erudita
2ª tiragem já de 1912 — pg. 94 do navegador.
Já haviam estudos eruditos naqueles tempos e mesmo bem antes. Mas admito que não deviam ser lá muito acessiveis, como voce mesmo o disse.
No entanto, ainda acho valido o ponto de que não se deve abandonar conclusão nenhuma a fé. Há que se aprofundar tanto quanto for possivel nos temas que se pretende discorrer, seja hoje, em 1908 ou no século V.
Hoje, dados os recursos que tempos, tal atitude (a que aludi na critica) seria imperdoavel.
Outro ponto: sempre que temos em maos (em mente) um documento historico antigo cabe sempre perguntar se é ou não autentico.
Não se deve jamais supor a priori que é autentico, sem examinar as evidencias contra e a favor e pesá-las. Pior ainda é se a suposição se basear em fé religiosa. Daí a minha critica.
Por exemplo, ja se sabia no seculo XVI, que alguns diálogos supostamente platonicos (como por exemplo, o Halcyon) eram espúrios.
O Espiritismo calha a três tipos de carater; o do simplório, que já traz em si, uma tendência à crença, não raciocinada e traz a mente susceptível ao maravilhoso. Estes tendem acreditariam em qualquer religião.
Um outro tipo de caráter é o investigativo, o pesquisador; mente dada ao raciocínio filosófico, psicológico, afeiçoado aos livros.
Mas há um terceiro tipo. Aquele que o destino preparou para sua existência um cálice com um travo amargo e que, nós outros, dificilmente suportaríamos sem graves perturbações ao equilíbrio nervoso.
A estes pode ser propiciada a chance do conhecimento que deslinda seus questionamentos, com o fulgor do conhecimento e da esperança.
Mas existe algo que sempre é dito com certo menosprezo à razão. As pessoas "Acreditam porque querem acreditar". Não faz o menor sentido se acreditar em algo apenas porque conforta, consola, é belo...
É certo que se algo vem ao encontro de minhas necessidades e desejos, haverá maior boa vontade em analisar, mas não acreditar, só por aquelas razões.
Um outro tipo de caráter é o investigativo, o pesquisador; mente dada ao raciocínio filosófico, psicológico, afeiçoado aos livros.
Mas há um terceiro tipo. Aquele que o destino preparou para sua existência um cálice com um travo amargo e que, nós outros, dificilmente suportaríamos sem graves perturbações ao equilíbrio nervoso.
A estes pode ser propiciada a chance do conhecimento que deslinda seus questionamentos, com o fulgor do conhecimento e da esperança.
Mas existe algo que sempre é dito com certo menosprezo à razão. As pessoas "Acreditam porque querem acreditar". Não faz o menor sentido se acreditar em algo apenas porque conforta, consola, é belo...
É certo que se algo vem ao encontro de minhas necessidades e desejos, haverá maior boa vontade em analisar, mas não acreditar, só por aquelas razões.
Nunca se disse que devemos acreditar em todas essas coisas porque gente mal intencionada e os adversários ferrenhos do Espiritismo existem em todo tempo e lugar. Por outro lado fazer acusações a pessoas de caráter e índole inatacáveis , é manchar a nós mesmos com ato menos digno.Fernando Silva escreveu: ↑Sex, 03 Janeiro 2025 - 15:14 pmForam décadas de debate em que argumentos foram analisados e refutados, tanto por não fazerem sentido como por falta de provas.JungF escreveu: ↑Sex, 03 Janeiro 2025 - 10:30 amPor óbvio, décadas de debates significa que não houve conclusão.
Na verdade, foi dito que a maioria dos céticos não dá crédito, etc. Antes fosse assim; a maioria dos céticos não dá a atenção devida, para que haja, sequer, um debate.
Alguém faz afirmativas mas não encontra argumentos como resposta, apenas negação.
Reapresentar as mesmas alegações pela enésima vez não vai mudar isto.
Nota: livros do Chixa "e tantos outros" nunca foram evidência de nada. Só convencem a quem já está convencido.
Isto é ridículo:
Meu professor de ginásio fez uma luva de parafina dessas na nossa frente para mostrar que não eram um fenômeno espírita.
Existem dois campos distintos do debate: o material, que comporta provas, evidêncis físicas, e o campo das teses e afirmativas imateriais ou subjetivas cuja comprovação está no campo da razão. Mas, aí, estão em jogo as opiniões preconcebidas, e contra elas nada há que se possa fazer.
Como não? Me admira que afirme isso usando esse nick.JungF escreveu: ↑Seg, 06 Janeiro 2025 - 16:46 pmO Espiritismo calha a três tipos de carater; o do simplório, que já traz em si, uma tendência à crença, não raciocinada e traz a mente susceptível ao maravilhoso. Estes tendem acreditariam em qualquer religião.
Um outro tipo de caráter é o investigativo, o pesquisador; mente dada ao raciocínio filosófico, psicológico, afeiçoado aos livros.
Mas há um terceiro tipo. Aquele que o destino preparou para sua existência um cálice com um travo amargo e que, nós outros, dificilmente suportaríamos sem graves perturbações ao equilíbrio nervoso.
A estes pode ser propiciada a chance do conhecimento que deslinda seus questionamentos, com o fulgor do conhecimento e da esperança.
Mas existe algo que sempre é dito com certo menosprezo à razão. As pessoas "Acreditam porque querem acreditar". Não faz o menor sentido se acreditar em algo apenas porque conforta, consola, é belo...
É certo que se algo vem ao encontro de minhas necessidades e desejos, haverá maior boa vontade em analisar, mas não acreditar, só por aquelas razões.
Para muitos, talvez a maioria, a religiao é uma muleta emocional, psicologica: se agarram a ela para fugir as miserias da vida, para pedir algo a uma divindade e atribuem o sucesso no atendimento ao pedido se se cre com fervor... num cenario assim faz todo o sentido ter nao só uma vontade de acreditar, mas muita, muita vontade de acreditar.
E Tomas de Aquino, se nao me engano ja disse isso sobre a fé, que é uma vontade de crer. Nisso estou de pleno acordo com ele.
Finalmente, num mundo onde ha choro e ranger de dentes, a maioria vai preferir mentiras que consolam a encarar a miseria de frente, sozinho e sem qualquer deus para "ajudar"... precisam disso.
O Chico nao era nada bobo, percebeu isso rapido e fez uso
fenrir escreveu: ↑Ter, 07 Janeiro 2025 - 03:33 amComo não? Me admira que afirme isso usando esse nick.JungF escreveu: ↑Seg, 06 Janeiro 2025 - 16:46 pmO Espiritismo calha a três tipos de carater; o do simplório, que já traz em si, uma tendência à crença, não raciocinada e traz a mente susceptível ao maravilhoso. Estes tendem acreditariam em qualquer religião.
Um outro tipo de caráter é o investigativo, o pesquisador; mente dada ao raciocínio filosófico, psicológico, afeiçoado aos livros.
Mas há um terceiro tipo. Aquele que o destino preparou para sua existência um cálice com um travo amargo e que, nós outros, dificilmente suportaríamos sem graves perturbações ao equilíbrio nervoso.
A estes pode ser propiciada a chance do conhecimento que deslinda seus questionamentos, com o fulgor do conhecimento e da esperança.
Mas existe algo que sempre é dito com certo menosprezo à razão. As pessoas "Acreditam porque querem acreditar". Não faz o menor sentido se acreditar em algo apenas porque conforta, consola, é belo...
É certo que se algo vem ao encontro de minhas necessidades e desejos, haverá maior boa vontade em analisar, mas não acreditar, só por aquelas razões.
Para muitos, talvez a maioria, a religiao é uma muleta emocional, psicologica: se agarram a ela para fugir as miserias da vida, para pedir algo a uma divindade e atribuem o sucesso no atendimento ao pedido se se cre com fervor... num cenario assim faz todo o sentido ter nao só uma vontade de acreditar, mas muita, muita vontade de acreditar.
E Tomas de Aquino, se nao me engano ja disse isso sobre a fé, que é uma vontade de crer. Nisso estou de pleno acordo com ele.
Finalmente, num mundo onde ha choro e ranger de dentes, a maioria vai preferir mentiras que consolam a encarar a miseria de frente, sozinho e sem qualquer deus para "ajudar"... precisam disso.
O Chico nao era nada bobo, percebeu isso rapido e fez uso
Me admira que afirme isso usando esse nick.
Mas, entre estes q vc menciona, muitos e talvez a maioria, não alcancem resposta à rogativa, às suplicas angustiadas; ainda assim não deixam de acreditar. Por quê? E há também, aqueles que frustrados pela ausência da esperada resposta do Mais Alto, abandonam a crença.Para muitos, talvez a maioria, a religiao é uma muleta emocional, psicologica: se agarram a ela para fugir as miserias da vida, para pedir algo a uma divindade e atribuem o sucesso no atendimento ao pedido se se cre com fervor... num cenario assim faz todo o sentido ter nao só uma vontade de acreditar, mas muita, muita vontade de acreditar
Então, entre os que não alcançaram a graça tão esperada, permanece a tristeza, a dor, o sofrimento... onde está a muleta psicológica, emocional? Onde o medo das misérias do mundo?
Poderia elencar uma série de motivos atribuídos pelos céticos como razão para se crer, e todas estes motivos também encontram exceções que deixam o argumento da "muleta" enfraquecido.
Em fim, afirmar que a crença é apenas produto de um desejo por segurança, consolo e sabe-se lá o que mais, de forma alguma explica o destemor, a coragem, e a firmeza de caráter que muitas dessas pessoas exibem. Evidentemente existem os tíbios que ao sopro de leve brisa mudam sua conduta. Também há aqueles que, de mente pervertida, fazer da Religião um meio para alcançarem objetivos escusos.
Se o Espiritismo for de fato uma mensagem do Todo Misericordioso para alentar os tristes, os desanimados, precisaria de algo extraordinário que mostrasse a estes, um caminho. Entre as muitas coisas extraordinárias que o Senhor proporciona ao homem de boa-vontade, aqui no Brasil tivemos o Chico Xavier. Mas, eu disse, "homem de boa-vontade"; aquele que se dispõe a verificar o quê de fato ele apresenta de extraordinário. Note que desde aqui já se apresenta uma situação: a pessoa que, entre milhões, se dispõe a ler de forma crítica e imparcial, aquelas obras. Estes vão encontra, por exemplo, no livro PAULO e ESTÊVÃO, referências históricas e geográficas de primorosa exatidão. Já no livro EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, apontamentos de ordem científica que fazem suspeitar de uma colaboração especializada no tema, pela curiosa exatidão de suas notas. Em HÁ DOIS MIL ANOS, retrata a vida e os costumes da Roma imperial, luxo e dissipação, o martírio dos cristãos, etc. Conclusão, deixando de lado o vezo de desconfiar e acusar sem respaldo, o fenômeno Chico Xavier trouxe ao convívio humano um personagem desvestido das vaidades dos grandes escritores, e que jamais atribuiu a sí prórpio qualquer mérito em seu trabalho.O Chico nao era nada bobo, percebeu isso rapido e fez uso
Mas o Plano Superior não pretendia exibir apenas dotes intelectuais, que ele não possuía, mas, diuturnamente o encontramos junto aos pobres e necessitados de diversos graus, e porque não dizer, até de celebridades que o cortejavam.
Pois bem, este homem foi também uma mensagem Divina para que analisássemos os intricados caminhos do ser humano sobre a Terra, encorajados e operosos, por nossa vez.
- Fernando Silva
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O destemor, a coragem e a firmeza que os terroristas islâmicos exibem ao se explodirem em nome de seu deus.JungF escreveu: ↑Ter, 07 Janeiro 2025 - 12:23 pmEm fim, afirmar que a crença é apenas produto de um desejo por segurança, consolo e sabe-se lá o que mais, de forma alguma explica o destemor, a coragem, e a firmeza de caráter que muitas dessas pessoas exibem. Evidentemente existem os tíbios que ao sopro de leve brisa mudam sua conduta. Também há aqueles que, de mente pervertida, fazer da Religião um meio para alcançarem objetivos escusos.
Insistir em acreditar em algo sem provas não é virtude, é teimosia. Mas a Bíblia louva quem acredita sem ter visto ...
Pessoas diferentes agem de forma diferente por motivações, personalidades e circunstâncias diferentes.JungF escreveu: ↑Ter, 07 Janeiro 2025 - 12:23 pmMas, entre estes q vc menciona, muitos e talvez a maioria, não alcancem resposta à rogativa, às suplicas angustiadas; ainda assim não deixam de acreditar. Por quê? E há também, aqueles que frustrados pela ausência da esperada resposta do Mais Alto, abandonam a crença.
Então, entre os que não alcançaram a graça tão esperada, permanece a tristeza, a dor, o sofrimento... onde está a muleta psicológica, emocional? Onde o medo das misérias do mundo?
Poderia elencar uma série de motivos atribuídos pelos céticos como razão para se crer, e todas estes motivos também encontram exceções que deixam o argumento da "muleta" enfraquecido.
Mas continuamos sem provas de que exista um deus e, se existir, seja do jeito que inventamos que ele é.
O texto seguinte foi extraído de uma pagina que fala apenas sobre a oração. Por ser enfática, causa algumas reflexões que fiz e compartilho com os amigos.
A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer instância, pode emitir raios de espantoso poder.
Refletindo sobre o tema:
- Onde a causa da dor, da desilusão e da aridez do Espírito, se possuímos tão poderoso recurso à nossa disposição?
É que a criatura traz dentro de si, metaforicamente, três animais que necessitam rédeas, disciplina, estímulo e orientação.
O Cavalo, o Morcego e o Elefante.
Na juventude é como o cavalo: toda a vitalidade impulsiva, induzindo-o à sensação de força e poder. Alimentando-se das ilusões poderia prosseguir assim por toda a vida se suas ações irrefletidas não despertassem a força reparadora e punitiva dos Carmas.
Ultrapassada essa fase alcança a madureza, mas quase nunca a Maturidade.
Agora, já é capaz de reconhecer o limite de suas forças, mas, tal como o Morcego, permanece cego nos voos da experimentação, deixando-se enganar pelo alarido do dinheiro, das paixões ou da notoriedade - sempre buscando o destaque entre os companheiros do caminho. É quando, por isso, faz aliados, mas também as justificadas antipatias e inimizades.
Finalmente, idoso, mas nem sempre velho, acumula lembranças e com a memória prodigiosa do Elefante refaz mentalmente os caminhos do passado. Algumas parcas alegrias e vitórias, muitas vezes cercadas pelas tristezas e arrependimentos. Tal como o velho paquiderme, já sem as forças que as ilusões impulsionam, vê o bando se afastando. Pressente a solidão.
A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer instância, pode emitir raios de espantoso poder.
Refletindo sobre o tema:
- Onde a causa da dor, da desilusão e da aridez do Espírito, se possuímos tão poderoso recurso à nossa disposição?
É que a criatura traz dentro de si, metaforicamente, três animais que necessitam rédeas, disciplina, estímulo e orientação.
O Cavalo, o Morcego e o Elefante.
Na juventude é como o cavalo: toda a vitalidade impulsiva, induzindo-o à sensação de força e poder. Alimentando-se das ilusões poderia prosseguir assim por toda a vida se suas ações irrefletidas não despertassem a força reparadora e punitiva dos Carmas.
Ultrapassada essa fase alcança a madureza, mas quase nunca a Maturidade.
Agora, já é capaz de reconhecer o limite de suas forças, mas, tal como o Morcego, permanece cego nos voos da experimentação, deixando-se enganar pelo alarido do dinheiro, das paixões ou da notoriedade - sempre buscando o destaque entre os companheiros do caminho. É quando, por isso, faz aliados, mas também as justificadas antipatias e inimizades.
Finalmente, idoso, mas nem sempre velho, acumula lembranças e com a memória prodigiosa do Elefante refaz mentalmente os caminhos do passado. Algumas parcas alegrias e vitórias, muitas vezes cercadas pelas tristezas e arrependimentos. Tal como o velho paquiderme, já sem as forças que as ilusões impulsionam, vê o bando se afastando. Pressente a solidão.
Essa mesma explicação que vc oferece para os muitos motivos pelos os quais as pessoas creem ou não em algum Deus ou Religião, substitui o famoso "acreditam porque querem, desejam, anseiam, por acreditar". Quer dizer, são muitas as razões pelas quais as pessoas creem em Deus ou em sua Religião.Fernando Silva escreveu: ↑Ter, 07 Janeiro 2025 - 17:07 pmO destemor, a coragem e a firmeza que os terroristas islâmicos exibem ao se explodirem em nome de seu deus.JungF escreveu: ↑Ter, 07 Janeiro 2025 - 12:23 pmEm fim, afirmar que a crença é apenas produto de um desejo por segurança, consolo e sabe-se lá o que mais, de forma alguma explica o destemor, a coragem, e a firmeza de caráter que muitas dessas pessoas exibem. Evidentemente existem os tíbios que ao sopro de leve brisa mudam sua conduta. Também há aqueles que, de mente pervertida, fazer da Religião um meio para alcançarem objetivos escusos.
Insistir em acreditar em algo sem provas não é virtude, é teimosia. Mas a Bíblia louva quem acredita sem ter visto ...Pessoas diferentes agem de forma diferente por motivações, personalidades e circunstâncias diferentes.JungF escreveu: ↑Ter, 07 Janeiro 2025 - 12:23 pmMas, entre estes q vc menciona, muitos e talvez a maioria, não alcancem resposta à rogativa, às suplicas angustiadas; ainda assim não deixam de acreditar. Por quê? E há também, aqueles que frustrados pela ausência da esperada resposta do Mais Alto, abandonam a crença.
Então, entre os que não alcançaram a graça tão esperada, permanece a tristeza, a dor, o sofrimento... onde está a muleta psicológica, emocional? Onde o medo das misérias do mundo?
Poderia elencar uma série de motivos atribuídos pelos céticos como razão para se crer, e todas estes motivos também encontram exceções que deixam o argumento da "muleta" enfraquecido.
Mas continuamos sem provas de que exista um deus e, se existir, seja do jeito que inventamos que ele é.