Desbrasil, uma distopia brasileira
Enviado: Sáb, 27 Novembro 2021 - 22:30 pm
Desbrasil, uma distopia brasileira:
Neste tópico vou mostrar um pouco da história de um livro que tinha escrito antes mas que acabei abandonando o projeto por achar que iria ficar polêmico. Decidi que vou mostrar aqui um pouco disso para ver a reação do público. Quando ainda estava escrevendo este livro, há uns 2 anos atrás, ainda estava mais inclinado para a extrema direita e acho que isso foi uma das causas que tive certas ideias neste livro. O arquivo original do livro não existe mais, foi deletado, mas eu ainda me lembro de algumas coisas e decidi refazer certos eventos aqui, para tornar as coisas mais interessantes. Gostaria de deixar bem claro que a ideia do livro era a de fazer uma crítica ao extremismo político relacionado aos movimentos separatistas, assim como ser uma crítica à terceira guerra mundial, mau uso da tecnologia, entre outras coisas absurdas nesta distopia. Vou apenas escrever as partes mais importantes da história original junto a mapas e bandeiras fictícios. Nesse cenário o mundo está tendendo a uma situação de conflito interno nos países e posteriormente guerra entre eles, algo que não está tão distante da realidade assim. Mas aqui as variantes tenderam para uma situação de maior extremismo. Neste primeiro post vou falar sobre a situação do Brasil antes da terceira guerra mundial. O próximo post será sobre a guerra. Os seguintes serão sobre eventos futuros, como extremismo ideológico exacerbado, ressurgimento dos dinossauros no Acre, criação de uma nova raça humana, contato com extraterrestres, etc, claro, sem deixar de lado o Brasil...
Obs: A solução para evitar os problemas ocorridos nesta distopia, ao menos dentro do Brasil, é o que está no tópico "Melhorando o Sistema Político". Esse livro eu tinha me baseado nas ideias de movimentos separatistas, ideologias extremas, 1984, Admirável Mundo Novo, O Homem do Castelo Alto, entre outras histórias fictícias acerca de países e o mundo em geral. A grande diferença desta distopia é que ela acontece num futuro próximo baseado em problemas e conflitos atuais, não num futuro distante. Além de mudanças em certas variantes de eventos atuais para um caminho mais extremo de decisões. Outra curiosidade é que no livro original eu tinha a ideia em criar um protagonista que teria nascido na Zona Neutra, um mestiço filho de fazendeiro, que iria se aventurar em todos os países que já foram uma vez o Brasil e que ao retornar em sua terra natal, iria virar presidente e começar um importante projeto de desenvolvimento que tornaria o Brasil Neutro numa nação ainda mais importante internacionalmente e que aos poucos iria começar retomando os territórios perdidos, a medida que fosse fazendo acordos com países dos blocos progressista e conservador. O Brasil não voltaria a ser como era antes, mas no final do capítulo sobre o protagonista eu iria deixar em aberto a possibilidade de num futuro distante o Brasil voltar a ficar inteiramente unificado. No último capítulo tinha colocado as soluções para evitar tal distopia, algo parecido com o que postei no outro tópico.
Eu me via como uma espécie de salvador no sentido em tentar avisar sobre as possibilidades de tal cenário e em dar soluções para evitar tudo isso!
Vou levar uns dias para fazer o próximo post principal, então vai dar tempo até todos lerem este post até o final. Divirtam-se!
Ah, Brasil, meu brasilzão! Eu seu maior esplendor! O grande cacique da América do Sul! A maior referência do continente sul americano! Em seu estado de plena integridade e glória... por enquanto!
Período de instabilidade, o começo do fim do Brasil:
Tudo começou no segundo mandato do Capitão Milico. No começo estava indo tudo bem, até que... começaram a surgir problemas, em parte causados por uma oposição agora mais fraca que sabotou os projetos de governo além disso ter causado problemas econômicos e ainda por cima uma variante do coronavírus ter causado mais problemas e isso acabou afetando a popularidade do presidente, apesar de neste caso ele em maior parte não ter culpa. Por conta desta grande queda de popularidade, Grande Operário começou a ganhar mais força e organizou grupos para tentar derrubar o governo de Capitão Milico, mas não deu certo. Então Grande Operário com a ajuda de Bolivariano e outras pessoas importantes de sua linha ideológica criaram o Movimento Popular Socialista (MPS) e isso preocupou a oposição conservadora, que criou a Frente Nacional Conservadora (FNC). Esses grupos foram ganhando cada vez mais poder até chegar ao ponto em que o país passou a ser regido por estas duas organizações. A nação brasileira ficou cada vez mais dividida. Essas organizações já estavam até atropelando o próprio STF! O STF se dividiu em dois, resultando num STF progressista e outro conservador. A constituição brasileira a essa altura já não tinha mais muito peso frente às influências das duas organizações.
A situação era tão grave que as duas organizações tentaram um golpe de estado, uma contra a outra! E disso resultou uma guerra civil associada a motins. Povo contra povo, exército contra exército. Quando isso começou e quando Capitão Milico viu que não tinha como poder fazer nada, ele fez um discurso em rede nacional lamentando a situação e em seguida seu mandato terminou pela metade. O país agora estava sem um presidente, num estado de completo caos institucional, o exército não podia fazer nada pois estava em estado de motim e a única saída viável seria a separação do Brasil em vários estados independentes, cada um deles regido por uma ou outra organização. Brasília não podia fazer mais nada para impedir esta iminente separação dos estados. O que era o fim do começo, agora já era o fim de tudo, do Brasil conhecido. Ainda existiram grupos que lutavam para manter a união nacional, mas estes eram pequenos demais diante do conflito já estabelecido e acabaram não tendo voz. O caos era tanto que nem mesmo os EUA ou a ONU puderam fazer nada, afinal era um problema interno, e não externo. Esse conflito iria sim afetar muito o comércio com os demais países, mas nada podia ser feito, porque já era tarde demais. Então os estados se tornaram independentes. O Brasil acabou!
O que eram a FNC e o MPS?
A FNC e MPS são duas organizações clandestinas que se formaram com o objetivo de impedir determinada hegemonia ideológica. A FNC (Frente Nacional Conservadora) tinha como objetivo impedir a hegemonia socialista-progressista, preservar os valores tradicionais, a religião, a estrutura social vigente e até mesmo restaurar valores e elementos culturais perdidos no passado. Ela tinha como objetivo uma hegemonia conservadora e cristã, mais ou menos aos moldes do que os integralistas queriam, mas sem necessariamente adotar uma ideologia racial, queria combate à impunidade e corrupção além de impedir ações subversivas por parte de grupos ou organizações internacionais. Pessoas como Capitão Milico, Otávio de Cascalho, Felipe Luís de Óleo e Barganha, Levítico Fidelito e Ernesto Cabrito estavam por detrás do movimento. O MPS (Movimento Popular Socialista) tinha como objetivo impedir a hegemonia capitalista-conservadora, combater valores "retrógrados", engessar o laicismo, mudar a estrutura social vigente e causar revoluções de toda sorte. Tinha como objetivo uma hegemonia de um autoritarismo socialista, mais ou menos nos moldes dos soviéticos e atuais chineses e consolidar políticas raciais que protejam os "menos favorecidos". Pessoas como Grande Operário, Cícero Gomes, Guilhermo Boyle, Felipe Herculano Cardosa e Frederico Habib estavam por detrás do movimento. Eventualmente estas duas organizações determinarão o rumo do "Brasil".
Independência dos estados brasileiros:
Novo mapa dos países da América do Sul.
Com a independência dos estados brasileiros, agora cada estado estava sozinho e tinha que se virar por conta própria. Mas não por muito tempo, pois certos estados eram fracos demais para se sustentarem, então alguns acabaram se fundindo com outros, formando vários países de língua portuguesa. Durante esse período em que todos os estados ainda estavam independentes, a partir daí a história em cada estado se distingue. No Rio de Janeiro onde houve a maior resistência por parte da esquerda, a FNC vingou e tornou aquele estado conservador, além do exército ter aniquilado o Comando Vermelho assim como Antifa e Black Blocs. O mesmo ocorreu nos novos países brasileiros mais ao sul, que também terminou na destruição do PCC em São Paulo. Nos países onde a FNC vingou todos os movimentos progressistas e partidos socialistas foram proibidos e seus membros perseguidos e presos. Muitos que resistiram acabaram executados. Nos países que formavam a região sul brasileira a FNC também favoreceu vários grupos de neonazistas gaúchos.
Já nos países brasileiros mais ao norte foi o contrário, o MPS vingou e tornou todos aqueles países socialistas. Em tais países liderados pelo MPS, houve muita perseguição contra conservadores e partidos de direita, muitos dos quais seus membros acabaram perseguidos e presos e alguns mais reacionários foram executados. Em tais países os movimentos progressistas tomaram o poder total e quem ousasse questionar o politicamente correto estava correndo risco de vida. Em alguns dos novos países o MPS favoreceu grupos comunistas mais radicais que acabaram tomando o poder em alguns deles, sobretudo nos que formavam o antigo nordeste brasileiro. Nos países amazônicos houve certa resistência por parte de militares de direita, mas vários grupos de guerrilheiros com a ajuda dos venezuelanos acabaram vencendo o conflito e esta região amazônica apesar de ter se tornado socialista, foi uma espécie de socialismo mais ameno e menos radical em relação aos países nordestinos. A Venezuela só não tomou territórios por causa de acordos com o MPS.
Os novos países em cada bloco. 1: Reich Gaúcho; 2: Paranapanema Integralista; 3: Império da Guanabara; 4: República Conservadora do Planalto Mineiro; 5: República do Mato Grosso; 6: República de Rondônia; 7: República Socialista da Bahia; 8: República Popular de Pernambuco; 9: República Social-Democrata do Ceará; 10: República Progressista do Maranhão; 11: República Indígena do Pará; 12: República Indígena do Amazonas.
Então agora temos países brasileiros conservadores militaristas e outros socialistas progressistas. Depois deste período é que começou a ocorrer a fusão entre alguns daqueles países, que acabou formando dois blocos. Um bloco conservador no sul e outro progressista no norte. Uma vez formados estes dois blocos, alguns países se fundiram com outros. Quando os novos países foram consolidados, começou a ocorrer guerras periódicas nas fronteiras entre os países do bloco progressista e conservador. Também ocorreu muita fuga de pessoas para ambos os blocos. Várias pessoas de esquerda fugiram para o bloco progressista e várias pessoas de direita fugiram para o bloco conservador, uma vez que a oposição em cada bloco estava com seus dias contados. Ou acabaria presa ou fuzilada! A partir deste momento o Brasil se dividiu nos dois blocos ideológicos inimigos entre eles. Essa tragédia ainda iria levar vários séculos para ser desfeita e a ideia de um Brasil unificado estava cada vez mais distante da realidade. Literalmente, o povo brasileiro estava dividido!
Países da FNC:
Reich Gaúcho: A FNC financiou vários grupos e movimentos neonazistas para tomar a região mais ao sul do país, desde que estes grupos se mantivessem fiéis aos propósitos nacionalistas da FNC e tais concordaram, pois não tinham outra alternativa. Através da FNC e dos militares controlados por ela, a influência neonazista se espalhou rapidamente pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina que, segundo a FNC, eram onde viviam as comunidades de brancos mais puros. A FNC pretendia transformar estes dois estados num novo país onde os brancos e suas comunidades europeias não fossem extintos. Os grupos armados neonazistas rapidamente tomaram controle das mídias e de várias instituições de governo à força com o aval dos militares e da organização. Os opositores que mais resistiram foram presos ou executados. Com o surgimento do Reich Gaúcho, comandado por um nazista declarado, tal governo impôs várias medidas nacionalistas e sobretudo leis raciais pesadas em que os negros, pardos, asiáticos, indígenas e judeus acabaram tendo que fugir aos novos países vizinhos. O racismo foi estimulado como uma coisa legal pela constituição e era permitido fazer experimentos científicos em "não-brancos" e dissidentes políticos, além de uma eugenia não violenta ter sido legalizada.
Paranapanema Integralista: A FNC financiou vários grupos de integralistas para tomar a região entre São Paulo e Paraná. Os integralistas se mantiveram fiéis à FNC. A ideia era em transformar estas partes num novo país ultraconservador porém com uma economia mais liberal em relação ao vizinho do sul. Então surgiu Paranapanema, um novo país que adotou o integralismo, em que há neste caso uma ideologia nacionalista ultraconservadora cristã em que há um forte sentimento de integridade nacional somado à ideia de uma raça brasileira unida. Ainda existem leis raciais aqui, mas no sentido em dar mais privilégios à tal raça brasileira, ou seja, aos que para os integralistas eram considerados miscigenados. Pessoas com características étnicas mais puras acabaram tendo que fugir seja para o Reich Gaúcho (no caso dos brancos com traços mais europeus) ou para outros países mais ao norte (no caso dos negros com traços mais africanos). Orientais e judeus não eram bem vistos enquanto os indígenas eram mais bem tratados. Muitos orientais fugiram para o novo Mato Grosso. Por conta da diferença de políticas raciais entre paulistanos e gaúchos, havia certa rivalidade entre eles, mas nada que resultasse num conflito armado, graças à intervenção da FNC.
Império da Guanabara: A FNC entendeu que estas partes entre Rio de Janeiro e Espírito Santo deveriam ser um novo pequeno império, mas como não existia mais o Brasil, então teve que ter outro nome de referência, Guanabara, já que a antiga capital do império era o Rio de Janeiro, na região da Guanabara. A ideia era a criação de uma nova monarquia e a FNC investiu pesado no retorno e aprovação deste novo regime, promovendo os aspectos mais positivos durante o império brasileiro. Mas no fim das contas o povo acabou se vendo forçado a aceitar isso, pois não tinha como enfrentar a organização aliada a militares. Todos os grupos de resistência, sejam eles partidos de esquerda ou mesmo criminosos foram aniquilados e seus membros executados sem piedade, pois a FNC não tolerava a ideia em ter sua missão fracassada e não iria admitir o socialismo ou qualquer ideia progressista na região. Esta região deveria ter um rei forte e soberano, algo como uma mistura de absolutismo com parlamentarismo. As leis deveriam sempre favorecer os cristãos, empresários e elementos tradicionais da cultura portuguesa. O novo império foi chefiado por alguém apelidado de "Dom Pedro III". Ainda assim a família real estava submetida aos caprichos da FNC por lei.
República Conservadora do Planalto Mineiro: A FNC entendia que esta região não deveria ter leis tão severas ou que favorecessem demais certos grupos sociais, mas que ainda assim deveria proibir o socialismo e o progressismo. Para a organização esta região entre Minas Gerais e Goiás deveria ser uma espécie de "Texas Brasileiro", conservador, cristão e com uma forte cultura que favoreceria bastante os fazendeiros e pecuários, apesar de proibir a escravidão. Deveria haver forte preservação de elementos da cultura portuguesa, das igrejas e a preservação do estilo e tradição mineira e goiana. O Espiritismo aqui ganhou muito mais força e popularidade já que Minas Gerais foi a terra de Chico Xavier e a organização esteve envolvida nisso, mas ainda havia muito espaço para católicos e protestantes também. A FNC também financiou vários novos projetos para a criação de novas minas para exploração de vários minérios, o que mais tarde faria este país prosperar bastante com a descoberta de novas jazidas de ouro e outros minérios raros. Todas as mineradoras em tal território foram nacionalizadas, incluindo a de extração de nióbio. A música sertaneja virou um símbolo nacional, assim como a culinária mineira.
República do Mato Grosso: A FNC vendo que muitos orientais preferiram se refugiar nestas partes entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, decidiu dar mais espaço aos descendentes de orientais, mas aceitando toda sorte de miscigenados, indígenas, negros, brancos, etc. Assim esse novo país não tinha leis raciais, exceto algo que dava certa proteção aos descendentes de orientais e indígenas, como as atuais cotas. Aqui os orientais puderam prosperar melhor e ter suas próprias terras doadas pelo governo local. Com o tempo a população de ex-brasileiros orientais neste país começaria a crescer exponencialmente e esta no futuro passaria a ter uma cultura oriental predominante, com a maioria da população sendo de descendentes de orientais. No futuro esse país terá o xintoísmo, taoísmo, confucionismo e budismo como as novas religiões oficiais. Se tornará algo como uma nova china latina conservadora e capitalista, já que aqui também o socialismo e progressismo foram banidos e criminalizados na marra. A organização entendia que esse país seria próspero por ser um dos maiores produtores agrícolas. Por conta de medidas nacionalistas, todos os territórios "pertencentes" a estrangeiros foram tomados na marra. Houve muito investimento na construção de fazendas hidropônicas e verticais.
República de Rondônia: Foi o único estado original que restou além do DF e que não se fundiu com outro, mas se tornou uma república. A FNC manteve Rondônia separada do Mato Grosso pois tinha a esperança de conseguir conquistar territórios do Amazonas e Acre, mas uma grande quantidade de tribos indígenas compradas pelo MPS junto a vários grupos de guerrilheiros venezuelanos impediram isso, fora os acreanos e amazonenses que negaram a ideologia da FNC. Na verdade os acreanos e amazonenses decidiram que fariam parte da República Indígena do Amazonas. Aquelas forças militares da selva foram convencidas a deixar o Amazonas e se focarem em Rondônia e Mato Grosso, pois os governos amazônicos não estavam interessados em aderir à ideologia da FNC e já estavam comprados pela oposição. A FNC poderia ter decidido fundir essa república à do Mato Grosso, mas ainda tinha planos de conquista, então a república se manteve. Foi a que menos deu certo e futuramente acabaria se tornando colônia de Israel... Várias tentativas de desenvolvimento foram feitas mas poucas deram certo. Os bolivianos tentaram tomar Rondônia, mas foram impedidos por causa das forças de selva brasileiras. Depois disso os bolivianos desistiram do plano de conquista territorial.
A FNC estabeleceu uma lei supranacional de parceria entre os países do bloco conservador.
Países do MPS:
República Socialista da Bahia: O MPS financiou um grupo de separatistas baianos e através disso conseguiu tomar a Bahia e fazê-la fundir com o Sergipe. A tomada da Bahia foi fácil porque grande parte da população ainda gostava do Grande Operário e da ideologia de seu partido. A ideia do MPS era criar um país que refletisse o estilo africano em território ex-brasileiro. Era criar uma espécie de áfrica brasileira e conseguiu isso. O governo criou leis que davam privilégios a pardos, negros e financiou a valorização das culturas africanas, inclusive incentivava a imigração de africanos que tivessem formação acadêmica e que quisessem sair de seus países de origem. O candomblé e a capoeira se tornaram símbolos nacionais. O governo também investiu pesado na criação de indústrias no interior do país, para compensar a falta de industrialização na região. Mas ainda assim o padrão deste novo país não se tornou muito melhor do que o padrão da maioria dos países africanos. Para remediar isso o próprio MPS teve que financiar a criação de novas empresas. Com relação ao conservadorismo isso não chegou de início a ser uma preocupação, já que o novo país estava enfrentando sérias dificuldades econômicas e de infraestrutura e então essas questões sociais ficaram em segundo plano.
República Popular de Pernambuco: Pernambuco se tornou o principal país do MPS, o modelo do que esta organização idealizava. Um governo centralizado forte, governado por um grande líder a mão de ferro, se passava como democracia mas era uma ditadura. O regime era um socialismo mais autoritário como na China ou mesmo se espelhando na antiga União Soviética. Todas as grandes empresas foram nacionalizadas, incluindo fábricas de multinacionais. O governo idealizou a agricultura como principal fonte de renda para o país, mas para isso funcionar o MPS teve que financiar pesado no desenvolvimento de técnicas de agricultura mais sofisticadas, para compensar a seca da região, como a compra de máquinas capazes de absorver a água da atmosfera e em fazer engenharia reversa disso. O conservadorismo foi banido e vários conservadores que viviam no país fugiram para a Bahia ou mesmo para os países nas mãos da FNC. Foi criada a Igreja Marxista da Salvação Popular, em que se idealizava que o paraíso era regido por um deus comunista e deram desculpas para convencer o povo que Jesus era comunista. O progressismo se tornou indiscutível. Foi criada uma máquina de pressão capaz de gerar energia pelo movimento do ar dentro dela (através da estocagem do vento).
República Social-Democrata do Ceará: O MPS queria que cada país tivesse um modelo de socialismo diferente, e o Ceará fundido com o Piauí se tornou uma social-democracia. Não era o maior ideal do MPS, mas era necessário a existência de um governo de economia mais liberal porém onde ainda tivessem políticas de assistencialismo e onde o progressismo não fosse tão imposto. Seria uma forma do MPS mostrar ao mundo que ao menos numa parte de seu território as pessoas poderiam ter um pouco mais de liberdade, para atrair investimentos de países estrangeiros e através destes parte do lucro ser passado para os países mais necessitados como Bahia e Maranhão. Com o tempo o Ceará acabou atraindo investimentos de países mais progressistas como Suécia, Alemanha e França. Isso permitiu um crescimento econômico formidável e que acabou afetando positivamente os demais países do bloco. Houve grandes migrações para aquele país, por parte de pessoas que queriam se afastar de um socialismo mais autoritário, já que aquele país foi projetado para permitir maior grau de liberdades individuais, apesar de ainda ser um estado paternalista. Também investiu em formas sofisticadas de agricultura hidropônica e vertical como fez Pernambuco.
República Progressista do Maranhão: O MPS queria um país mais focado nas pautas progressistas do que na causa socialista em si. Para isso foi criado um novo país voltado para isso, que foi uma fusão do Maranhão com o Tocantins. Esse país apesar de pouco desenvolvido não sofria tanto com as seca em relação aos vizinhos nordestinos, de forma que lá a agricultura tradicional pôde ter mais espaço e isso foi um problema a menos. A maior preocupação era melhorar a infraestrutura, a qualidade dos profissionais e claro, executar a pauta. O Maranhão de fato se tornou um grande laboratório para experimentos sociológicos. Por conta de suas pautas e pela maneira como as leis davam prestígio a certas minorias, este país teve uma grande imigração de homossexuais, tornando-se assim o país dos LGBT's. Neste país quem falava em família tradicional era perseguido e destas pautas surgiram novos tipos de famílias estranhas e a adoção de órfãos por casais gays era algo quase que obrigatório. Foi criado um feriado gay. As mulheres foram tomando o papel dos homens e os homens foram virando feministos subjugados. O Maranhão virou uma sociedade feminista e gayzista. Neste país a maconha foi liberada. O hino nacional tem estilo Village People.
República Indígena do Pará e República Indígena do Amazonas: O MPS queria e criação de um país indígena mas como a Amazônia é muito grande, foram criados dois países em que foi adotado um socialismo indígena. Estes foram uma fusão do Pará com Amapá e do Amazonas com Roraima e Acre. Nesse tipo de governo foi explorado o neotribalismo e políticas que davam privilégios aos indígenas em relação aos que não eram. A ideia era a criação de duas pátrias indígenas, mais ou menos como foi o estilo de governo na Bolívia. Apesar do grande território amazonense, esse país tinha a Zona Franca de Manaus e esta foi expandida, o que tornou as redondezas de Manaus bem mais desenvolvida e atraente a investimentos estrangeiros, como ocorreu no Ceará. Belém se desenvolveu, pois se tornara capital de um novo país. Enquanto Manaus investiu mais no setor da indústria, Belém investiu mais no setor do comércio e o Pará também investiu pesado no desenvolvimento da piscicultura e agricultura, além de extração de minérios como na região de Carajás. Além disso esses dois países adotaram um regime ambientalista, com regras rígidas de preservação e em como explorar a região para gerar lucro. Mas com o tempo tudo foi dando errado...
O MPS estabeleceu uma lei supranacional de parceria entre os países do bloco progressista.
Mas afinal de contas, o que aconteceu com Brasília? E o que seria do Brasil que restou?
Mapa do que restou do Brasil, e ainda ficou dividido... Ao lado, a nova bandeira brasileira. Uma única estrela, o que estou dos estados brasileiros. E desta vez sem o lema positivista.
Brasília partiu ao meio, literalmente! Isso foi tão extremo que até mesmo o Congresso Nacional foi partido em dois, de um lado um congresso conservador e do outro um progressista. O Eixo Norte ficou com os progressistas e o Eixo Sul com os conservadores. Em Brasília o conflito foi bastante tumultuado e sangrento, já que ali fora o epicentro do fim do Brasil, onde toda a confusão começou! Tempos depois o povo construiu um muro, como aquele de Berlim, para separar os dois mini-países. A partir do fim do Brasil, Brasília não tinha mais como governar o país e aos poucos foi sendo abandonada, porque o clima ali é ruim, seco e quente e cada vez mais as pessoas queriam ir embora daquele epicentro de violência. Como deixou de ser capital nacional, não fazia mais sentido morar ali. Quando os blocos se formaram, Brasília já estava quase inteiramente abandonada e virou uma cidade fantasma, como Pripyat, só que sem radiação. Restaram apenas fazendeiros, mendigos e pessoas que ainda tentavam preservar o que restou do Brasil original. Depois de certo tempo o Distrito Federal virou terra de ninguém e uma espécie de prisão para os indesejados em ambos os blocos. Os que eram levados para lá à força tiveram que se adaptar e se ajudar uns aos outros para sobreviver.
E a partir daí, desta convivência mais pacífica, foi-se formando um novo povo mais neutro que não estava nem aí para progressismo ou conservadorismo. Um novo povo brasileiro formado por indesejáveis em ambos os lados e que do nada teria que conseguir restaurar a "glória" que era Brasília antigamente. Se o Brasil como um todo não pudesse ser restaurado e unificado, ao menos ainda existiria um pedacinho de terra onde o Brasil original poderia ser preservado ou mesmo refeito do zero. Esse novo povo percebeu que não adiantava mais brigar por ideologia e que deveria se preocupar com questões mais práticas e imediatas para a própria sobrevivência. Aos poucos, a medida que cada vez mais pessoas eram levadas à força para lá, cada vez mais se aumentava essa consciência de reconstrução e redefinição nacional. Já não fazia mais sentido Brasília ficar dividida e aquele povo acabou desfazendo o muro e definitivamente se uniu. Foi a primeira vez depois de anos, após a desestruturação do Brasil, que ao menos uma parte do povo se uniu onde as segregações começaram. A partir daí, a medida que todo o Distrito Federal foi se reestruturando, a população foi aumentando, os recursos e então começaram a vir os lucros.
Depois de muitos anos, mais uma vez, Brasília estava de pé. Não como capital, mas como um país independente!
Mas ainda havia muito o que fazer! Ainda não havia pessoas o suficiente, e nem qualificadas, para várias funções. Portanto a cidade ainda levaria muito tempo para se recuperar inteiramente. Aos poucos pessoas vindas da República Conservadora do Planalto Mineiro se mudavam para lá para tentar restaurar a cidade. Isso preocupou um pouco a FNC, afinal, não era do interesse dela que aquele Brasil de antes ressurgisse. Houve um acordo. A FNC concordaria em restaurar todo o Distrito Federal, desde que esse se mantivesse neutro e como um país independente sem interferir nas políticas da FNC. O acordo foi firmado e não muito tempo depois Brasília já estava quase totalmente recuperada. Apesar de ainda existir bandeiras brasileiras em mastros, estas foram removidas e substituídas pela nova versão, como parte do acordo com a FNC. Certo tempo depois a FNC iria fazer expandir o território do Brasil para as partes mais ao norte goiano. O MPS, sabendo disso, não quis ficar de fora e também decidiu fazer acordos de neutralidade com o novo Brasil e como parte do acordo, o sul do antigo Tocantins seria cedido desde que os acordos fossem cumpridos, como em não interferir nas políticas dos países do MPS.
Um tempo depois, FNC e MPS concordaram que o Brasil se tornaria uma zona neutra entre os dois blocos, como forma de evitar conflitos diretos de território. Desta forma, o novo Brasil aumentou ainda mais seu território, se estendendo por quase toda a região fronteiriça entre os dois blocos. Significa que o novo Brasil agora iria desde próximo a Rondônia até o litoral entre o antigo Espírito Santo e Bahia. A Zona Neutra além de ter sido bastante benéfica no sentido em evitar conflitos armados diretos entre os dois blocos, deu mais esperança para aqueles que queriam a restauração do Brasil, já que agora o novo Brasil poderia ter mais estados e acesso ao mar! Os dois blocos concordaram que a Zona Neutra poderia se desenvolver o quanto bem entendesse, desde que ambos mantivessem vigilância de forma a não haver alguma ameaça que cause problema a ambos. Os membros da FNC e MPS passaram a se encontrar em Brasília, na Zona Neutra, como parte dos acordos de negociação de paz. O Brasil desta forma se tornou além de livre das ideologias dos blocos numa terra de diplomacia. O que no início era para ser terra de ninguém, acabou se tornando um novo país livre e a mais importante terra de negociações. Esta "Zona Neutra" foi se tornando cada vez mais popular nos demais países.
Após a criação da Zona Neutra, o governo imperial da Guanabara exigiu mais território, afinal um império não poderia ser tão minúsculo. A FNC concordou em dar parte de São Paulo à Guanabara. O império também poderia ter exigido parte da antiga Minas Gerais, mas não fez porque o que ganharam já era suficiente para o que planejavam. Os paulistanos em função disso exigiram também mais território para compensar o perdido, e então ganhou uma parte de Mato Grosso, enquanto os mato grossenses não se importaram muito e porque não tinham tanto peso dentro da FNC quanto o resto dos países, exceto Rondônia que era o estado mais fraco em influência. Ao mesmo tempo os gaúchos neonazistas exigiram um pequeno aumento do território e a eles foi cedido uma parte do sul do antigo Paraná. Este novo "Brasil" ficaria assim pelo menos até o término da terceira guerra mundial. Até lá todos estes novos países se isolaram de certa forma, cada um deles fechando-se para si mesmo, se preocupando mais com os problemas internos e de estruturação. A Zona Neutra era o país em pior situação por vários motivos: seu território e terreno eram ruins, a exigência em criar novas estradas do litoral ao interior mais distante, falta de profissionais em várias áreas, etc.
No final das contas, a nova configuração territorial oficial ficou assim até o final da Terceira Guerra Mundial.
Como forma de diminuir o número de rebeldes, todos os países brasileiros decidiram que os insatisfeitos poderiam migrar para o Brasil se quisessem. A Zona Neutra poderia ter seu próprio exército e polícia pois era uma forma da FNC e MPS resolverem o problema de imigrações ilegais além do tráfico de drogas, mercadorias, etc. Mas este exército brasileiro estava proibido de fazer certas coisas como exigir mais terreno para a Zona Neutra. Os brasileiros tinham que se virar e se contentar com o que a FNC e MPS deram a eles. Ao menos tinham acesso ao mar, então poderiam fazer comércio com qualquer país. Mas não podiam fazer alianças ou qualquer medida diplomática fora da esfera comercial sem a permissão da FNC e do MPS. Afinal de contas a Zona Neutra foi fruto de um acordo entre FNC e MPS, e não a criação de um país verdadeiramente soberano. Tanto é que a constituição do novo Brasil em sua estrutura está baseada nas imposições da FNC e MPS, não foi criação da própria população na Zona Neutra. Ela só existe para evitar conflito direto de território entre os dois blocos e como uma forma de evitar imigração ilegal, narcotráfico, contrabando de mercadorias, entre outras coisas inadmissíveis a ambas as organizações.
Apesar dos problemas impostos à Zona Neutra, ela com o tempo se tornará cada vez mais uma opção de imigração para libertários, sejam socialistas ou capitalistas. Tudo indica que no futuro o Brasil ou Zona Neutra se tornará um país de libertários no geral. Afinal lá o estado é fraco, sem muita força e praticamente não existe burocracias. A tendência é que a Zona Neutra, por ter um PIB praticamente nulo, vai acabar deixando tudo para iniciativas privadas, e porque a própria população de lá estará cada vez mais avessa a estar submetida a um estado. Como de início nenhum gringo estará interessado em investir num território neutro falido, sem reconhecimento internacional e com um péssimo terreno, é natural que a própria população que mora ou migre para lá acabe criando suas próprias empresas, e talvez só depois é que comecem a surgir uma ou outra empresa estrangeira lá. É território libertário e de estado mínimo e a tendência é a população local preferir se desenvolver por conta própria sem querer ficar dependendo de estrangeiros. Afinal de contas, os que moram lá no fundo querem a criação de um novo Brasil onde o povo tenha mais liberdade para fazer o que bem entender e para ter força para se defender das imposições da FNC e do MPS.
A regra neste novo Brasil, nesta zona neutra, é em os capitalistas criarem suas próprias empresas e os socialistas criarem suas comunidades rurais ao estilo dos kibutz, uma terra onde capitalista e socialista podem conviver sem conflito, ambos libertários. Nada de estatais e corporativismo aqui. Patrão e empregado é que definem suas regras em cada empresa por contrato e o estado não interfere em quase nada na vida das pessoas. E a tendência é este estado neutro preferir criar empresas privadas para todos os setores, desde infraestrutura até segurança, saúde, saneamento, educação e previdência. Pois aqui o estado é mínimo e libertário! Só militares e políticos é que são do governo. Impostos? Aqui quanto menos isso, melhor, pois a população deste novo Brasil criou aversão a imposto e imposições de estado! Antes foi terra de ninguém, hoje é terra de gente livre protegida por um governo que apenas dá o necessário para a sobrevivência desta terra livre de opressões. Quanto mais este país conseguir se desenvolver e expandir seu território, mais e mais pessoas de países vizinhos vão começar a querer se mudar para este novo país, sobretudo aqueles de classe mais baixa ou os oprimidos de toda sorte.
Será que esse novo Brasil livre vai dar certo? Eu torço que sim. Afinal, é terra de gente livre e liberta de ideologias impostas e de impostos inúteis.
No próximo post principal vou tratar sobre como será a Terceira Guerra Mundial em Desbrasil!
Neste tópico vou mostrar um pouco da história de um livro que tinha escrito antes mas que acabei abandonando o projeto por achar que iria ficar polêmico. Decidi que vou mostrar aqui um pouco disso para ver a reação do público. Quando ainda estava escrevendo este livro, há uns 2 anos atrás, ainda estava mais inclinado para a extrema direita e acho que isso foi uma das causas que tive certas ideias neste livro. O arquivo original do livro não existe mais, foi deletado, mas eu ainda me lembro de algumas coisas e decidi refazer certos eventos aqui, para tornar as coisas mais interessantes. Gostaria de deixar bem claro que a ideia do livro era a de fazer uma crítica ao extremismo político relacionado aos movimentos separatistas, assim como ser uma crítica à terceira guerra mundial, mau uso da tecnologia, entre outras coisas absurdas nesta distopia. Vou apenas escrever as partes mais importantes da história original junto a mapas e bandeiras fictícios. Nesse cenário o mundo está tendendo a uma situação de conflito interno nos países e posteriormente guerra entre eles, algo que não está tão distante da realidade assim. Mas aqui as variantes tenderam para uma situação de maior extremismo. Neste primeiro post vou falar sobre a situação do Brasil antes da terceira guerra mundial. O próximo post será sobre a guerra. Os seguintes serão sobre eventos futuros, como extremismo ideológico exacerbado, ressurgimento dos dinossauros no Acre, criação de uma nova raça humana, contato com extraterrestres, etc, claro, sem deixar de lado o Brasil...
Obs: A solução para evitar os problemas ocorridos nesta distopia, ao menos dentro do Brasil, é o que está no tópico "Melhorando o Sistema Político". Esse livro eu tinha me baseado nas ideias de movimentos separatistas, ideologias extremas, 1984, Admirável Mundo Novo, O Homem do Castelo Alto, entre outras histórias fictícias acerca de países e o mundo em geral. A grande diferença desta distopia é que ela acontece num futuro próximo baseado em problemas e conflitos atuais, não num futuro distante. Além de mudanças em certas variantes de eventos atuais para um caminho mais extremo de decisões. Outra curiosidade é que no livro original eu tinha a ideia em criar um protagonista que teria nascido na Zona Neutra, um mestiço filho de fazendeiro, que iria se aventurar em todos os países que já foram uma vez o Brasil e que ao retornar em sua terra natal, iria virar presidente e começar um importante projeto de desenvolvimento que tornaria o Brasil Neutro numa nação ainda mais importante internacionalmente e que aos poucos iria começar retomando os territórios perdidos, a medida que fosse fazendo acordos com países dos blocos progressista e conservador. O Brasil não voltaria a ser como era antes, mas no final do capítulo sobre o protagonista eu iria deixar em aberto a possibilidade de num futuro distante o Brasil voltar a ficar inteiramente unificado. No último capítulo tinha colocado as soluções para evitar tal distopia, algo parecido com o que postei no outro tópico.
Eu me via como uma espécie de salvador no sentido em tentar avisar sobre as possibilidades de tal cenário e em dar soluções para evitar tudo isso!
Vou levar uns dias para fazer o próximo post principal, então vai dar tempo até todos lerem este post até o final. Divirtam-se!
Ah, Brasil, meu brasilzão! Eu seu maior esplendor! O grande cacique da América do Sul! A maior referência do continente sul americano! Em seu estado de plena integridade e glória... por enquanto!
Período de instabilidade, o começo do fim do Brasil:
Tudo começou no segundo mandato do Capitão Milico. No começo estava indo tudo bem, até que... começaram a surgir problemas, em parte causados por uma oposição agora mais fraca que sabotou os projetos de governo além disso ter causado problemas econômicos e ainda por cima uma variante do coronavírus ter causado mais problemas e isso acabou afetando a popularidade do presidente, apesar de neste caso ele em maior parte não ter culpa. Por conta desta grande queda de popularidade, Grande Operário começou a ganhar mais força e organizou grupos para tentar derrubar o governo de Capitão Milico, mas não deu certo. Então Grande Operário com a ajuda de Bolivariano e outras pessoas importantes de sua linha ideológica criaram o Movimento Popular Socialista (MPS) e isso preocupou a oposição conservadora, que criou a Frente Nacional Conservadora (FNC). Esses grupos foram ganhando cada vez mais poder até chegar ao ponto em que o país passou a ser regido por estas duas organizações. A nação brasileira ficou cada vez mais dividida. Essas organizações já estavam até atropelando o próprio STF! O STF se dividiu em dois, resultando num STF progressista e outro conservador. A constituição brasileira a essa altura já não tinha mais muito peso frente às influências das duas organizações.
A situação era tão grave que as duas organizações tentaram um golpe de estado, uma contra a outra! E disso resultou uma guerra civil associada a motins. Povo contra povo, exército contra exército. Quando isso começou e quando Capitão Milico viu que não tinha como poder fazer nada, ele fez um discurso em rede nacional lamentando a situação e em seguida seu mandato terminou pela metade. O país agora estava sem um presidente, num estado de completo caos institucional, o exército não podia fazer nada pois estava em estado de motim e a única saída viável seria a separação do Brasil em vários estados independentes, cada um deles regido por uma ou outra organização. Brasília não podia fazer mais nada para impedir esta iminente separação dos estados. O que era o fim do começo, agora já era o fim de tudo, do Brasil conhecido. Ainda existiram grupos que lutavam para manter a união nacional, mas estes eram pequenos demais diante do conflito já estabelecido e acabaram não tendo voz. O caos era tanto que nem mesmo os EUA ou a ONU puderam fazer nada, afinal era um problema interno, e não externo. Esse conflito iria sim afetar muito o comércio com os demais países, mas nada podia ser feito, porque já era tarde demais. Então os estados se tornaram independentes. O Brasil acabou!
O que eram a FNC e o MPS?
A FNC e MPS são duas organizações clandestinas que se formaram com o objetivo de impedir determinada hegemonia ideológica. A FNC (Frente Nacional Conservadora) tinha como objetivo impedir a hegemonia socialista-progressista, preservar os valores tradicionais, a religião, a estrutura social vigente e até mesmo restaurar valores e elementos culturais perdidos no passado. Ela tinha como objetivo uma hegemonia conservadora e cristã, mais ou menos aos moldes do que os integralistas queriam, mas sem necessariamente adotar uma ideologia racial, queria combate à impunidade e corrupção além de impedir ações subversivas por parte de grupos ou organizações internacionais. Pessoas como Capitão Milico, Otávio de Cascalho, Felipe Luís de Óleo e Barganha, Levítico Fidelito e Ernesto Cabrito estavam por detrás do movimento. O MPS (Movimento Popular Socialista) tinha como objetivo impedir a hegemonia capitalista-conservadora, combater valores "retrógrados", engessar o laicismo, mudar a estrutura social vigente e causar revoluções de toda sorte. Tinha como objetivo uma hegemonia de um autoritarismo socialista, mais ou menos nos moldes dos soviéticos e atuais chineses e consolidar políticas raciais que protejam os "menos favorecidos". Pessoas como Grande Operário, Cícero Gomes, Guilhermo Boyle, Felipe Herculano Cardosa e Frederico Habib estavam por detrás do movimento. Eventualmente estas duas organizações determinarão o rumo do "Brasil".
Independência dos estados brasileiros:
Novo mapa dos países da América do Sul.
Com a independência dos estados brasileiros, agora cada estado estava sozinho e tinha que se virar por conta própria. Mas não por muito tempo, pois certos estados eram fracos demais para se sustentarem, então alguns acabaram se fundindo com outros, formando vários países de língua portuguesa. Durante esse período em que todos os estados ainda estavam independentes, a partir daí a história em cada estado se distingue. No Rio de Janeiro onde houve a maior resistência por parte da esquerda, a FNC vingou e tornou aquele estado conservador, além do exército ter aniquilado o Comando Vermelho assim como Antifa e Black Blocs. O mesmo ocorreu nos novos países brasileiros mais ao sul, que também terminou na destruição do PCC em São Paulo. Nos países onde a FNC vingou todos os movimentos progressistas e partidos socialistas foram proibidos e seus membros perseguidos e presos. Muitos que resistiram acabaram executados. Nos países que formavam a região sul brasileira a FNC também favoreceu vários grupos de neonazistas gaúchos.
Já nos países brasileiros mais ao norte foi o contrário, o MPS vingou e tornou todos aqueles países socialistas. Em tais países liderados pelo MPS, houve muita perseguição contra conservadores e partidos de direita, muitos dos quais seus membros acabaram perseguidos e presos e alguns mais reacionários foram executados. Em tais países os movimentos progressistas tomaram o poder total e quem ousasse questionar o politicamente correto estava correndo risco de vida. Em alguns dos novos países o MPS favoreceu grupos comunistas mais radicais que acabaram tomando o poder em alguns deles, sobretudo nos que formavam o antigo nordeste brasileiro. Nos países amazônicos houve certa resistência por parte de militares de direita, mas vários grupos de guerrilheiros com a ajuda dos venezuelanos acabaram vencendo o conflito e esta região amazônica apesar de ter se tornado socialista, foi uma espécie de socialismo mais ameno e menos radical em relação aos países nordestinos. A Venezuela só não tomou territórios por causa de acordos com o MPS.
Os novos países em cada bloco. 1: Reich Gaúcho; 2: Paranapanema Integralista; 3: Império da Guanabara; 4: República Conservadora do Planalto Mineiro; 5: República do Mato Grosso; 6: República de Rondônia; 7: República Socialista da Bahia; 8: República Popular de Pernambuco; 9: República Social-Democrata do Ceará; 10: República Progressista do Maranhão; 11: República Indígena do Pará; 12: República Indígena do Amazonas.
Então agora temos países brasileiros conservadores militaristas e outros socialistas progressistas. Depois deste período é que começou a ocorrer a fusão entre alguns daqueles países, que acabou formando dois blocos. Um bloco conservador no sul e outro progressista no norte. Uma vez formados estes dois blocos, alguns países se fundiram com outros. Quando os novos países foram consolidados, começou a ocorrer guerras periódicas nas fronteiras entre os países do bloco progressista e conservador. Também ocorreu muita fuga de pessoas para ambos os blocos. Várias pessoas de esquerda fugiram para o bloco progressista e várias pessoas de direita fugiram para o bloco conservador, uma vez que a oposição em cada bloco estava com seus dias contados. Ou acabaria presa ou fuzilada! A partir deste momento o Brasil se dividiu nos dois blocos ideológicos inimigos entre eles. Essa tragédia ainda iria levar vários séculos para ser desfeita e a ideia de um Brasil unificado estava cada vez mais distante da realidade. Literalmente, o povo brasileiro estava dividido!
Países da FNC:
Reich Gaúcho: A FNC financiou vários grupos e movimentos neonazistas para tomar a região mais ao sul do país, desde que estes grupos se mantivessem fiéis aos propósitos nacionalistas da FNC e tais concordaram, pois não tinham outra alternativa. Através da FNC e dos militares controlados por ela, a influência neonazista se espalhou rapidamente pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina que, segundo a FNC, eram onde viviam as comunidades de brancos mais puros. A FNC pretendia transformar estes dois estados num novo país onde os brancos e suas comunidades europeias não fossem extintos. Os grupos armados neonazistas rapidamente tomaram controle das mídias e de várias instituições de governo à força com o aval dos militares e da organização. Os opositores que mais resistiram foram presos ou executados. Com o surgimento do Reich Gaúcho, comandado por um nazista declarado, tal governo impôs várias medidas nacionalistas e sobretudo leis raciais pesadas em que os negros, pardos, asiáticos, indígenas e judeus acabaram tendo que fugir aos novos países vizinhos. O racismo foi estimulado como uma coisa legal pela constituição e era permitido fazer experimentos científicos em "não-brancos" e dissidentes políticos, além de uma eugenia não violenta ter sido legalizada.
Paranapanema Integralista: A FNC financiou vários grupos de integralistas para tomar a região entre São Paulo e Paraná. Os integralistas se mantiveram fiéis à FNC. A ideia era em transformar estas partes num novo país ultraconservador porém com uma economia mais liberal em relação ao vizinho do sul. Então surgiu Paranapanema, um novo país que adotou o integralismo, em que há neste caso uma ideologia nacionalista ultraconservadora cristã em que há um forte sentimento de integridade nacional somado à ideia de uma raça brasileira unida. Ainda existem leis raciais aqui, mas no sentido em dar mais privilégios à tal raça brasileira, ou seja, aos que para os integralistas eram considerados miscigenados. Pessoas com características étnicas mais puras acabaram tendo que fugir seja para o Reich Gaúcho (no caso dos brancos com traços mais europeus) ou para outros países mais ao norte (no caso dos negros com traços mais africanos). Orientais e judeus não eram bem vistos enquanto os indígenas eram mais bem tratados. Muitos orientais fugiram para o novo Mato Grosso. Por conta da diferença de políticas raciais entre paulistanos e gaúchos, havia certa rivalidade entre eles, mas nada que resultasse num conflito armado, graças à intervenção da FNC.
Império da Guanabara: A FNC entendeu que estas partes entre Rio de Janeiro e Espírito Santo deveriam ser um novo pequeno império, mas como não existia mais o Brasil, então teve que ter outro nome de referência, Guanabara, já que a antiga capital do império era o Rio de Janeiro, na região da Guanabara. A ideia era a criação de uma nova monarquia e a FNC investiu pesado no retorno e aprovação deste novo regime, promovendo os aspectos mais positivos durante o império brasileiro. Mas no fim das contas o povo acabou se vendo forçado a aceitar isso, pois não tinha como enfrentar a organização aliada a militares. Todos os grupos de resistência, sejam eles partidos de esquerda ou mesmo criminosos foram aniquilados e seus membros executados sem piedade, pois a FNC não tolerava a ideia em ter sua missão fracassada e não iria admitir o socialismo ou qualquer ideia progressista na região. Esta região deveria ter um rei forte e soberano, algo como uma mistura de absolutismo com parlamentarismo. As leis deveriam sempre favorecer os cristãos, empresários e elementos tradicionais da cultura portuguesa. O novo império foi chefiado por alguém apelidado de "Dom Pedro III". Ainda assim a família real estava submetida aos caprichos da FNC por lei.
República Conservadora do Planalto Mineiro: A FNC entendia que esta região não deveria ter leis tão severas ou que favorecessem demais certos grupos sociais, mas que ainda assim deveria proibir o socialismo e o progressismo. Para a organização esta região entre Minas Gerais e Goiás deveria ser uma espécie de "Texas Brasileiro", conservador, cristão e com uma forte cultura que favoreceria bastante os fazendeiros e pecuários, apesar de proibir a escravidão. Deveria haver forte preservação de elementos da cultura portuguesa, das igrejas e a preservação do estilo e tradição mineira e goiana. O Espiritismo aqui ganhou muito mais força e popularidade já que Minas Gerais foi a terra de Chico Xavier e a organização esteve envolvida nisso, mas ainda havia muito espaço para católicos e protestantes também. A FNC também financiou vários novos projetos para a criação de novas minas para exploração de vários minérios, o que mais tarde faria este país prosperar bastante com a descoberta de novas jazidas de ouro e outros minérios raros. Todas as mineradoras em tal território foram nacionalizadas, incluindo a de extração de nióbio. A música sertaneja virou um símbolo nacional, assim como a culinária mineira.
República do Mato Grosso: A FNC vendo que muitos orientais preferiram se refugiar nestas partes entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, decidiu dar mais espaço aos descendentes de orientais, mas aceitando toda sorte de miscigenados, indígenas, negros, brancos, etc. Assim esse novo país não tinha leis raciais, exceto algo que dava certa proteção aos descendentes de orientais e indígenas, como as atuais cotas. Aqui os orientais puderam prosperar melhor e ter suas próprias terras doadas pelo governo local. Com o tempo a população de ex-brasileiros orientais neste país começaria a crescer exponencialmente e esta no futuro passaria a ter uma cultura oriental predominante, com a maioria da população sendo de descendentes de orientais. No futuro esse país terá o xintoísmo, taoísmo, confucionismo e budismo como as novas religiões oficiais. Se tornará algo como uma nova china latina conservadora e capitalista, já que aqui também o socialismo e progressismo foram banidos e criminalizados na marra. A organização entendia que esse país seria próspero por ser um dos maiores produtores agrícolas. Por conta de medidas nacionalistas, todos os territórios "pertencentes" a estrangeiros foram tomados na marra. Houve muito investimento na construção de fazendas hidropônicas e verticais.
República de Rondônia: Foi o único estado original que restou além do DF e que não se fundiu com outro, mas se tornou uma república. A FNC manteve Rondônia separada do Mato Grosso pois tinha a esperança de conseguir conquistar territórios do Amazonas e Acre, mas uma grande quantidade de tribos indígenas compradas pelo MPS junto a vários grupos de guerrilheiros venezuelanos impediram isso, fora os acreanos e amazonenses que negaram a ideologia da FNC. Na verdade os acreanos e amazonenses decidiram que fariam parte da República Indígena do Amazonas. Aquelas forças militares da selva foram convencidas a deixar o Amazonas e se focarem em Rondônia e Mato Grosso, pois os governos amazônicos não estavam interessados em aderir à ideologia da FNC e já estavam comprados pela oposição. A FNC poderia ter decidido fundir essa república à do Mato Grosso, mas ainda tinha planos de conquista, então a república se manteve. Foi a que menos deu certo e futuramente acabaria se tornando colônia de Israel... Várias tentativas de desenvolvimento foram feitas mas poucas deram certo. Os bolivianos tentaram tomar Rondônia, mas foram impedidos por causa das forças de selva brasileiras. Depois disso os bolivianos desistiram do plano de conquista territorial.
A FNC estabeleceu uma lei supranacional de parceria entre os países do bloco conservador.
Países do MPS:
República Socialista da Bahia: O MPS financiou um grupo de separatistas baianos e através disso conseguiu tomar a Bahia e fazê-la fundir com o Sergipe. A tomada da Bahia foi fácil porque grande parte da população ainda gostava do Grande Operário e da ideologia de seu partido. A ideia do MPS era criar um país que refletisse o estilo africano em território ex-brasileiro. Era criar uma espécie de áfrica brasileira e conseguiu isso. O governo criou leis que davam privilégios a pardos, negros e financiou a valorização das culturas africanas, inclusive incentivava a imigração de africanos que tivessem formação acadêmica e que quisessem sair de seus países de origem. O candomblé e a capoeira se tornaram símbolos nacionais. O governo também investiu pesado na criação de indústrias no interior do país, para compensar a falta de industrialização na região. Mas ainda assim o padrão deste novo país não se tornou muito melhor do que o padrão da maioria dos países africanos. Para remediar isso o próprio MPS teve que financiar a criação de novas empresas. Com relação ao conservadorismo isso não chegou de início a ser uma preocupação, já que o novo país estava enfrentando sérias dificuldades econômicas e de infraestrutura e então essas questões sociais ficaram em segundo plano.
República Popular de Pernambuco: Pernambuco se tornou o principal país do MPS, o modelo do que esta organização idealizava. Um governo centralizado forte, governado por um grande líder a mão de ferro, se passava como democracia mas era uma ditadura. O regime era um socialismo mais autoritário como na China ou mesmo se espelhando na antiga União Soviética. Todas as grandes empresas foram nacionalizadas, incluindo fábricas de multinacionais. O governo idealizou a agricultura como principal fonte de renda para o país, mas para isso funcionar o MPS teve que financiar pesado no desenvolvimento de técnicas de agricultura mais sofisticadas, para compensar a seca da região, como a compra de máquinas capazes de absorver a água da atmosfera e em fazer engenharia reversa disso. O conservadorismo foi banido e vários conservadores que viviam no país fugiram para a Bahia ou mesmo para os países nas mãos da FNC. Foi criada a Igreja Marxista da Salvação Popular, em que se idealizava que o paraíso era regido por um deus comunista e deram desculpas para convencer o povo que Jesus era comunista. O progressismo se tornou indiscutível. Foi criada uma máquina de pressão capaz de gerar energia pelo movimento do ar dentro dela (através da estocagem do vento).
República Social-Democrata do Ceará: O MPS queria que cada país tivesse um modelo de socialismo diferente, e o Ceará fundido com o Piauí se tornou uma social-democracia. Não era o maior ideal do MPS, mas era necessário a existência de um governo de economia mais liberal porém onde ainda tivessem políticas de assistencialismo e onde o progressismo não fosse tão imposto. Seria uma forma do MPS mostrar ao mundo que ao menos numa parte de seu território as pessoas poderiam ter um pouco mais de liberdade, para atrair investimentos de países estrangeiros e através destes parte do lucro ser passado para os países mais necessitados como Bahia e Maranhão. Com o tempo o Ceará acabou atraindo investimentos de países mais progressistas como Suécia, Alemanha e França. Isso permitiu um crescimento econômico formidável e que acabou afetando positivamente os demais países do bloco. Houve grandes migrações para aquele país, por parte de pessoas que queriam se afastar de um socialismo mais autoritário, já que aquele país foi projetado para permitir maior grau de liberdades individuais, apesar de ainda ser um estado paternalista. Também investiu em formas sofisticadas de agricultura hidropônica e vertical como fez Pernambuco.
República Progressista do Maranhão: O MPS queria um país mais focado nas pautas progressistas do que na causa socialista em si. Para isso foi criado um novo país voltado para isso, que foi uma fusão do Maranhão com o Tocantins. Esse país apesar de pouco desenvolvido não sofria tanto com as seca em relação aos vizinhos nordestinos, de forma que lá a agricultura tradicional pôde ter mais espaço e isso foi um problema a menos. A maior preocupação era melhorar a infraestrutura, a qualidade dos profissionais e claro, executar a pauta. O Maranhão de fato se tornou um grande laboratório para experimentos sociológicos. Por conta de suas pautas e pela maneira como as leis davam prestígio a certas minorias, este país teve uma grande imigração de homossexuais, tornando-se assim o país dos LGBT's. Neste país quem falava em família tradicional era perseguido e destas pautas surgiram novos tipos de famílias estranhas e a adoção de órfãos por casais gays era algo quase que obrigatório. Foi criado um feriado gay. As mulheres foram tomando o papel dos homens e os homens foram virando feministos subjugados. O Maranhão virou uma sociedade feminista e gayzista. Neste país a maconha foi liberada. O hino nacional tem estilo Village People.
República Indígena do Pará e República Indígena do Amazonas: O MPS queria e criação de um país indígena mas como a Amazônia é muito grande, foram criados dois países em que foi adotado um socialismo indígena. Estes foram uma fusão do Pará com Amapá e do Amazonas com Roraima e Acre. Nesse tipo de governo foi explorado o neotribalismo e políticas que davam privilégios aos indígenas em relação aos que não eram. A ideia era a criação de duas pátrias indígenas, mais ou menos como foi o estilo de governo na Bolívia. Apesar do grande território amazonense, esse país tinha a Zona Franca de Manaus e esta foi expandida, o que tornou as redondezas de Manaus bem mais desenvolvida e atraente a investimentos estrangeiros, como ocorreu no Ceará. Belém se desenvolveu, pois se tornara capital de um novo país. Enquanto Manaus investiu mais no setor da indústria, Belém investiu mais no setor do comércio e o Pará também investiu pesado no desenvolvimento da piscicultura e agricultura, além de extração de minérios como na região de Carajás. Além disso esses dois países adotaram um regime ambientalista, com regras rígidas de preservação e em como explorar a região para gerar lucro. Mas com o tempo tudo foi dando errado...
O MPS estabeleceu uma lei supranacional de parceria entre os países do bloco progressista.
Mas afinal de contas, o que aconteceu com Brasília? E o que seria do Brasil que restou?
Mapa do que restou do Brasil, e ainda ficou dividido... Ao lado, a nova bandeira brasileira. Uma única estrela, o que estou dos estados brasileiros. E desta vez sem o lema positivista.
Brasília partiu ao meio, literalmente! Isso foi tão extremo que até mesmo o Congresso Nacional foi partido em dois, de um lado um congresso conservador e do outro um progressista. O Eixo Norte ficou com os progressistas e o Eixo Sul com os conservadores. Em Brasília o conflito foi bastante tumultuado e sangrento, já que ali fora o epicentro do fim do Brasil, onde toda a confusão começou! Tempos depois o povo construiu um muro, como aquele de Berlim, para separar os dois mini-países. A partir do fim do Brasil, Brasília não tinha mais como governar o país e aos poucos foi sendo abandonada, porque o clima ali é ruim, seco e quente e cada vez mais as pessoas queriam ir embora daquele epicentro de violência. Como deixou de ser capital nacional, não fazia mais sentido morar ali. Quando os blocos se formaram, Brasília já estava quase inteiramente abandonada e virou uma cidade fantasma, como Pripyat, só que sem radiação. Restaram apenas fazendeiros, mendigos e pessoas que ainda tentavam preservar o que restou do Brasil original. Depois de certo tempo o Distrito Federal virou terra de ninguém e uma espécie de prisão para os indesejados em ambos os blocos. Os que eram levados para lá à força tiveram que se adaptar e se ajudar uns aos outros para sobreviver.
E a partir daí, desta convivência mais pacífica, foi-se formando um novo povo mais neutro que não estava nem aí para progressismo ou conservadorismo. Um novo povo brasileiro formado por indesejáveis em ambos os lados e que do nada teria que conseguir restaurar a "glória" que era Brasília antigamente. Se o Brasil como um todo não pudesse ser restaurado e unificado, ao menos ainda existiria um pedacinho de terra onde o Brasil original poderia ser preservado ou mesmo refeito do zero. Esse novo povo percebeu que não adiantava mais brigar por ideologia e que deveria se preocupar com questões mais práticas e imediatas para a própria sobrevivência. Aos poucos, a medida que cada vez mais pessoas eram levadas à força para lá, cada vez mais se aumentava essa consciência de reconstrução e redefinição nacional. Já não fazia mais sentido Brasília ficar dividida e aquele povo acabou desfazendo o muro e definitivamente se uniu. Foi a primeira vez depois de anos, após a desestruturação do Brasil, que ao menos uma parte do povo se uniu onde as segregações começaram. A partir daí, a medida que todo o Distrito Federal foi se reestruturando, a população foi aumentando, os recursos e então começaram a vir os lucros.
Depois de muitos anos, mais uma vez, Brasília estava de pé. Não como capital, mas como um país independente!
Mas ainda havia muito o que fazer! Ainda não havia pessoas o suficiente, e nem qualificadas, para várias funções. Portanto a cidade ainda levaria muito tempo para se recuperar inteiramente. Aos poucos pessoas vindas da República Conservadora do Planalto Mineiro se mudavam para lá para tentar restaurar a cidade. Isso preocupou um pouco a FNC, afinal, não era do interesse dela que aquele Brasil de antes ressurgisse. Houve um acordo. A FNC concordaria em restaurar todo o Distrito Federal, desde que esse se mantivesse neutro e como um país independente sem interferir nas políticas da FNC. O acordo foi firmado e não muito tempo depois Brasília já estava quase totalmente recuperada. Apesar de ainda existir bandeiras brasileiras em mastros, estas foram removidas e substituídas pela nova versão, como parte do acordo com a FNC. Certo tempo depois a FNC iria fazer expandir o território do Brasil para as partes mais ao norte goiano. O MPS, sabendo disso, não quis ficar de fora e também decidiu fazer acordos de neutralidade com o novo Brasil e como parte do acordo, o sul do antigo Tocantins seria cedido desde que os acordos fossem cumpridos, como em não interferir nas políticas dos países do MPS.
Um tempo depois, FNC e MPS concordaram que o Brasil se tornaria uma zona neutra entre os dois blocos, como forma de evitar conflitos diretos de território. Desta forma, o novo Brasil aumentou ainda mais seu território, se estendendo por quase toda a região fronteiriça entre os dois blocos. Significa que o novo Brasil agora iria desde próximo a Rondônia até o litoral entre o antigo Espírito Santo e Bahia. A Zona Neutra além de ter sido bastante benéfica no sentido em evitar conflitos armados diretos entre os dois blocos, deu mais esperança para aqueles que queriam a restauração do Brasil, já que agora o novo Brasil poderia ter mais estados e acesso ao mar! Os dois blocos concordaram que a Zona Neutra poderia se desenvolver o quanto bem entendesse, desde que ambos mantivessem vigilância de forma a não haver alguma ameaça que cause problema a ambos. Os membros da FNC e MPS passaram a se encontrar em Brasília, na Zona Neutra, como parte dos acordos de negociação de paz. O Brasil desta forma se tornou além de livre das ideologias dos blocos numa terra de diplomacia. O que no início era para ser terra de ninguém, acabou se tornando um novo país livre e a mais importante terra de negociações. Esta "Zona Neutra" foi se tornando cada vez mais popular nos demais países.
Após a criação da Zona Neutra, o governo imperial da Guanabara exigiu mais território, afinal um império não poderia ser tão minúsculo. A FNC concordou em dar parte de São Paulo à Guanabara. O império também poderia ter exigido parte da antiga Minas Gerais, mas não fez porque o que ganharam já era suficiente para o que planejavam. Os paulistanos em função disso exigiram também mais território para compensar o perdido, e então ganhou uma parte de Mato Grosso, enquanto os mato grossenses não se importaram muito e porque não tinham tanto peso dentro da FNC quanto o resto dos países, exceto Rondônia que era o estado mais fraco em influência. Ao mesmo tempo os gaúchos neonazistas exigiram um pequeno aumento do território e a eles foi cedido uma parte do sul do antigo Paraná. Este novo "Brasil" ficaria assim pelo menos até o término da terceira guerra mundial. Até lá todos estes novos países se isolaram de certa forma, cada um deles fechando-se para si mesmo, se preocupando mais com os problemas internos e de estruturação. A Zona Neutra era o país em pior situação por vários motivos: seu território e terreno eram ruins, a exigência em criar novas estradas do litoral ao interior mais distante, falta de profissionais em várias áreas, etc.
No final das contas, a nova configuração territorial oficial ficou assim até o final da Terceira Guerra Mundial.
Como forma de diminuir o número de rebeldes, todos os países brasileiros decidiram que os insatisfeitos poderiam migrar para o Brasil se quisessem. A Zona Neutra poderia ter seu próprio exército e polícia pois era uma forma da FNC e MPS resolverem o problema de imigrações ilegais além do tráfico de drogas, mercadorias, etc. Mas este exército brasileiro estava proibido de fazer certas coisas como exigir mais terreno para a Zona Neutra. Os brasileiros tinham que se virar e se contentar com o que a FNC e MPS deram a eles. Ao menos tinham acesso ao mar, então poderiam fazer comércio com qualquer país. Mas não podiam fazer alianças ou qualquer medida diplomática fora da esfera comercial sem a permissão da FNC e do MPS. Afinal de contas a Zona Neutra foi fruto de um acordo entre FNC e MPS, e não a criação de um país verdadeiramente soberano. Tanto é que a constituição do novo Brasil em sua estrutura está baseada nas imposições da FNC e MPS, não foi criação da própria população na Zona Neutra. Ela só existe para evitar conflito direto de território entre os dois blocos e como uma forma de evitar imigração ilegal, narcotráfico, contrabando de mercadorias, entre outras coisas inadmissíveis a ambas as organizações.
Apesar dos problemas impostos à Zona Neutra, ela com o tempo se tornará cada vez mais uma opção de imigração para libertários, sejam socialistas ou capitalistas. Tudo indica que no futuro o Brasil ou Zona Neutra se tornará um país de libertários no geral. Afinal lá o estado é fraco, sem muita força e praticamente não existe burocracias. A tendência é que a Zona Neutra, por ter um PIB praticamente nulo, vai acabar deixando tudo para iniciativas privadas, e porque a própria população de lá estará cada vez mais avessa a estar submetida a um estado. Como de início nenhum gringo estará interessado em investir num território neutro falido, sem reconhecimento internacional e com um péssimo terreno, é natural que a própria população que mora ou migre para lá acabe criando suas próprias empresas, e talvez só depois é que comecem a surgir uma ou outra empresa estrangeira lá. É território libertário e de estado mínimo e a tendência é a população local preferir se desenvolver por conta própria sem querer ficar dependendo de estrangeiros. Afinal de contas, os que moram lá no fundo querem a criação de um novo Brasil onde o povo tenha mais liberdade para fazer o que bem entender e para ter força para se defender das imposições da FNC e do MPS.
A regra neste novo Brasil, nesta zona neutra, é em os capitalistas criarem suas próprias empresas e os socialistas criarem suas comunidades rurais ao estilo dos kibutz, uma terra onde capitalista e socialista podem conviver sem conflito, ambos libertários. Nada de estatais e corporativismo aqui. Patrão e empregado é que definem suas regras em cada empresa por contrato e o estado não interfere em quase nada na vida das pessoas. E a tendência é este estado neutro preferir criar empresas privadas para todos os setores, desde infraestrutura até segurança, saúde, saneamento, educação e previdência. Pois aqui o estado é mínimo e libertário! Só militares e políticos é que são do governo. Impostos? Aqui quanto menos isso, melhor, pois a população deste novo Brasil criou aversão a imposto e imposições de estado! Antes foi terra de ninguém, hoje é terra de gente livre protegida por um governo que apenas dá o necessário para a sobrevivência desta terra livre de opressões. Quanto mais este país conseguir se desenvolver e expandir seu território, mais e mais pessoas de países vizinhos vão começar a querer se mudar para este novo país, sobretudo aqueles de classe mais baixa ou os oprimidos de toda sorte.
Será que esse novo Brasil livre vai dar certo? Eu torço que sim. Afinal, é terra de gente livre e liberta de ideologias impostas e de impostos inúteis.
No próximo post principal vou tratar sobre como será a Terceira Guerra Mundial em Desbrasil!